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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 20 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°82142
De: José Ponciano Neto Data: Segunda 30/1/2017 16:15:27
Cidade: Montes Claros - MG

Colégio Diocesano Nossa Senhora Aparecida dos anos 40 e 50.

Não fui estudante do Colégio nestas décadas, mas, leio e ouço tanto sobre o educandário, que chego a pensar que sou desta época.
O Sr. Luiz Ortiga, um muralista assíduo, que, com muito ternura sempre vem nos abrilhantando com suas historia do passado. - Acho que ainda têm muitas para contar sobre o Colégio Diocesano Nossa Senhora Aparecida. Outros alunos narram...

Meu Pai, Manoel Ponciano Ribeiro que também estudou no Colégio, me conta suas passagem. Apesar de contar com certo saudosismo, deixa escapar que ele não gostava muito do Padre Agostinho Beckauser. Por se tratava de um professor “Bravo” e muito inspetor, estava sempre em cima para manter a disciplina, isso irritava o jovem Manoel que, sempre dizia: - “nunca vou para França prá que aprender Francês”.

O Professor Monteiro Fonseca, sempre que converso com alguns ex-alunos do Colégio Diocesano, pouco falam sobre ele, mas, segundo todos, também era um professor exigente. Tanto que os dois (Agostinho e Monteiro) foram diretores e secretários do colégio. Foi isso que sempre entendi.

Bons alunos estudaram naquele educandário. Hoje, pessoas que ficara história e ainda fazem, entre eles: Valdir Lopes de Figueiredo – homem do rádio, desde adolescência apaixonado pela música clássica, através da sua emissora ainda convive com a música.
Outro aluno o ex-Deputado Genival Tourinho que, um dia durante um dialogo me contou historias sobre o Dom Antonio de Almeida Moraes Junior que era um cara super orgulhoso e chegou a arcebispo de Olinda e Recife.

O advogado Tourinho conta episódios da época das Baionetas Caladas e Faladas, mas, acerca do Colégio faz brilhar seus olhos - Genival ainda continua na ativa. Outro que me conta histórias é o Pedro Narciso, porém, poucas. Já o meu tio Jorge Ponciano Ribeiro que graduou-se no Seminário Provincial de Diamantina, foi Padre e professor no Colégio Diocesano, depois Cônego e hoje Monsenhor afastado do celibato mora em Brasilia-DF, já aposentado.

Quem já me falou um pouco sobre o professor Jorge Ponciano quando seu professor, foi Paulo Narciso diretor/ editor do montesclaros.com – são histórias de seminaristas e alunos do Colégio Diocesano que não apagam com o tempo.

Quanto ao cemitério da Catedral citado pelo Ortiga, não me lembro - apesar de que me encontro na adolescência do gero. Muitas histórias minha avó Alzira me contou, hoje no local existem uma serralheria; uma loja de tecidos e uma garagem rotativa; mesmo com meus 6.1 de idade; devido os causos, quando passo por lá (a noite), é como tivesse conhecido campo-santo do passado – viro os olhos para a catedral.

Post Scriptum: Sr. Luiz Ortiga estou lhe convidando para participar de uma das nossas reuniões no Instituto Histórico e geográfico de Montes Claros para uma boa prosa entre os confrades – sempre acontecem no ultimo sábado do mês as 17:00 hs no Centro Cultural de Montes Claros
São vários historiadores e escritores; precisamos saber das suas histórias. Entre no nosso Site: http://www.ihgmc.art.br/

José Ponciano Neto (*) Instituto Histórico e geográfico de Montes Claros

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Mensagem N°82141
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Segunda 30/1/2017 12:50:50
Cidade: Brasília

Achar que sou mais rico que o ricaço Eiker Batista: tenho uma coisa que ele com todo o dinheiro não tem: chama-se LIBERDADE! Mas não queria escrever isto, foi só desabafo. O que me chama a atenção é a meteorologia que em Montes Claros, por razões óbvias, todos nos preocupamos. Mas em Brasília;DF, não é diferente. O clima daqui é de deserto. Aprendemos, desde que para cá mudamos a observar o nível da umidade relativa do ar que mostra a secura ou não do clima no momento.A umidade relativa do ar em Brasília, nos meses de agosto, época de seca brava, chega a ser de 13%, igual ao deserto do Saara.Observei que em Montes Claros a umidade tem chegado a níveis alarmantes. Já houve ocasião em Brasília/DF que as aulas das crianças tiveram que ser suspensas, pois a umidade chegou a menos de 13%. Seria bom que a meteorologia local informasse ao povo o nível de umidade para esse se precaver e não sair ao sol sem proteção e tome bastante água.Muitos não acredita que a queimadura solar causa cancer e a insolação não é boa para a saúde.

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Mensagem N°82140
De: Warley Data: Segunda 30/1/2017 12:11:17
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Três dias sem água no Bairro Bela Paisagem,Santos Reis e adjacências, Copasa fala que há problemas. Como não há problemas?

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Mensagem N°82139
De: Rosângela Data: Segunda 30/1/2017 09:31:47
Cidade: Santa Pola, Espanha  País: Espanha

obrigado pelo ultimo bloco com o raça negra amo com locura e na distancia e uma grande emoçao poder ouvir atravez da 98 fm um abraço para a equipe

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Mensagem N°82138
De: Carlos C. Data: Domingo 29/1/2017 12:45:54
Cidade: Brasília DF

Aqui em Brasília dá para ver, medir, a respiração do mundo político, isto é a respiração contida no peito do variado mundo político. É esperada a qualquer momento, a partir de amanhã, a homologação da delação premiada dos executivos da Odebrecht. A chamada delação do fim do mundo. A semana reúne tudo para ser uma das mais explosivas dos últimos muitos tempos. Pode ser segunda, pode ser quarta. Há nitroglicerina esparramada por todo canto. Um dia antes de morrer no acidente aéreo na doce Paraty, o ministro Teori confessou a gente próxima seus receios, muitos, com a revelação do que está por supitar. Mas, Brasilia sempre foi isto - do tudo ou nada. Resta saber se o Brasil real aguenta. Suporta. A litania ao longe canta: "Segura na mão de Deus, segura na mão de Deus..."

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Mensagem N°82137
De: Tomás Data: Domingo 29/1/2017 01:00:16
Cidade: Moc/MG

O ônibus que saiu de BH para Moc às 16h30m de 28/01/17 só chegará aqui por volta de 1:00h de 29/01/17, com cerca de 2hs de atraso, devido a uma carreta tombada na pista e impedindo o trânsito normal na rodovia. Por enquanto não tenho mais detalhes do acidente (local, horário, causas, se houve vítimas, identificacao do motorista e da carreta), mas pode-se afirmar mais uma vez que essa BR está muito perigosa, devido principalmente ao intenso tráfego de carretas e caminhões enormes em pista simples, que favorece muito os choques frontais dos veículos, que são quase sempre fatais, ao contrário das rodovias de pistas duplas.

