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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°79283
De: Robson Data: Sexta 9/1/2015 17:45:13
Cidade: Montes Claros

Na novela Império, o personagem Xana citou é de Montes Claros que ia para cidade comer pequi, carne de sol...

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Mensagem N°79282
De: Jacques Data: Domingo 11/1/2015 10:10:06
Cidade: M. Claros

Iluminismo. Acabo de ler importante análise, brilhante, de como o Iluminismo e seus filósofos libertários foram importantes para deter a barbárie, especialmente a religiosa, que vigorou pela Longa Noite da Idade Média, mil anos, com o seu cortejo de horrores.
Análise que pranteia a inexistência, até aqui, de um Iluminismo no Oriente, capaz de barrar os radicais do Islã, que assim como o cristianismo é uma religião de paz e bem, mas que tem os seus Torquemadas, sempre à espreita de sinistra oportunidade.
Medito assim, apoiando o raciocínio do filósofo que acabo de ler, para pleitear um mini Iluminismo aqui mesmo. Não bastam leis e autoridades investidas. É preciso que, existindo uma, exista a outra, eficaz, para que o ordenamento jurídico funcione, seja cumprido
M. Claros tem 400 mil habitantes. Tem dezenas de juízes honrados, promotores diligentes, delegados funcionais, comandantes aplicados etc., mas em muitos casos, muitos, as leis são desobedecidas ostensivamente, repetidamente não são cumpridas, ou passam a ser um capricho de autoridade faltosa, arbitrária. A aplicação da lei, que é mandatória, volta então à conveniência de alguém, transformando-se no território mais abjeto do arbítrio, arma preferencial dos regimes ditatoriais, despóticos.
Aqui invoco o Iluminismo como solução e alento.
É preciso que as forças da luz e da razão, opostas ao arbítrio, antípodas dele, se levantem para exigir o correto e exato cumprimento das leis, em todos os níveis, mas desrespeitadas à vista de todos.
Dou um exemplo. Hoje cedo, por volta das 6 horas da manhã, um desses carros de som que estronda quarteirões estava parado no tristemente chamado triângulo da impunidade, área hospitalar, por onde passei, com o volume ao máximo. Ficou assim, o quanto quis, até decidir ir se embora, tranquilamente, soberano no território da delinquência impune. Antes que o dia amanhecesse...
Comentando com pessoas que também presenciavam o abuso, soube que a desobediência sistemática das leis, naquela região, está voltando, desde que um barzinho passou a funcionar no passeio público, onde também se instala uma banda que quase diariamente produz barulho sem qualquer proteção acústica.
A PM, a honrada PM, há 2 anos prometeu publicamente transformar o triangulo da impunidade em triângulo da segurança. Conseguiu por algum tempo, mas forças mais altas estão novamente agindo, no sentido contrário, arquivando leis e autoridades. As viaturas policiais desapareceram e a zona de exclusão das leis, do descumprimento das leis, voltou.
Aqui penetra, cabe novamente o Iluminismo. Se concordarmos, será sempre assim, com a delinquência vencendo, as trevas afugentando a luz. Mas, se levantarmos a voz, pacificamente, ordeiramente, é impossível que a razão nao vença. Creio que coube a Martin Luther King sintetizar: "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons".
Não vamos nos calar.

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Mensagem N°79280
De: Walter Abreu Data: Sábado 10/1/2015 20:07:50
Cidade: MONTES CLAROS MG

NÃO VEJO NOVELAS - Não vejo novelas por que não me convém, como penso que não convém a ninguém. Como vivemos em uma democracia, onde vence a vontade da maioria, muitos assistem. Neste tema, como sou minoria em minha própria casa, no chamado “horário nobre” a televisão está sintonizada no que há de mais contrário à denominação deste intervalo de tempo. Nobre? O que há de nobre nas novelas?
Nobreza maior que a família, na minha opinião, não há. O que pregam as novelas? Tudo aquilo que é frontalmente contrário aos princípios familiares, base de uma sociedade equilibrada. A malandragem, a infidelidade conjugal, a trapaça e todo tipo de desonestidade são as principais características dos personagens.
Embora não assista, de tão pobre o enredo e a criatividade, conheço o cerne de todas, que são sempre iguais. Em todas existe uma família rica, desordenada e desestrutura, na qual os seus membros, na disputa pela riqueza e poder, negligenciam as virtudes que se sobrepõe a todos os princípios cristãos e humanos. Em outro núcleo composto por pessoas sem posses, se destacam personagens que fazem da ascensão financeira uma obsessão, cujo objetivo deve ser alcançado a qualquer preço.
Não raro a nora abandona o marido para fugir com o sogro. A moça recentemente saída da adolescência, enamora com um homem mais maduro, que ao final da trama descobre ser seu pai. Sempre, invariavelmente, o tema “exame de DNA” é citado em todos os capítulos de todas as novelas, como se as pessoas se reproduzissem aleatoriamente, sem eira nem beira. A sexualidade é totalmente banalizada, transfigurada e violentada. Aquilo que deveria ser a manifestação divina do amor, passa a ser incentivado de forma irresponsável, irracional e animal. A concupiscência passa a ser palavra de ordem. Quem não tiver o desejo intenso por prazeres materiais e sexuais, na visão dos autores de novelas, são classificados como infelizes, desatualizados e fora do mundo moderno.
Para completar a minha indignação, algumas vezes Montes Claros e o Norte de Minas foram inseridos em cenas de novelas, de formas bem pejorativas. Em uma dessas, da qual nem me lembro o nome e muito menos o autor, um personagem à procura de meios para retornar à sua cidade, usa o telefone público para ligar para a família e diz: “Estou numa cidadezinha de Minas, perto de Bocaiúva, chamada Montes Claros. Em seguida aparece uma imagem de uma construção tosca com a inscrição “Rodoviária” na testeira e o personagem embarcando em uma velho corcel da década de 70, caindo aos pedaços.
Parece-me que esta semana fomos novamente inseridos no contexto. Tomei conhecimento pelas diversas mídias, que um personagem disse “que iria voltar para Montes Claros, para comer pequi, farinha do Morro Alto, Carne de Sol e tomar suco de coquinho azedo”. Nada contra estas maravilhas de nossa culinária, mas Montes Claros, terra que amo e defendo, é muito mais que isto. Se o autor bem conhecesse nossa cidade, deveria, após enaltecer nossos comes e bebes, incluir na fala do ator: “Além de usufruir destas maravilhas, vou aproveitar do calor humano e do carinho do povo maravilhoso, voltar a estudar em uma das inúmeras faculdades de lá, ter a segurança de envelhecer em uma cidade que tem uma medicina avançada, ler os livros de Darcy Ribeiro e Cyro dos Anjos, curtir as festas de agosto, dançar catopê, ouvir Tino Gomes, a seresta de João Chaves e Beto Guedes, aprender a tocar violão no maravilhoso Conservatório de Música Lorenzo Fernandez, conhecer cidades próximas como Diamantina e Grão Mogol.
Nada contra o pequi. Muito menos contra a carne de sol. Mas nossa querida Montes Claros é muito mais que isto. Aliás hoje é sábado, um ótimo dia para um belo arroz com pequi, com farinha do Morro Alto, carne de sol, cachaça de Salinas, doce de marmelo de São João do Paraíso e suco de coquinho azedo. Mas Montes Claros é muito mais. O Norte de Minas é muito mais.

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Mensagem N°79279
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 10/1/2015 16:03:54
Cidade: Montes Claros

(...) Ainda não ultrapassei a barreira dos "enta" e já me sinto no dever de cultivar certa nostalgia. Nasci na zona rural, estudei a vida inteira em escolas públicas, em uma época em que as pessoas corriam atrás dos seus propósitos. Lutavam por seus ideais. Simples, admito. Mas havia algo a ser buscado além do horizonte.
Caçávamos pequi, coquinho azedo, manga, jabuticaba, pitomba. Tudo de graça e ofertado, em abundância, pela sempre generosa mãe natureza. Cultivávamos hábitos virtuosos. Ninguém mais está fazendo isso! Os alimentos estão se perdendo em nosso cerrado, sem qualquer colheita. Não andamos mais algumas léguas, como outrora, em busca daquilo que saciaria a nossa fome. Preferimos, hoje, comprar os nossos mantimentos em embalagens a vácuo ou descartáveis, nos mesmos moldes em que temos tratado as pessoas. O que está acontecendo com o ser humano? (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79277
De: José Prates Data: Sábado 10/1/2015 16:01:47
Cidade: Rio de Janeiro/RJ

(...) Tudo isso pode ser evitado e, assim, levar uma vida tranqüila. Há consenso de que o ideal é morar no campo, mas, poucos têm essa possibilidade. Quem mora na cidade não deve, por isso, sentir-se desprivilegiada nesse aspecto porque em qualquer cidade, por pequena que seja, existem parques e jardins públicos de onde é possível retirar vida. Sentado no banco do jardim ou caminhando entre flores, descansa e consegue driblar o estresse. Mas, é necessário expulsar os pensamentos negativos e procurar habituar-se a uma respiração compassada e profunda. Com isso, é possível manter a paz e a tranqüilidade necessárias à normalidade da vida.(...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79275
De: Hoje em Dia Data: Sábado 10/1/2015 15:51:26
Cidade: Belo Horizonte

Tribunal de Justiça de Minas Gerais autoriza prisão domiciliar para o ex-prefeito de Pirapora - Preso preventivamente há um ano e quatro meses, o ex-prefeito de Pirapora Warmillon Fonseca Braga foi liberado da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). De acordo com informação fornecida neste sábado (10), pela Secretária de Defesa Social, o político deixou a unidade prisional em 6 de novembro, de onde foi transferido para a penitenciária José Maria Alkmin, em Ribeirão das Neves. Dois dias depois ele saiu de lá para cumprir prisão domiciliar em Pirapora.O ex-prefeito estava preso desde julho de 2013, data da Operação Violência Invisível, desencadeada pela Polícia Federal e pela Procuradoria da República para pôr fim a uma sangria de mais de R$ 70 milhões por meio de fraudes em licitações. Conforme decisão, Warmillon está proibido de sair de casa.
Para ser liberado, alegou ter curso superior de Administração de Empresas, o que lhe daria o direito a uma cela especial. De acordo com o criminalista Leonardo Bandeira, o ex-prefeito estava encarcerado em “local inadequado, na companhia de outros detentos que não possuem diploma universitário". Bandeira não informou quantos bandidos dividiam a carceragem com Warmillon. O defensor, porém, confirmou que ele não está usando tornozeleira eletrônica. “O Warmillon está na residência dele até que os processos em grau de recurso sejam julgados”, disse o advogado. Bandeira se queixou do MPE e do judiciário. “Tomaram ele como bode expiatório. Não há provas de qualquer ato ilícito contra ele”, acusou.
No fim de 2013, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, havia negado pedido de habeas corpus. Na ocasião, o ministro Sebastião Reis Júnior alegou que Warmillon e outros réus “adotaram a prática criminosa como meio de vida”. Justificou ainda que, “como o ex-prefeito consegui eleger seu sucessor nas eleições municipais de 2012, bem como boa parte da cúpula da sua administração, continua gerindo o Poder Executivo local”. O atual prefeito de Pirapora é Léo Silveira.
Conhecido como prefeito itinerante, Warmillon é réu em dezenas de processos por improbidade administrativa. Ocupou durante 16 anos seguidos as cadeiras de prefeito nas cidades de Pirapora e Lagoa dos Patos, no Norte de Minas. Durante esse período, viu seu patrimônio saltar de R$ 5 milhões para R$ 30 milhões, segundo declaração de renda entregue à Justiça Eleitoral. Ao concluir os dois mandatos em Lagoa dos Patos, ele transferiu o domicílio eleitoral para a vizinha Pirapora, onde foi eleito e reeleito totalizando quatro mandatos consecutivos. Por conta desse tipo de manobra, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a prática em agosto de 2012.

