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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: O TEMPO URGE De todos os protestos de junho e mesmo das contestações recentes do Sete de Setembro não surgiu nenhuma nova liderança nacional ou mesmo regional. Se existe, eu não vi, não ouvi, nem tive notícias. Daqueles comoventes alvoroços, da patriotada efervescente, não brotou um único homem ou uma nova mulher, frutos dos ideais dos movimentos, para que possamos acreditar, alinhar e dar o nosso voto de confiança. A população foi às ruas contra os políticos, contra a impunidade, contra a desfaçatez, contra a corrupção, mas não encontrou o seu representante nas manifestações. Não descobriu, não desvendou um novo candidato, sério, honesto, carismático, que a represente e lute pela moralização do país. O eleitorado norte mineiro, sujeito às requentadas promessas e xaropadas eleitorais, terá de escolher entre os deputados estaduais de sempre, na sua maioria chapas brancas, aliados ao Palácio da Liberdade. Já para deputado federal, fora os inumeráveis paraquedistas, a escolha estará restrita a pouquíssimos nomes, que não enchem u`a mão. Os habituais candidatos de outras eleições estão impedidos ou nos seus ocasos. No empurra-empurra, a gata pariu uns, outros jogaram a toalha e o restante a justiça ou a morte os retirou forçosamente dos pleitos. Senão, vejamos: Wilson Cunha faleceu, Cleuber Carneiro abandonou a política, Tadeu Leite continua enfermo, Marcio Reinaldo encontra-se prefeito em Sete Lagoas, Ruy Muniz também está confinado aos afazeres e deveres municipais, Fernando Diniz findou-se, Walfrido dos Mares Guia abdicou-se das eleições proporcionais, Paulo Lopes retraiu, Warmillon está preso, Athos Avelino está impedido de candidatar, Ariosvaldo de Melo esmoreceu. Por derradeiro, o emergente Demerval de Taiobeiras foi arapucado pelo Ministério Público Federal. Assim, para federal, restaram apenas Humberto Souto, Jairo Athayde e Saraiva. Pelo PT, o manda-chuva Virgílio Guimarães deve manter a candidatura do seu filho Gabriel e incentivar estrategicamente o lançamento de Paulo Guedes a federal, no intuito de ocupar espaços e abocanhar o espólio de votos deixado pelos ex- candidatos. Ruy Muniz, insaciável e ambicioso, ao perceber o vazio eleitoral e enxergar o universo de votos sem cabresto, poderá lançar sua esposa Raquel ao Congresso Nacional. Enfim, o potencial de dois milhões de votos do norte de Minas é um chamariz e uma oportunidade para novas candidaturas a deputado federal, principalmente para quem apresentar uma postura séria, visível e combativa, que traduza e exalte o clamor das ruas. Para tanto, este candidato deverá alardear sua campanha, primordialmente, nas redes sociais, com a volúpia, a garra e o tesão das passeatas. Terá que despertar o imenso e inerte eleitorado cibernético e plugá-lo ávida e dedicadamente à sua empreitada eleitoral. Um exercito on line, diuturno, com a vontade e disposição de passar o rodo na politicagem, de passar o país a limpo. Entretanto, pelo visto, deste mato não deve sair coelho, pois das agitações que balançaram o país não despontou nenhuma liderança com carisma para conduzir um processo de renovação. Onde estão os novos candidatos? Cadê a indignação da juventude, o renovar da política? Desafortunadamente, não temos um projeto político audacioso e articulado para mudar o país, nem um braço para estender a bandeira da moralidade. Até mesmo a suposta pauta “pontual e salvadora” da presidenta para consertar e moralizar a nação foi jogada na lata de lixo. Não está mais na ordem do dia. O certo é que o cavalo estará arriado para quem tiver verdadeiramente o discurso de oposição. Porém este pretendente tem que ser alertado da premente necessidade da sua filiação numa agremiação partidária. É importante ter o conhecimento que uma candidatura para ser posicionada tem que primeiro seguir as determinações e as exigências da lei eleitoral. Só pode ser candidato quem for filiado a um partido político e o prazo para a filiação às próximas eleições é 03/10/2013 (art. 9º da Lei 9.504/97). Isto mesmo, quem não se filiar a uma legenda até o dia 3 de outubro deste ano não poderá ser candidato nas próximas eleições de 2014. O tempo é implacável. Hoje, faltam apenas 22 dias para o prazo final de filiação. Donde se conclui que, nas condições atuais e devido ao exíguo prazo, será difícil surgir um candidato novo, com uma proposta de mudança, que empunhe o clamor das ruas. Na falta desta alternativa, o eleitorado com nojo dos atuais políticos anulará o seu voto ou se absterá das urnas como uma expressão de repulsa a farsa eleitoral. Desde já prognosticamos que o voto nulo e a abstenção vão bater recordes no circo eleitoral de 2014 e que os céus e o sertão norte mineiro estarão, como nunca, cobertos de opulentos paraquedistas. A compração de voto será feroz. Viver para ver.

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