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Mensagem N°82136
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Sábado 28/1/2017 18:19:09
Cidade: Brasília  País: Brasil

Às vezes acredito que a minha fixação por Montes Claros vai além de um atavismo. É, digamos, um fanatismo. lembro-me, desta época do ano das férias do Colégio Diocesano: ficávamos anotando, com tristeza, cada dia que se passava.Nunca me esqueci que num mês de dezembro, durante a missa dominical,na Catedral, fiquei contando os dias já passados e com tristeza. O interessante é que não se tinha esse pavor pela escola, pelo contrário. No Colégio Diocesano estavam os melhores amigos e os professores camaradas. Lembro-me que após o jantar, pegava a bicicleta e ia até o Colégio Diocesano, onde sem falta, estava lá, sentado numa cadeira espreguiçadeira, no "hall" voltado para a Camilo Prates, do prédio que não mais existe, o padre Agostinho apreciando o entardecer. A gente chegava, cumprimentava o padre que nos perguntava pelas novidades da cidade.Íamos embora em poucos minutos.Era uma tradição e ele gostava disso. Via que por mais durão como professor, conseguia manter a amizade de alguns alunos.Certa ocasião, determinou que quem não soubesse de cor a poesia "La chanson de Roland", não teria direito a sortear o ponto para a prova oral de francês.Um horror!Impensável para alunos, nos dias de hoje. O padre Agostinho era o nosso líder. Brigou com a sociedade montesclarense, na época, defendendo o bispo D.Antonio de Almeida Morais Jr, num entrevero sério, mas que não me lembro mais a essência. Tanta briga e soube depois que abandonou a batina, casou-se, morreu cedo. Está sepultado no cemitério local, perto do cruzeiro. Sempre que ali vou, não deixo de prestar a minha homenagem ao grande mestre. Lembrei-me disso, pois estamos em plenas férias de verão e falta muito ainda para que terminem. O negócio é aproveitá-las, pois a cada ano, cada semestre a coisa vai apertando e é preciso que se estude mais. Ainda mais agora com o número de concorrentes mais aumenta e as vagas nas universidades nem tanto. São lembranças do passado que não se apagam.

***

Dom 29/1/2017 10:51:53 - Luiz Cunha Ortiga - RECORDANDO OS VELHOS TEMPOS: Na minha mensagem, escrita anteontem, havia me esquecido a razão da grande discussão havida entre o Bispo D.Antonio de Almeida Moraes Jr. e os políticos locais, da época: foi em razão do velho cemitério. Para os mais novos, o velho cemitério era ao lado da catedral, murado e por muitos anos abandonado pelo desuso.Era terreno curial, ou seja, de propriedade da Curia local. Creio que por muito tempo já estava em desuso. O novo cemitério, na época era o atual cemitério e que já precisa de ampliação. A curia pensou em fazer um loteamento do terreno da sua propriedade e foi uma grita por parte das famílias que tiveram, em outros tempos, parentes ali sepultados.O padre Agostinho entrou na briga e em discurso na Catedral, começou assim: "Basta de ladrar..."E continuou a atacar os que defendiam o "status quo" em relação ao velho cemitério. Nem precisa perguntar quem venceu esse entrevero, basta ver o quarteirão, ao lado da catedral, hoje, todo construído. Esse discurso do padre contou com a presença dos alunos do Colégio Diocesano em uniforme de gala. Nós alunos, fomos usados como massa de manobra e como idiotas, ficamos entre os dois fogos.O que chamamos hoje de "briga de cachorro grande". São reminiscências que nos ocorrem de uma época de muitas saudades.

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Mensagem N°82135
De: Observador Data: Sábado 28/1/2017 11:46:09
Cidade: Moc/MG

Excelente notícia para o Norte de Minas. Se essa previsão se confirmar, entre 3 e 9 de fevereiro vai chover forte nesta região, no Espírito Santo e Sul e Oeste da Bahia. Há indicações de 80 a 120 mm para Minas Gerais, conforme o link abaixo:
https://tempo.canalrural.com.br/videos/brasil-15-dias/2017-01-27/volta-a-chover-no-sul-neste-fim-de-semana

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Mensagem N°82134
De: Manoel Hygino Data: Sábado 28/1/2017 08:22:42
Cidade: Belo Horizonte

Só mesmo São Pedro

Manoel Hygino

Napoleão Valadares, nascido em Arinos, Noroeste de Minas, é autor de ensaios, romances, poemas, haicais, contos, crônicas, registros de lembranças, criações teatrais e a história de sua cidade, itinerário percorrido desde 1982, quando lançou “Os grandes personagens do Grande Sertão-Veredas”, que facilita o acesso ao livro de Guimarães Rosa.
Formado em Direito pela UnB, exerceu importantes cargos como diretor de Secretaria de Justiça Federal, advogado e assistente jurídico da União e assessor do Tribunal Regional Federal na 1ª Região. Em literatura, foi premiado no Concurso Petrobrás de Literatura e de Contos de Cataguases, dentre outros. Exerceu a presidência da ANE - Associação Nacional de Escritores e integra as Academias de Letras, Ciências e Artes de São Francisco e Brasiliense de Letras.
O mais recente livro de Napoleão é “Do Sertão”, com belíssima capa em foto de autor não identificado, uma edição da André Quicé, de Brasília. O volume homenageia Danilo Gomes, bom na poesia e na prosa (inclusive pela conversa amena e envolvente), nascido em Mariana, membro da Academia Mineira de Letras e jornalista com vínculos na imprensa do Palácio do Catete desde a era Vargas.

São cento e poucas páginas, que dão muito prazer à leitura, porque Napoleão não é usuário de vocabulário empolado, usando a linguagem fácil do cotidiano brasileiro, a não ser algum vocábulo típico da região natal. São contos que valem contos, ajudam a permear as durezas da vida neste indigesto começo de ano. Assim, o caso de Eurico, criança que não recebeu mimos paternos, criado pela avó, que não alisava cabelo de ninguém. O neto tinha de ser criado na linha dura, para ser homem instruído. Para uns, ele se revelou correto até demais, crescendo sistemático, histérico ou doido. Gostava de tudo certo, desentendia-se com vizinhos e afastados, mandava recados ásperos e cartas atrevidas aos distantes.
Encanecido, impaciente, chegadas as rugas e dores, enviava mensagens, uma atrás da outra, para gente importante. O funcionário dos Correios, discretamente, separou uma carta, abriu e leu.
“Santíssimo São Pedro: leva-me a escrever a Vossa Santidade o fato de estarem acontecendo aqui diversas e gravíssimas irregularidades, as quais devem ser enxergadas, o que não tem sido feito”. Não podia alongar-se, porque o destinatário, São Pedro, “é muito ocupado, abrindo a Sagrada Porta do Céu a uns, explicando a impossibilidade de abri-la a outros.
Constava da carta: “o nosso país (o senhor sabe o nome), está numa situação de fazer vergonha. Depois que foi instituída a tal de reeleição, todo os presidentes se reelegeram. Exercem dois mandatos, ficam no poder por oito anos para consumação da rapina. E a reeleição se dá em razão de diversos fatores, como uso da máquina governamental sem o menor escrúpulo; compra indireta de votos para benefícios diversos; voto do analfabeto, que não sabe sequer o bem da nação ou a puxada do cabresto. E por aí vai”.

