"Não se tratou de uma manobra, tratou-se de uma decisão que se tomou" - explica Temer, na China; Supremo é acionado já por 8 ações contra atitude do Senado

O presidente Michel Temer afirmou, em seu 1º compromisso em Xangai, na China, que a opção por manter a ex-presidente Dilma Rousseff habilitada para ocupar cargos públicos não foi uma manobra, mas "uma decisão que se tomou". "Não se tratou de uma manobra, tratou-se de uma decisão que se tomou", disse Temer.
EMBARAÇOS
Questionado se estava informado da operação que rachou sua base e sua avaliação sobre ela, o presidente disse estar acostumado, na vida pública, a "acompanhar permanentemente esses pequenos embaraços, que logo são superados em seguida". "Ontem mesmo, antes de sair de lá, falei com os companheiros do PMDB, PSDB, DEM, e essa questão toda será superada." Junto com Temer, chegou para a visita à China, o presidente do Senado, Renan Calheiros. Renan também disse que não houve manobra. Mas deu outro nome: "Não foi manobra. É o regimento".
SUPREMO
Vários partidos anunciaram ações no STF para reverter a decisão, do Senado, que cassou o mandato da presidente Dilma, mas conservou os direitos políticos. Analistas de Brasília dizem que os desdobramentos da decisão tendem rachar a base política do novo governo. E o Supremo Tribunal Federal recebeu, até agora, já 8 ações contra o fatiamento no Senado.