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Mensagem N°79274
De: Aeroclube Data: Sábado 10/1/2015 12:47:55
Cidade: Montes Claros

O Aeroclube de Montes Claros, abrindo o calendário de atividades de 2015, informa que terá início no próximo dia 16 de janeiro, às 18:40, curso de piloto privado (P.P), aberto a todos os interessados. As aulas acontecerão na sede do Aeroclube, (Aeroporto de Montes Claros), nos dias sexta ( a noite), sábado (manhã e tarde) e eventualmente aos domingos. A duração é de 3 a 4 meses. Os alunos receberão instrução nas seguintes matérias: Navegação-Meteorologia - Regulamento-Teoria de Voo e conhecimento técnico de Aeronave. O custo é de R$2.000,00 (dois mil reais) à vista ou 5x R$440,00 (valor específico para curso teórico). Após aprovação no teórico, o aluno inicia o curso prático, no avião CESNA-150, onde deverá realizar 40 horas, no mínimo, ao custo de R$390,00 (trezentos e noventa reais) h/aula.
Para maiores informações, ligar 3015-2790 - horário comercial - falar com Marcos/ Jorge Lúcio

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Mensagem N°79271
De: Corpo de Bombeiros Data: Sexta 9/1/2015 14:11:57
Cidade: Montes Claros

(...) Por volta das 18h20 na Avenida Magalhães Pinto no cruzamento com a linha férrea, um carro com duas pessoas foi atropelado por uma locomotiva carregada com combustível inflamável. Segundo Oscar Cardoso de Jesus, motorista do carro com placa de Francisco Morato-SP , ao passar pelo passagem de nível não teria avistado o guarda que sinalizava o trânsito e ao tentar colocar marcha ré no veículo, acabou se atrapalhando e sendo atingido pelo trem de ferro que destruiu o carro. As vítimas que tiveram apenas ferimentos leves e foram atendidas pelos bombeiros no local e encaminhados para a Santa Casa de Montes Claros.(...)

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Mensagem N°79270
De: Manoel Hygino Data: Sexta 9/1/2015 09:46:59
Cidade: Belo Horizonte

O futuro opaco

Manoel Hygino - Hoje em Dia

O recorte ficou ao lado de tantos outros. Ignoro o autor e em qual jornal o pequeno texto encontrou guarida. O Brasil inicia um novo período de sua história, mas possivelmente se enquadrem as considerações ao momento que vivemos:
“O futuro é opaco e se nega a ser decifrado. Mesmo quando explorado pelas melhores inteligências, apoiadas nas mais recentes técnicas econométricas, ele se recusa a confessar qual o caminho que tomará. Essa realidade e a prudência levam a comportamentos defensivos.
As autoridades responsáveis pela política econômica devem pesar cuidadosamente os riscos alternativos sem deixar-se imobilizar, mesmo porque não há caminho de custo zero. Os analistas, para preservar a credibilidade, procurarão acertar (ou errar) juntos”.
Eis a questão.
A hora é difícil. A alegria do Natal, da passagem de ano, das posses e pompas já se esvaiu. Não se ouve mais o foguetório, e o calendário praticamente vigora desde 5 de janeiro. Cabe ao povo, ao cidadão, aguardar as primeiras medidas governamentais, antecipando as vicissitudes e o ônus. Ou o júbilo pelos êxitos. Para onde estamos indo? As questões de sempre, em meio às dúvidas permanentes. É preciso enfrentá-las e dar-lhes resposta, porque o tempo não para e o futuro, qualquer que seja, somente espera.
Alexandre Herculano escreveu: “Há muitas vezes na história, ao lado dos fatos públicos, outros sucedidos nas trevas, os quais frequentemente são a causa verdadeira daqueles, e que os explicariam se fossem revelados”. O tempo que vivemos exige que os registros acontecidos na escuridão sejam desvendados e amplamente conhecidos, para que não se cometam injustiças. Para consegui-lo, porém, exige-se isenção e honradez.
Se voltássemos às raízes do programa republicano, que é de 1870, e nisso há mais de século portanto, veremos que os sonhos das gerações anteriores a 1889 não conseguiram corresponder às expectativas e à esperança. Nem as alcançaram em décadas de regime.
Já não se convencia a sociedade que a reforma era complexa e abrangia todo o mecanismo social. Negá-las, dizia o documento, seria uma obra ímpia. Aprazá-la indefinidamente, constituiria um artifício grosseiro e perigoso.
São quase setenta anos da queda do governo ditatorial de Vargas. O fato obriga indesviavelmente a lembrarmo-nos do Manifesto dos Mineiros, de 1943, quando se disse que o patrimônio moral e espiritual não sobrevivem ao desleixo. “Os bens materiais arruínam-se e se perdem quando a diligência do dono não se detém sobre elas. As conquistas espirituais também se perdem quando o homem as negligencia, por lhe parecer assegurada a sua posse”.
Em determinado período, aduziu-se: “Desejamos retomar o bem combate em prol dos princípios, das idéias e das aspirações que, embora contidas ou contestadas, haveriam de nos dar a Federação e a República, não como criações artificiais de espíritos românticos e exaltados, mas sim com iniludíveis imposições de forças históricas profundas”.
É o que penso agora.

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Mensagem N°79269
De: Nestor Data: Sexta 9/1/2015 08:39:11
Cidade: SP

Envio nota do importante jornal Folha de S. Paulo, edição de hoje, sobre a morte de um dos fundadores da Fábrica de Cimento de M. Claros, hoje em mãos francesas. Embora a nota não cite a fábrica e M. Claros, é importante reverenciar o personagem benemérito que acaba de partir. Na mào do Grupo Matsulfur, ao contrário de hoje, a Fábrica de Cimento teve intensa participação na vida cotidiana de M. Claros, e também graças ao engenheiro Joao Bosco Martins, recentemente falecido.

NEWTON CAVALIERI (1917-2015)
Em sua casa, sempre cabia mais alguém Ter de manter uma família de nove filhos nunca foi um empecilho para Newton Cavalieri "adotar" mais um. Ao longo dos anos, e de diferentes casas, cunhados, primos, conhecidos e intercambistas puderam contar, por meses e até anos, com a hospedagem do mineiro de Itabirito, que há décadas escolheu a capital paulista para viver.
Newton era conhecido por sua generosidade e pela maneira otimista como encarava a vida. Costumava achar quase tudo formidável.
Após receber o título de Cidadão Paulistano em 2004, uma brincadeira de um neto rendeu-lhe o apelido de "Formidável Cidadão".
Engenheiro civil, trabalhou sempre na mesma empresa. O emprego revelou-se não apenas uma boa escolha profissional; foi por causa dele que conheceu Isa, filha do proprietário e com quem foi casado por quase 71 anos.
Participou de atividades associativas desde jovem, quando foi presidente do Diretó-rio Central dos Estudantes.
Nos anos 1960, ajudou a fundar o Sindicado da Construção Pesada de São Paulo e a Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas, presidindo ambas as entidades.
Integrou ainda o conse- lho da entidade beneficente AACD e do Instituto Mauá de Tecnologia, além de ter sido diretor da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da Ciesp (centro das indústrias do Estado).
Morreu no domingo (4), aos 97 anos, de falência de múltiplos órgãos. Além de Isa e dos nove filhos, deixa 18 netos e nove bisnetos.
A missa do sétimo dia será amanhã (10/1), às 13h, na paróquia Nossa Senhora Mãe do Salvador (Cruz Torta

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Mensagem N°79268
De: Mário Lúcio caldeira de Faria Data: Quinta 8/1/2015 21:03:53
Cidade: M. Claros

Um grave acidente na Av. Geraldo Ataíde, abaixo do Parque de Exposições, por volta das 18:00 h, quando um Golfe de cor prata colidiu violentamente com uma composição férrea. Apesar do carro ficar totalmente destruído, os dois ocupantes do veículo(um rapaz e uma moça), saíram praticamente ilesos do acid ente, foram socorrios pelo corpo de bombeiros e conduziddos a um hospital da cidade.

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Mensagem N°79267
De: Leônidas Taxista Data: Quinta 8/1/2015 15:14:04
Cidade: M. Claros

Os taxistas de M. Claros gostariam que a Mc Trans agisse cooperando em parceria com a PM contra os táxis clandestinos de outras cidades, que vem prestando serviçõ de transporte dentro de Montes claros. Apesar de inúmeras denúncias, nada foi feito ainda.

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Mensagem N°79266
De: José Ponciano Neto Data: Quinta 8/1/2015 12:37:11
Cidade: Montes Claros-MG

Vejam que noticia interessante: “O bilionário americano Bill Gates (Microsoft) investiu na criação de um equipamento que transforma fezes de humanos em água potável e eletricidade, o que, segundo Gates, o equipamento chamado de de Omniprocessor poderá salvar um grande numero de vidas”.
- O equipamento poderá produzir até 85 mil litros de água potável, além de 250 Kw de eletricidade retirados dos excrementos de cada 100 mil habitantes.
Ë como diz o nosso amigo, o economista Geraldo Guedes. – “Quanto maior é o problema, maior é a solução”.
Entendo que: - fase das explorações desordenada dos recursos hídricos nos estados da federação, associada às mudanças climáticas e a falta de fiscalização, em breve as companhias de saneamento do Brasil irão valer-se do equipamento investindo na reciclagem do esgoto sanitário bruto - usando a descarga a vácuo; enviando para as ETEs apenas as águas residuárias.Será que estamos longe desta nova solução...?
(*) José Ponciano Neto é Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES-MG

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Mensagem N°79265
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Quinta 8/1/2015 11:16:50
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

Prezado primo Ucho (nosso pais se tratavam por "primo"pois sabiam que somos parentes):
Fiquei muito feliz com sua oportuna observação. Prova que, apesar de cristã, não estou só nesse meu pensamento. Aliás, acho que muita coisa ainda vai mudar no catolicismo com esse Papa revolucionário que, acredito, veio com essa missão especial. Penso que Deus não quer, absolutamente, que suas criaturas sofram. Fomos criados para a felicidade, mas sabemos que a dor é um incidente de percurso, inerente à própria vida. Entretanto, se a Medicina evoluiu e permite afastar a dor, por que não? Isso se refere, inclusive à dor do parto. De um modo geral costumam achar uma "Beleza" e "sublime"a dor do parto, que é logo esquecida, quando se vê o rebento. Beleza uma ova! Dor nunca é um "sacrifício" necessário. Dor é dor! E é um ato de humanidade afastá-la.Grande abraço de quem também é sua admiradora,
Maria Luiza Silveira Teles

