Remédio contra malária dá resultado contra zika, anunciam pesquisadores do Rio

Remédio já usado contra a malária pode ser eficaz para blindar o cérebro de fetos contra a infecção pelo vírus da zika. Estudos em laboratório mostraram que a cloroquina protegeu em até 95% as neurosferas, estruturas celulares que reproduzem o cérebro em formação. As neurosferas foram expostas ao zika e depois tratadas, por 5 dias, com cloroquina em diferentes concentrações.
VANTAGEM
Os testes mostraram que a droga inibiu a infecção e reduziu o número de neurônios infectados, protegendo-os contra a morte pelo vírus. "A grande vantagem nessa corrida contra o vírus é que a cloroquina já é uma droga amplamente usada e não é contraindicada para grávidas", afirmou o diretor do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio, Rodrigo Brindeiro, um dos responsáveis pelo estudo.
A pesquisa, submetida à revista científica Nature Medicine, mostra que o zika atinge sobretudo os neurônios, mas foi encontrado no coração, pulmão, rins e fígado.