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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°79258
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Quarta 7/1/2015 14:07:46
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

O DESRESPEITO AO SER HUMANO

Todos sabemos do caos que é a Saúde no Brasil. O quadro se escancara para nós, quase que diariamente, em programas e noticiários da televisão. Entretanto, a coisa toma outra dimensão quando se particulariza, isto é, quando sentimos na carne o descaso e o desrespeito ao ser humano.
Sabemos que, muitas vezes, o médico não tem culpa e nem tampouco a direção do hospital, pois falta material de todo tipo e pessoal devidamente preparado. Entretanto, nada pode desculpar a falta de higiene e a brutalidade de certos médicos e técnicos de enfermagem. Eles não estão tratando de coisas, mas de seres humanos, que merecem todo respeito e, inclusive, carinho e conforto, pois quem está doente se encontra fragilizado física e psicologicamente.
Ontem, fui visitar uma amiga mui querida, uma verdadeira irmã, companheira de toda uma vida, com câncer generalizado. Ela sente dores horríveis, insuportáveis. Qualquer pessoa que já sentiu algum tipo de dor é bem capaz de conseguir imaginar a intensidade da dor de um câncer com metástase. Ou será que não?!
Pois bem, essa minha amiga esteve internada, sentindo muita falta de ar (o câncer tomou o pulmão) e dores que não lhe permitiam se mexer.
Antes, porém, de ser internada, ali mesmo, no pronto-socorro, o médico pediu-lhe para tirar a blusa e o sutiã a fim de fazer punção de ambos os pulmões. Ela bastante envergonhada, pois estava diante de uma multidão, reparou, com horror, a falta de higiene do lugar e de todo o procedimento. Eu fiquei chocada, pois já passei também por esse procedimento em Belo Horizonte e em Salvador, mas, jamais, nas condições relatadas por ela. Além disso, ela se mexeu um pouco e derramou o frasco que o médico tinha colocado sobre a maca. Ele simplesmente gritou com ela, ofendendo-a.
Depois, já na enfermaria, ao reclamar porque o enfermeiro picou-a várias vezes para encontrar uma veia e colocava no soro (claro que por ordem médica...) apenas “lisador”, o dito cujo lhe deu um tapa no rosto. Essa é uma conduta inadmissível! Se hoje pela lei um pai não pode fazer isso com um filho, como é possível que um técnico ou auxiliar de enfermagem bata em uma paciente?!
E, por acaso, lisador, remédio comum que as pessoas costumam tomar para uma simples dor-de-cabeça, pode melhorar a dor de um câncer?
Os médicos resistem em dar morfina ou codeína porque dizem que a pessoa pode viciar. Entretanto, eu pergunto: isso importa quando se sabe que a pessoa está para morrer?
Acho que essa é uma conduta médica que precisa ser revista, pois acredito que todos devem ser tratados com dignidade e respeito; mais ainda aqueles que estão sofrendo e sabem que estão prestes a morrer. Ou não?!
O que fazemos com um bichinho nosso de estimação quando ele sente muitas dores, diante de uma doença incurável? Não o levamos para o veterinário a fim de que lhe dê uma morte decente, sem sofrimento?
Não estou aqui pregando a eutanásia. Sou cristã e acredito que a pessoa só deve ir quando é chamada de volta ao Verdadeiro Lar.
Entretanto, acho que é desumano deixar o doente sentindo dores horríveis até que a morte chegue. Se a medicina tem recursos para isso por que negar ao ser humano o conforto? Nunca poderei entender!...
Quando voltava para casa, ainda triste e chocada com tudo, lembrei-me de uma crônica escrita no “Estado de Minas”, há anos atrás, por um médico que tinha lá uma coluna semanal (fugiu-me da cabeça o seu nome...). Ele contava que havia passado por uma cirurgia de hemorróidas e, ao terminar o efeito da anestesia, começou a sentir dores horríveis. Chamou a enfermeira e pediu uma injeção para dor. Ela voltou com uma injeção de novalgina. Ele ficou nervoso e gritou: “A senhora pode imaginar o tamanho da dor que estou sentindo? Não me venha com essa de novalgina. Eu quero uma dolantina”. A enfermeira respondeu-lhe que não era possível, pois não coadunava com a receita que o cirurgião havia deixado. Ele, imediatamente, pediu o telefone e gritou para seu colega: “Seu “fedaputa”- com perdão da má palavra – você já operou de hemorróidas”? O colega respondeu “não” e ele argumentou que ele, pois, não podia calcular a dor que estava sentindo. E ameaçou: “Se você não mandar a enfermeira me dar uma dolantina, agora, vou aprontar um escândalo nesse hospital e acabar com você”. Aí, ele passou o telefone para a enfermeira, que esperava pacientemente. Ela, então, recebeu ordem para fazer o que ele queria.
Ele terminou a crônica dizendo que todo médico deveria passar por uma cirurgia de hemorróidas para mudar a sua atitude diante de um paciente que está sofrendo. E prometeu a si mesmo jamais dar uma simples novalgina quando um paciente seu reclamasse de uma grande dor.
E eu termino a minha fazendo essa pergunta que não quer calar em minha mente e em meu coração: “É humano deixar um paciente sofrer tanto quando existem recursos para lhe dar conforto?”

Maria Luiza Silveira Teles

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Mensagem N°79257
De: JONH SMITH Data: Quarta 7/1/2015 13:49:09
Cidade: montes claros mg  País: brasis

Foi invadida na noite do dia 05/janeiro uma humilde residencia na zona rural de montes claros (fazenda espigão) 4 ladrões armados com um facão , uma marreta e simularam estar armados.Eles renderam uma familia e roubaram 4 celulares, 1 facão,R$240,00 uma espingarda e o carro da famila (MODELO PASSAT) ainda no local dois dos assaltantes foram ate o chiqueiro onde roubaram e mataram ali mesmo 2 porcos.A familia esta em desespero pois não e de costumes assaltos naquela região.qualquer informação sobre o paradeiro do carro ou dos assaltantes nos ajude 3222-7426 muito grato.

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Mensagem N°79256
De: Wanderlino Arruda Data: Quarta 7/1/2015 11:53:41
Cidade: Montes Claros/MG

HAROLDO LÍVIO, NOSSO INTELECTUAL MAIOR

Wanderlino Arruda

O meu texto pessoal sobre Haroldo Lívio, que nos deixou no primeiro dia de 2015, fica para depois. Agora, as opiniões de colegas e companheiros da imprensa, que também são minhas. De Paulo Narciso: Aplicado, devotado, talentoso, o menino/jovem Haroldo Lívio, logo que se mudou para Montes Claros, entrou numa biblioteca e não saiu de lá enquanto não acabou de ler o último volume. Tornou-se, é claro, o maior sábio entre nós, uma enciclopédia permanente, para qualquer consulta, ornada de generosidade, comedimento e paciência. O nosso Sócrates, no Jardim de Academus que escolheu. Por concurso, assumiu o Cartório de Imóveis de Porteirinha e acrescentou àquela cidade os traços de seu desprendimento e de sua cultura. De Luiz Ribeiro: Escritor nato, dono de um texto incomparável, com rara capacidade de ser, ao mesmo tempo simples e erudito, Haroldo sempre foi uma espécie de biblioteca ambulante, conhecedor profundo da nossa gente e da nossa história. Aprendemos muito com ele. Pra mim, particularmente, ele sempre foi uma espécie de consultor. Em qualquer dúvida ou necessidade de alguma informação sobre fatos históricos a respeito da história de Montes Claros e do Norte de Minas, era só ligar para o Haroldo Livio que respondia com gentileza e disposição. Uma grande perda para a cultura da cidade, da região e do estado. De Alberto Senna Batista: Haroldo Lívio, historiador, escritor, cronista, jornalista. Um intelectual que enriquece mais ainda o cenário celestial. De Maria Luíza Silveira Teles: Acredito que o homem tem duas asas: a asa do conhecimento e a asa do amor, que implica, também, a ética. Entretanto, poucos de nós desenvolvem, com equilíbrio, essas duas asas. Meu amigo, Haroldo Lívio, que partiu no primeiro dia do novo ano, era um homem que soube desenvolver ambas. De José Ponciano Neto: Haroldo Lívio, era pessoa das mais educadas e inteligentes que já convivi. Sem dúvida será uma das perdas mais significativas na sociedade literária do Brasil. Era completamente despojado das vaidades, nunca visava lucro como notário e muito menos como escritor, historiador e jornalista; para ele servir era um compromisso com a sociedade e com Deus. Amizade para Haroldo Lívio era tudo, sempre destacava os amigos como: Itamaury Teles, José Luiz, Wanderlino Arruda, Paulo Narciso, Ronaldo Almeida, Petrônio Brás, Yvonne Silveira, Prof. Juvenal, Lúcio Bemquerer, Alberto e Waldir Senna e muitos outros, não fazia distinção entre eles. De Itamaury Teles de Oliveira: Atencioso, afável no trato, uma enciclopédia ambulante, seguro e preciso em suas intervenções, era a nossa referência, nosso paradigma, como articulista, cronista, historiador, escritor, um operador das letras, enfim. Com memória prodigiosa, versava sobre assuntos diversificados, com fluência e humildade, sem pompa ou circunstância. Conhecia fatos e personagens da nossa história e os relatava a quem o consultava como se tivesse acabado de reler sinopse sobre o tema.