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Mensagem N°79264
De: Saulo Data: Quinta 8/1/2015 11:01:57
Cidade: M. Claros

Igreja cheia e cantoria bonita. Assim foi a Missa de Ressurreição do escritor Haroldo Lívio, ontem às 18h no Colégio Imaculada. O templo ficou pequeno para tantos amigos. Impossível não sentir a presença do ressurrecto nesta tradição de 7º Dia, que é muito brasileira e praticamente não existe no resto do mundo. Heródoto, pai da História, viveu 500 anos antes de Cristo e narrou que no princípio dos tempos se comemorou, com alegria, mais o Dia da Morte do que o Dia do Nascimento - ao contrário de hoje. Assim também foi nos primeiros séculos Cristãos. O Dia do que chamamos Morte era visto como o verdadeiro dieis natalis, porque marca o nascimento para a Vida Eterna. Mudaram-se os tempos, tornados menos divinos e mais humanos.
O fato é que ontem, na Ressurreiçao do grande, imenso Haroldo Lívio, havia esta certeza de permanência, de que ele está Vivo, na melhor tradição cristã. Maria do Carmo, viúva, e as três belas filhas distribuíram "santinhos" de Haroldo, já de regresso ao Pai, e no verso a poesia de Augusto Frederico Schmidt, bardo que escrevia os discursos de JK. "Quando me levareis em mim mesmo mudado? Para o grande mar, o grande mar, o grande mar...". O poema alcança, toca a melhor definição de Deus da tradição Vedanta - o "oceano sem margens". Haroldo está feliz. Por muitos motivos, e também pela presença, luminosa, na sua Missa de Ressurreição, da também celebrada escritora Yvonne Silveira, que acaba de comemorar os 100 anos.

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Mensagem N°79263
De: Iara Tribuzi Data: Quinta 8/1/2015 08:17:52
Cidade: Belo Horizonte Mg/MG

O DESRESPEITO AO SER HUMANO Todos sabemos do caos que é a Saúde no Brasil. O quadro se escancara para nós, quase que diariamente, em programas e noticiários da televisão. Entretanto, a coisa toma outra dimensão quando se particulariza, isto é, quando sentimos na carne o descaso e o desrespeito ao ser humano. (...)

Maria Luiza, Li,com pesar, a narrativa da sua amiga.Os responsáveis por pessoas idosas sabem que é temeridade deixá-las desacompanhadas, infelizmente. É ainda mais preocupante quando já não estão muito lúcidas A TV mostrou há pouco uma montanha de analgésicos mais fortes, com data de uso vencida, expostas ao sol e às chuvas.

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Mensagem N°79262
De: Bernadete Versiani Santos Data: Quinta 8/1/2015 08:15:36
Cidade: Montes Claros/MG

Prezada Maria Luíza Silveira Teles, Vendo sua mensagem nº 79258, lembrei-me de ter lido há muito sobre o baixo uso da morfina no Brasil. Era uma estatística de proporções disparatadas, do tipo: ´enquanto nos hospitais americanos, de cada 1000 pacientes terminais, 380 fazem o uso da morfina, no Brasil, apenas 6 doentes ao final da vida são sedados para não sentirem dor`(...)

Assim que li a mensagem nº. 79258 de Maria Luiza Silveira Teles, compaixão e indignação, sentimentos antagônicos, penetraram no meu âmago. Como não se compadecer de uma filha de Deus?Como não se indignar com a postura do médico e do enfermeiro? Doentes terminais, portadores de enfermidades graves, sem perspectiva de cura, merecem viver, sem sofrimento, seus últimos dias. Merecem ter melhor qualidade de vida, merecem morrer com dignidade!Todos somos filhos de Deus!

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Mensagem N°79261
De: Ucho Ribeiro Data: Quarta 7/1/2015 17:29:40
Cidade: Montes Claros

Prezada Maria Luíza Silveira Teles,
Vendo sua mensagem nº 79258, lembrei-me de ter lido há muito sobre o baixo uso da morfina no Brasil.
Era uma estatística de proporções disparatadas, do tipo: "enquanto nos hospitais americanos, de cada 1000 pacientes terminais, 380 fazem o uso da morfina, no Brasil, apenas 6 doentes ao final da vida são sedados para não sentirem dor`. A reportagem dizia até que na Argentina a aplicação era quinze vezes superior à brasileira: de 96 para cada 1000 doentes graves.
O Brasil chegou a ser denunciado em foros internacionais por deixar pacientes sofrerem dores intensas e desnecessárias. Pelas explicações da época, a baixa utilização da morfina era devido a nossa formação cristã que considera a morte um sofrimento natural e doloroso, que todos devem passar. Um absurdo.
Hoje, ao navegar pela internet, deparei no site da Anvisa (http://anvisa.gov.br/medicamentos/controlados/alerta/mundo.pdf) com a seguinte informação:
"Menos de 20% dos pacientes terminais e daqueles que sofrem com o câncer ou traumatismos, no Brasil, recebem tratamento adequado para o alívio da dor, diz Elisaldo Carlini, titular de psicofarmacologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e um dos membros da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes das Nações Unidas".
Grande abraço, do admirador,
Ucho Ribeiro

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Mensagem N°79260
De: Banco do Nordeste Data: Quarta 7/1/2015 15:43:48
Cidade: Montes Claros

(...) O estado de Minas Gerais terá, ainda em 2015, mais quatro agências do Banco do Nordeste. O Conselho de Administração da instituição autorizou a criação de novas unidades em Bocaiúva e Jaíba, no Norte de Minas, em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, e em Nanuque, no Vale do Mucuri. Com a expansão, o Banco terá 21 agências em território mineiro. A abertura das unidades beneficiará não só os municípios-sede, mas também os vizinhos. A agência de Bocaiuva atenderá clientes de Engenheiro Navarro, Francisco Dumont, Guaraciama e Olhos D’Água. A unidade de Jaíba será a responsável por Matias Cardoso. Entre as futuras agências, Araçuaí terá a maior jurisdição: Berilo, Chapada do Norte, Comercinho, Coronel Murta, Francisco Badaró, Itaobim, Itinga, Jenipapo de Minas, José Gonçalves de Minas, Leme do Prado, Medina, Monte Formoso, Ponto dos Volantes e Virgem da Lapa. Nanuque responderá também por Carlos Chagas e Serra dos Aimorés.(...) O processo de expansão das unidades do Banco do Nordeste teve início em 2012. Desde então, foram inauguradas quatro unidades no estado: em Montes Claros (a segunda na cidade, sendo esta especializada em micro e pequenas empresas), Arinos, Diamantina e São Francisco. O Banco ainda atende em Almenara, Brasília de Minas, Capelinha, Janaúba, Januária, Montalvânia, Monte Azul, Pirapora, Porteirinha, Salinas e Teófilo Otoni, além da capital, Belo Horizonte.

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Mensagem N°79259
De: Associação Comercial Data: Quarta 7/1/2015 14:19:40
Cidade: Montes Claros

(...) A ACI pode intermediar as negociações entre fornecedores e a mineradora - A mineradora subsidiária da Corporação Carpathian Gold atua em Riacho dos Machados (MRDM) com a exploração de ouro. A fim de operacionalizar os trabalhos, a empresa demanda diversos produtos e serviços de fornecedores em Montes Claros. De acordo com o interesse do mercado local, a Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montes Claros promoverá uma mesa de negócios para facilitar as negociações.
A Carpathian Gold requisita os seguintes suprimentos de compras potenciais em Montes Claros: Locação de equipamentos (caminhão pipa, comboio, munck, guindaste, containers); Serviços de Topografia; Locação de tendas, galpões e banheiros químicos; Serviços de telefonia fixa e móvel; Serviços gerais (limpeza e conservação predial); Serviços de segurança patrimonial; Serviços de calderaria, usinagem e montagem industrial; Serviços de construção civil, elétrica, automação, Tecnologia da informação e mecânica industrial; Serviços gráficos; Rebobinagem e recuperação motores elétricos.
Construção civil (cimento, areia, brita, blocos, etc..); Manutenção mecânica (eletrodos, abrasivos, rolamentos, ferragens e ferramentaria, etc); Lubrificantes industriais; Mangueiras e conexões industriais; Eletroeletrônicos e eletroportáteis; Farmacêuticos; Produtos químicos para laboratório industrial; Mobiliário para escritório; Água mineral; Materiais elétricos (fios, cabos, contatores, disjuntores, relés, sensores, etc); Materiais hidráulicos ( tubos em aço, PVC, PEAD; flanges, válvulas e conexões, etc); Correias industriais; Chapas, vigas e perfis em aço.
Para Edilson Torquato, presidente da ACI, esta é uma oportunidade de o empresariado montes-clarense - nas áreas de indústria, comércio e serviços - se envolver com as empresas que aqui se instalaram e que muitas vezes adquirem produtos de outras praças por falta de conhecimento de ambas as partes das demandas e serviços existentes na região. “A ACI está à disposição dos interessados, para mediar reunião de negócios e contribuir paras economia local”. As empresas que tiverem interesse podem ligar para (38) 2101 3301.
A Carpathian esclarece que são exigidas as documentações necessárias para cadastro na MRDM (Contrato Social ou Estatuto e última alteração contratual –autenticada; Cartão do CNPJ; Status da Inscrição Estadual; Certidão Negativa de Tributos Estaduais; Certidão Conjunta Tributos Federais; Comprovante de conta bancária (cópia de cheque / cabeçalho de extrato bancário sem valores / cartão do banco e como requisitos mínimos o proponente deverá ter conta corrente pessoa jurídica e NF eletrônica e manual.

