Cartas e fotos contam a história de uma relação de amizade entre o Papa João Paulo 2º e filósofa polonesa

Matéria repercutida hoje no jornal “El País”, da Espanha, conta que centenas de cartas e fotos contam a história de uma relação próxima entre o papa João Paulo 2º e uma mulher casada, que durou mais de 30 anos. Toda a documentação entre o papa que morreu em 2005 e a filósofa polonesa naturalizada americana Anna-Teresa Tymieniecka foram mantidas em segredo por anos pela Biblioteca Nacional da Polônia. Segundo o jornal, não há sugestão de que o papa tenha quebrado seu celibato.
CARDEAL
Quando os dois se conheceram, em 1973, o então cardeal Karol Wojtyla era arcebispo de Cracóvia. Como ele, Anna-Teresa era polonesa e tinha vivido a ocupação nazista durante a 2ª Guerra Mundial. Após a guerra, ela foi estudar no exterior e veio a desenvolver carreira como filósofa nos EUA, onde se casou e teve 3 filhos. Anna-Teresa contatou o futuro papa sobre um livro de filosofia que ele havia escrito. Ela então viajou dos EUA até a Polônia para discutir o trabalho.
CARTAS
A troca de cartas começou pouco depois. Os dois também se encontraram por muitas vezes. "Aparentemente, ela revelou sentimentos fortes pelo papa porque as cartas escritas por Wojtyla logo depois sugerem um homem lutando para definir em termos cristãos a amizade que mantinham". Em setembro de 1976, ele escreve: "Minha querida Teresa, recebi todas as 3 cartas. Você escreve sobre estar arrasada, mas não consegui encontrar resposta a essas palavras." Ele a descreve como um "presente de Deus". (A foto é do cardeal Wojtyla, em 1978, publicará pela BBC).