Institutos Históricos e Geograficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°79255
De: Copasa Data: Terça 6/1/2015 15:22:07
Cidade: Montes Claros

(...) Barragem de Juramento está com 61% da capacidade e tem água suficiente para todo o ano de 2015 -O abastecimento de água em Montes Claros está garantido para o ano de 2015 mas a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) alerta a população para evitar o desperdício. Segundo a empresa, a necessidade de conscientização da população se deve ao fato de que, além das altas temperaturas que têm sido registradas na região nas últimas semanas, o volume de chuvas acumulado entre setembro e dezembro de 2014 corresponde a 25,6% do índice pluviométrico que normalmente é registrado no período.A barragem do Rio Juramento, principal fonte que abastece 65% da população de Montes Claros está atualmente com 61% de sua capacidade total. Esse montante corresponde a uma reserva de mais de 27 bilhões de litros de água, suficientes para garantir 15 meses de abastecimento à cidade, suplantando todo o período de estiagem. (...)Dados da Copasa dão conta de que entre setembro a dezembro de 2014 choveu na região de Juramento apenas 25,3% do índice pluviométrico registrado no mesmo período do ano anterior. Enquanto entre setembro e dezembro de 2013 choveu 968,1 milímetros, em 2014 o volume de chuvas atingiu 245,6 mm. Numa outra comparação dados da Copasa revelam que somente em dezembro de 2013 choveu 614 milímetros na região da barragem de Juramento. Já em dezembro do ano passado o volume de chuvas foi de apenas 81,6 milímetros. Mesmo se não vier a chover mais nos próximos meses a Copasa salienta que o volume acumulado na Barragem de Juramento já é suficiente para garantir o abastecimento da cidade durante todo o ano de 2015. (...)

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Mensagem N°79254
De: Prefeitura Data: Terça 6/1/2015 14:12:55
Cidade: M. Claros

No mês de janeiro, a Prefeitura de Montes Claros começa a enviar os carnês para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para os contribuintes. Segundo Tião Prates, diretor de receita e de finanças da Prefeitura, os munícipes receberão as guias do tributo a partir da semana que vem, dia 12 de janeiro. De acordo com o diretor, nesse ano haverá um aumento da taxa de 6,14% tanto predial (casa, comércio, indústria) como territorial (lotes vagos). Os vencimentos para pagamento cota única com desconto de 4% tem prazo até 12 de fevereiro. Aqueles contribuintes que optarem pode parcelar o IPTU em até 9 parcelas, desde que a parcela mínima seja inferior a R$ 30,00. O munícipe que que não receber a guia do tributo poderá comparecer a Prefeitura no setor de finanças das 8 às 18 horas ou retirá-la no site da Prefeitura (www.montesclarosmg.gov.br). Quem é proprietário de lotes vagos deverá comparecer a sede do Governo Municipal, no setor de atendimento ao contribuinte, em horário comercial para a retirada da guia de pagamento.(...)

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Mensagem N°79253
De: darcy Data: Terça 6/1/2015 12:14:40
Cidade: moc mg

Acaba de ser assaltada residencia rural do sr (...),pessoa muito conhecida,funcionário público aposentado.na bacia do rio São Lamberto, poucas casas restam para que os larápios as visitem.(...)

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Mensagem N°79252
De: Marinho Data: Segunda 5/1/2015 13:28:34
Cidade: Montes Claros

A Missa em memória do escritor Haroldo Lívio será nesta quarta-feira, dia 7, às 18h na Capela do Colégio Imaculada.

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Mensagem N°79251
De: Edilson Barros Data: Terça 6/1/2015 07:45:40
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Faleceu ontem o comerciante Zezinho.Janaubense, muito conhecido no bairro do melo, onde se estabeleu e fez grandes amigos. Que Deus console seus familiares enlutados.

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Mensagem N°79250
De: Manoel Hygino Data: Segunda 5/1/2015 10:00:17
Cidade: BH

Com o falecimento do Haroldo Lívio, perdemos uma das maiores Inteligências do nosso norte. Era um excelente escritor e amigo, que muito contribuía para a preservação da memória local e regional. Com profundo pesar, recebo a infausta notícia, dividindo a dor com a família e sociedade.

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Mensagem N°79249
De: Lucy Data: Domingo 4/1/2015 18:07:28
Cidade: M. Claros

So agora tenho acesso a computador para narrar o que vi em M. Claros na tarde/noite do dia 31 de dezembro. Cena dos fatos, ainda à luz do sol: entrada do Bairro todos os Santos, na esquina da Avenida Sanitaria com rua Santa Maria. Havia ali uma mini blitz da PM, ou coisa semelhante; digo, porque vi 2 ou 3 policiais, entre eles uma mulher fardada. Ela parou um motoqueiro e o instruiu a mostrar documentos, creio. Neste momento, o rapaz se desvencilhou da policial e escapou, acelerando a moto em direção ao Bairro Todos os Santos. A policial ainda tentou correr atrás, a pé, para impedir a fuga. Em desvantagem, sacou da arma e... atirou. Um único tiro. O rapaz fugiu. (Não quero fazer juízo de valor, mas temo por uma criança que passasse naquela movimentada esquina, que, por sorte, em função da data, estava deserta. Está arriscado se aventurar pelas ruas da cidade, a qualquer hora - daí fazer este relato. A delinqüência anda solta e desenvolta)

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Mensagem N°79248
De: Jefferson Augusto de Figueiredo Data: Domingo 4/1/2015 11:16:16
Cidade: Grao Mogol

Grão Mogol consternada por Haroldo Lívio

*Jéferson Augusto de Figueiredo

Consternação. Como prefeito Municipal de Grão Mogol resumo numa só palavra o que nós amigos grãomogolenses de Haroldo Lívio de Oliveira sentimos com o seu passamento. Esse sentimento pairou no ar da urbe, eternizada por ele numa expressão simbolicamente cunhada em pedras: “Grão Mogol, Cidade Presépio”.
Haroldo Lívio era Cidadão Honorário de Grão Mogol. Um grande amigo apaixonado por esta cidade que desperta paixão principalmente em quem enxerga a beleza por meio da alma. Aqueles que são poetas/escritores, cronistas, historiadores de nascença como Haroldo Lívio, um dos grandes divulgadores de Grão Mogol e de suas belezas naturais.
De tão apaixonado ele ficou que, de fato e de direito se casou, um dia, com Grão Mogol, quando comprou uma casa na Rua Luís Gonçalves, 74, na sequência da Rua Cristiano Relo (Rua Direita, nome antigo), no Centro Histórico em vias de tombamento pelo IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Uma casa aconchegante.
Não é uma casa comum, porque cheia de histórias, a casa que Haroldo Lívio comprou. “É obra granítica, com paredes de meia braça, a sustentar janelas coloniais, portas imensas, de duas bandas, com pesadíssimas traves e ferrolhos, frutos, não só da segurança mineira como da senhorial competência de suados ferreiros de antanho”, descreve o também poeta e escritor Wanderlino Arruda.
Havia sete meses que Haroldo Lívio não vinha a Grão Mogol, apesar da casa montada e bem aparelhada que sempre emprestava aos amigos de Montes Claros num gesto solidário, uma das muitas qualidades do amigo que foi enriquecer com a sua intelectualidade e o bom coração as hostes celestiais.
Somente agora, após a sua partida é que interpretamos o retorno de Haroldo Lívio a Grão Mogol, há questão de um mês, como uma maneira de inconscientemente se despedir da terra que ele amou, assim como amou Brasília de Minas, onde nasceu; Porteirinha, onde possuía cartório; e Montes Claros, onde viveu e se projetou como intelectual.
A turma do Café Galo, de Montes Claros ficou empobrecida, mas ao mesmo tempo se enriquecerá daqui por diante quando as pessoas recontarem os muitos contos da privilegiada cabeça de Haroldo Lívio.
Na ocasião em que retornou a esta terra abençoada, ele veio passar alguns poucos dias a fim de se preparar para uma cirurgia na bexiga. Bem sucedida. Mas amigos dele confidenciaram que Haroldo sentira muito a morte do irmão, Fernando Lívio de Oliveira, há cerca de dez meses. Os pretextos podem ser vários para justificar a partida definitiva de alguém quando é chegada a hora.
Esse grande amigo, que tanto dignificou Grão Mogol esteve na cidade por ocasião da inauguração do Presépio Natural Mãos de Deus, em dezembro de 2011, obra edificada pelo empresário Lúcio Bemquerer. Antes ainda, Haroldo esteve no presépio em novembro, no dia da chegada da escultura do Menino Jesus.
Na condição de prefeito municipal de Grão Mogol e em nome dos grãomogolenses que conheceram e conviveram com Haroldo Lívio, transmito à família enlutada, a viúva Maria do Carmo Santos Oliveira e as filhas Fabíola Belkiss, Luciana e Clarissa Mônica Santos de Oliveira os nossos mais sinceros sentimentos. O nome deste estimado amigo será lembrado sempre por nós tendo por base nossa gratidão.