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Mensagem N°79258
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Quarta 7/1/2015 14:07:46
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

O DESRESPEITO AO SER HUMANO

Todos sabemos do caos que é a Saúde no Brasil. O quadro se escancara para nós, quase que diariamente, em programas e noticiários da televisão. Entretanto, a coisa toma outra dimensão quando se particulariza, isto é, quando sentimos na carne o descaso e o desrespeito ao ser humano.
Sabemos que, muitas vezes, o médico não tem culpa e nem tampouco a direção do hospital, pois falta material de todo tipo e pessoal devidamente preparado. Entretanto, nada pode desculpar a falta de higiene e a brutalidade de certos médicos e técnicos de enfermagem. Eles não estão tratando de coisas, mas de seres humanos, que merecem todo respeito e, inclusive, carinho e conforto, pois quem está doente se encontra fragilizado física e psicologicamente.
Ontem, fui visitar uma amiga mui querida, uma verdadeira irmã, companheira de toda uma vida, com câncer generalizado. Ela sente dores horríveis, insuportáveis. Qualquer pessoa que já sentiu algum tipo de dor é bem capaz de conseguir imaginar a intensidade da dor de um câncer com metástase. Ou será que não?!
Pois bem, essa minha amiga esteve internada, sentindo muita falta de ar (o câncer tomou o pulmão) e dores que não lhe permitiam se mexer.
Antes, porém, de ser internada, ali mesmo, no pronto-socorro, o médico pediu-lhe para tirar a blusa e o sutiã a fim de fazer punção de ambos os pulmões. Ela bastante envergonhada, pois estava diante de uma multidão, reparou, com horror, a falta de higiene do lugar e de todo o procedimento. Eu fiquei chocada, pois já passei também por esse procedimento em Belo Horizonte e em Salvador, mas, jamais, nas condições relatadas por ela. Além disso, ela se mexeu um pouco e derramou o frasco que o médico tinha colocado sobre a maca. Ele simplesmente gritou com ela, ofendendo-a.
Depois, já na enfermaria, ao reclamar porque o enfermeiro picou-a várias vezes para encontrar uma veia e colocava no soro (claro que por ordem médica...) apenas “lisador”, o dito cujo lhe deu um tapa no rosto. Essa é uma conduta inadmissível! Se hoje pela lei um pai não pode fazer isso com um filho, como é possível que um técnico ou auxiliar de enfermagem bata em uma paciente?!
E, por acaso, lisador, remédio comum que as pessoas costumam tomar para uma simples dor-de-cabeça, pode melhorar a dor de um câncer?
Os médicos resistem em dar morfina ou codeína porque dizem que a pessoa pode viciar. Entretanto, eu pergunto: isso importa quando se sabe que a pessoa está para morrer?
Acho que essa é uma conduta médica que precisa ser revista, pois acredito que todos devem ser tratados com dignidade e respeito; mais ainda aqueles que estão sofrendo e sabem que estão prestes a morrer. Ou não?!
O que fazemos com um bichinho nosso de estimação quando ele sente muitas dores, diante de uma doença incurável? Não o levamos para o veterinário a fim de que lhe dê uma morte decente, sem sofrimento?
Não estou aqui pregando a eutanásia. Sou cristã e acredito que a pessoa só deve ir quando é chamada de volta ao Verdadeiro Lar.
Entretanto, acho que é desumano deixar o doente sentindo dores horríveis até que a morte chegue. Se a medicina tem recursos para isso por que negar ao ser humano o conforto? Nunca poderei entender!...
Quando voltava para casa, ainda triste e chocada com tudo, lembrei-me de uma crônica escrita no “Estado de Minas”, há anos atrás, por um médico que tinha lá uma coluna semanal (fugiu-me da cabeça o seu nome...). Ele contava que havia passado por uma cirurgia de hemorróidas e, ao terminar o efeito da anestesia, começou a sentir dores horríveis. Chamou a enfermeira e pediu uma injeção para dor. Ela voltou com uma injeção de novalgina. Ele ficou nervoso e gritou: “A senhora pode imaginar o tamanho da dor que estou sentindo? Não me venha com essa de novalgina. Eu quero uma dolantina”. A enfermeira respondeu-lhe que não era possível, pois não coadunava com a receita que o cirurgião havia deixado. Ele, imediatamente, pediu o telefone e gritou para seu colega: “Seu “fedaputa”- com perdão da má palavra – você já operou de hemorróidas”? O colega respondeu “não” e ele argumentou que ele, pois, não podia calcular a dor que estava sentindo. E ameaçou: “Se você não mandar a enfermeira me dar uma dolantina, agora, vou aprontar um escândalo nesse hospital e acabar com você”. Aí, ele passou o telefone para a enfermeira, que esperava pacientemente. Ela, então, recebeu ordem para fazer o que ele queria.
Ele terminou a crônica dizendo que todo médico deveria passar por uma cirurgia de hemorróidas para mudar a sua atitude diante de um paciente que está sofrendo. E prometeu a si mesmo jamais dar uma simples novalgina quando um paciente seu reclamasse de uma grande dor.
E eu termino a minha fazendo essa pergunta que não quer calar em minha mente e em meu coração: “É humano deixar um paciente sofrer tanto quando existem recursos para lhe dar conforto?”

Maria Luiza Silveira Teles

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Mensagem N°79257
De: JONH SMITH Data: Quarta 7/1/2015 13:49:09
Cidade: montes claros mg  País: brasis

Foi invadida na noite do dia 05/janeiro uma humilde residencia na zona rural de montes claros (fazenda espigão) 4 ladrões armados com um facão , uma marreta e simularam estar armados.Eles renderam uma familia e roubaram 4 celulares, 1 facão,R$240,00 uma espingarda e o carro da famila (MODELO PASSAT) ainda no local dois dos assaltantes foram ate o chiqueiro onde roubaram e mataram ali mesmo 2 porcos.A familia esta em desespero pois não e de costumes assaltos naquela região.qualquer informação sobre o paradeiro do carro ou dos assaltantes nos ajude 3222-7426 muito grato.

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Mensagem N°79256
De: Wanderlino Arruda Data: Quarta 7/1/2015 11:53:41
Cidade: Montes Claros/MG

HAROLDO LÍVIO, NOSSO INTELECTUAL MAIOR

Wanderlino Arruda

O meu texto pessoal sobre Haroldo Lívio, que nos deixou no primeiro dia de 2015, fica para depois. Agora, as opiniões de colegas e companheiros da imprensa, que também são minhas. De Paulo Narciso: Aplicado, devotado, talentoso, o menino/jovem Haroldo Lívio, logo que se mudou para Montes Claros, entrou numa biblioteca e não saiu de lá enquanto não acabou de ler o último volume. Tornou-se, é claro, o maior sábio entre nós, uma enciclopédia permanente, para qualquer consulta, ornada de generosidade, comedimento e paciência. O nosso Sócrates, no Jardim de Academus que escolheu. Por concurso, assumiu o Cartório de Imóveis de Porteirinha e acrescentou àquela cidade os traços de seu desprendimento e de sua cultura. De Luiz Ribeiro: Escritor nato, dono de um texto incomparável, com rara capacidade de ser, ao mesmo tempo simples e erudito, Haroldo sempre foi uma espécie de biblioteca ambulante, conhecedor profundo da nossa gente e da nossa história. Aprendemos muito com ele. Pra mim, particularmente, ele sempre foi uma espécie de consultor. Em qualquer dúvida ou necessidade de alguma informação sobre fatos históricos a respeito da história de Montes Claros e do Norte de Minas, era só ligar para o Haroldo Livio que respondia com gentileza e disposição. Uma grande perda para a cultura da cidade, da região e do estado. De Alberto Senna Batista: Haroldo Lívio, historiador, escritor, cronista, jornalista. Um intelectual que enriquece mais ainda o cenário celestial. De Maria Luíza Silveira Teles: Acredito que o homem tem duas asas: a asa do conhecimento e a asa do amor, que implica, também, a ética. Entretanto, poucos de nós desenvolvem, com equilíbrio, essas duas asas. Meu amigo, Haroldo Lívio, que partiu no primeiro dia do novo ano, era um homem que soube desenvolver ambas. De José Ponciano Neto: Haroldo Lívio, era pessoa das mais educadas e inteligentes que já convivi. Sem dúvida será uma das perdas mais significativas na sociedade literária do Brasil. Era completamente despojado das vaidades, nunca visava lucro como notário e muito menos como escritor, historiador e jornalista; para ele servir era um compromisso com a sociedade e com Deus. Amizade para Haroldo Lívio era tudo, sempre destacava os amigos como: Itamaury Teles, José Luiz, Wanderlino Arruda, Paulo Narciso, Ronaldo Almeida, Petrônio Brás, Yvonne Silveira, Prof. Juvenal, Lúcio Bemquerer, Alberto e Waldir Senna e muitos outros, não fazia distinção entre eles. De Itamaury Teles de Oliveira: Atencioso, afável no trato, uma enciclopédia ambulante, seguro e preciso em suas intervenções, era a nossa referência, nosso paradigma, como articulista, cronista, historiador, escritor, um operador das letras, enfim. Com memória prodigiosa, versava sobre assuntos diversificados, com fluência e humildade, sem pompa ou circunstância. Conhecia fatos e personagens da nossa história e os relatava a quem o consultava como se tivesse acabado de reler sinopse sobre o tema.

Institutos Históricos e Geograficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°79255
De: Copasa Data: Terça 6/1/2015 15:22:07
Cidade: Montes Claros

(...) Barragem de Juramento está com 61% da capacidade e tem água suficiente para todo o ano de 2015 -O abastecimento de água em Montes Claros está garantido para o ano de 2015 mas a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) alerta a população para evitar o desperdício. Segundo a empresa, a necessidade de conscientização da população se deve ao fato de que, além das altas temperaturas que têm sido registradas na região nas últimas semanas, o volume de chuvas acumulado entre setembro e dezembro de 2014 corresponde a 25,6% do índice pluviométrico que normalmente é registrado no período.A barragem do Rio Juramento, principal fonte que abastece 65% da população de Montes Claros está atualmente com 61% de sua capacidade total. Esse montante corresponde a uma reserva de mais de 27 bilhões de litros de água, suficientes para garantir 15 meses de abastecimento à cidade, suplantando todo o período de estiagem. (...)Dados da Copasa dão conta de que entre setembro a dezembro de 2014 choveu na região de Juramento apenas 25,3% do índice pluviométrico registrado no mesmo período do ano anterior. Enquanto entre setembro e dezembro de 2013 choveu 968,1 milímetros, em 2014 o volume de chuvas atingiu 245,6 mm. Numa outra comparação dados da Copasa revelam que somente em dezembro de 2013 choveu 614 milímetros na região da barragem de Juramento. Já em dezembro do ano passado o volume de chuvas foi de apenas 81,6 milímetros. Mesmo se não vier a chover mais nos próximos meses a Copasa salienta que o volume acumulado na Barragem de Juramento já é suficiente para garantir o abastecimento da cidade durante todo o ano de 2015. (...)

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Mensagem N°79254
De: Prefeitura Data: Terça 6/1/2015 14:12:55
Cidade: M. Claros

No mês de janeiro, a Prefeitura de Montes Claros começa a enviar os carnês para pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para os contribuintes. Segundo Tião Prates, diretor de receita e de finanças da Prefeitura, os munícipes receberão as guias do tributo a partir da semana que vem, dia 12 de janeiro. De acordo com o diretor, nesse ano haverá um aumento da taxa de 6,14% tanto predial (casa, comércio, indústria) como territorial (lotes vagos). Os vencimentos para pagamento cota única com desconto de 4% tem prazo até 12 de fevereiro. Aqueles contribuintes que optarem pode parcelar o IPTU em até 9 parcelas, desde que a parcela mínima seja inferior a R$ 30,00. O munícipe que que não receber a guia do tributo poderá comparecer a Prefeitura no setor de finanças das 8 às 18 horas ou retirá-la no site da Prefeitura (www.montesclarosmg.gov.br). Quem é proprietário de lotes vagos deverá comparecer a sede do Governo Municipal, no setor de atendimento ao contribuinte, em horário comercial para a retirada da guia de pagamento.(...)

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Mensagem N°79253
De: darcy Data: Terça 6/1/2015 12:14:40
Cidade: moc mg

Acaba de ser assaltada residencia rural do sr (...),pessoa muito conhecida,funcionário público aposentado.na bacia do rio São Lamberto, poucas casas restam para que os larápios as visitem.(...)

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Mensagem N°79252
De: Marinho Data: Segunda 5/1/2015 13:28:34
Cidade: Montes Claros

A Missa em memória do escritor Haroldo Lívio será nesta quarta-feira, dia 7, às 18h na Capela do Colégio Imaculada.

