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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 7 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Rio Gorutuba sua magia e morte. Em recente expedição tivemos o prazer e o desprazer de conhecer o Rio Gorutuba que é responsável pela manutenção de um dos maiores Projeto de irrigação do Brasil. Uma expedição para conhecer a real situação deste rio, que, além do seu valor econômico tem o seu valor cultural que orgulha os barranqueiros gorutubanos. Não importa a origem do nome ou, se escreve Gorutuba ou Gurutuba; o importante é que este rio é importantíssimo. Suas famosas lavadeiras gorutubanas que até pouco tempo ousava lavar bacias de roupas com os seios à mostra ( topless), cultura indígena que se perdeu ao tempo. Próximo a nascente a exploração de areia; hoje o rio já não suporta tamanha degradação, estão desmatando matas ciliares para tal atividade. Há muitos anos o leito do Rio Gorutuba foi engolido para dar lugar a uma imensa barragem que fomenta a economia de Janaúba, Nova Porteirinha e outros municípios próximos. O projeto de irrigação com seus 5.500 hectares geram milhares de empregos diretos e indiretos; as aguas da barragem depois de tratada abastecem Janauba, Nova porteirinha e mais as comunidades rurais; o lazer é o atrativo nos condominios e resort’s na orla do Bico da Pedra. Fomos descendo o rio, a diante começamos a descobrir que o rio tem vários cenários. Na ilha do Getúlio, na pouca água que ainda corre - muito lixo e a degradação é visível – em Jacaré Grande comunidade conhecida pela centenária tradição da maior festa de igreja de toda bacia hidrográfica, não tem mais água, as bancadas das lavadeiras abandonadas à beira do rio ilustra o cenário- Vila Sudário (Pai Pedro), uma parada para almoço, palestras e prosas com os quilombolas, satisfeitos com a nova escola de ensino fundamental do ME, mas, a falta de água no rio é uma tristeza para todos - a falta de controle técnico e fiscalização na perfuração de poços artesianos são umas das causas da “sequidão”, pois interceptam as águas que iriam para o Gorutuba - Vila Luiza uma pequena barragem retrata como era o Rio Gorutuba no passado, segundo Dona Mauricia, - “tinha muita água e a irrigação no algodão gerava emprego para todos da vila - hoje não tem água prá nada – para beber vem do pipa” - diz. Rumo a Canudos, já município de Jaiba uma ponte que é utilizada em período chuvoso – somente pedestre e Motos, sem manutenção está prestes a cair – período de seca a passagem é pelo leito (seco) do rio. Chegamos a Canudos a noite. A recepção dos quilombolas foi a mais bonita e emocionante da vida de muitos expedicionários – a manifestação de alegria estava estampada no rosto de cada morador, fomos recebidos com cântico africano e girândolas. Vieram as prosas - as dores e as alegrias eram as mesmas da Vila Sudário – depois do jantar farto com muitas frutas – mais cultura africana - a religiosidade foi demonstrada através de danças e musicas Afro-brasileiras. No outro dia até a foz que não tinha nada de diferente do médio e baixo Gorutuba – é um Rio que na pratica deixou de ser afluente do Verde grande. Os prazeres que o rio ostenta no alto-médio são ofuscados diante da situação do médio-baixo Gorutuba. Um relatório será enviado a todas as esferas competentes para “lobrigá-los” – daí uma gestão compartilhada para recuperar e proteger o Rio Gorutuba de muitas culturas e “Culturas”.

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