*Prefeito Municipal de Grão Mogol

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Mensagem N°79247
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 4/1/2015 11:06:52
Cidade: Montes Claros-MG

Dr. Haroldo Livio de Oliveira: Um homem que entrou honrosamente para a história da literatura. Todos os adjetivos acerca da sua índole já foram externados pelos amigos, confreiras e confrades do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros- IHGMC e das Academias no qual Haroldo Lívio era membro.
Este brasiliense das Contendas era daqueles que todos o admiravam. Eu, ainda criança o conheci namorando com Maria do Carmo que morava à rua Dr. Veloso em frente a casa dos Prates ( Zim, Terezinha, Nazaré e Maria José). Haroldo e Du’carmo era um casal muito admirados pelos meus avós, pois, minha tia Cecília Ponciano namorava com José Lopes e ambos (casais) saiam juntos para as missas e cinemas, com toda a confiança dos meus avós.
Haroldo meu companheiro dos sábados de Café Galo, confrade do IHGMC, sempre conversávamos muito sobre a história de Montes Claros. De história. Era com ele mesmo. Quando começava a historiar sobre Brasília de Minas (sua terra genitora), Porterinha, Riacho, Francisco Sá e Grão Mogol; além da elegância de expressar, seus olhos brilhavam.
Haroldo Lívio nunca foi um “Fanqueiro Literário”, era completamente despojado das vaidades, nunca visava lucro como notário e muito menos como escritor,historiador e jornalista; prá ele servir era um compromisso com a sociedade e com Deus.
Amizade para Haroldo Lívio era tudo, sempre destacava os amigos como: Itamaury Teles, José Luiz, Wanderlino Arruda, Paulo Narciso, Ronaldo Almeida, Petrônio Brás, Yvonne Silveira, Prof. Juvenal, Lúcio Bemquerer, Alberto e Waldir Senna e muitos outros, não fazia distinção entre eles.
Haroldo foi para junto de outros, porém, ficou aquele modo intrínseco de tratar as pessoas. A história do Norte de Minas ficou mais rica!
Agradeço muito a Deus de ter sido seu amigo e confrade do IHGMC.
(*) José Ponciano Neto é da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros- IHGMC

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Mensagem N°79246
De: Saulo Data: Domingo 4/1/2015 10:45:37
Cidade: Moc

Ainda o imenso Haroldo Lívio, sábio e modesto, que estas coisas costumam andar juntas. Haroldo gostava do poeta Tagore, indiano que viveu na Inglateerra. Indiano prêmio Nobel de Literatura. Indiano, claro, da linha dos Vedas, de Shankara, de 10 mil anos de tradição discipular. Indiano, que sem nunca ter ouvido falar do nosso Sócrates particular, e do seu Jardim de Academus, predisse o seu caminho, que é de todos que atingem tal compreensão. Diz o poeta, Grande Cisne de Outras Margens:

É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs
Eu já devolvi as chaves da minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
Fomos vizinhos durante muito tempo
E recebi mais do que pude dar.
Agora vai raiando o dia
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro
Apagou-se.
Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada.
Não indaguem sobre o que levo comigo.
Sigo de mãos vazias e o coração confiante.

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Mensagem N°79245
De: Silvio Data: Domingo 4/1/2015 10:33:39
Cidade: Joaquim Felício

Aviso aos navegantes, no trecho M. Claros/BH: cuidado com os assaltantes.. Na última noite, motorista fcou sem os 24 pneus de sua carreta. Ia parar em posto, perto de Buenópolis, para dormir, quando 3 ladrões o intimaram. Levaram a carreta para uma estrada desimportante, arrancaram os pneus e deixaram o motorista, baiano de 51 anos, amarrado.

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Mensagem N°79244
De: Frequentador Café Galo Data: Sábado 3/1/2015 21:24:09
Cidade: Montes Claros

Fiquei sabendo da morte do Haroldo após o mesmo ter sido enterrado.A ultima vez que o vi foi a 15 dias atrás na porta do Café Galo.Estava com uma das filhas dentro de um carro e conversou poucos minutos com um jornalista e acenou pra mim.Que vai fazer uma falta danada na porta do Café Galo não resta duvida.Haroldo tinha uma qualidade impar,saber ouvir,as vezes perdia um tempo precioso com o chamado baixo clero do Café,dava gostosas gargalhadas e pra ele,conversar fazia parte do seu estilo humanista,não escolhia a prosa e qualquer assunto era motivo de muita atenção da sua parte.Os frequentadores do Café,chamados do baixo clero,sentiram o baque e da minha parte fica a minha tristeza pela perda de tão nobre pessoa.Fernandão e agora Haroldo,que falta vcs irão fazer....

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Mensagem N°79243
De: Juliana Oliveira Braga Data: Sábado 3/1/2015 12:45:20
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Ontem tive a tristeza de me despedir de meu tio Haroldo tão pouco tempo depois de me despedir do meu amado pai. Mas tenho certeza que os dois estão agora juntos e matando as saudades juntamente com meus amados avôs José Luiz e Dalva. Descansem em paz pois nem a morte foi capaz de separar esses dois irmãos que se amavam tanto. Fiquem com Deus.

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Mensagem N°79242
De: Luzia Data: Sábado 3/1/2015 16:51:19
Cidade: Pentaurea/Moc

Há duas noites seguidas falta luz na região do Pentaurea. Voltamos ao tempo de nossos avós. Ainda bem que temos a luz da lua, quase cheia, o que acontecerá amanhã. A "melhor energia do Brasil" está nos deixando no escuro.

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Mensagem N°79241
De: Alberto Sena Data: Sábado 3/1/2015 16:34:14
Cidade: Grão Mogol

HAROLDO LÍVIO

Grãomogolense de coração e de olhos azuis

Alberto Sena


A casa do amigo Haroldo Lívio de Oliveira, na Rua Luís Gonçalves, 74, no Centro Histórico de Grão Mogol estava fechada, ontem. Pelo menos era o que parecia. Um dia após o sepultamento dele, em Montes Claros, o silêncio reinante ali dentro combinava com a canícula do meio dia, dando a impressão de que Macondo era aqui, em Grão Mogol. Macondo é lugar imaginado pelo escritor colombiano Gabriel Garcia Marques, Prêmio Nobel de Literatura, no livro Cem Anos de Solidão.

Furtivamente espiei a casa por fora e por dentro do jardim e do pomar onde as mangueiras – mangas espada, comum e ubá –, regurgitam frutos sob o calor da canícula de 35º, com impressão térmica de 40º. Não havia viv’alma na rua. Mas da casa em frente, vinha da janela aberta uma voz de mulher ao celular. Primeiro ouvi a voz. E enquanto ouvia, tratava de sacar algumas fotos da casa de Haroldo.

A voz que saiu da janela da casa em frente era de dona Zazá – menos conhecida por Maria do Rosário. Ela falava ao telefone e percebi num átimo que poderia ser uma boa fonte de informações sobre o amigo Haroldo Lívio, que adquiriu aquela casa faz “uns 20 anos”, segundo ela.

Dona Zazá disse não ter tido o privilégio de conviver com Haroldo Lívio, mas o conhecia e com ele batia papos superficiais o suficiente para perceber que “era meio fechado”. Não era bem assim, dona Zazá. Era o jeitão dele. Haroldo era um camarada que gostava de conversar. Os amigos frequentadores do Café Galo, de Montes Claros, que o digam.

Mas ali diante do portão da casa de Haroldo Lívio, espiando o interior do jardim, pude sentir o quanto o lugar é aprazível. Imaginei que por ali beija-flores habitassem em profusão. E quando as mangas vão se amadurecendo, os passarinhos fazem a festa. As maitacas estão aí pra isso mesmo, se fartarem com as mangas e as demais frutas da época.

Particularmente, acho que o amigo Haroldo Lívio fez uma bela aquisição ao comprar a casa em Grão Mogol, por todos os motivos, e principalmente porque esta cidade é “sui-generis” e ele teve olhar e alma para perceber o que percebo com a maior clareza.

Só numa coisa creio eu, Haroldo Lívio pecou: não largou mão de tudo para se mudar definitivamente pra Grão Mogol. Dona Zazá me disse que ele ficara um longo tempo aqui, quando as filhas eram pequenas. Mas depois que elas cresceram teve de fixar mais em Montes Claros porque as crianças já não eram tão crianças assim e tinham de estudar.

Frequentemente, ao longo desses 20 anos, Haroldo estava sempre em Grão Mogol onde fez amigos como Geraldo Frois e Lúcio Bemquerer. Entretanto, ele não vinha à cidade já fazia sete meses, quando há um mês veio com uma das filhas a fim de descansar e se preparar para uma bem sucedida cirurgia de bexiga.

Mas o que o levou de nós foi alguma complicação com diabetes e segundo dizem, ele teria ficado muito sentido com a morte do irmão, Fernando, há cerca de dez meses.

O importante em meio a tudo isso é que Haroldo Lívio cumpriu a missão e partiu como partiremos todos, cada um ao seu tempo. Deixou-nos um legado de crônicas, publicou Nelson o Personagem e iluminou Montes Claros com a sua cultura e a verve literária.

De hoje em diante, os grãomogolenses que passarem pela porta de casa de número 74 da Rua Luís Gonçalves irão olhar lá pra dentro e dizer: “Esta é a casa de Haroldo Lívio, grãomogolense de coração e de olhos azuis”.

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Mensagem N°79240
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 3/1/2015 12:05:57
Cidade: Montes Claros

(...) É naquele cenário que emerge o esforço de reconstrução dos direitos humanos como paradigma e referencial ético a orientar a ordem internacional contemporânea, irradiando a ideologia a todos os países do globo terrestre. Variados foram os instrumentos de proteção dos direitos fundamentais das mulheres em toda a história. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79237
De: O Tempo Data: Sábado 3/1/2015 08:55:13
Cidade: Belo Horizonte

Jovem é executado a tiros enquanto cortava cabelo em Montes Claros - Fernanda Viegas - Um jovem de 20 anos foi executado a tiros enquanto cortava o cabelo, nessa sexta-feira (2), em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Até o momento, ninguém foi preso e a motivação para o crime ainda é desconhecida. O cabeleireiro contou à Polícia Militar (PM) que estava cortando o cabelo de Davisson Roseno dos Santos na barbearia, que fica na rua Argentina, no bairro Independência, quando um homem usando capacete preto entrou no estabelecimento comercial, com uma arma na mão, e atirou contra a vítima.Duas balas atingiram a cabeça da vítima, que morreu no local, conforme constatou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).O suspeito fugiu de moto, na companhia de um comparsa, e até o momento, não foi identificado.

