Centrais sindicais criticam reforma trabalhista anunciada e desmentida pelo governo

As declarações do governo sobre mudanças na legislação trabalhista deixaram sindicalistas irritados. "Para nós, essas falas são balões de ensaio, e balões furados", afirma João Carlos Juruna, secretário da Força Sindical. Em nota, a entidade afirma que o governo "precisa ter mais prudência na divulgação de medidas que estão sendo feitas de forma atabalhoada e fatiada" e que repudia a retirada de direitos já estabelecidos, como a jornada de 8 horas diárias. A CUT informou que é contra qualquer reforma na Previdência e na legislação trabalhista.
REFORMA
Na quinta-feira, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou em discurso a sindicalistas que uma das propostas para a reforma da legislação é dar segurança jurídica a acordos coletivos que ampliem a jornada diária para até 12 horas, dentro da limitação semanal de 48 horas. Depois da repercussão negativa da fala, o Ministério do Trabalho realizou ação nas redes sociais ontem e divulgou nota à imprensa para esclarecer que não defende ampliação da jornada de trabalho.