Terminando: “encareço a Vossa Santidade que ouça as autoridades celestiais competentes e tome as providências cabíveis”. Assinado, Eurico Retilínio dos Santos.

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Mensagem N°82133
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sexta 27/1/2017 14:15:23
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

AS FACÇÕES CRIMINOSAS E OS LADRÕES DO ERÁRIO

* Marcelo Eduardo Freitas

Nos últimos dias, observamos atonitamente a mortandade de seres humanos provocada pela ação irracional de seus iguais. As mortes que mais chamaram a atenção das pessoas ocorreram atrás das grades, na disputa pela hegemonia nos presídios de pelo menos três estados de nossa federação. Recursos, já parcos, foram alocados para estancar a visível crise de nosso sistema prisional. Outros setores, não menos essenciais, certamente serão prejudicados.

Especialistas de diversas áreas do saber se arvoraram no direito de apresentar soluções para o caos, particularmente em razão da gritante superlotação das unidades destinadas ao encarceramento coletivo. Alguns infelizes, em ótica absurdamente determinante, chegaram a apregoar que apenas os crimes de sangue e ódio deveriam levar ao cárcere, já que estes seriam os piores. Aqueles outros, de colarinho branco, executados por “animais sociais”, por não apresentarem maior gravidade em concreto, seriam passíveis de outras formas de reprimenda, que não o encaminhamento às masmorras.

Observa-se, assim, que alguns vesgos por opção, incluída parcela significativa do próprio Poder Judiciário, continuam, em pleno século XXI, a apregoar o enclausuramento apenas dos pretos, pobres e prostitutas, já que, marginalizados pelo nascimento, jamais alcançarão a possibilidade de sonegar tributos em grande escala, desviar recursos públicos, lavar dinheiro, oferecer propinas, entre tantas outras formas “privilegiadas” de expandir desgraça à sociedade.

Em tempos de redes sociais, as imagens difundidas chocaram aos leigos. Contudo, não se cuida de nenhuma novidade no submundo do crime. Lado outro, o comportamento de “donzelas assustadas com o vento” das autoridades de nossa república é surpreendente. Acaso não sabiam, de fato, o que acontecia nos calabouços do Estado?

À guisa de consideração, no ano de 2012, no governo da então presidente Dilma Rousseff, ocorreram 121 rebeliões, 20.310 fugas e 769 presos mortos. Em 2015 foram mais outros 500 presos mortos. Nos cinco anos de governo da presidente afastada foram assassinados quase 300 mil brasileiros, metade deles jovens e pobres. Outros 250 mil foram esmagados na impunidade do trânsito. Essa foi a pior indecência do governo recentemente defenestrado.

A conclusão que nos parece evidente, deste modo, é que querem “assustar a plateia brasileira” com bandidos desdentados, descalços, sem camisa e com apenas uma bermuda para cobrir-lhes o corpo. É esse realmente o crime organizado que todos temem? São esses os verdadeiros responsáveis pelo flagelo da pátria? É muita falta de lealdade intelectual promover bandos em organizações criminosas!

Como se não bastasse, o mantra da vez agora é: "prendemos muito e prendemos mal!". Por isso, vamos soltar todos os que pudermos para dar folga aos presos “sufocados”, deixando a população brasileira asfixiada com mais bandidos nas ruas. É muita ingenuidade! O sistema prisional, como grande regra geral, possui apenas “reincidentes” específicos. São pessoas que cometeram sucessivos delitos e, por ironia do destino, “caíram” em alguma “bocada fria” que as levaram às prisões. Antes, inexoravelmente, envolveram-se em uma série de crimes que sequer chegaram ao conhecimento do Estado, gerando a propalada “cifra oculta da criminalidade”. Acaso alguém conhece um só ladrão, em terras tupiniquins, que foi “em cana” de primeira?

A esta altura o leitor atento se pergunta, mas qual é a solução? Ninguém, em pleno juízo de suas faculdades mentais, vai dizer o contrário: uma sociedade se corrige com educação, gênero do qual a instrução é espécie (educação religiosa, educação escolar, educação familiar, etc.) e, precipuamente, com a diminuição da desigualdade entre as pessoas. Não sem razão, assim, sociedades prósperas, quando desiguais, também são extremamente violentas. O remédio, por conseguinte, não virá a curto prazo. É preciso persistência!

Portanto, nos parece que, enquanto não corrigidos os rumos de nossa república, outra alternativa não nos resta senão o encarceramento de criminosos contumazes, incluídos, por óbvio, aqueles que desviam recursos públicos, lesam o erário, ocasionando, por consequência, um estridente genocídio à brasileira, não perceptível aos olhos dos menos atentos. Não sem razão, desta maneira, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, afirmou em recente entrevista: “Os assaltantes do erário são os meliantes mais prejudiciais à ideia de vida civilizada. O dinheiro que desce pelo ralo da corrupção - sistemicamente, enquadrilhadamente -, é o que falta para o Estado desempenhar bem o seu papel no plano da infraestrutra econômica, social, prestação de serviços públicos, educação de qualidade, saúde. O assaltante do erário, no fundo, é um genocida. É o bandido número um”. Este, assim, parece ser o principal interessado na perpetuação da crise no sistema prisional. Este, sim, representa o verdadeiro crime organizado!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°82132
De: Alberto Sena Data: Sexta 27/1/2017 10:56:53
Cidade: Grão Mogol

Eucalipto estraga clima da região . “Deserto verde” expõe a ganância de empresários sem visão ambiental