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Mensagem N°79235
De: montesclaros.com Data: Sexta 2/1/2015 19:32:55
Cidade: M. Claros

"Ab ungibus leo", gostava de repetir o grande Haroldo Lívio aos que mereceram a graça do seu convívio, de suas lições. Traduzido, quer dizer: "Pelo dedo se conhece o gigante".
Pois bem. Aqui vão os 4 últimos textos que ele publicou neste montesclaros.com. Falam por ele, por nós, pela vida. Jamais se ouviu dos seus lábios um lamento, uma queixa, a palavra desprimorosa, deselegante. Continuará a crescer perto de nós, pois seguiremos ouvindo sua voz amiga.



Por Haroldo Lívio - 16/11/2014 02:06:24

A esquina dos três poetas

HAROLDO ´LÍVIO*


Fica na Rua Artur Lobo, que liga a Praça Dr. Chaves à Rua Gonçalves Figueira, bem próximo ao Centro Cultural Hermes de Paula, a esquina onde se dá o encontro de três notáveis poetas do passado. Esta rua, em tempos idos, foi chamada de Beco de Santa Bárbara, que nos protege de raios e trovões, e era usada como via de acesso às aguadas do Rio Vieira, na época navegado por canoas e povoado por curimatãs, surubins e outras delícias. Muito tempo depois, nossa vereação decidiu prestar homenagem a um dos primeiros vates de nossa cidade, Artur Lobo, de grande prestígio e montes-clarense nascido no então distrito do Sacratíssimo Coração de Jesus. Ele foi um dos primeiros jornalistas de Belo Horizonte, tendo participado das festas de inauguração, em 1897, da nova Capital de Minas Gerais, em cuja elite intelectual figurava com invejável distinção, tanto que os vereadores belo-horizontinos deram seu nome a uma artéria muito conhecida. Salvo engano, esta rua fica na Floresta, um dos bairros mais tradicionais daquela metrópole, outrora coroada Cidade Jardim.
Entra em cena o segundo poeta, quando a Rua Artur Lobo, antes de desembocar na antiga Rua do Pedregulho, hoje Gonçalves Figueira, atravessa a Rua Hermenegildo Chaves, cujo patrono é uma das glórias literárias da Montes Claros de antanho, da quadra distante das serenatas e dos saraus familiares. Seu nome e seu apelido carinhoso, Monzeca, estão inscritos na galeria das personalidades mais elevadas do jornalismo brasileiro. Nas redações por onde passou, na Capital que adorava, ainda repercute a admiração pelo texto exemplar que era a marca registrada de sua arte de fino lavor, quer seja prosando, quer seja versejando. A soprano Maria Lúcia Godoy, profunda conhecedora e intérprete consagrada da modinha, relaciona na contracapa de uma gravação os nomes dos quatro maiores modinheiros do Brasil e Portugal. Apontou o português Gonçalves Crespo, Castro Alves, o bardo João Chaves e seu irmão Monzeca. Isto basta para dar uma idéia da dimensão do encontro de Artur Lobo e Monzeca, dois gigantes de nossas letras. Monzeca vinha pouco à nossa cidade, embora a amasse a distância. Na última vez que por aqui esteve, parece que pela festa do Centenário, foi recepcionado em uma tertúlia no palacete do também menestrel Luiz de Paula, que alcançou o auge com a voz encantadora do seresteiro Telé Prates interpretando modinhas imperiais, valsas e outras cantigas de amor.
Completando o trio de poetas da esquina, entra em cena Geraldo Freire, o grande trovador de apenas um livro publicado, Fonte dos Suspiros. Ele, que me honrava com sua amizade, sempre foi considerado um eleito das musas e morava na casa da Rua Hermenegildo Chaves com lateral na Rua Artur Lobo. Dessa convergência de celebridades desta Cidade da Arte e da Cultura surgiu o encontro de três cabeças fulgurantes, de três épocas distintas, que enobreceram esta terra. Montes Claros tem umas coisas que as outras terras não têm...

* Do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Por Haroldo Lívio - 4/11/2014 20:09:59

HAROLDO LÍVIO

Egresso do bloco cirúrgico da Santa Casa, sob os cuidados dos magos Luiz da Paixão e Walter Lima, coadjuvados pelo jovem anestesiologista Waldir Nascimento Bessa Jr., cujo nome indica ser herdeiro do comerciante de maior visão que já mercadejou nesta praça, dono da Loja Americana, voltei a casa pensando nestas cousas aparentemente desimportantes que, de vez em quando, nos enchem a cabeça de caraminholas. Faz quanto tempo que o leitor não passa um telegrama? Já nem se lembra mais e acha que telegrama é um meio antiquado de comunicação em desuso. Aí é que está o engano! A Empresa de Correios e Telégrafos continua funcionando a todo vapor. E funcionando muito bem. Principalmente telegrafando... Para cumprimentar nubentes, uma amiga que festeja 80 anos abrindo garrafas de champagne Veuve Cliquot, os manuais de bom tom exigem que se telegrafe, e não enviar um e-mail ou telefonar, porque o destinatário ficará muito feliz
recebendo o documento das mãos do carteiro, protocolarmente. A mensagem é tão formal que vem contida dentro de um envelope. Antigamente, antes da universalização do computador, as empresas, por status e princípio de economia, tinham o endereço telegráfico que correspondia ao endereço de correio eletrônico E-mail, atualmente dominante e triunfante. A taxação do telegrama era cobrada por letra usada no endereçamento. Se o remetente ao telegrafar para o Banco do Brasil usasse apenas o endereço telegráfico Satélite, muito famoso, por sinal, pagaria somente o valor de uma letra no endereço. Negócio pra lá de vantajoso! Já pensou em quanto ficaria o nome Banco Hypotecário e Agrícola de Minas Gerais, para quem não soubesse o endereço telegráfico, do qual não consigo me lembrar. Lembro-me de que o Banco Mineiro da Produção era Bemca. Assim mesmo. Parece-me que o Banco Comércio e Indústria era Bancomércio. Isto são impressões de sessenta anos atrás, muito para trás. Tenho certeza de que a firma Indústrias Reunidas Santa Maria S.A., fabricante do Óleo Mariflor, o braço direito da boa cozinheira, usava Mariflor e até elegeu uma Miss Mariflor. Seus concorrentes, os Irmãos Pereira, do Óleo Boazinha, usavam o Ipê, uma árvore que nada tem a ver com o algodão e tem a ver com a família. Teria sido bolado pelo brilhante jornalista Cipião Martins Pereira, tido como um dos textos mais belos da grande imprensa. Sociam era o endereço telegráfico de uma algodoeira cuja razão social me escapa.
Ah, se ainda estivesse por aqui o amigo Necésio de Moraes, para elaborar uma lista. Confirmaria que Ramirmãos era usado pela Casa Luso-Brasileira, de Ramos & Cia. (Saudade de Dona Fernanda.) Principalmente informaria sobre firmas de peso em que militou na contabilidade. Diria o endereço telegráfico de Comércio e Representações J. Alves da Silva S.A., a concessionária Ford; e confirmaria Matsulphur, da Companhia de Materiaes Sulphurosos, do Cimento Montes Claros, ou melhor, de João Bosco Martins de Abreu, que acaba de nos deixar entre lágrimas de saudade e eterna gratidão por todo o bem que fez a esta cidade que aprendeu a amar como sua também. Montes Claros se curva reverente ante sua personalidade de homem de escol e empreendedor da produção, das ciências e das artes.

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Por Haroldo Lívio - 13/10/2014 16:27:56

Rapariga do Bonfim etc

HAROLDO LÍVIO

Eu me preparava para escrever algumas linhas sobre o talentoso artista Elthomar Santoro Júnior, que nos deixou em sentido pranto, ausentes de seu agradável e doce convívio, quando as letras e artes desta Cidade da Arte e da Cultura foram golpeadas com a perda de nosso querido Peré.
Duas figuras marcantes que partiram muito cedo para os campos serenos da eternidade e que tinham em comum o amor pelas cousas do espírito, dominando cada qual uma área específica; a música e a literatura. São específicas, sim, num primeiro olhar; mas prestando maior atenção, verifica-se, com facilidade, que conduzem ao mesmo destino, a poesia, que resume a beleza da vida.
Elthomar Santoro viveu pouco. Pode-se dizer que era um jovem de 56 anos de idade, porque tinha um comportamento juvenil, nada fazia que fosse condizente com a idade adulta. Era roqueiro, era músico de vanguarda, era um garoto que amava os beatles e os rolling stones. Ele fazia questão absoluta de ser identificado como prosélito da doutrina hippie, tanto que se vestia, pensava, compunha canções e carregava a sacola e se cobria com o boné de artista engajado. Ele participou da geração que surgiu com a criação do Centro Cultural Hermes de Paula, esta entidade que foi concebida para funcionar como sementeira das vocações que por aqui germinam e têm apresentado um resultado altamente positivo. Pode-se afirmar que o surgimento deste órgão pode ser comparado ao grêmio literário dos padres premonstratenses, há mais de 100 anos, que veio incentivar o desabrochar da geração de João Chaves, Dulce Sarmento, Elpídio César e outras notabilidades do passado. Elthomar Santoro foi cria do Centro Cultural e poderia ter deixado obra mais volumosa se tivesse tido cuidado com a saúde. Lamentavelmente, não se esforçou para contribuir ainda mais para a produção artística da cidade que tanto amava, e partiu muito cedo. Compôs muito rock e deixou um tango, Disparate, em parceria com seu mano Ismoro da Ponte, que o público rebatizou com a denominação de Rapariga do Bonfim, que tem sido uma espécie de sufixo musical das grandes festas da cidade. Tornou-se banal, nos fins de festanças, encerrar a noitada com a execução do tango montes-clarense composto por dois pontenses, em meio a aplausos e pedidos de bis.
Elthomar me considerava uma espécie de tio, tendo até me convidado para fazer uma letra de canção vestida por sua música. Parece que ele queria me homenagear à sua maneira, para celebrar a amizade que sempre uniu o pai dele, Justino, ao meu pai, Zé Luiz. Esta é a história da amizade entre um homem e um menino. O meu velho era o escrivão das execuções fiscais na comarca das Contendas e, volta e meia, viajava pela zona rural cobrando dívida ativa da União. Certa vez, em São João da Ponte, necessitou de contratar um garoto esperto, ativo, desembaraçado, para entregar as cartas de intimação dentro da cidade. Indicaram Justino, que se desincumbiu da tarefa a contento.
O menino continuou trabalhando com o escrivão, e cresceu como acontece com todo mundo. Quando já taludo, passou a viajar com o escrivão, estudou, ingressou no serviço público e terminou sua brilhante carreira como coletor estadual. Palmas para quem merece!

