Fiocruz confirma transmissão do zica vírus através da placenta, durante a gravidez; Colômbia recomenda adiar gravidez

Pesquisa do Instituto Carlos Chagas, da Fiocruz Paraná, confirmou que o vírus da zika, hoje apontado como a principal hipótese para o aumento de casos no Brasil de bebês com microcefalia, é capaz de atravessar a placenta durante a gestação. A análise foi feita a partir de amostras de uma paciente do Nordeste do Brasil que sofreu aborto retido - quando o feto deixa de se desenvolver dentro do útero – durante o 1º trimestre de gravidez.
GENOMA
A suspeita surgiu após a gestante informar ter tido sintomas de zika, como manchas vermelhas no corpo, na 6ª semana de gravidez. Já o aborto foi detectado em exame na 8ª semana. A partir daí, amostras da placenta passaram por exames capazes de verificar a infecção por vírus do mesmo gênero do vírus da zika. Em seguida, foram feitos testes moleculares que identificaram o genoma do vírus da zika em células da mãe e do embrião. Segundo a virologista Cláudia Santos, que participou da análise, o estudo confirma a transmissão do zika vírus via placenta.
NÃO VIAJAR
A Colômbia recomendou às colombianas que evitem a gravidez (antes de julho de 2016) “em consideração à fase na qual se encontra a epidemia do vírus do zika e o risco existente”. Já os Estados Unidos através do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, desaconselha as grávidas a viajarem a 14 países da América Latina - entre eles o Brasil, Porto Rico e Colômbia.