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Mensagem N°79251
De: Edilson Barros Data: Terça 6/1/2015 07:45:40
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Faleceu ontem o comerciante Zezinho.Janaubense, muito conhecido no bairro do melo, onde se estabeleu e fez grandes amigos. Que Deus console seus familiares enlutados.

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Mensagem N°79250
De: Manoel Hygino Data: Segunda 5/1/2015 10:00:17
Cidade: BH

Com o falecimento do Haroldo Lívio, perdemos uma das maiores Inteligências do nosso norte. Era um excelente escritor e amigo, que muito contribuía para a preservação da memória local e regional. Com profundo pesar, recebo a infausta notícia, dividindo a dor com a família e sociedade.

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Mensagem N°79249
De: Lucy Data: Domingo 4/1/2015 18:07:28
Cidade: M. Claros

So agora tenho acesso a computador para narrar o que vi em M. Claros na tarde/noite do dia 31 de dezembro. Cena dos fatos, ainda à luz do sol: entrada do Bairro todos os Santos, na esquina da Avenida Sanitaria com rua Santa Maria. Havia ali uma mini blitz da PM, ou coisa semelhante; digo, porque vi 2 ou 3 policiais, entre eles uma mulher fardada. Ela parou um motoqueiro e o instruiu a mostrar documentos, creio. Neste momento, o rapaz se desvencilhou da policial e escapou, acelerando a moto em direção ao Bairro Todos os Santos. A policial ainda tentou correr atrás, a pé, para impedir a fuga. Em desvantagem, sacou da arma e... atirou. Um único tiro. O rapaz fugiu. (Não quero fazer juízo de valor, mas temo por uma criança que passasse naquela movimentada esquina, que, por sorte, em função da data, estava deserta. Está arriscado se aventurar pelas ruas da cidade, a qualquer hora - daí fazer este relato. A delinqüência anda solta e desenvolta)

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Mensagem N°79248
De: Jefferson Augusto de Figueiredo Data: Domingo 4/1/2015 11:16:16
Cidade: Grao Mogol

Grão Mogol consternada por Haroldo Lívio

*Jéferson Augusto de Figueiredo

Consternação. Como prefeito Municipal de Grão Mogol resumo numa só palavra o que nós amigos grãomogolenses de Haroldo Lívio de Oliveira sentimos com o seu passamento. Esse sentimento pairou no ar da urbe, eternizada por ele numa expressão simbolicamente cunhada em pedras: “Grão Mogol, Cidade Presépio”.
Haroldo Lívio era Cidadão Honorário de Grão Mogol. Um grande amigo apaixonado por esta cidade que desperta paixão principalmente em quem enxerga a beleza por meio da alma. Aqueles que são poetas/escritores, cronistas, historiadores de nascença como Haroldo Lívio, um dos grandes divulgadores de Grão Mogol e de suas belezas naturais.
De tão apaixonado ele ficou que, de fato e de direito se casou, um dia, com Grão Mogol, quando comprou uma casa na Rua Luís Gonçalves, 74, na sequência da Rua Cristiano Relo (Rua Direita, nome antigo), no Centro Histórico em vias de tombamento pelo IEPHA – Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Uma casa aconchegante.
Não é uma casa comum, porque cheia de histórias, a casa que Haroldo Lívio comprou. “É obra granítica, com paredes de meia braça, a sustentar janelas coloniais, portas imensas, de duas bandas, com pesadíssimas traves e ferrolhos, frutos, não só da segurança mineira como da senhorial competência de suados ferreiros de antanho”, descreve o também poeta e escritor Wanderlino Arruda.
Havia sete meses que Haroldo Lívio não vinha a Grão Mogol, apesar da casa montada e bem aparelhada que sempre emprestava aos amigos de Montes Claros num gesto solidário, uma das muitas qualidades do amigo que foi enriquecer com a sua intelectualidade e o bom coração as hostes celestiais.
Somente agora, após a sua partida é que interpretamos o retorno de Haroldo Lívio a Grão Mogol, há questão de um mês, como uma maneira de inconscientemente se despedir da terra que ele amou, assim como amou Brasília de Minas, onde nasceu; Porteirinha, onde possuía cartório; e Montes Claros, onde viveu e se projetou como intelectual.
A turma do Café Galo, de Montes Claros ficou empobrecida, mas ao mesmo tempo se enriquecerá daqui por diante quando as pessoas recontarem os muitos contos da privilegiada cabeça de Haroldo Lívio.
Na ocasião em que retornou a esta terra abençoada, ele veio passar alguns poucos dias a fim de se preparar para uma cirurgia na bexiga. Bem sucedida. Mas amigos dele confidenciaram que Haroldo sentira muito a morte do irmão, Fernando Lívio de Oliveira, há cerca de dez meses. Os pretextos podem ser vários para justificar a partida definitiva de alguém quando é chegada a hora.
Esse grande amigo, que tanto dignificou Grão Mogol esteve na cidade por ocasião da inauguração do Presépio Natural Mãos de Deus, em dezembro de 2011, obra edificada pelo empresário Lúcio Bemquerer. Antes ainda, Haroldo esteve no presépio em novembro, no dia da chegada da escultura do Menino Jesus.
Na condição de prefeito municipal de Grão Mogol e em nome dos grãomogolenses que conheceram e conviveram com Haroldo Lívio, transmito à família enlutada, a viúva Maria do Carmo Santos Oliveira e as filhas Fabíola Belkiss, Luciana e Clarissa Mônica Santos de Oliveira os nossos mais sinceros sentimentos. O nome deste estimado amigo será lembrado sempre por nós tendo por base nossa gratidão.

*Prefeito Municipal de Grão Mogol

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Mensagem N°79247
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 4/1/2015 11:06:52
Cidade: Montes Claros-MG

Dr. Haroldo Livio de Oliveira: Um homem que entrou honrosamente para a história da literatura. Todos os adjetivos acerca da sua índole já foram externados pelos amigos, confreiras e confrades do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros- IHGMC e das Academias no qual Haroldo Lívio era membro.
Este brasiliense das Contendas era daqueles que todos o admiravam. Eu, ainda criança o conheci namorando com Maria do Carmo que morava à rua Dr. Veloso em frente a casa dos Prates ( Zim, Terezinha, Nazaré e Maria José). Haroldo e Du’carmo era um casal muito admirados pelos meus avós, pois, minha tia Cecília Ponciano namorava com José Lopes e ambos (casais) saiam juntos para as missas e cinemas, com toda a confiança dos meus avós.
Haroldo meu companheiro dos sábados de Café Galo, confrade do IHGMC, sempre conversávamos muito sobre a história de Montes Claros. De história. Era com ele mesmo. Quando começava a historiar sobre Brasília de Minas (sua terra genitora), Porterinha, Riacho, Francisco Sá e Grão Mogol; além da elegância de expressar, seus olhos brilhavam.
Haroldo Lívio nunca foi um “Fanqueiro Literário”, era completamente despojado das vaidades, nunca visava lucro como notário e muito menos como escritor,historiador e jornalista; prá ele servir era um compromisso com a sociedade e com Deus.
Amizade para Haroldo Lívio era tudo, sempre destacava os amigos como: Itamaury Teles, José Luiz, Wanderlino Arruda, Paulo Narciso, Ronaldo Almeida, Petrônio Brás, Yvonne Silveira, Prof. Juvenal, Lúcio Bemquerer, Alberto e Waldir Senna e muitos outros, não fazia distinção entre eles.
Haroldo foi para junto de outros, porém, ficou aquele modo intrínseco de tratar as pessoas. A história do Norte de Minas ficou mais rica!
Agradeço muito a Deus de ter sido seu amigo e confrade do IHGMC.
(*) José Ponciano Neto é da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros- IHGMC

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Mensagem N°79246
De: Saulo Data: Domingo 4/1/2015 10:45:37
Cidade: Moc

Ainda o imenso Haroldo Lívio, sábio e modesto, que estas coisas costumam andar juntas. Haroldo gostava do poeta Tagore, indiano que viveu na Inglateerra. Indiano prêmio Nobel de Literatura. Indiano, claro, da linha dos Vedas, de Shankara, de 10 mil anos de tradição discipular. Indiano, que sem nunca ter ouvido falar do nosso Sócrates particular, e do seu Jardim de Academus, predisse o seu caminho, que é de todos que atingem tal compreensão. Diz o poeta, Grande Cisne de Outras Margens:

É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs
Eu já devolvi as chaves da minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
Fomos vizinhos durante muito tempo
E recebi mais do que pude dar.
Agora vai raiando o dia
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro
Apagou-se.
Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada.
Não indaguem sobre o que levo comigo.
Sigo de mãos vazias e o coração confiante.

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Mensagem N°79245
De: Silvio Data: Domingo 4/1/2015 10:33:39
Cidade: Joaquim Felício

Aviso aos navegantes, no trecho M. Claros/BH: cuidado com os assaltantes.. Na última noite, motorista fcou sem os 24 pneus de sua carreta. Ia parar em posto, perto de Buenópolis, para dormir, quando 3 ladrões o intimaram. Levaram a carreta para uma estrada desimportante, arrancaram os pneus e deixaram o motorista, baiano de 51 anos, amarrado.

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Mensagem N°79244
De: Frequentador Café Galo Data: Sábado 3/1/2015 21:24:09
Cidade: Montes Claros

Fiquei sabendo da morte do Haroldo após o mesmo ter sido enterrado.A ultima vez que o vi foi a 15 dias atrás na porta do Café Galo.Estava com uma das filhas dentro de um carro e conversou poucos minutos com um jornalista e acenou pra mim.Que vai fazer uma falta danada na porta do Café Galo não resta duvida.Haroldo tinha uma qualidade impar,saber ouvir,as vezes perdia um tempo precioso com o chamado baixo clero do Café,dava gostosas gargalhadas e pra ele,conversar fazia parte do seu estilo humanista,não escolhia a prosa e qualquer assunto era motivo de muita atenção da sua parte.Os frequentadores do Café,chamados do baixo clero,sentiram o baque e da minha parte fica a minha tristeza pela perda de tão nobre pessoa.Fernandão e agora Haroldo,que falta vcs irão fazer....

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Mensagem N°79243
De: Juliana Oliveira Braga Data: Sábado 3/1/2015 12:45:20
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Ontem tive a tristeza de me despedir de meu tio Haroldo tão pouco tempo depois de me despedir do meu amado pai. Mas tenho certeza que os dois estão agora juntos e matando as saudades juntamente com meus amados avôs José Luiz e Dalva. Descansem em paz pois nem a morte foi capaz de separar esses dois irmãos que se amavam tanto. Fiquem com Deus.

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Mensagem N°79242
De: Luzia Data: Sábado 3/1/2015 16:51:19
Cidade: Pentaurea/Moc

Há duas noites seguidas falta luz na região do Pentaurea. Voltamos ao tempo de nossos avós. Ainda bem que temos a luz da lua, quase cheia, o que acontecerá amanhã. A "melhor energia do Brasil" está nos deixando no escuro.