Do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Por Haroldo Lívio - 10/10/2014 19:17:15

PRIMO PERÉ

HAROLDO LÍVIO

Luiz Carlos Vieira Novaes, o Peré inesquecível e bem-amado de todos os parentes, contraparentes, aderentes, amigos, admiradores e leitores, foi cruelmente arrebatado de nosso convívio e nos deixou por algum tempo. As lágrimas até aqui derramadas equivalem ao mar de imorredoura saudade em que estamos todos mergulhados. Sua prematura partida, em meio à consternação geral de todas as pessoas que o amavam, veio desmentir aquela afirmação de que não existem pessoas insubstituíveis. Peré não deixou substituto, alguém que possa igualá-lo em nobreza, em bom caráter e em talento; alguém que possa reunir tanta simpatia e carisma pessoal ao redor de si, mercê de seu reconhecido valor de jornalista e cidadão do mundo, sempre disposto a servir o próximo.
Ele já nasceu abençoado e iluminado pela luz que vem do céu para mostrar quem está perto de Deus. Foi escolhido pela Providência Divina para nascer no dia 25 de dezembro de 1953, para coincidir com a mesma data de nascimento do Menino Jesus. Não resta dúvida de que há algo de profético nessa feliz coincidência. No dia de seus sessenta anos, no ano passado, publiquei um relato sobre o novo sexagenário, lamentando que seu pai, o saudoso Novaesinho, e a mãe, dona Maria, não tivessem dado ao bebê um nome alusivo à data máxima da Cristandade. Ele poderia ter sido contemplado, na pia batismal, com o nome de Natalício, ou Natalino, ou Salvador, ou mesmo Jésus (com o acento agudo) para não ser confundido com o outro ilustre aniversariante. Porém, o pai, que nutria grande admiração pela figura histórica de Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, perdeu a oportunidade e decidiu pelo nome do político, sem saber que o batizando veio a ser, como o pai, um modelo de cristão e criatura do bem. Coisas que acontecem...
Minha primazia com Peré, como digo no título acima, se origina na amizade entre meu avô materno, João Vicente Maria do Amor Divino, pernambucano de Petrolina, e seu avô paterno, João Novaes Avelins, também pernambucano, de Cabrobó, ambos nascidos em cidades banhadas pelo Rio São Francisco. Todavia, vieram a se conhecer em São Francisco, terra barranqueira de Minas Gerais. Até aqui somos apenas netos de dois pernambucanos unidos pela amizade, ainda não dando para dizer que fomos primos nem que seja detrás da serra.
Sem querer pegar carona com a fenomenal simpatia do amigo que partiu, quero informar ao distinto público que a avó paterna de Peré, dona Angélica Novaes, e minha avó materna, dona Florinda Barreto Nobre, portadoras de nomes lindos, eram conterrâneas de São Romão e se apresentavam socialmente como primas. (Não sei qual o grau do parentesco.) O que importa mesmo e que elas fizeram o quarto ano primário em Januaria morando na casa de Tia Ursulina, de quem eu e o querido amigo devemos ter sido sobrinhos-bisnetos. De qualquer forma, teríamos de ser primos nem que fosse pela coincidência da presen;a do Rio São Francisco, na caminhada de nossos antepassados que desceram do Nordeste navegando pelas águas sagradas, em busca de dias melhores.

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Mensagem N°79234
De: Jornalista Luiz Ribeiro Data: Sexta 2/1/2015 17:27:40
Cidade: Montes Claros/MG

Uma grande perda para a nossa cultura

Montes Claros amanheceu consternada com o falecimento de Haroldo Lívio de Oliveira. Com ele, Wanderlino Arruda, Dario Cotrim e Petrônio Braz, fundamos o Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, que teve ele como um dos principais idealizadores. Advogado, articulista, jornalisa, pesquisador, estudioso, historiador e escritor nato, dono de um texto cristalino e incomparável - com rara capacidade de ser, ao mesmo tempo, simples e erudito, Haroldo sempre foi uma espécie de biblioteca ambulante, conhecedor profundo da nossa gente, da nossa história e das nossas raízes. Aprendemos muito com ele. Pra mim, particularmente, ele sempre foi uma espécie de consultor. Em qualquer dúvida ou necessidade de alguma informação sobre episódios pitorescos e fatos históricos a respeito da história de Montes Claros e do Norte de Minas, era só ligar para o Haroldo Lívio que ele respondia com gentileza e disposição. Uma grande perda para a cultura da cidade, da região e do estado. Haroldo, você não partiu. Encantou-se. E,assim, você permanecerá para sempre nos iluminando.

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Mensagem N°79233
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Sexta 2/1/2015 16:32:16
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

A MORTE NÃO PODE ESPERAR...

Mais uma despedida... Sabemos que nossa vida no planeta é provisória. Viemos aqui, provavelmente, para aprender. Principalmente, aprender a amar. Acredito que o homem tem duas asas: a asa do conhecimento e a asa do amor, que implica, também, a ética. Entretanto, poucos de nós desenvolvem, com equilíbrio, essas duas asas. Meu amigo, Haroldo Lívio, que partiu no primeiro dia do novo ano, era um homem que soube desenvolver ambas.
Haroldo, meu companheiro de Academia e do Instituto Histórico, era, talvez, um dos maiores intelectuais de nossos tempos, por esses rincões.
E sua simplicidade, sua humildade, era do tamanho de sua grandeza intelectual e moral.
Estar perto dele, usufruir de seu rico cabedal de conhecimentos era sempre uma fonte de enriquecimento. Ah, meu amigo, como vou sentir sua falta!...
Em qualquer acontecimento social ele estava sempre acompanhado de sua bela esposa, Maria do Carmo, ou Duca para os íntimos. Eram companheiros formidáveis, sempre cheios de alegria e bom-humor! Era, também, como sei, um excelente pai de família. Portanto, além de intelectual respeitado, um homem reto, de princípios morais sólidos.
Deixa para a posteridade um rico acervo cultural e um exemplo de integridade, honestidade, bondade, cavalheirismo.
Constatar o quanto era querido bastava ver quantos o cercavam no Café Galo e, hoje, a multidão que lotou o seu velório e seu enterro. A despedia foi para todos que o amavam um momento único de grande emoção.
Foi-se o homem, fica a sua herança e as marcas profundas que deixou na cidade de Montes Claros e, quiçá, em todo o norte de Minas. Feliz da criatura, como ele, que pode apresentar-se, sem mácula, diante do Pai-Criador.
Há muito, desde a morte de seu irmão, Fernando, que estava prometendo a mim mesma visitá-lo. Mas, por uma série de motivos, principalmente de saúde, fui adiando a visita. E eis que ele se vai sem que eu pudesse, mais uma vez, dar-lhe um abraço e batermos aquele papo tão gostoso. A morte não pode esperar. Ele estava de malas prontas e mal sabia eu!... Perdão, meu amigo!
As cadeiras ocupadas por ele, em ambas as instituições citadas acima, serão ocupadas por outros. Eu, porém, hesitaria muito antes de fazê-lo, pois o peso de seu nome implica em grande responsabilidade.
Para mim, amigo, você foi único e, portanto, insubstituível.
Espero, de todos meu coração, podermos nos encontrar na eternidade, assim como com tantos outros entes queridos!
Adeus, amigo! Obrigada por ter feito parte de minha vida! Você pode ter a certeza de ter marcado profundamente a vida de muitos com quem conviveu. Você foi um privilégio! E a lacuna que deixa é, verdadeiramente, dolorosa.

Maria Luiza Silveira Teles

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Mensagem N°79232
De: César Data: Sexta 2/1/2015 15:38:14
Cidade: Moc/MG

O rijo sol das 3h da tarde, quando a temperatura era de 36 graus, presidiu a cerimônia de adeus, ainda agora, do escritor Haroldo Lívio, no cemitério local - o velho. Família e amigos cantaram o "Amo-te Muito", canção de João Chaves que embala as horas felizes - e é seguro lenitivo nas horas amargas. Wanderlino Arruda, em nome de todos falou, e chorou. Nossa mais alta cidadã, Dona Yvonne Silveira, que acaba de sair dos primeiros 100 anos, foi ao velório, fortíssima, e, contrariando os costumes, ajudou a conduzir o caixão pela alça. Haroldo vive.