Alberto Sena

Grão Mogol, município distante da capital quase 600 quilômetros, já foi muito mais longe de Belo Horizonte, na época em que era considerado “fim de mundo”. Tanto é verdade que décadas atrás brotou na cabeça de alguém a ideia de encher de eucalipto a região, pois que ninguém iria se importar com a região, mesmo em detrimento da fauna, da flora e do clima locais.
Só o ex-governador Newton Cardoso, tem uma monocultura de eucalipto na região, que para ser percorrida leva horas de carro. O ex-governador, se não é o maior explorador de eucalipto na região e uma dos maiores. Comparado com o que leva daqui, ele deixa pouco ou quase nada para o município.
Mas não é só ele o responsável pelo “deserto verde” na região. Em pé de igualdade com estão empresas como Vale do Rio Doce (Floresta Rio Doce), Plantar, Rima, Calsete e outras, além do famigerado “fazendeiro florestal”. Todos contribuíram para tornar ainda mais árida as áreas integrantes do Polígono das secas (as secas eram cíclicas, agora, com os eucaliptos, são permanentes). Essa corrida ao eucalipto originou sérios problemas de grilagem de terras.
EM ABUNDÂNCIA – Os mais antigos personagens de Grão Mogol contam, antes da vinda dos eucaliptos, o clima da região era outro, bem mais agradável. Chovia em abundância, até além do período considerado normal. A sede do município tinha fama de possuir clima temperado comparável a certos lugares da Europa. Os rios esbanjavam água, os ribeirões e córregos também.
Atualmente, a não ser de madrugada, quando a temperatura cai um pouco, Grão Mogol ficou quase tão quente quanto está Montes Claros. A luz solar incide nas pedras e estas refletem o calor ajudando tornar os dias e as noites muitas das vezes quase insuportáveis. A vantagem é que, aqui, venta devido às serras, e em Montes Claros vento é quase só o do ventilador ou do ar condicionado.
POUCA CHUVA – Nos últimos cinco anos choveu pouco na região. Nesta temporada também. Os córregos, ribeirões e rios quase todos “cortam poço” anualmente. Muita coisa mudou na região e o eucalipto é apontado como o principal responsável por isso. Por isso e por muito mais, porque destruiu a flora e afugentou a fauna.
Em eucalipto nada aparece além de “formigas e caturritas (aves predadoras de lavouras que usam as árvores de eucalipto como abrigo, mas não se alimentam delas)”, como explica em estudo específico Rafael Said Bhering Cardoso, Mestre em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Os impactos negativos do eucalipto são por demais conhecidos. É necessário as autoridades responsáveis colocarem um basta na ganância empresarial e impedir a expansão dos maciços. É fundamental não pensar só economicamente, mas ter visão mais ampla dos prejuízos que uma monocultura de eucalipto provoca. Quem ganha é só o empresário. Hoje, do plantio a colheita, tudo é mecanizado.
TRINTA LITROS – A quem sabe ler e raciocinar basta dizer, um pé de eucalipto isoladamente visto em meio ao maciço consome por dia 30 litros de água. E o que isso pode gerar adiante senão um déficit hídrico nas regiões onde são cultivados eucaliptos? É o que acontece aqui, na região de Grão Mogol. Numa linguagem popular, os eucaliptos chupam a água da região.
O problema é grave. Ressecamento do solo significa maior exposição à erosão. O eucalipto visando unicamente “maior viabilidade econômica possível” empobrece o solo e o expõe. Terra é gente como a gente. Terra sente dores, como a gente. Terra empobrece também. Todo agricultor sabe disso. Para recuperar a terra é necessário alto investimento. A biodiversidade diminui e a diversidade da fauna também.
Para contrapor ao discurso falso de oferta de “empregos e reflorestamento”, a especialização da atividade gerou grande desemprego e põe em risco até mesmo a cultura de um povo. Esse problema pode acabar por gerar grande impacto social na região. Tudo isto sem nada falar da transformação da paisagem, quando as florestas heterogenias são substituídas por monocultura de eucalipto. Clones que, a cada ano vai transformando um paraíso natural em “deserto verde”.

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Mensagem N°82131
De: Manoel Hygino Data: Sexta 27/1/2017 09:08:53
Cidade: Belo Horizonte

Nossa gente e a febre amarela

Manoel Hygino

“Velho como a serra”, expressão comum em tempos pretéritos, algo muito antigo, antigório, como dizia meu avô. Ambos correspondem aproximadamente à febre amarela, que ora começa a aterrorizar o país mal informado. O fenômeno já fora registrado pelo facultativo mineiro Pedro Salles, em sua “História da Medicina no Brasil’, cuja segunda edição é de 2004.
“Pedroca”, como o chamava Juscelino, era seu colega de turma e de colação de grau em 1927. Formaram-se na primeira escola médica instalada da nova capital (hoje UFMG) e que resultara do esforço coletivo dos profissionais belo-horizontinos, com ênfase os da Santa Casa.
Se alguém recorrer a um Guia do Centro Nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde, edição de 1998, ficará sabendo mais. A febre amarela é uma infecção viral, de gravidade variável, cujo quadro típico tem evolução bifásica, ou seja, com períodos de infecção e de localização. O início da doença é repentino, com febre, calafrios, cefaleia, mialgias, prostração, náuseas e vômitos. Não vou entrar em detalhes. Só acrescento que o diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial.
Há a febre amarela urbana, FAU, e a silvestre, FAS, tendo como reservatório o homem no primeiro caso e os macacos no segundo. Na FAU, a transmissão se processa através da picada do superconhecido Aedes aegypti e, na FAS, pelos mosquitos silvestres do gênero Haemagogus.
Em 5 de agosto de 1872, nasceu no interior de São Paulo o bebê que recebeu o nome de Oswaldo Gonçalves Cruz na pia batismal. Formado em medicina no Rio de Janeiro, estagiou por três anos no Instituto Pasteur, em Paris, discípulo de Émile Roux. De volta, combateu um surto de peste bubônica em Santos e outras cidades portuárias, instalando um instituto para produção de soro adequado, cuja importação era demorada e cara.
Quando Rodrigues Alves foi presidente da República, Oswaldo Cruz começou uma campanha de erradicação de varíola e de febre amarela, no Rio. Organizou batalhões de “mata-mosquitos” para vacinar obrigatoriamente a população. Esta se revoltou, o mesmo acontecendo com a Escolta Militar. Constituía um absurdo a invasão das casas e imunização forçada e o movimento recebeu o nome de Revolta da Vacina.
Como se sabe, o Rio de Janeiro, depois cognominada Cidade Maravilhosa, era uma das mais sujas do mundo, mas o jovem Oswaldo não se intimidou. Foram vistoriados milhares de prédios, extintos focos de larvas, limpas calhas e telhados, ralos e tinas. Removeram-se toneladas de lixo dos quintais, habitações e terrenos, e carroças de lixo.
Não custou ser apontado como “inimigo do povo” pelos jornais e nos discursos na Câmara e no Senado, nas caricaturas e modinhas de Carnaval. Houve quebra de lampiões de iluminação pública, enquanto a capital federal se prestava a criadouros de transmissores de males, que se tornaram endêmicos: problemas de ontem se repetem hoje, para inquietação e dor dos brasileiros.
Oswaldo Cruz dirigiu em sua época a campanha contra de febre amarela em Belém, cidade em que houve muitas mortes no último fim de semana. Mortes desta vez, a tiros.

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Mensagem N°82130
De: José Ponciano Neto Data: Quinta 26/1/2017 22:48:27
Cidade: Montes Claros - MG

Acidente: -- Mais um acidente aconteceu na MG 308 a 04 quilômetros de Juramento-MG.
Uma Van que vinha de Itacambira-MG sentido a Juramento que transportava 12 jovens e dois adultos tombou na curva do “S” na localidade de Santa Cruz . Segundo algumas pessoas que ajudaram a socorrer as vitimas, a Van que estava acoplada a um reboque carregado de pertences, ao atingir a primeira curva reduziu a velocidade abruptamente e se descontrolou vindo a tombar.
- “Graças à Deus a Van não capotou, apenas tombou na ribanceira encostando em uma arvore”- diz um dos socorristas voluntários morador da localidade de Santa Cruz.
As vitimas com ferimentos leves tiveram os primeiros socorros praticados pelo o Corpo de Bombeiros foram transportadas para Montes Claros.

