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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 17 de novembro de 2024
 

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Mensagem: ALCOOL E CIGARRO, INIMIGOS DA SAUDE JOSÉ PRATES Com a lamentável enfermidade do ex- presidente Lula, veio à tona o perigo que causam o cigarro e a bebida alcoólica, embora não haja certeza de que essas sejam as causas do tumor na laringe do ex-presidente. Sabe-se, porém, que na maioria absoluta dos cânceres na garganta, essas drogas são a origem. Eu conheço pessoalmente as causas malignas do vicio do cigarro, porque, há pouco tempo, três anos, perdi o meu filho mais velho, com a idade de 56 anos, advogado militante, pai de duas filhas, morto por insuficiência respiratória aguda, causada pelo uso abusivo do cigarro: dois maços diários. Alertado várias vezes, para o perigo que estava correndo, não teve força, porém, para controlar o vício que lhe dominava. Morreu sufocado pela falta de ar, chegando no hospital. Não houve tempo para lhe prestar qualquer socorro. Eu fumei quarenta anos seguidos, consumindo em média, um maço de cigarros por dia. Estava na Argentina, cidade de São Lourenço, quando fui acometido por uma forte gripe. Fizeram-me uma radiografia dos brônquios e o médico mostrou-me o resultado da nicotina nos pulmões: uma crosta preta os cobria inteiramente, obstruindo a passagem de ar. Fiquei horrorizado com aquela imagem que não me saía da cabeça. Quando cheguei ao navio, distribui os maços de cigarros que possuía com quem os aceitou e nunca mais fumei. São dezenove anos, mas, os pulmões ainda mostram os sinais do fumo, como vi no ultimo raio-X, há pouco mais de dois meses. Bebida alcoólica, de preferência conhaque, eu usei por muito tempo. Comecei devagar, aos dezoito anos, com aperitivo para o almoço. Ingressei na Estrada de Ferro Central do Brasil, como Agente de Estação. Dando férias naquelas estações pequenas, muitas dentro de fazendas, onde só se via algum movimento quando o trem passava indo ou vindo, a solidão aconselhava-me o álcool como alívio. Foi, então, ao longo desse tempo que fui aumentando o consumo, passando de uma para duas doses e foi indo assim, devagar, até atingir um nível alto, criando em mim uma espécie de dependência, obrigando-me o organismo a exigir mais e mais doses. Comecei a ter problemas com o fígado. Fui ao médico que diagnosticou ameaça de cirrose hepática, conseqüência da bebida alcoólica. Simplesmente parei com os goles e entrei em tratamento para recuperar a saúde do fígado. Este ano, em fevereiro, completaram trinta e cinco anos de total abstinência do álcool. O que é necessário dizer aos fumantes e amantes do álcool, é que o mal causado ao organismo pelo consumo de cigarro e álcool não depende da qualidade da bebida nem do cigarro. O mal está encerrado em qualquer marca. A tentação de consumo desses produtos para o viciado é muito forte, mais forte, porem, deve ser a vontade de parar, levando em conta os danos físicos e até morais a que o viciado está sujeito. Muitas pessoas dizem, querendo justificar-se, que “bebem socialmente” ou fumam de vez em quando. Não importa, porque tudo começa assim, com a desculpa de que é só hoje. Mas, amanhã bebe e fuma de novo até transformar-se em uso diário, o que acontece sem a pessoa perceber. Não importa que a quantidade no uso diário seja grande ou pequena, o mal está presente no uso constante, diário, sem controle que aos poucos vai dominando o organismo e provocando vicio que obriga a pessoa a exigir o álcool ou o cigarro para satisfazer a necessidade orgânica. Daí é que vem a dificuldade para parar, principalmente quando não existe determinação própria ou força de vontade. Muita gente tenta parar diminuindo a quantidade. Não resolve. Parar é de uma só vez, agora, naquele momento. Nos primeiros dias sente-se a falta da bebida ou do cigarro o que é torturante e faz alguns voltarem ao uso. Persistindo na abstinência, aos poucos, a vontade vai saindo da mente até desaparecer totalmente, dando lugar ao esquecimento. Parar não é difícil. Eu posso dizer isso por experiência própria. Basta querer. Diga com firmeza “eu quero”, fazendo a vontade própria sobrepor ao vicio ou ao hábito. José Inácio da Silva Lula, como ex-presidente, famoso no Brasil e no mundo, teve à sua disposição todos os dispositivos médico-hospitalares para um tratamento adequado, podendo garantir o combate ao mal, diagnosticado ainda no seu começo. E o cidadão comum que ganha um ou dois salários, vitima desse mal, dependendo do INSS cujos hospitais nunca têm vaga nem condições de fazer o tratamento, em que porta vai bater? Só existe uma: a porta do cemitério. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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