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Mensagem N°79231
De: O Tempo Data: Sexta 2/1/2015 12:13:18
Cidade: Belo Horizonte

Traficantes `abrem fogo` em Bocaiuva e deixam quatro pessoas feridas -02/01/15 - Carolina Caetano - A Polícia Militar de Bocaiuva, no Norte de Minas, ainda não conseguiu localizar três homens que promoveram um tiroteio e deixaram quatro pessoas feridas na cidade, nessa quarta-feira (1º). Os atiradores seriam traficantes conhecidos no município.De acordo com o boletim de ocorrência da corporação, uma adolescente de 14 anos, uma mulher de 21 e um homem de 27 estavam conversando na rua Goiás, no bairro Pernambuco, quando os suspeitos passaram em um Punto de cor vermelha e começaram a disparar.Um das balas transfixou o portão e atingiu um idoso de 65 anos que estava na garagem do seu imóvel. Depois dos crimes, o trio fugiu. Todas as vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Gil Alves. A mulher e a menor passaram por cirurgia, e os homens seguem em observação.Durante rastreamento na cidade, policiais conseguiram localizar um suspeito de 22 anos. O homem estava saindo da casa do outro atirador, que não foi encontrado.O homem negou o crime, mas foi reconhecido por um dos feridos. Ainda conforma a polícia, o rapaz e a jovem de 21 anos teriam envolvimento com o tráfico de drogas.O suspeito foi encaminhado à delegacia de plantão do município.

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Mensagem N°79230
De: José Prates Data: Sexta 2/1/2015 10:51:25
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

Com grande pesar, tomei, agora, quando abri este mural, a lamentavel noticia do falecimento do escritor e jornalista Haroldo Livio quem eu admirava e respeitava como um dos intelectuais de nossa terra. À familia enlutada, os meus pesâmes. José Prates

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Mensagem N°79229
De: Wanderlino Arruda Data: Sexta 2/1/2015 11:10:39
Cidade: Montes Claros/MG

HAROLDO, BARÃO DE GRÃO-MOGOL

Wanderlino Arruda

Com imensa tristeza, na hora em que Haroldo nos deixou, republico a minha crônica sobre ele, que foi um grande amigo e notável companheiro - A história é bem normal de tudo de conformidade com os cânones do comércio de nossos dias, fruto dos princípios da oferta e da procura. Negócio de toma-lá-e-dá-cá, envolvendo naturalmente valores e moedas comuns de qualquer ato comercial. Só põe romantismo numa operação dessas quem pode vê-la com olhos de poesia, com traços românticos de filosofia literária. Em tudo, não resta dúvida, mesmo nos atos de pura barganha e interesses outros, a gente consegue dar um colorido de fantasia, bem própria dos que vivem do trato das artes de das letras. É que a verdade é bem interessante, amigos. Haroldo Lívio, cidadão brasileiro, brasilminense de nascimento, montes-clarense de coração, agora assina um atestado de amor à terra de Grão Mogol. Assina e paga. Paga com toda a força que o dinheiro põe e dispõe no mundo moderno, mesmo em se tratando de coisas antigas. Haroldo Lívio - é bom dizer logo - acaba de efetuar uma transação comercial de alto coturno na cidade de Grão Mogol. Comprou e pagou e tomou posse, com registro em Cartório, mediante todas a cláusulas, inclusive a de evicção. Haroldo Lívio, ou melhor, Doutor Haroldo Lívio de Oliveira, brasileiro, advogado, casado com a socióloga, D. Maria do Carmo, é hoje senhor de um solar antigo e sensorial na cidade de Grão Mogol. Senhor legítimo de uma antiga casa, grande e imponente, construída possivelmente por mãos escravas, de paredes de pesadas pedras, escavadas com o suor do século passado. Caso de amor à primeira vista, Haroldo embeiçou-se pela nobre vivenda e sentiu-se imediatamente na pele de um poderoso grão-proprietário, dono da segurança de uma fortaleza ao mesmo tempo urbana e histórica. Viu e gostou. Gostou e comprou. Comprou e pagou. Pagou por ser o incontestável possuidor da possuída posse. A casa de Haroldo, amigos, não é uma casa comum, que a escritura diz construída de alvenaria, de simples e perecíveis tijolos. É obra granítica, com paredes de meia braça, a sustentar janelas coloniais, portas imensas, de duas bandas, com pesadíssimas traves e ferrolhos, frutos, não só da segurança mineira como da senhorial competência de suados ferreiros de antanho. A casa de Haroldo, de telhado de aroeira lavrada a golpes de enxó por mãos competentes, tem repetidas ripas de jacarandá! As paredes das salas mais nobres são revestidas com lambris e o piso é digno das passadas de um comandante-centurião. Na frente, o arquitetônico ornato de uma resistente cimalha dá o toque do poderio e da força de uma escolha consciente do construtor e mestre-de-obras, orgulho da arte de cantaria. O fundo do nobre solar, após generoso quintal de frutos opimos, divisa com as mais cristalinas águas do rio de areias brancas, leito de pedras polidas, barrancas atapetadas de grama verdinha e capim gordura. Ao longe, mas não muito distante, o perfil elegante de centenárias árvores a formar moldura com o azul de ferrugem das serras e a linha cinzenta-celeste do horizonte. Tudo uma graça, um encanto para os olhos e um prazer para o coração... Por tudo isso, pelo amor, pelo romantismo da decisão comercial, pela poesia, pelo gosto, pela nobre humildade e pela humilde nobreza de sã consciência, prevalecendo-me não sei de que autoridade, não tenho dúvida de atribuir a Haroldo Lívio, culto e intelectual senhor das Minas Gerais, o Título de Barão de Grão-Mogol. Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°79228
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 2/1/2015 10:04:19
Cidade: Montes Claros-MG

O ano 2014 terminou com um déficit de chuva considerável.
Na região da Serra Geral (Itacambira, Juramento e Glaucilândia) responsável por 65% do abastecimento de Montes Claros durante o período chuvoso de Setembro a Dezembro de 2013 foram 969,8 milímetros de chuva. Já em 2014 neste mesmo período apenas 245,6 milímetros, correspondente 25,3 % do ano anterior.
No Dezembro de 2013 choveu naquela região 614,1 milímetros, já Dezembro/14 apenas 81,6 milímetros, 13,2 % do mesmo mês de 2013.
Não obstante dos dados, às previsões são animadoras, é esperado até Março/ 2015 mais 650,0 milímetros conforme projeções embasadas nos dados dos ciclos hidrológico da região.
São águas que vão garantir coisas boas.
Os aquíferos continuam desidratados na nossa região, principalmente a carstica do Oeste montesclarense , situação que contribui com a sua despressurização hidráulica, podendo promover - como é de costume, alguns abalos sísmicos - devido a super exploração das águas subterrâneas e as detonações das pedreiras da Serra do Melo.
José Ponciano Neto é Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES-MG

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Mensagem N°79227
De: Paulo Narciso Data: Sexta 2/1/2015 10:03:54
Cidade: M. Claros

De gravatinha borboleta preta e o rosto sereno de sempre, conduta lhana que foi a marca da sua vida. Assim se despede de nós, nesta manhã, o mais completo intelectual da cidade, o humanista Haroldo Lívio, também escritor, cronista, jornalista, bancário e oficial dos registros públicos. Aplicado, devotado, talentoso, o menino/jovem Haroldo Lívio, logo que se mudou para Montes Claros, entrou numa biblioteca e não saiu de lá enquanto não acabou de ler o último volume. Tornou-se, é claro, o maior sábio entre nós, uma enciclopédia permanente, para qualquer consulta, ornada de generosidade, comedimento e paciência. O nosso Sócrates, no Jardim de Academus que escolheu. Foi funcionário do Banco do Brasil e renunciou à carreira para seguir o ofício do pai, escrivão do Poder Judiciário. Por concurso, assumiu o Cartório de Imóveis de Porteirinha e acrescentou àquela cidade os traços de seu desprendimento e de sua cultura.
Haroldo Lívio paira sobre sua região como o homem dos vôos mais altos, embora encerrados numa disciplina de modéstia e humildade que durou 76 anos, interrompidos ontem à noite, por volta das 22h. Os acontecimento mais importantes da cidade nos últimos 60 anos foram celebrados por sua escrita, ou relembrados. No jornalismo, ocupou-se, entre outras coisas, daquilo que é mais difícil, mais delicado - o registro dos que partem, o chamado necrológio, que também celebrizou Hermegildo Chaves, o Monzeca. Resumir sua vida de humanista pede muitas páginas, e elas ficarão incompletas.
O fato é que Haroldo sentiu muito a partida do seu único irmão homem, Fernando, há dez meses. Apenas os muito próximos puderam entrever, no silêncio de sua conduta alta, o quanto lhe custou a separação. Há dois meses, submeteu-se a uma cirúrgia de bexiga, sem maiores complicações. Um quadro de diabetes, despertada pela falta do irmão mais velho, se incumbiu de dificultar as coisas. Havia também a descompensaçao da glicose. De qualquer modo, não tomou o lugar de ninguém nos hospitais, trasbordantes e exaustos. Morreu ontem em casa, assistido pela esposa, Maria do Carmo, e pelas filhas. Serenamente.
O velório começou por volta das 2h da madrugada desta sexta-feira, numa bela noite de lua cheia, de céu infinitamente azul, onde sempre viveu sua alma. O sepultamento está marcado para as 14 horas. Mas, pessoas esplêndidas como Haroldo Lívio não vão à sepultura. Permanecem.

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Mensagem N°79226
De: Família Haroldo Livio Data: Quinta 1/1/2015 23:58:17
Cidade: Mg  País: Brasil

O velório do nosso saudoso Haroldo Livio de Oliveira será a partir das 6h na Santa Casa de Montes Claros.