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Mensagem N°82129
De: Prefeitura Data: Quinta 26/1/2017 17:12:54
Cidade: M. Claros

Não há nenhum caso de febre amarela registrado em Montes Claros, no entanto o combate é permanente para que a doença, que já está em diversos lugares do Estado, não chegue à nossa cidade. Para tanto, a Secretaria Municipal de Saúde tem intensificado as ações através da busca ativa e da vacinação. A informação também tem sido uma das principais armas na luta contra a febre amarela. A Secretaria faz questão de esclarecer as principais dúvidas com relação à doença.

TRANSMISSÃO – A febre amarela, doença infecciosa, é transmitida na zona rural por espécies de mosquitos que vivem nas matas e na beira de rios. Na cidade, pode ser transmitida pelo Aedes aegypti, entretanto, desde o ano de 1942 não há registro de transmissão por este mosquito no Brasil.

PRINCIPAIS SINTOMAS - Os principais sintomas da febre amarela são: mal-estar e vômito; dores no corpo; pele e olhos amarelados; febre alta repentina; sangramentos no nariz e gengiva; fezes com a cor de borra de café; diminuição da urina e aumento da barriga.

TRATAMENTO – Por ser causada por vírus, a febre amarela não tem tratamento específico, restando apenas o combate aos sintomas. O melhor tratamento é a vacina, que tem validade de dez anos.

QUEM PODE VACINAR – Há a seguinte recomendação, por idade, para a vacinação:

6 meses a 8 meses de idade: indicada para residentes ou viajantes às áreas em situação de emergência epidemiológica;

9 meses até 5 anos incompletos: 1 dose aos 9 meses de idade e outra aos 4 anos;

Pessoas que receberam uma dose única antes de completar 5 anos: devem receber o reforço, ainda que seja adulto, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses;

Pessoas a partir de 5 anos de idade, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação: administrar a primeira dose da vacina com uma dose de reforço após 10 anos;

Pessoas a partir de 5 anos de idade que já receberam duas doses da vacina: já estão imunizados;

Pessoas com 60 anos ou mais que nunca vacinaram ou estão sem comprovante: apenas após avaliação médica;

Gestantes: a vacinação é contraindicada. Se necessário, somente após avaliação médica;

Lactantes: a vacina é contraindicada até a criança completar 6 meses, após isso, a lactante pode vacinar-se e continuar amamentando normalmente;

CONTRAINDICAÇÕES – A vacina é contraindicada para menores de 6 meses, portadores de HIV, pacientes em tratamento com radioterapia, quimioterapia e corticosteroides, pacientes transplantados, pessoas com alergia a ovo e pessoas que já apresentaram hipersensibilidade após tomar uma dose da vacina.

***

Prefeitura - 18h10 - A Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria Municipal de Saúde, recebeu nesta quinta-feira, 26, um reforço de mais 10 mil doses de vacina contra febre amarela. As vacinas serão distribuídas nas unidades de saúde com sala de vacinação, nos bairros, Antônio Pimenta, Cintra, Delfino Magalhães, Eldorado, Esplanada, Independência (I e II), Lourdes, Major Prates, Maracanã, NASPP, Planalto, Tancredo Neves/Tiradentes, Santos Reis, São Judas, Vera Cruz, Vila Oliveira e Vila Sion. Também foram entregues nas unidades da zona rural.
Segundo a secretária, Dulce Pimenta, o previsto eram 1000 doses, mas o município conseguiu a quantidade maior. “Embora com nenhum caso confirmado da febre amarela, o município está trabalhando preventivamente contra a doença. A previsão é que cheguem mais 15 mil doses nesta sexta-feira, 27, privilegiando também a zona rural.

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Mensagem N°82128
De: Paulo Data: Quarta 25/1/2017 12:45:53
Cidade: Montes Claros/MG

Msg 82125 - se a meta da Secretaria de Saúde de Montes Claros é desenvolver um plano de ação preventiva contra a disseminação da febre amarela e o órgão regional do Estado vai liberar para este município apenas 1.000 doses da vacina, ao invés de 100.000 doses pretendidas pela Secretaria de Saúde daqui, vêm as seguintes observações:
- conforme mapas divulgados pela mídia, todo o Estado de Minas Gerais está incluído na área de risco de contágio da doença;
- o montes-clarense pode necessitar de viajar para áreas consideradas de maior risco e teria que vacinar antes da viagem;
- a zona urbana de Moc pode receber pessoas de outras cidades e zonas rurais, já contaminadas, e o aedes aegypti disseminar o vírus da febre amarela nesta cidade;
Assim sendo, é necessário que as autoridades da Saúde encontrem alternativas, pois o risco de contaminação da doença existe e é crescente. Uma providência muito útil seria a comercialização da vacina no mercado, para que a população não fique tão dependente dos órgãos governamentais.

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Mensagem N°82127
De: Manoel Hygino Data: Quarta 25/1/2017 08:13:24
Cidade: Belo Horizonte

Quem são os vencidos

Manoel Hygino

Estamos em guerra em várias frentes, e sendo vencidos, o que é pior. Os fatos lastimáveis a que se assiste diariamente, principalmente através da mídia, não permitem dúvida. Senão vejamos. Não se trata apenas da instalação do quarto poder no Brasil. Antes se dizia que ele seria a imprensa por sua penetração em todos os quadrantes e por seus diversos meios de transmissão. Atualmente, é o poder carcerário.
Presentemente, temos a ampliação de enfermidades comuns por todos os estados e quase todos os municípios. Somente em 2016, de triste e permanente memória, foram 19 mil os pedidos da população de Minas Gerais para combate e eliminação de criadouros do Aedes aegypti. Os resultados não são os melhores, porque as pessoas não despertaram ainda para sua responsabilidade na prevenção. Ademais, não contando com coleta regular de lixo domiciliar, por exemplo, (por as habitações não serem regulares), acha-se mais fácil atirar os resíduos nas vias públicas e à margem das ruas e rodovias. Com essa mentalidade e nestas circunstâncias, não podem ser outras as consequências, que batem à porta dos postos de saúde, UPAs e hospitais. Finalmente, dos cemitérios.
Educação é imprescindível, e ela não se resume às aulas nas unidades escolares. A saúde começa no lar, mas aparentemente este senso não chegou aos lugares apropriados. No caso específico, a vitória sobre as doenças como tantas de outros males que afligem o país tem de ser enfrentada a partir do lar.
Não só a dengue: mas ainda chikungunya, a zika, as ocorrências de tuberculose e febre amarela, que sopitam aqui e ali, quando os profissionais mais jovens da assistência já as julgavam perdidas nos registros na literatura médica. Novas patologias apareceram, mas as antigas não foram extirpadas.

