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Mensagem: É preciso mudar de rumo Dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, avolumam-se a inquietação e o medo. A criminalidade cresceu ininterruptamente e assusta. A imprensa não se cansa de insistir no assunto, que ocupa grandes espaços em todos os meios de comunicação. Resultado, praticamente nenhum. Tudo se resume em expressão de boas intenções e aprofundamento de discussões e de conhecimentos e experiências. O perigo está em todos os lugares, todo tempo. A chacina de meados de abril no Pavilhão Nove da torcida organizada do Corinthians, em São Paulo, ilustra a opinião. A Polícia Civil informou que a ordem de execução, sem qualquer chance de defesa, partiu da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios. Deitadas no chão, as vítimas receberam tiros de 9 mm na cabeça. Em Jequitaí, a 100 quilômetros de Montes Claros, a maior cidade do norte-mineiro, doze criminosos, no dia 24 de abril, explodiram caixas eletrônicos e dispararam contra um posto policial (ou quartel), fugindo os bandidos em carros e motocicleta para Várzea da Palma. Repetia-se, assim, o que acontecera, dias antes, em Buenópolis, onde seis ladrões explodiram os caixas de bancos, acionaram gatilhos várias vezes e fugiram. Na mesma ocasião, um rapaz de 18 anos foi executado, perto de salão paroquial, na cidade-polo. O jovem, Mateus, tinha onze passagens por furto e uso de drogas, recém-saído de um centro de recuperação de menores. Em Jaíba, disputa para saber quem ouvia música mais alta na porta de um bar resultou no assassinato de pessoa com 27 anos, na frente da mãe, ela também baleada. Revoltados com a situação, populares mataram um dos suspeitos. Quebradeira na rua, um veículo queimado, sempre com o propósito de liquidar: um dos arruaceiros foi atingido três vezes nas costas e, em seguida, mais cinco projéteis nas axilas, no rosto e no tórax. Balas não se desperdiçam. Na mesma cidade, uma fundação que cuida de crianças com câncer foi invadida. Os ladrões apontaram revólveres. Agrediram e algemaram os que ali se encontravam, prendendo-os em salas. Quebraram os telefones fixos, roubaram malote com dinheiro e celulares. Em um bairro, às 8 horas, dois encapuzados de 19 anos assaltaram um comércio, mas foram presos com revólver com numeração raspada e cartuchos intactos, além de bens roubados da loja e dos clientes. No bairro Alto de São João, posto de combustíveis foi alvo de meliantes armados, que renderam os frentistas e roubaram. Isso, em pleno sertão, supostamente longínquo, percorrido por criminosos em todas as direções. No Estado, no primeiro trimestre, mais da metade dos estupros ocorreu contra menores de 14 anos, com 562 casos, seis ataques por dia, num total de 923 registros, conforme dados da Secretaria de Estado de Defesa Social. Os roubos somaram mais de 25 mil no período, enquanto os crimes violentos cresceram 7% relativamente a 2014. É como disse Mauro Santayana, há quase um ano. Apesar da melhora da renda e do emprego nos últimos anos, a morte tem colhido, regadas e sangue, safras cada vez mais maiores. E completa: “Antes que se fechem atrás de nós os portais do inferno, é hora de mudar de rumo”.
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