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Mensagem N°79225
De: José Ponciano Neto Data: Quinta 1/1/2015 22:39:54
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

01/Janeiro/2015- Tomei ciência agora há pouco do falecimento do escritor, historiador, tabelião e nosso confrade (fundador) no Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, Dr. Haroldo Lívio de Oliveira. Pessoa das mais educadas e inteligentes que já convivi. Sem dúvida será uma das perdas mais significativas na sociedade literária do Brasil. Brasília de Minas, Porteirinha, Montes Claros e Grão Mogol estão de LUTO. Cidades onde mais conviveu com a sociedade em geral. A sua esposa Maria do Carmo, filhas e demais familiares nossos pêsames. (*) Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros. ,

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Mensagem N°79224
De: Wanderlino Arruda Data: Quinta 1/1/2015 22:24:29
Cidade: M.claros

É com imenso pesar que comunico o falecimento, há poucos minutos, do nosso Confrade Haroldo Lívio de Oliveira.Ainda não temos o horário das visitas no velório da Santa Casa.

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Mensagem N°79223
De: Família Haroldo Livio Data: Quinta 1/1/2015 22:18:20
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Acaba de falecer em Montes Claros o escritor Haroldo Livio de Oliveira. Ainda não se sabe local de velório!

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Mensagem N°79222
De: Juvenal Data: Quarta 31/12/2014 19:52:40
Cidade: Moc

Mais que a meteorologia, os "rabos de galo" nos ceus de M. Claros, ontem, fizeram crer em chuva de verdade. Não vieram os 10mm da meteorologia. Mas, na cota dos rabos de galo, choveu em algumas partes da cidade. Por exemplo: no Bairro dos Santos Reis. Chuva de correr água. Pudera. Não é ali, no cocho do boi e da vaca, que está sendo saudado o Deus-Menino?

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Mensagem N°79220
De: shopyonline.co.uk Data: Quarta 31/12/2014 15:17:22
Cidade: Londres  País: Englaterra

Estar em busca de colaboradores...dicas...sugestoes. ideias...para que possamos abrir varias bibliotecas comunitarias em Montes Claros onde jovens e criancas poderam passar horas por dia fazendo trabalho escolar, ler um Livro, assistir um filme...criar um curriculo...Thanks

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Mensagem N°79219
De: Projeto Jaíba Data: Quarta 31/12/2014 12:58:52
Cidade: JAÍBA-MG

Apesar das chuvas que ficaram 50% abaixo da média histórica a barragem de Três Marias entra 2015 com apenas 9,80% da sua capacidade. lembrando que no mesmo período de 2013 para 2014 ela estava com 28,80% da sua capacidade e no final de Março de 2014 já estava apenas com 19% e chegando em Novembro de 2014 com apenas 2,60% do volume útil. A barragem de Três Marias até o final de Março precisa de estar no ´´MÍNIMO`` com 25% da sua capacidade para que durante ao período de estiagem de Abril a Outubro o rio da integração não seja considerado um rio morto. A função hoje da barragem de Três Marias e manter vivo o rio S. Francisco ficando a geração de energia em segundo plano. Se as chuvas de Janeiro a Março de 2015 não abençoar a região da barragem, a falta de agua no maior Projeto de Irrigação será uma dura realidade.Que DEUS nos abençoe com muita chuva.

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Mensagem N°79218
De: Cida Data: Quarta 31/12/2014 09:24:05
Cidade: Montes Claros/MG

(...) teriam ocorrido, pela citada notícia, às 13h32m e 15h22m desta tarde de terça feira, penúltimo dia do ano, um dia muito quente, com os termômetros marcando 36 graus até por volta das 18 horas. há relatos de 2 tremores de terra hoje em m. claros, enviados por moradores para o mural deste acreditado montesclaros.com, mas em outros horários. para completar, o site do observatório de brasîlia, referência para sismos no brasil, e que acabo de consultar, o site simplesmente não registra nada, até agora. (...)

É verdade, eu senti um tremor às 17:25 horas. Deve ter ocorrido algum engano quanto ao horário.

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Mensagem N°79217
De: Tchelo Data: Quarta 31/12/2014 08:01:44
Cidade: Montes Claros

Bom dia, Alguém sabe informar se na virada do ano teremos em Montes Claros alguma igreja católica aberta?
Obrigado

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Mensagem N°79216
De: Barbosa Data: Terça 30/12/2014 21:53:27
Cidade: M. Claros

a tv grande minas, afiliada da rede globo, noticiou nesta noite que o observatório sismológico da universidade de brasília confirmou 2 micros tremores de terra hoje em m. claros. teriam ocorrido, pela citada notícia, às 13h32m e 15h22m desta tarde de terça feira, penúltimo dia do ano, um dia muito quente, com os termômetros marcando 36 graus até por volta das 18 horas.
há relatos de 2 tremores de terra hoje em m. claros, enviados por moradores para o mural deste acreditado montesclaros.com, mas em outros horários.
para completar, o site do observatório de brasîlia, referência para sismos no brasil, e que acabo de consultar, o site simplesmente não registra nada, até agora.
isto apenas demonstra a situaçâo de absoluta desinformaçâo com o cidadão que se preocupa, e precisa se preocupar,com sua família e com sua cidade. acho que, no mînimo, devemos merecer informaçòes confiáveis, complementares, por parte das nossas autoridades. (...)

neste preciso momento, enquanto faço esta observação, e depois do forte calor, há relâmpagos, ventos e um forte trovâo bem prôximo da área central de m. claros. a meteorologia praticamente havia retirado as esperanças de chuva. que caia! agradeceremos muito se a meteorologia mais uma vez estiver errada. e que deus se apiede de nós e envie uma mansa chuva.

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Mensagem N°79215
De: Prefeitura Data: Terça 30/12/2014 19:38:00
Cidade: M. Claros

Foram anunciados, na tarde desta terça-feira, 30, em coletiva de imprensa na Sala de Reuniões do Gabinete, os nomes dos novos membros que irão compor a Administração a partir de 2015.Divididos em diversas áreas, os novos integrantes deverão ser empossados no dia 05 de janeiro de 2015.Os novos membros da administração são: Eduardo Avelino (Assessor de Gestão); Geraldo Guimarães (corregedor municipal); Hamilton Trindade (assessor especial de Gabinete); Odorico Mesquita Neto (diretor da AMASBE); Luiz Antônio Athayde (coordenador do núcleo de Parcerias Público-Privadas); Wagner Santiago (secretário de Planejamento e Gestão); Antônio Henrique Sapori (secretário de Agricultura Familiar).(...)

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Mensagem N°79214
De: Cláudio Data: Terça 30/12/2014 19:07:28
Cidade: Montes Claros/MG

Tremor de terra sentido também às 17h22m no Cândida Câmara.

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Mensagem N°79213
De: Tiago Data: Terça 30/12/2014 17:36:24
Cidade: Montes Claros

tremor tbem sentido aqui no Vargem Grande às 17:22h.

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Mensagem N°79212
De: nanda Data: Terça 30/12/2014 17:35:45
Cidade: santa rita

Tbm semti o tremor d terra

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Mensagem N°79211
De: Welington Data: Terça 30/12/2014 17:24:15
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Tremor de terra no Cintra! 17:22. Vamos passar final de ano tremendo a terra.

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Mensagem N°79210
De: Edilene Data: Terça 30/12/2014 09:00:35
Cidade: Montes Claros MG  País: BRASIL

tremor na madrugada. - foi sentido na madrugada de hj 30/12/2014 por volta das 4:00 da manha um tremor de terra seguido de um pequeno estrondo tipo de "trovão" na Zona rural de Montes Claros(Marcela,gostaria de saber onde foi o epicentro.

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Mensagem N°79209
De: Wanderlino Arruda Data: Terça 30/12/2014 08:39:14
Cidade: Montes Claros/MG

PROFESSOR EZEQUIEL PEREIRA

Wanderlino Arruda

Acho que esta crônica deveria estar sendo escrita por Haroldo Lívio. Ele a faria bem melhor, com mais sabor telúrico, uma vez que ele sente muito mais de perto a força da terra de Grão Mogol, o cheiro do amor metafísico que perpassa pelas ruas tortas e pela velha praça nominada pela placa mais bonita que já vi, a placa da Praça Professor Ezequiel Pereira, bem o no centro da velha cidade. O Professor Zeca é de Grão Mogol, município cheio de pedras escuras de verde-musgo e maduras de amarelo-dourado, lugar de águas tão claras como o cristal mais claro, árvores de um verde tão intenso que faz doer-nos a vista. Nascido lá, ali tomando contato com a natureza e com o mundo, lendo e escrevendo as primeiras letras, construiu desde menino, um felicíssimo alicerce de vida feliz. Não sei quantos anos tive de convivência com o Professor Zeca, nem posso precisar bem a época dos nossos primeiros encontros, de quando eu comecei a beber na fonte inesgotável de sua sabedoria, do manancial de erudição tão maravilhoso que ele sabia muito bem guardar e expandir envolto numa sincera e natural simplicidade. Foi o Professor Zeca um dos homens mais cultos e mais humildes que pude conhecer até hoje, cultura que a gente tinha de minerar aos poucos através de perguntas, de colocação de assuntos que pudessem provocar sua vocação de ensinar, de esclarecer. Sabendo muito, por demais preciso nos seus conceitos de ciência, filosofia, religião e linguística, parece que tinha medo, ou mesmo por excesso de amor, evitava ofuscar os que sabiam menos ou quase nada. O Professor Zeca era impecável na limpeza. Limpeza física e de coração, limpeza de ideias, de vocabulário, uma limpeza alegre, descontraída, despojada de qualquer tipo de pompa ou de orgulho. Sua presença colocava as pessoas tão à vontade como se elas estivessem numa respeitosa festa de família. Era um homem de bem, de todo o bem, tudo indica, sem qualquer defeito visível ou invisível. Os que conviveram mais tempo com ele - Olímpio Abreu, Laerte e Ney David, D. Deuslira Filpi, D. Lisbela, D. Lia Rameta, João Afonso - todos diziam nunca terem notado nele qualquer faceta negativa, por mínima que pudessem imaginar. Espírita dedicado desde os treze anos, juntamente com seu famoso irmão Cícero Pereira, Professor Zeca foi estudioso da doutrina até os 84, paciente nas anotações, consciente nos conceitos, firme e sem desfalecimento até o fim. Um erudito, obediente à codificação de Kardec, firme no escrever e no proferir palestras, mestre admirado de muitas gerações. No tempo certo, realizamos uma semana de comemorações do centenário de nascimento do Professor Zeca. Foram dias de repasse de feitos grandiosos de um homem que jamais sonhou com grandezas. Professor, coletor do Estado, chefe político, guarda-livros na antiga fábrica do Cedro, foi sempre metódico e seguro nas suas decisões. Foi um dos fundadores da Fraternidade Espírita Canacy, no início do século passado, companheiro de Aristeu de Melo Franco e de Sebastião Sobreira. O Professor Zeca não estudava só em português e não podia assim fazê-lo numa época em que muitos livros importantes não haviam sido traduzidos para nossa língua. Lia diligentemente em francês, inglês, italiano, espanhol, esperanto. Eram excelentes seus conhecimentos de grego e de latim. Um intelectual exemplar. O Professor Zeca, Ezequiel Pereira, foi sempre um homem de bem! Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°79208
De: Manoel Hygino Data: Segunda 29/12/2014 13:40:11
Cidade: BH