No campo político-administrativo-jurídico, herdamos a ‘Lava Jato’, que desvelou o maior escândalo da história do Brasil em termos de negócios públicos. A inesperada morte do ministro Teori Zavascki aumentou a preocupação com o que sobreviria na apuração de fatos danosos à economia nacional e à imagem do Brasil. A sociedade não permitirá o engavetamento de tão rumoroso “affair”.
Dentre os procedimentos inseridos na inquietação generalizada, destacam-se as rebeliões no sistema penitenciário, que ampliou o número de mortos a cada dia. Eis um desafio dos mais perigosos, porque não se admitirá que as Forças Armadas, desobedecendo a Constituição, passem a operar como protetoras de meliantes em choque.
O desvio de função de soldados das Forças resultaria em sua não utilização para misteres próprios, inclusive na proteção de fronteiras, quando, os “hermanos” de língua espanhola nos transferem drogas e armas em grande quantidade.
Vias públicas no Nordeste estão policiadas pelos soldados do Exército, em caráter preventivo. Não se trata de solução definitiva, que será discutida por quem possa fazê-lo. A verdade é que não nos podemos tornar-nos reféns de bandidos.
Antes de terminar, lembro um pensamento do advogado Aristóteles Atheniense, evocando a lição de Mário Soares, ex-presidente de Portugal, recentemente falecido: “Só é vencido quem desiste de lutar”.

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Mensagem N°82126
De: José Carlos Data: Terça 24/1/2017 23:51:37
Cidade: Montes Claros/MG

Chuva de ontem, com 75% de chance, se insinuou, mas não caiu na cidade; há outra, com a mesma chance, mas de 29mm, prevista para amanhã

Da janela do apto onde moro, acompanhei por bom tempo, ontem a tarde, chuva na região sul do município, após a serra que fica entre as saídas de Moc para Pirapora e Moc para Bocaiuva.

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Mensagem N°82125
De: Prefeitura Data: Terça 24/1/2017 19:40:37
Cidade: M. Claros

(...) A secretaria de Saúde de Montes Claros pediu ao Governo de Minas 100 mil doses da vacina contra a febre amarela. A meta é desenvolver um plano de ação preventiva contra a disseminação da doença. O órgão regional do Estado respondeu que Montes Claros, por não ter nenhum caso confirmado da doença até esta terça-feira, não está na lista prioritária para vacinação e que inicialmente, vai liberar para o município apenas mil doses da vacina, de um total de 35 mil doses esperadas para todos os 84 municípios do norte de Minas. A entrega está prevista para esta quinta-feira, 26, à tarde. A Prefeitura de Montes Claros tem os profissionais e recursos para desenvolver a vacina preventiva, mas depende das 100 mil doses da vacina que não é encontrada no mercado e só a Secretaria Estadual de Saúde pode disponibilizar, após recebe-la do Ministério da Saúde.

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Mensagem N°82124
De: Prefeitura Data: Terça 24/1/2017 10:23:55
Cidade: Januária

(...) A Prefeitura de Januária, por meio da secretaria municipal de Saúde, em conjunto com a gerência regional de Saúde – GRS -, estão em constante estado de alerta, monitorando a região e trabalhando nas estratégias de atuação. Atuando de forma preventiva e se estruturando para, se necessário, atuar em pronta resposta a suporta presença do vírus da febre amarela na região do distrito de São Joaquim, zona rural do município.Nesta segunda-feira (23/0), no auditório da GRS, a coordenadora municipal de Imunização, Aynara Viana, de Vigilância em Saúde, Luzeni Noronha, equipe de enfermeiros do município, participaram de vídeo conferência, idealizada pela secretária de estado da Saúde, para normatizar ações de vacinação, com 50 mil doses disponíveis, dando suporte preventivo para população, com inicio nos distritos de São Joaquim e Várzea Bonita. E posteriormente a toda a zona rural.
Segundo a enfermeira, Luzeni: “É importante salientar que estão sendo realizadas vacinas em todos os postos de saúde da cidade, perímetro urbano, sendo necessário que cada pessoa faça busca do seu cartão de vacina, este é um documento, tendo zelo e guarde o, levando no dia da vacina e para próximas vacinas”, e acrescenta: “lembrando, também, que a vacina de febre amarela sempre esteve presente nas salas de vacinação, e a pessoa tem que ter 02 doses na vida para considerar se vacinado”, e finalizando: “neste momento também é hora de voltarmos nossa atenção para o combate ao mosquito Aedes aegypti, para evitar a febre amarela urbana”. (...)

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Mensagem N°82123
De: Salgado Data: Terça 24/1/2017 10:03:43
Cidade: Montes Claros

Importante ler este trecho de abertura de reportagem da revista Época, atualizada ontem:

"No início de janeiro, no norte de Minas Gerais, eram pouco mais de 20 casos suspeitos de febre amarela, uma doença que já foi o principal problema de saúde pública no Brasil até o século XIX. Até hoje, já somavam 272 em 38 cidades do estado – além de onze casos no estado vizinho, Espírito Santo. Foram confirmados 47, entre eles 25 mortes. O estado de São Paulo confirmou três mortes. Dois casos foram contraídos no estado e um em Minas Gerais. Os casos de outras sete pessoas que adoeceram estão em investigação. O Distrito Federal registrou uma morte. A escalada de casos de febre amarela – que mata cerca de metade dos pacientes graves por complicações renais, hepáticas e hemorrágicas – voltou a chamar a atenção das autoridades de saúde e de especialistas. Eles temem que o vírus – da mesma família dos que causam dengue, zika e chikungunya – volte a assolar as cidades nas asas de um velho conhecido dos brasileiros, o mosquito Aedes aegypti (...)".

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Mensagem N°82122
De: Manoel Hygino Data: Terça 24/1/2017 08:19:14
Cidade: Belo Horizonte

Sobre um cartão de visita

Manoel Hygino

Há poucos dias, perguntava aqui como será o Rio de Janeiro em 2065, quando completa cinco séculos. Certamente é extremamente difícil adivinhar o futuro de nossas cidades maiores, diante da vertiginosa transformação pelas quais passam. A vida da e nas megalópoles sofrem mudanças rapidíssimas, e elas nem sempre são para melhor.
Os que se transferiram para as capitais sofrem hoje as decepções, quando não o horror pelos tempos tenebrosos de agora. Lamentavelmente, os governos pouco se preocuparam com a evolução das suas sedes. Nelas, aliás, concentram-se, sobretudo em sua periferia, áreas de degradação, porque reiteradamente não é dada a seus habitantes a oportunidade de sobreviver com dignidade. O que as famílias pensaram usufruir ao deixarem suas casas ou casebres no interior falhou.
Uma habitação aprazível, o sonho de encaminhar os filhos a mais promissores tipos e patamares de progresso social e pessoal, tudo rui quando se aporta e se instala na urbe. Tem-se de esperar o benefício de programas da casa própria: que demoram porque milhões enfrentam o mesmo problema, a administração cuida de outros planos e projetos, os recursos financeiros são insuficientes. Uma saúde efetiva e segurança eficaz condizentes com as necessidades da população faltem: eis a dura realidade enfim.
No caso específico da Cidade Maravilhosa, que aniversariou no último dia 20, mais sentem os brasileiros que se acostumaram a vê-la bela, fulgurante, com o fascínio de épocas idas e vividas. Para lá, inúmeros se transportaram e lá permaneceram, porque lá era o centro da cultura, das letras e das artes, da política e da vida social. A cidade se revelara um cartão de visitas. Digo-o com satisfação, eu que lá também atuei nas velhas máquinas datilográficas das redações. Nas oficinas, a grande novidade era o linotipo.
Edmar Morel, um dos grandes repórteres dos diários cariocas de maior prestígio, recorda os anos 1940–1950: “O Rio era uma cidade admirável, com aspectos típicos de uma capital europeia. Os cafés tinham mesas nas calçadas, e ônibus de dois andares, chamados ‘chope-duplo’, faziam ponto no Clube Naval. Os cassinos da Urca e Atlântico estavam em pleno funcionamento. Os quiosques nas praças vendiam flores. Havia o footing aos sábados na avenida Rio Branco, as casas de chá sempre cheias, intensa era a vida cultural e social. Enfim, dava gosto viver no Rio. Ruas arborizadas eram viveiros naturais de pardais com suas sinfonias ao cair da noite”.
O Rio de Janeiro se alegrava com revistas musicais na Praça Tiradentes, que atraíam as mais importantes figuras da política. Vargas ia lá e se encantou com a vedete Virgínia Lane.
Na Cinelândia, os numerosos bares seduziam os intelectuais e jornalistas para apreciar o chope, na tarde cálida, no Amarelinho ou no Vermelhinho, junto à ABI, que conclamava a esquerda a suas mesas, para discutir a salvação do mundo.

