Pesquisa (ainda parcial) mostra que a muriçoca - esta velha conhecida de todos - também carrega o zica vírus e supostamente é capaz de transmiti-lo
Quinta 03/03/16 - 8hPREOCUPAÇÃO
A descoberta preocupa porque a população do Culex é 20 vezes maior do que a do Aedes aegypti. Mas os resultados da pesquisa ainda são parciais, já que ainda não é possível afirmar se a muriçoca é capaz de transmitir o vírus da zika para as pessoas. O que os pesquisadores sabem é que é preciso avançar nos estudos e checar se os mosquitos comuns, encontrados nas áreas onde o vírus circula, estão contaminados.
ANÁLISE
Especialistas admitem que o fato de o Culex ser “infectável” não indica obrigatoriamente que ele possa transmitir zika. O assunto também também está em análise nos Estados Unidos. “A possível transmissão não está descartada, mas ainda precisa ser provada. É uma das questões que ainda não sabemos responder. Diversos estudos estão sendo levados adiante e as análises ainda estão sendo reunidas por entomologisatas e outros especialistas”, afirmou especialista
DIFERENÇAS
O A. aegypti é mais discreto que a muriçoca e mais ativo durante o dia, em especial no início da manhã e no fim da tarde. Ele se alimenta de sangue para maturar os ovos e é um mosquito totalmente diurno. A muriçoca, cujo nome científico é Culex, é um mosquito noturno, que pica no horário em que as pessoas estão em repouso, principalmente à noite, no escuro, quando é atraído pelo gás carbônico emitido na respiração humana, voando próximo do rosto. Em seguida, escolhe um local para picar.
ZUMBIDO
A muriçoca é velha conhecida dos montes-clarenses de todas as gerações, com o seu zumbido e as picadas dolorosas. Não é tão difícil de ser identificada e morta. Já o A. aegypti dificilmente se deixa apanhar. Dentro das casas os dois convivem bem e costumam ser encontrados nos mesmos abrigos: debaixo de mesas, atrás de móveis, entre cortinas e em nichos de estantes.