Indonésia vai executar brasileiro e mais 5, mas tenta salvar da morte doméstica que matou patrão na Arábia Saudita

Após a confirmação da execução do brasileiro Marco Archer, de 53 anos, e outros 5 condenados por tráfico de drogas, a organização internacional “Observatório de Direitos Humanos” chamou atenção para a articulação da Indonésia para salvar uma mulher da pena de morte na Arábia Saudita. Em nota, a instituição classificou a postura da Indonésia sobre a pena de morte como “dois pesos e duas medidas”, e chamou o governo de hipócrita. "O apelo do governo indonésio pela clemência de Satinah Ahmad na Arábia Saudita, ao mesmo tempo que ignora seu próprio uso continuado da pena de morte, é mais do que mera hipocrisia sobre o direito à vida", diz trecho da nota. Em outro trecho, o documento destaca que o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas condena a pena de morte por crimes relacionados a drogas e afirma que o caso da execução do brasileiro é "revoltante". Satinah Ahmad, uma trabalhadora doméstica da Indonésia, está no corredor da morte na Arábia Saudita desde 2010, pela morte e roubo de seu empregador, um homem de 70 anos.