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Mensagem N°82121
De: Cláudio Data: Segunda 23/1/2017 21:38:36
Cidade: Moc/MG

Duplicações atrasadas e tragédias nas BRs - "Com duplicações atrasadas, colisões frontais mataram 1.091 nas BRs de Minas - Nos últimos três anos, 1.091 pessoas morreram em batidas frontais nas rodovias federais que cortam Minas. Mesmo nas vias privatizadas, a duplicação, que reduz risco, se limita a 10% da malha." É o que diz o "Estado de Minas" hoje. No entanto, no "Mapa do Perigo", mostrado na matéria, só aparece a BR-365, entre as que chegam e saem da nossa região, porém sabemos que as BRs-135 e 251 são também palcos de acidentes muito graves, frequentemente, com mortos e feridos, tanto pelas falhas dos motoristas, como por serem as rodovias de pistas simples e em mau estado de conservação e fiscalização, enquanto o trânsito de enormes caminhões, carretas, bitrens, tritrens, só aumenta.
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/01/23/interna_gerais,841630/com-duplicacoes-atrasadas-colisoes-frontais-mataram-1-091-nas-brs.shtml

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Mensagem N°82120
De: Natan Lopes Data: Segunda 23/1/2017 11:34:43
Cidade: Montes Claros MG  País: Brasil

Montesclarense no The Voice Kids da Globo - Hadassa Priscila canta desde muito pequena. Ela descobriu o dom para música depois de participar de concurso infantil em sua igreja. Com 11 anos e natural de Montes Claros, Minas Gerais, Hadassa conquistou uma vaga no Time de Ivete Sangalo ao cantar “Era Uma Vez” de Sandy & Junior. http://globoplay.globo.com/v/5594306/ http://globoplay.globo.com/v/5594307/

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Mensagem N°82119
De: Manoel Hygino Data: Segunda 23/1/2017 10:05:15
Cidade: Belo Horizonte

Como era o presídio de Neves

Manoel Hygino


É história com muitas histórias. Sendo presidente da República Washington Luís e presidente de Minas Antônio Carlos, em 1927 se começou a construção de uma penitenciária em área do município de Contagem, na antiga fazenda das Neves. A obra demorou para ser inaugurada, o que só aconteceu em 18 de julho de 1938, quando o chefe da nação era Vargas e o governador de Estado, Benedito Valadares.
José Maria Alkmim, até então secretário do Interior e Justiça de Minas, nomeado primeiro diretor, disse na cerimônia de inauguração: “o mundo penitenciário há de construir uma miniatura do ordinário, de forma que os egressos dele encontrem um universo habitável, onde não se sintam estranhos ou não sejam repelidos. Habituar os detentos ao exercício regular de trabalho agrícola ou industrial, treiná-los para uma carreira ou função na sociedade, eis uma das tarefas primordiais das instituições reformatórias. Num país como o nosso, elas podem chegar a definirem-se como elementos ponderáveis na organização e distribuição das atividades, transformando energias inaproveitadas, ou porque ignorassem ou porque se tivessem encaminhado a rumos perigosos, em efetivos valores de trabalho”.
Wanda Figueiredo, num volume rico em informações preciosas, evoca o jornalista espanhol José Casal, em 1940, após visitar Neves. Ele confessa que guardou de sua viagem à penitenciária a mais inesquecível lembrança. Na própria instituição, entre os recolhidos nenhum sentimento de tristeza e desconsolo como experimentara em outros presídios. Dentro do estabelecimento, nem uniforme, nem armas, nem guardas. Quinhentos homens, trabalhando em ordem absoluta, como nas organizações industriais mais perfeitas. “Não existe no mundo (não esqueço estabelecimentos da Suíça e América do Norte) nada superior, tanto na construção como no aparelhamento”.
A jornalista Glória Tupinambás, há dois anos, quando a penitenciária completou os 75 anos inaugurais, registrou que a vocação agrícola e industrial fez da Penitenciária José Maria Alkmim, pioneira no Brasil no que concerne a incentivo do trabalho e recuperação de detentos. Havia grande produtividade e o presídio chegou a manter uma loja em Belo Horizonte para comercializar frutos do trabalho dos presos. Fazia ainda questão de manter traços da época: cerca de 80% dos 1.250 presos suavam a camisa diariamente.
O então diretor-geral Igor Tavares declarou: “mantemos a vocação para o trabalho e incentivamos a profissionalização dos presos. Os que cumprem pena em regime mais flexível vão para a rua diariamente, sem vigilância direta, atuar na construção civil e em obras importantes, como a reforma do Mineirão. Dentro da unidade, outra turma cultiva horta, tira leite, faz a limpeza e manutenção dos pavilhões e trabalha em fábricas instaladas dentro do presídio. Temos empresas de beneficiamento de alho, de fabricação de tijolos e blocos de cimento e todo o pão consumido na Secretaria de Estado da Defesa Social é feito pelos detentos. Além disso, 315 deles estudam, sendo que quatro fazem faculdade à distância”.

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Mensagem N°82118
De: Polícia Militar Data: Segunda 23/1/2017 08:01:09
Cidade: Montes Claros

A Polícia procura por dois homens suspeitos de uma tentativa de homicídio ocorrida por volta das 23h23 de ontem, 22 de janeiro, na Rua B, bairro Santos Dumont em Montes Claros. A PM foi acionada e no local deparou com um homem de 30 anos caído ao solo e uma motocicleta Honda Bros, placa PYU-7339, de cor vermelha. Os militares perceberam um grande sangramento no corpo da vítima, e, de imediato, acionaram o socorro. Compareceu a equipe do SAMU que realizou os primeiros atendimentos verificando algumas perfurações na vítima, provenientes de disparos de arma de fogo. Próximo à vítima, a polícia encontrou várias cápsulas de arma de fogo. Foi realizado todo trabalho pericial, recolhendo dali quatro projéteis de pistola modelo 380. A vítima foi encaminhada para o HPS da Santa Casa e se encontra no bloco cirúrgico, com cinco perfurações pelo corpo, sendo no maxilar, braço direito, abdômen e ambas as pernas. Em conversa com testemunhas, relataram que os suspeitos do crime, estavam em um carro de cor branca, marca BMW. Foi realizado rastreamento em busca dos criminosos, porém, até o momento não foram localizados.

