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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Em Versalhes, presidente repete que a França está em guerra e prorroga estado de emergência por 90 dias

Segunda 16/11/15 - 15h32

O presidente francês anunciou um pacote de medidas contra o terror em pronunciamento ao Parlamento, realizado no Palácio de Versalhes. "A França está em guerra", declarou, e pediu que os parlamentares e a população reajam com "sangue-frio" ao terrorismo. O estado de emergência, decretado na última sexta-feira, após os atentados que deixaram 129 mortos em Paris, deve se estender por três meses.
EXPULSAR
Hollande pediu que as penas aos terroristas sejam mais longas. Sugeriu a revisão da Lei Antiterrorismo de 2012 e da própria Constituição francesa, para "expulsar mais rapidamente estrangeiros que representem uma ameaça" e disse que cidadãos com dupla cidadania devem perder a cidadania franceses se representarem risco de terrorismo ao país.
TERRORISTAS
"A república que queremos deverá nos investir de todos os meios necessários para erradicar os terroristas e, assim poder viver em estado de direito", disse o presidente. "Não estamos em uma guerra de civilizações, porque esses assassinos não representam uma civilização. Estamos em guerra contra o terrorismo jihadista".
DESTRUIR
Hollande ainda parabenizou os pilotos franceses que participaram do ataque massivo a alvos do Estado Islâmico no domingo e agradeceu os Estados Unidos por sua participação na operação. "A Síria se transformou na maior fábrica de terroristas que o mundo já conheceu", ao lembrar que a questão dos refugiados está diretamente ligada às guerras da Síria e do Iraque. "Nosso inimigo é o Estado Islâmico. Temos que destruí-lo".
ELA MESMA
"Após tudo isso, espero que a França possa permanecer ela mesma. Jamais eles poderão nos impedir de vivermos como decidimos viver. Sobretudo a juventude. Devemos continuar a trabalhar, a sair, a viver. O que foi visado pelos terroristas foi a França aberta ao mundo.
REPÚBLICA
A França representa uma luz para a humanidade, e quando ela é apagada, sua sombra é sentida pelo mundo", disse. Ao concluir seu discurso, o presidente repetiu a fala que o ministro de Interior francês Bernard Cazeneuve disse em declaração mais cedo: "O terrorismo não destruirá a República, pois será a República que o destruirá". Ao fim, o presidente e o parlamento cantaram o hino da França, a Marselhesa.

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