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Mensagem N°79241
De: Alberto Sena Data: Sábado 3/1/2015 16:34:14
Cidade: Grão Mogol

HAROLDO LÍVIO

Grãomogolense de coração e de olhos azuis

Alberto Sena


A casa do amigo Haroldo Lívio de Oliveira, na Rua Luís Gonçalves, 74, no Centro Histórico de Grão Mogol estava fechada, ontem. Pelo menos era o que parecia. Um dia após o sepultamento dele, em Montes Claros, o silêncio reinante ali dentro combinava com a canícula do meio dia, dando a impressão de que Macondo era aqui, em Grão Mogol. Macondo é lugar imaginado pelo escritor colombiano Gabriel Garcia Marques, Prêmio Nobel de Literatura, no livro Cem Anos de Solidão.

Furtivamente espiei a casa por fora e por dentro do jardim e do pomar onde as mangueiras – mangas espada, comum e ubá –, regurgitam frutos sob o calor da canícula de 35º, com impressão térmica de 40º. Não havia viv’alma na rua. Mas da casa em frente, vinha da janela aberta uma voz de mulher ao celular. Primeiro ouvi a voz. E enquanto ouvia, tratava de sacar algumas fotos da casa de Haroldo.

A voz que saiu da janela da casa em frente era de dona Zazá – menos conhecida por Maria do Rosário. Ela falava ao telefone e percebi num átimo que poderia ser uma boa fonte de informações sobre o amigo Haroldo Lívio, que adquiriu aquela casa faz “uns 20 anos”, segundo ela.

Dona Zazá disse não ter tido o privilégio de conviver com Haroldo Lívio, mas o conhecia e com ele batia papos superficiais o suficiente para perceber que “era meio fechado”. Não era bem assim, dona Zazá. Era o jeitão dele. Haroldo era um camarada que gostava de conversar. Os amigos frequentadores do Café Galo, de Montes Claros, que o digam.

Mas ali diante do portão da casa de Haroldo Lívio, espiando o interior do jardim, pude sentir o quanto o lugar é aprazível. Imaginei que por ali beija-flores habitassem em profusão. E quando as mangas vão se amadurecendo, os passarinhos fazem a festa. As maitacas estão aí pra isso mesmo, se fartarem com as mangas e as demais frutas da época.

Particularmente, acho que o amigo Haroldo Lívio fez uma bela aquisição ao comprar a casa em Grão Mogol, por todos os motivos, e principalmente porque esta cidade é “sui-generis” e ele teve olhar e alma para perceber o que percebo com a maior clareza.

Só numa coisa creio eu, Haroldo Lívio pecou: não largou mão de tudo para se mudar definitivamente pra Grão Mogol. Dona Zazá me disse que ele ficara um longo tempo aqui, quando as filhas eram pequenas. Mas depois que elas cresceram teve de fixar mais em Montes Claros porque as crianças já não eram tão crianças assim e tinham de estudar.

Frequentemente, ao longo desses 20 anos, Haroldo estava sempre em Grão Mogol onde fez amigos como Geraldo Frois e Lúcio Bemquerer. Entretanto, ele não vinha à cidade já fazia sete meses, quando há um mês veio com uma das filhas a fim de descansar e se preparar para uma bem sucedida cirurgia de bexiga.

Mas o que o levou de nós foi alguma complicação com diabetes e segundo dizem, ele teria ficado muito sentido com a morte do irmão, Fernando, há cerca de dez meses.

O importante em meio a tudo isso é que Haroldo Lívio cumpriu a missão e partiu como partiremos todos, cada um ao seu tempo. Deixou-nos um legado de crônicas, publicou Nelson o Personagem e iluminou Montes Claros com a sua cultura e a verve literária.

De hoje em diante, os grãomogolenses que passarem pela porta de casa de número 74 da Rua Luís Gonçalves irão olhar lá pra dentro e dizer: “Esta é a casa de Haroldo Lívio, grãomogolense de coração e de olhos azuis”.

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Mensagem N°79240
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 3/1/2015 12:05:57
Cidade: Montes Claros

(...) É naquele cenário que emerge o esforço de reconstrução dos direitos humanos como paradigma e referencial ético a orientar a ordem internacional contemporânea, irradiando a ideologia a todos os países do globo terrestre. Variados foram os instrumentos de proteção dos direitos fundamentais das mulheres em toda a história. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79237
De: O Tempo Data: Sábado 3/1/2015 08:55:13
Cidade: Belo Horizonte

Jovem é executado a tiros enquanto cortava cabelo em Montes Claros - Fernanda Viegas - Um jovem de 20 anos foi executado a tiros enquanto cortava o cabelo, nessa sexta-feira (2), em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Até o momento, ninguém foi preso e a motivação para o crime ainda é desconhecida. O cabeleireiro contou à Polícia Militar (PM) que estava cortando o cabelo de Davisson Roseno dos Santos na barbearia, que fica na rua Argentina, no bairro Independência, quando um homem usando capacete preto entrou no estabelecimento comercial, com uma arma na mão, e atirou contra a vítima.Duas balas atingiram a cabeça da vítima, que morreu no local, conforme constatou uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).O suspeito fugiu de moto, na companhia de um comparsa, e até o momento, não foi identificado.

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Mensagem N°79235
De: montesclaros.com Data: Sexta 2/1/2015 19:32:55
Cidade: M. Claros

"Ab ungibus leo", gostava de repetir o grande Haroldo Lívio aos que mereceram a graça do seu convívio, de suas lições. Traduzido, quer dizer: "Pelo dedo se conhece o gigante".
Pois bem. Aqui vão os 4 últimos textos que ele publicou neste montesclaros.com. Falam por ele, por nós, pela vida. Jamais se ouviu dos seus lábios um lamento, uma queixa, a palavra desprimorosa, deselegante. Continuará a crescer perto de nós, pois seguiremos ouvindo sua voz amiga.



Por Haroldo Lívio - 16/11/2014 02:06:24

A esquina dos três poetas

HAROLDO ´LÍVIO*


Fica na Rua Artur Lobo, que liga a Praça Dr. Chaves à Rua Gonçalves Figueira, bem próximo ao Centro Cultural Hermes de Paula, a esquina onde se dá o encontro de três notáveis poetas do passado. Esta rua, em tempos idos, foi chamada de Beco de Santa Bárbara, que nos protege de raios e trovões, e era usada como via de acesso às aguadas do Rio Vieira, na época navegado por canoas e povoado por curimatãs, surubins e outras delícias. Muito tempo depois, nossa vereação decidiu prestar homenagem a um dos primeiros vates de nossa cidade, Artur Lobo, de grande prestígio e montes-clarense nascido no então distrito do Sacratíssimo Coração de Jesus. Ele foi um dos primeiros jornalistas de Belo Horizonte, tendo participado das festas de inauguração, em 1897, da nova Capital de Minas Gerais, em cuja elite intelectual figurava com invejável distinção, tanto que os vereadores belo-horizontinos deram seu nome a uma artéria muito conhecida. Salvo engano, esta rua fica na Floresta, um dos bairros mais tradicionais daquela metrópole, outrora coroada Cidade Jardim.
Entra em cena o segundo poeta, quando a Rua Artur Lobo, antes de desembocar na antiga Rua do Pedregulho, hoje Gonçalves Figueira, atravessa a Rua Hermenegildo Chaves, cujo patrono é uma das glórias literárias da Montes Claros de antanho, da quadra distante das serenatas e dos saraus familiares. Seu nome e seu apelido carinhoso, Monzeca, estão inscritos na galeria das personalidades mais elevadas do jornalismo brasileiro. Nas redações por onde passou, na Capital que adorava, ainda repercute a admiração pelo texto exemplar que era a marca registrada de sua arte de fino lavor, quer seja prosando, quer seja versejando. A soprano Maria Lúcia Godoy, profunda conhecedora e intérprete consagrada da modinha, relaciona na contracapa de uma gravação os nomes dos quatro maiores modinheiros do Brasil e Portugal. Apontou o português Gonçalves Crespo, Castro Alves, o bardo João Chaves e seu irmão Monzeca. Isto basta para dar uma idéia da dimensão do encontro de Artur Lobo e Monzeca, dois gigantes de nossas letras. Monzeca vinha pouco à nossa cidade, embora a amasse a distância. Na última vez que por aqui esteve, parece que pela festa do Centenário, foi recepcionado em uma tertúlia no palacete do também menestrel Luiz de Paula, que alcançou o auge com a voz encantadora do seresteiro Telé Prates interpretando modinhas imperiais, valsas e outras cantigas de amor.
Completando o trio de poetas da esquina, entra em cena Geraldo Freire, o grande trovador de apenas um livro publicado, Fonte dos Suspiros. Ele, que me honrava com sua amizade, sempre foi considerado um eleito das musas e morava na casa da Rua Hermenegildo Chaves com lateral na Rua Artur Lobo. Dessa convergência de celebridades desta Cidade da Arte e da Cultura surgiu o encontro de três cabeças fulgurantes, de três épocas distintas, que enobreceram esta terra. Montes Claros tem umas coisas que as outras terras não têm...

* Do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Por Haroldo Lívio - 4/11/2014 20:09:59

HAROLDO LÍVIO

Egresso do bloco cirúrgico da Santa Casa, sob os cuidados dos magos Luiz da Paixão e Walter Lima, coadjuvados pelo jovem anestesiologista Waldir Nascimento Bessa Jr., cujo nome indica ser herdeiro do comerciante de maior visão que já mercadejou nesta praça, dono da Loja Americana, voltei a casa pensando nestas cousas aparentemente desimportantes que, de vez em quando, nos enchem a cabeça de caraminholas. Faz quanto tempo que o leitor não passa um telegrama? Já nem se lembra mais e acha que telegrama é um meio antiquado de comunicação em desuso. Aí é que está o engano! A Empresa de Correios e Telégrafos continua funcionando a todo vapor. E funcionando muito bem. Principalmente telegrafando... Para cumprimentar nubentes, uma amiga que festeja 80 anos abrindo garrafas de champagne Veuve Cliquot, os manuais de bom tom exigem que se telegrafe, e não enviar um e-mail ou telefonar, porque o destinatário ficará muito feliz
recebendo o documento das mãos do carteiro, protocolarmente. A mensagem é tão formal que vem contida dentro de um envelope. Antigamente, antes da universalização do computador, as empresas, por status e princípio de economia, tinham o endereço telegráfico que correspondia ao endereço de correio eletrônico E-mail, atualmente dominante e triunfante. A taxação do telegrama era cobrada por letra usada no endereçamento. Se o remetente ao telegrafar para o Banco do Brasil usasse apenas o endereço telegráfico Satélite, muito famoso, por sinal, pagaria somente o valor de uma letra no endereço. Negócio pra lá de vantajoso! Já pensou em quanto ficaria o nome Banco Hypotecário e Agrícola de Minas Gerais, para quem não soubesse o endereço telegráfico, do qual não consigo me lembrar. Lembro-me de que o Banco Mineiro da Produção era Bemca. Assim mesmo. Parece-me que o Banco Comércio e Indústria era Bancomércio. Isto são impressões de sessenta anos atrás, muito para trás. Tenho certeza de que a firma Indústrias Reunidas Santa Maria S.A., fabricante do Óleo Mariflor, o braço direito da boa cozinheira, usava Mariflor e até elegeu uma Miss Mariflor. Seus concorrentes, os Irmãos Pereira, do Óleo Boazinha, usavam o Ipê, uma árvore que nada tem a ver com o algodão e tem a ver com a família. Teria sido bolado pelo brilhante jornalista Cipião Martins Pereira, tido como um dos textos mais belos da grande imprensa. Sociam era o endereço telegráfico de uma algodoeira cuja razão social me escapa.
Ah, se ainda estivesse por aqui o amigo Necésio de Moraes, para elaborar uma lista. Confirmaria que Ramirmãos era usado pela Casa Luso-Brasileira, de Ramos & Cia. (Saudade de Dona Fernanda.) Principalmente informaria sobre firmas de peso em que militou na contabilidade. Diria o endereço telegráfico de Comércio e Representações J. Alves da Silva S.A., a concessionária Ford; e confirmaria Matsulphur, da Companhia de Materiaes Sulphurosos, do Cimento Montes Claros, ou melhor, de João Bosco Martins de Abreu, que acaba de nos deixar entre lágrimas de saudade e eterna gratidão por todo o bem que fez a esta cidade que aprendeu a amar como sua também. Montes Claros se curva reverente ante sua personalidade de homem de escol e empreendedor da produção, das ciências e das artes.

