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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 16 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Um outro BBB Manoel Hygino - Hoje em Dia A trajetória de Darcy Ribeiro pela vida política e intelectual brasileira é de apenas conhecimento superficial, como ocorre com outros raros cidadãos do país. Recordo quando ele lançou livro sobre os costumes dos cadiueu, uma tribo do oeste brasileiro. Foi, salvo engano, a primeira publicação sua numa área de pessoal encantamento. Começava a encontrar-se e encantar-se com a América Latina. Darcy viveu um dos períodos mais agitados da história brasileira. Foi ministro, chefe da Casa Civil da Presidência da República, fundador de uma universidade em uma cidade construída para ser capital nacional. Nascido em família ilustre do sertão mineiro, foi um dos seus filhos mais prestigiosos e expoente. Suas eventuais extravagâncias, entre as quais a fuga de um hospital em que tratava de câncer, foram fruto ou consequência de sua maneira especial de viver e de encarar a vida. Em 1962, como primeiro reitor da Universidade de Brasília, decidiu criar e publicar a Coleção Biblioteca Básica Brasileira, com notáveis méritos. Lamente-se que, com as mesmas iniciais, pôs-se no ar um programa de televisão que nada tem a ver com o Brasil e a educação. O objetivo de Darcy era proporcionar um conhecimento mais profundo da história do país e de sua cultura. Agora, a Fundação Darcy Ribeiro vem publicar a primeira coleção de dez volumes, de um total com 150 diferentes títulos, que constituirão a Biblioteca, um dos mais acalentados sonhos do ex-ministro da Educação do governo João Goulart. Os dez volumes me chegam, com o abraço fraterno de Paulo de F. Ribeiro, presidente da Fundação Darcy Ribeiro, e do irmão Ucho, que seguem à risca o desenvolvimento do programa do tio. Observe-se a lista desta relação: “A América Latina”, de Manoel Bonfim; “América Latina: A Pátria Grande”, de Darcy Ribeiro, com prefácio de Eric Nepomuceno; “As Religiões no Rio”, de João do Rio; “Braz, Bexiga e Barra Funda”, de Alcântara Machado”; “Cultura e Opulência do Brasil”, de André João Antonil; “Memórias de um Sargento de Milícia”, de Manuel de Almeida; “Minha Formação”, de Joaquim Nabuco; “Os Bruzundangas”, de Lima Barreto; “Os Sertões”, de Euclides da Cunha; e “Viagem ao Brasil”, de Hans Staden. Pela enunciação dos títulos, observa-se que se trata de um projeto do mais alto nível, com edição patrocinada pela Petrobras e Correios. Assim se valoriza a memória cultural brasileira, promovendo-se a democratização do acesso à cultura e o fortalecimento da cidadania. Interrompido o programa na ditadura militar, foi ele retomado pela Fundação Darcy Ribeiro, aliada à Fundação Biblioteca Nacional e à Editora UnB. A partir daí, constituiu-se um comitê editorial para redesenhar o projeto e executá-lo, com a inclusão de novos títulos. Isso quer dizer: 150 obras, totalizando 18 mil coleções, somando 2 milhões e 700 mil exemplares, para distribuição gratuita por meio das bibliotecas públicas em todo o país.

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