Ataque terrorista em Paris deixa 12 mortos na sede de jornal satírico; atiradores de preto gritavam "vingamos o profeta", numa alusão a Maomé. O vídeo abaixo mostra o terror em ação
Quarta 07/01/15 - 10h55Tiroteio com fuzis na sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo" causou pelo menos 12 mortes e deixou 20 pessoas feridas nesta manhã, em Paris, França, que entrou em estado de alerta máximo para terrorismo. ´Vingamos o profeta´, gritaram os dois atiradores, de negro. Segundo o jornal francês "Le Monde", o último tuíte do jornal, especializado em humor, é um cartum satirizando o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. Entre os mortos estão o diretor do jornal e 4 cartunistas. O presidente francês, François Hollande, se dirigiu ao local assim que soube do massacre na redação e convocou "reunião de crise" no palácio presidencial. Após o ataque, a França passou a procurar pelos dois suspeitos. Polêmico, o jornal gerou grave crise, em 2012, quando publicou charges do profeta Maomé. No ano anterior, após publicar outra charge polêmica sobre o mundo muçulmano, a sede do jornal foi atacada e seus editores passaram a viver sob proteção policial. Para o Islã, qualquer representação de Maomé é considerada pecado.
GRITOS
Foi um dos mais graves atentados da história da França. Dois homens vestidos de preto, encapuzados e armados com fuzis Kalashnikov, chegaram atirando. O presidente da França, o socialista François Hollande, afirmou que a França vive “um momento extremamente difícil”. O intenso tiroteio foi pouco depois das 11h (8h, no horário de Brasília), quando os 2 terroristas já entraram atirando no hall do jornal. A fuzilaria durou mais de 10 minutos e os terroristas fizeram mais de 30 disparos contra jornalistas e funcionários do jornal. Os terroristas gritavam os nomes de jornalistas e os funcionários do periódico escaparam para o terraço do edifício, situado no bulevar Richard Lenoir, no 11º distrito de Paris.
"ALÁ É GRANDE"
Ao finalizar o ataque, os terroristas gritaram "Alá é grande". De acordo com testemunhas, eles falavam em francês "sem sotaque".