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Por Haroldo Lívio - 13/10/2014 16:27:56

Rapariga do Bonfim etc

HAROLDO LÍVIO

Eu me preparava para escrever algumas linhas sobre o talentoso artista Elthomar Santoro Júnior, que nos deixou em sentido pranto, ausentes de seu agradável e doce convívio, quando as letras e artes desta Cidade da Arte e da Cultura foram golpeadas com a perda de nosso querido Peré.
Duas figuras marcantes que partiram muito cedo para os campos serenos da eternidade e que tinham em comum o amor pelas cousas do espírito, dominando cada qual uma área específica; a música e a literatura. São específicas, sim, num primeiro olhar; mas prestando maior atenção, verifica-se, com facilidade, que conduzem ao mesmo destino, a poesia, que resume a beleza da vida.
Elthomar Santoro viveu pouco. Pode-se dizer que era um jovem de 56 anos de idade, porque tinha um comportamento juvenil, nada fazia que fosse condizente com a idade adulta. Era roqueiro, era músico de vanguarda, era um garoto que amava os beatles e os rolling stones. Ele fazia questão absoluta de ser identificado como prosélito da doutrina hippie, tanto que se vestia, pensava, compunha canções e carregava a sacola e se cobria com o boné de artista engajado. Ele participou da geração que surgiu com a criação do Centro Cultural Hermes de Paula, esta entidade que foi concebida para funcionar como sementeira das vocações que por aqui germinam e têm apresentado um resultado altamente positivo. Pode-se afirmar que o surgimento deste órgão pode ser comparado ao grêmio literário dos padres premonstratenses, há mais de 100 anos, que veio incentivar o desabrochar da geração de João Chaves, Dulce Sarmento, Elpídio César e outras notabilidades do passado. Elthomar Santoro foi cria do Centro Cultural e poderia ter deixado obra mais volumosa se tivesse tido cuidado com a saúde. Lamentavelmente, não se esforçou para contribuir ainda mais para a produção artística da cidade que tanto amava, e partiu muito cedo. Compôs muito rock e deixou um tango, Disparate, em parceria com seu mano Ismoro da Ponte, que o público rebatizou com a denominação de Rapariga do Bonfim, que tem sido uma espécie de sufixo musical das grandes festas da cidade. Tornou-se banal, nos fins de festanças, encerrar a noitada com a execução do tango montes-clarense composto por dois pontenses, em meio a aplausos e pedidos de bis.
Elthomar me considerava uma espécie de tio, tendo até me convidado para fazer uma letra de canção vestida por sua música. Parece que ele queria me homenagear à sua maneira, para celebrar a amizade que sempre uniu o pai dele, Justino, ao meu pai, Zé Luiz. Esta é a história da amizade entre um homem e um menino. O meu velho era o escrivão das execuções fiscais na comarca das Contendas e, volta e meia, viajava pela zona rural cobrando dívida ativa da União. Certa vez, em São João da Ponte, necessitou de contratar um garoto esperto, ativo, desembaraçado, para entregar as cartas de intimação dentro da cidade. Indicaram Justino, que se desincumbiu da tarefa a contento.
O menino continuou trabalhando com o escrivão, e cresceu como acontece com todo mundo. Quando já taludo, passou a viajar com o escrivão, estudou, ingressou no serviço público e terminou sua brilhante carreira como coletor estadual. Palmas para quem merece!

Do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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Por Haroldo Lívio - 10/10/2014 19:17:15

PRIMO PERÉ

HAROLDO LÍVIO

Luiz Carlos Vieira Novaes, o Peré inesquecível e bem-amado de todos os parentes, contraparentes, aderentes, amigos, admiradores e leitores, foi cruelmente arrebatado de nosso convívio e nos deixou por algum tempo. As lágrimas até aqui derramadas equivalem ao mar de imorredoura saudade em que estamos todos mergulhados. Sua prematura partida, em meio à consternação geral de todas as pessoas que o amavam, veio desmentir aquela afirmação de que não existem pessoas insubstituíveis. Peré não deixou substituto, alguém que possa igualá-lo em nobreza, em bom caráter e em talento; alguém que possa reunir tanta simpatia e carisma pessoal ao redor de si, mercê de seu reconhecido valor de jornalista e cidadão do mundo, sempre disposto a servir o próximo.
Ele já nasceu abençoado e iluminado pela luz que vem do céu para mostrar quem está perto de Deus. Foi escolhido pela Providência Divina para nascer no dia 25 de dezembro de 1953, para coincidir com a mesma data de nascimento do Menino Jesus. Não resta dúvida de que há algo de profético nessa feliz coincidência. No dia de seus sessenta anos, no ano passado, publiquei um relato sobre o novo sexagenário, lamentando que seu pai, o saudoso Novaesinho, e a mãe, dona Maria, não tivessem dado ao bebê um nome alusivo à data máxima da Cristandade. Ele poderia ter sido contemplado, na pia batismal, com o nome de Natalício, ou Natalino, ou Salvador, ou mesmo Jésus (com o acento agudo) para não ser confundido com o outro ilustre aniversariante. Porém, o pai, que nutria grande admiração pela figura histórica de Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, perdeu a oportunidade e decidiu pelo nome do político, sem saber que o batizando veio a ser, como o pai, um modelo de cristão e criatura do bem. Coisas que acontecem...
Minha primazia com Peré, como digo no título acima, se origina na amizade entre meu avô materno, João Vicente Maria do Amor Divino, pernambucano de Petrolina, e seu avô paterno, João Novaes Avelins, também pernambucano, de Cabrobó, ambos nascidos em cidades banhadas pelo Rio São Francisco. Todavia, vieram a se conhecer em São Francisco, terra barranqueira de Minas Gerais. Até aqui somos apenas netos de dois pernambucanos unidos pela amizade, ainda não dando para dizer que fomos primos nem que seja detrás da serra.
Sem querer pegar carona com a fenomenal simpatia do amigo que partiu, quero informar ao distinto público que a avó paterna de Peré, dona Angélica Novaes, e minha avó materna, dona Florinda Barreto Nobre, portadoras de nomes lindos, eram conterrâneas de São Romão e se apresentavam socialmente como primas. (Não sei qual o grau do parentesco.) O que importa mesmo e que elas fizeram o quarto ano primário em Januaria morando na casa de Tia Ursulina, de quem eu e o querido amigo devemos ter sido sobrinhos-bisnetos. De qualquer forma, teríamos de ser primos nem que fosse pela coincidência da presen;a do Rio São Francisco, na caminhada de nossos antepassados que desceram do Nordeste navegando pelas águas sagradas, em busca de dias melhores.

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Mensagem N°79234
De: Jornalista Luiz Ribeiro Data: Sexta 2/1/2015 17:27:40
Cidade: Montes Claros/MG

Uma grande perda para a nossa cultura

Montes Claros amanheceu consternada com o falecimento de Haroldo Lívio de Oliveira. Com ele, Wanderlino Arruda, Dario Cotrim e Petrônio Braz, fundamos o Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, que teve ele como um dos principais idealizadores. Advogado, articulista, jornalisa, pesquisador, estudioso, historiador e escritor nato, dono de um texto cristalino e incomparável - com rara capacidade de ser, ao mesmo tempo, simples e erudito, Haroldo sempre foi uma espécie de biblioteca ambulante, conhecedor profundo da nossa gente, da nossa história e das nossas raízes. Aprendemos muito com ele. Pra mim, particularmente, ele sempre foi uma espécie de consultor. Em qualquer dúvida ou necessidade de alguma informação sobre episódios pitorescos e fatos históricos a respeito da história de Montes Claros e do Norte de Minas, era só ligar para o Haroldo Lívio que ele respondia com gentileza e disposição. Uma grande perda para a cultura da cidade, da região e do estado. Haroldo, você não partiu. Encantou-se. E,assim, você permanecerá para sempre nos iluminando.

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Mensagem N°79233
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Sexta 2/1/2015 16:32:16
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

A MORTE NÃO PODE ESPERAR...

Mais uma despedida... Sabemos que nossa vida no planeta é provisória. Viemos aqui, provavelmente, para aprender. Principalmente, aprender a amar. Acredito que o homem tem duas asas: a asa do conhecimento e a asa do amor, que implica, também, a ética. Entretanto, poucos de nós desenvolvem, com equilíbrio, essas duas asas. Meu amigo, Haroldo Lívio, que partiu no primeiro dia do novo ano, era um homem que soube desenvolver ambas.
Haroldo, meu companheiro de Academia e do Instituto Histórico, era, talvez, um dos maiores intelectuais de nossos tempos, por esses rincões.
E sua simplicidade, sua humildade, era do tamanho de sua grandeza intelectual e moral.
Estar perto dele, usufruir de seu rico cabedal de conhecimentos era sempre uma fonte de enriquecimento. Ah, meu amigo, como vou sentir sua falta!...
Em qualquer acontecimento social ele estava sempre acompanhado de sua bela esposa, Maria do Carmo, ou Duca para os íntimos. Eram companheiros formidáveis, sempre cheios de alegria e bom-humor! Era, também, como sei, um excelente pai de família. Portanto, além de intelectual respeitado, um homem reto, de princípios morais sólidos.
Deixa para a posteridade um rico acervo cultural e um exemplo de integridade, honestidade, bondade, cavalheirismo.
Constatar o quanto era querido bastava ver quantos o cercavam no Café Galo e, hoje, a multidão que lotou o seu velório e seu enterro. A despedia foi para todos que o amavam um momento único de grande emoção.
Foi-se o homem, fica a sua herança e as marcas profundas que deixou na cidade de Montes Claros e, quiçá, em todo o norte de Minas. Feliz da criatura, como ele, que pode apresentar-se, sem mácula, diante do Pai-Criador.
Há muito, desde a morte de seu irmão, Fernando, que estava prometendo a mim mesma visitá-lo. Mas, por uma série de motivos, principalmente de saúde, fui adiando a visita. E eis que ele se vai sem que eu pudesse, mais uma vez, dar-lhe um abraço e batermos aquele papo tão gostoso. A morte não pode esperar. Ele estava de malas prontas e mal sabia eu!... Perdão, meu amigo!
As cadeiras ocupadas por ele, em ambas as instituições citadas acima, serão ocupadas por outros. Eu, porém, hesitaria muito antes de fazê-lo, pois o peso de seu nome implica em grande responsabilidade.
Para mim, amigo, você foi único e, portanto, insubstituível.
Espero, de todos meu coração, podermos nos encontrar na eternidade, assim como com tantos outros entes queridos!
Adeus, amigo! Obrigada por ter feito parte de minha vida! Você pode ter a certeza de ter marcado profundamente a vida de muitos com quem conviveu. Você foi um privilégio! E a lacuna que deixa é, verdadeiramente, dolorosa.