Cem anos exemplares

Manoel Hygino - Jornal Hoje em Dia

Uma jovem professora e escritora do interior brasileiro completa cem anos em 30 de dezembro. Nascida em 1914, no norte e Minas, fez o curso primário em Montes Claros, e, em seguida, a Escola Normal. Transferindo-se com os pais para Brejo das Almas (o nome inspirou o livro de Drummond), hoje Francisco Sá, lecionou no grupo escolar local.

Era um tempo de ensino superior cingido praticamente às capitais ou às cidades maiores. No velho e lendário Brejo regeu classes e se fez professora de Educação Física, por dez anos. Casou-se com Olyntho Silveira, fazendeiro, com inclinação às letras. Uma união de mais de setenta anos, durou até o falecimento do marido quase centenário. O casal já se transferira para a cidade mais importante da região, grande centro econômico, mas também político e cultural.

O amor sincero e entranhado inspirou um poema nas bodas de prata: “Companheiro”. “Tu és o companheiro eu escolhi/ para o fatal caminho do amor, / E o ideal abandonei por ti, / Para viver contigo o risco e a dor./ Faz vinte e cinco anos. Nem senti andar pelo caminho sedutor./ Morria aqui um sonho, outro ali./ Nós dois vivendo de esperança e ardor./ És aquele, sim, que um dia escolhi./ E não importa que a glória inconstante/ E a alma incerta se esquivem de ti./ O amor nos dá tanta felicidade/ que só desejo no supremo instante/ partir contigo para a eternidade”.

Ele, esposo e poeta, se foi. Ela ficou para continuidade de uma obra admirável. Yvonne de Oliveira Silveira se consagrou, em um meio rico de mulheres notáveis virtudes nas letras, na história, na música, nas artes enfim. Depois, presidente da Academia Motesclarense de Letras, exerce o cargo com total devotamento e competência, além dos demais que ocupa.

Presidente de Honra do Elos Clube, sócia do IHG de Montes Claros, do Rotary Clube Sul, da Academia Feminina de Letras de Minas Gerais, sócia da Academia Municipalista de MG e fundadora da de Montes Claros, comparece rigorosamente às solenidades, sempre elegante e b em disposta. Fornada em letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Montes Claros, da Unimontes, pós-graduada em Teoria da Literatura pela PUC-MG, construiu um belo currículo com uma série de atuações, inclusive em funções públicas participando de cursos na capital mineira pela UFMG e na Comissão Mineira de Folclore. Lecionou Literatura Portuguesa e Teoria da Literatura na FAFI; História das Artes no Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez, entremeados esses misteres com viagens pelo país ou fora dele para congressos e seminários.

Com Olyntho, publicou “Brejo das Almas”, em 1962 e, daí para frente, jamais deixou de editar novos livros, o mais recente, “Cantar de Amiga”. Para Maria Luiza Silveira Teles, também escritora, “toda a sensibilidade e a rica interioridade de Yvonne Silveira se derramaram nessa obra cheia de beleza, que é, em si mesma, uma canção do mais puro dos sentimentos e uma elegia à própria vida”.

Sua biografia é ampla, mas se há de enfatizar a incessante produção para jornais, em verso e prosa, presença em prefácios e orelhas, em palestras e conferências, que transformaram todos os seus dias, e tudo o que faz, “numa belíssima canção à vida do ser humano”. Os cem anos de Yvonne é uma festa para todos nós, a quem devemos um rosário de exemplos de operosidade de bem servir.

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Mensagem N°79207
De: Jornalista Luiz Ribeiro Data: Segunda 29/12/2014 09:26:57
Cidade: Montes Claros/MG

Comunico,com imenso pesar, o falecimento do amigo fotógrafo Nadson Alves, ocorrido no fim da noite de ontem. O corpo está sendo levado no velório 2 da Funerária da Santa Casa - o horário do sepultamento ainda não foi marcado. Natural de Pedra Azul, Nadson marcou época na fotografia em Montes Claros. Na década de 1970, montou um bem instalado estúdio na rua Simeão Ribeiro, o Quarteirão do Povo. Além de fotos de estúdio, de coberturas de casamentos e cobertura de outros eventos, caminhou para o fotojornalismo. Atuou nos extintos Diário de Montes Claros e Jornal do Norte, fundado por Américo Martins e Jorge Antonio dos Santos, mostrando o seu trabalho também no Estado de Minas. Neste último, tive a oportunidade de trabalhar com Nadson e percorrer milhares de quilômetros pelo Estado de Minas, em reportagens e coberturas memoráveis, incluindo duas visitas presidenciais (de Ferhando Henrique Cardoso) ao Projeto Jaíba e a Salinas. Vai o fotógrafo, ficam guardadas para sempre seus registros e suas imagens. Parte o homem. Ficam os causos, a descontração, as (boas) discussões),as histórias, a sua bondade, as boas recordações. Descanse em paz amigo Nadson.

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Mensagem N°79206
De: Vinicius de Brito Data: Segunda 29/12/2014 08:10:50
Cidade: Montes Claros/MG

(...) Um exemplo disso ocorreu hoje por volta das 12:00 (meio dia) um elemento veio a porta da minha casa, portando uma arma de fogo, e abordou meu cunhado, cujo estava subindo na moto para ir embora, na ocasião o elemento furtou sua moto, celular e capacete, ameaçou de morte colocando a arma em sua cabeça e depois a todos que encontrava na porta da casa com a arma em punho. Agora pergunto as autoridades "responsáveis" até quando ficaremos reféns dos bandidos, pois não podemos nem sair na porta da casa (...)

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Mensagem N°79205
De: José Prates Data: Sábado 27/12/2014 17:51:46
Cidade: RIO DE JANEIRO  País: RJ

AS LEMBRANÇAS QUE APAGAM

JOSÉ PRATES

“O prédio do antigo Cine Ipiranga está à venda. Ê só subir a Avenida Melo Viana para ler o anúncio, melancólico.” Diz Baltazar na mensagem 1977. Será vendido e, talvez, demolido para outro prédio aparecer em seu lugar, apagando completamente a lembrança daquele cinema, que foi a alegria da criançada daquela rua que o lotava aos domingos, para assistir aos seriados com o cow-boy Roy Rogers em sua luta contra os gangsteres, no oeste americano. É a ação implacável do tempo que destrói tudo aquilo que não é protegido contra ela. Naquele tempo que não está muito distante, as salas de cinema mais a praça de esportes, eram os locais de diversão do montesclarense. Eram três as salas de cinema o Cine Cel Ribeiro, Cine Montes Claros e Cine Ipiranda, este o mais modesto. Os filmes de Cow-boy exibidos em serie nas “matinés”, aos domingos, faziam a alegria da criançada:que lotava as salas de cinema, principalmente o Cel Ribeiro, o mais freqüentado. Essas salas de projeção eram, a principal e, praticamente, a única diversão do montesclarense classe média, porque fora isso,, existiam apenas, a Praça de Esportes e, aos domingos, uma caminhada até os “morrinhos” para contemplar a cidade aos seus pés.
O interesse do montesclarense por sua terra, que vem desde o inicio, desde a criação da fazenda e depois povoado dos montes claros, é o fator principal do desenvolvimento que vem se processando no lugar desde a sua descoberta. Primeiro foi o comércio que acompanhou os descobriores, atraindo mais e mais pessoas que ai se fixavam contribuindo para o seu deenvolvimento que foi, relativamente, rápido. Não demorou e Montes Claros já era uma Vila e pouco tempo depois, cidade. Hoje além de importante centro comercial, líder no Norte de Minas, é também um importante centro universitário, pólo de uma região com mais de dois milhões de habitantes. Centro industrial atraindo grandes empresas. É uma metrópole que consegue conciliar agitação e desenvolvimento sem qualquer problema. Montes Claros é isto, uma cidade com cerca de 500 mil habitantes em pleno Norte de Minas que adquiriu e mantém foros de capital, liderando o comercio e a cultura da região. Cultura porque Montes Claros é o centro educacional da região para onde vão os jovens das cidades vizinhas para o estudo médio e superior

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