Maria Luiza Silveira Teles

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Mensagem N°79232
De: César Data: Sexta 2/1/2015 15:38:14
Cidade: Moc/MG

O rijo sol das 3h da tarde, quando a temperatura era de 36 graus, presidiu a cerimônia de adeus, ainda agora, do escritor Haroldo Lívio, no cemitério local - o velho. Família e amigos cantaram o "Amo-te Muito", canção de João Chaves que embala as horas felizes - e é seguro lenitivo nas horas amargas. Wanderlino Arruda, em nome de todos falou, e chorou. Nossa mais alta cidadã, Dona Yvonne Silveira, que acaba de sair dos primeiros 100 anos, foi ao velório, fortíssima, e, contrariando os costumes, ajudou a conduzir o caixão pela alça. Haroldo vive.

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Mensagem N°79231
De: O Tempo Data: Sexta 2/1/2015 12:13:18
Cidade: Belo Horizonte

Traficantes `abrem fogo` em Bocaiuva e deixam quatro pessoas feridas -02/01/15 - Carolina Caetano - A Polícia Militar de Bocaiuva, no Norte de Minas, ainda não conseguiu localizar três homens que promoveram um tiroteio e deixaram quatro pessoas feridas na cidade, nessa quarta-feira (1º). Os atiradores seriam traficantes conhecidos no município.De acordo com o boletim de ocorrência da corporação, uma adolescente de 14 anos, uma mulher de 21 e um homem de 27 estavam conversando na rua Goiás, no bairro Pernambuco, quando os suspeitos passaram em um Punto de cor vermelha e começaram a disparar.Um das balas transfixou o portão e atingiu um idoso de 65 anos que estava na garagem do seu imóvel. Depois dos crimes, o trio fugiu. Todas as vítimas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Gil Alves. A mulher e a menor passaram por cirurgia, e os homens seguem em observação.Durante rastreamento na cidade, policiais conseguiram localizar um suspeito de 22 anos. O homem estava saindo da casa do outro atirador, que não foi encontrado.O homem negou o crime, mas foi reconhecido por um dos feridos. Ainda conforma a polícia, o rapaz e a jovem de 21 anos teriam envolvimento com o tráfico de drogas.O suspeito foi encaminhado à delegacia de plantão do município.

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Mensagem N°79230
De: José Prates Data: Sexta 2/1/2015 10:51:25
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

Com grande pesar, tomei, agora, quando abri este mural, a lamentavel noticia do falecimento do escritor e jornalista Haroldo Livio quem eu admirava e respeitava como um dos intelectuais de nossa terra. À familia enlutada, os meus pesâmes. José Prates

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Mensagem N°79229
De: Wanderlino Arruda Data: Sexta 2/1/2015 11:10:39
Cidade: Montes Claros/MG

HAROLDO, BARÃO DE GRÃO-MOGOL

Wanderlino Arruda

Com imensa tristeza, na hora em que Haroldo nos deixou, republico a minha crônica sobre ele, que foi um grande amigo e notável companheiro - A história é bem normal de tudo de conformidade com os cânones do comércio de nossos dias, fruto dos princípios da oferta e da procura. Negócio de toma-lá-e-dá-cá, envolvendo naturalmente valores e moedas comuns de qualquer ato comercial. Só põe romantismo numa operação dessas quem pode vê-la com olhos de poesia, com traços românticos de filosofia literária. Em tudo, não resta dúvida, mesmo nos atos de pura barganha e interesses outros, a gente consegue dar um colorido de fantasia, bem própria dos que vivem do trato das artes de das letras. É que a verdade é bem interessante, amigos. Haroldo Lívio, cidadão brasileiro, brasilminense de nascimento, montes-clarense de coração, agora assina um atestado de amor à terra de Grão Mogol. Assina e paga. Paga com toda a força que o dinheiro põe e dispõe no mundo moderno, mesmo em se tratando de coisas antigas. Haroldo Lívio - é bom dizer logo - acaba de efetuar uma transação comercial de alto coturno na cidade de Grão Mogol. Comprou e pagou e tomou posse, com registro em Cartório, mediante todas a cláusulas, inclusive a de evicção. Haroldo Lívio, ou melhor, Doutor Haroldo Lívio de Oliveira, brasileiro, advogado, casado com a socióloga, D. Maria do Carmo, é hoje senhor de um solar antigo e sensorial na cidade de Grão Mogol. Senhor legítimo de uma antiga casa, grande e imponente, construída possivelmente por mãos escravas, de paredes de pesadas pedras, escavadas com o suor do século passado. Caso de amor à primeira vista, Haroldo embeiçou-se pela nobre vivenda e sentiu-se imediatamente na pele de um poderoso grão-proprietário, dono da segurança de uma fortaleza ao mesmo tempo urbana e histórica. Viu e gostou. Gostou e comprou. Comprou e pagou. Pagou por ser o incontestável possuidor da possuída posse. A casa de Haroldo, amigos, não é uma casa comum, que a escritura diz construída de alvenaria, de simples e perecíveis tijolos. É obra granítica, com paredes de meia braça, a sustentar janelas coloniais, portas imensas, de duas bandas, com pesadíssimas traves e ferrolhos, frutos, não só da segurança mineira como da senhorial competência de suados ferreiros de antanho. A casa de Haroldo, de telhado de aroeira lavrada a golpes de enxó por mãos competentes, tem repetidas ripas de jacarandá! As paredes das salas mais nobres são revestidas com lambris e o piso é digno das passadas de um comandante-centurião. Na frente, o arquitetônico ornato de uma resistente cimalha dá o toque do poderio e da força de uma escolha consciente do construtor e mestre-de-obras, orgulho da arte de cantaria. O fundo do nobre solar, após generoso quintal de frutos opimos, divisa com as mais cristalinas águas do rio de areias brancas, leito de pedras polidas, barrancas atapetadas de grama verdinha e capim gordura. Ao longe, mas não muito distante, o perfil elegante de centenárias árvores a formar moldura com o azul de ferrugem das serras e a linha cinzenta-celeste do horizonte. Tudo uma graça, um encanto para os olhos e um prazer para o coração... Por tudo isso, pelo amor, pelo romantismo da decisão comercial, pela poesia, pelo gosto, pela nobre humildade e pela humilde nobreza de sã consciência, prevalecendo-me não sei de que autoridade, não tenho dúvida de atribuir a Haroldo Lívio, culto e intelectual senhor das Minas Gerais, o Título de Barão de Grão-Mogol. Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°79228
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 2/1/2015 10:04:19
Cidade: Montes Claros-MG

O ano 2014 terminou com um déficit de chuva considerável.
Na região da Serra Geral (Itacambira, Juramento e Glaucilândia) responsável por 65% do abastecimento de Montes Claros durante o período chuvoso de Setembro a Dezembro de 2013 foram 969,8 milímetros de chuva. Já em 2014 neste mesmo período apenas 245,6 milímetros, correspondente 25,3 % do ano anterior.
No Dezembro de 2013 choveu naquela região 614,1 milímetros, já Dezembro/14 apenas 81,6 milímetros, 13,2 % do mesmo mês de 2013.
Não obstante dos dados, às previsões são animadoras, é esperado até Março/ 2015 mais 650,0 milímetros conforme projeções embasadas nos dados dos ciclos hidrológico da região.
São águas que vão garantir coisas boas.
Os aquíferos continuam desidratados na nossa região, principalmente a carstica do Oeste montesclarense , situação que contribui com a sua despressurização hidráulica, podendo promover - como é de costume, alguns abalos sísmicos - devido a super exploração das águas subterrâneas e as detonações das pedreiras da Serra do Melo.
José Ponciano Neto é Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES-MG

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Mensagem N°79227
De: Paulo Narciso Data: Sexta 2/1/2015 10:03:54
Cidade: M. Claros

De gravatinha borboleta preta e o rosto sereno de sempre, conduta lhana que foi a marca da sua vida. Assim se despede de nós, nesta manhã, o mais completo intelectual da cidade, o humanista Haroldo Lívio, também escritor, cronista, jornalista, bancário e oficial dos registros públicos. Aplicado, devotado, talentoso, o menino/jovem Haroldo Lívio, logo que se mudou para Montes Claros, entrou numa biblioteca e não saiu de lá enquanto não acabou de ler o último volume. Tornou-se, é claro, o maior sábio entre nós, uma enciclopédia permanente, para qualquer consulta, ornada de generosidade, comedimento e paciência. O nosso Sócrates, no Jardim de Academus que escolheu. Foi funcionário do Banco do Brasil e renunciou à carreira para seguir o ofício do pai, escrivão do Poder Judiciário. Por concurso, assumiu o Cartório de Imóveis de Porteirinha e acrescentou àquela cidade os traços de seu desprendimento e de sua cultura.
Haroldo Lívio paira sobre sua região como o homem dos vôos mais altos, embora encerrados numa disciplina de modéstia e humildade que durou 76 anos, interrompidos ontem à noite, por volta das 22h. Os acontecimento mais importantes da cidade nos últimos 60 anos foram celebrados por sua escrita, ou relembrados. No jornalismo, ocupou-se, entre outras coisas, daquilo que é mais difícil, mais delicado - o registro dos que partem, o chamado necrológio, que também celebrizou Hermegildo Chaves, o Monzeca. Resumir sua vida de humanista pede muitas páginas, e elas ficarão incompletas.
O fato é que Haroldo sentiu muito a partida do seu único irmão homem, Fernando, há dez meses. Apenas os muito próximos puderam entrever, no silêncio de sua conduta alta, o quanto lhe custou a separação. Há dois meses, submeteu-se a uma cirúrgia de bexiga, sem maiores complicações. Um quadro de diabetes, despertada pela falta do irmão mais velho, se incumbiu de dificultar as coisas. Havia também a descompensaçao da glicose. De qualquer modo, não tomou o lugar de ninguém nos hospitais, trasbordantes e exaustos. Morreu ontem em casa, assistido pela esposa, Maria do Carmo, e pelas filhas. Serenamente.
O velório começou por volta das 2h da madrugada desta sexta-feira, numa bela noite de lua cheia, de céu infinitamente azul, onde sempre viveu sua alma. O sepultamento está marcado para as 14 horas. Mas, pessoas esplêndidas como Haroldo Lívio não vão à sepultura. Permanecem.

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Mensagem N°79226
De: Família Haroldo Livio Data: Quinta 1/1/2015 23:58:17
Cidade: Mg  País: Brasil

O velório do nosso saudoso Haroldo Livio de Oliveira será a partir das 6h na Santa Casa de Montes Claros.

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