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Mensagem N°82117
De: José Ponciano Neto Data: Sábado 21/1/2017 12:22:07
Cidade: Montes Claros - MG  País: Brasil

É preciso no mínimo 120 dias de tolerância.

“A Política é a arte de governar um povo”. Depois de uma eleição vem a alegria do lado vitorioso e a tristeza do lado vencido. Porém, todos por todos.
Muitos dos vencidos – nem todos - tomam atitudes desastrosas que comprometem os projetos em andamento daquele Município; Estado ou País. Por exemplo: apagam programas e informações dos computadores, fazem fogueirinha de papel, somem com equipamentos e outras coisas mais...
Em outros casos – os mais civilizados – formam equipes de transição de forma o futuro governante comece sua administração com um pouco de conhecimento da situação financeira e administrativa do paço. - Mesmo assim muitas coisas não são repassadas.
Começa o novo mandato, vêm os decretos, as medidas provisórias e as tais medidas impopulares: cortes; redução de pastas e demissões. Enfim começa também os ataques; intolerância, e protestos.
Todo inicio de mandato é assim. Nem os “United States of América” escapam. Isto é mundial.
Declaro que depois de atingi o 6.0 de idade e de tanto assistir pessoas hipócritas ganhando eleição na base da mentira; e de tanto ser precipitado nas cobranças, estou mais tolerante e dou um tempo para receber as respostas.
Acho que, a população tem que dar um tempo para seus governantes de modo tenham conhecimento da situação e montar suas estratégicas para governar. Mesmo que seja em uma pequena prefeitura.
Vamos falar das prefeituras - estão dentro do nosso domicilio. Antes de tudo somos munícipes.
É preciso no mínimo 120 dias para um governante tome coragem para fazer as reformas de que o município precisa; montar auditorias; criar um plano de combate a fraudes e irregularidades; moralizar as nomeações – não ficar nas mãos de vereadores que gostam de fantasmas - quitar os débitos da administração passada e outras obrigações.
Se não tiver esta paciência as coisas começa dando errado.
Por outro lado, os governantes têm que suportar as calúnias, as insinuações malignas vindas dos abomináveis da mídia, suportar as manifestações – mas, procurando conversar com os lideres. Não pode dar com as costas!

Passados 120 dias de administração, nossas ruas não podem ter mais buracos; a questão da violência já ter um Plano junto as policias; os lixos em vias públicas e lotes vagos resolvidos; já iniciadas as obras de reformas das escolas; estradas vicinais em condições de tráfego seguro; implantar consultas médicas nas comunidades rurais e outras ações que devem ser tomadas.
No caso das indústrias: as que querem investir na cidade, o município pode oferecer áreas e subsídios – desde que não prejudique a saúde financeira da administração. Rever e atualizar o Plano Diretor e melhorar a mobilidade Urbana e Rural.
Tudo dentro da lei, e de maneira transparente, como é prometido nos palanques. Se não... o libelo será inevitável.
“Com a lei, pela lei e dentro da lei; porque fora da lei não há salvação”.
A honestidade com o povo é obrigação do governante.

(*) José Ponciano Neto: Na Ordem Maçônica é Deputado Federal da Soberana Assembléia Federal Legislativa do Grande Oriente do Brasil – GOB- Brasília- DF.

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Mensagem N°82116
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 21/1/2017 09:36:00
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A MORTE DE TEORI E OS RUMOS DA LAVA JATO

* Marcelo Eduardo Freitas

A inusitada morte do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, ocorrida após a queda de um avião bimotor na última quinta-feira (19/01), em Paraty (RJ), lança sobre a Operação Lava Jato uma nuvem plúmbea, ocasionando, não sem razão, incertezas sobre o seu futuro.

Como se sabe, Teori era o relator do processo na Suprema Corte e estava na iminência de homologar os acordos de delação premiada de 77 executivos da construtora Odebrecht, sem prejuízo de outros julgamentos extremamente relevantes, envolvendo “barões” de nossa república.

Em tempos de imediata difusão de notícias, os fatos viraram manchete de jornais de todo o planeta. O argentino “El Clarín” afirmou que "foi um trágico acidente", destacando que Teori “investigava o caso Odebrecht, um escândalo de corrupção na política brasileira”. O espanhol “El País” lembrou a importância do Ministro nas investigações e afirmou que “todos os olhos políticos do país estavam nos próximos passos deste magistrado”. Também observou que o caso poderá ter sua análise postergada em meses. Assim como o “El País”, o jornal francês “Le Figaro” afirmou que o magistrado era um “juiz-chave” nas investigações dos casos de corrupção da Petrobras.

Em terras tupiniquins, entre outras tantas manifestações de pesar, o juiz Sergio Moro, titular da Operação Lava-Jato em primeira instância na Justiça Federal do Paraná, divulgou nota em que se diz “perplexo” com a morte de Teori. Para ele, o ministro “foi um herói brasileiro”.

Por fim, as redes sociais foram inundadas por teorias da conspiração em relação ao falecimento do citado Magistrado.

Caro leitor, não obstante a desconfiança geral, não ostentamos dúvidas no sentido de que a Lava Jato vai continuar, mas deve ter um atraso significativo, porque é necessário aguardar a nomeação de um outro Ministro, a fim de substituir Teori.

Isso ocorre por que, de acordo com o artigo 38 do regimento interno do STF, o relator deve ser substituído "em caso de aposentadoria, renúncia ou morte". Um novo Ministro, desta maneira, deverá ser indicado pelo presidente da República, Michael Temer, que é citado dezenas de vezes na delação da Odebrecht, e aprovado pelo Senado Federal, atualmente presidido por Renan Calheiros, também investigado na operação Lava jato.

De fato, naquilo que se refere especificamente à transparência e lisura na condução de mencionada operação policial, não obstante a sagrada presunção de inocência, a menção aos nomes de autoridades da república, como aquelas acima declinadas, podem ocasionar um certo constrangimento nacional, particularmente por que o novo Ministro, a ser designado, poderá ser o responsável pela direção dos trabalhos, gerando dúvidas sobre a parcialidade em sua condução.

Entretanto, outro dispositivo do próprio regimento interno, menos comum, dá margem a uma solução mais rápida e, a nosso sentir, menos traumática para nosso país. Cuida-se do artigo 68 do referido regimento interno. Citado dispositivo prevê a possibilidade de redistribuição de processos para outros ministros, em casos excepcionais, como parece ser o caso da Lava Jato, mormente pelas particularidades que o envolvem.

Deste modo, com base no mencionado artigo 68, já utilizado anteriormente pelo Ministro Gilmar Mendes, a Presidente do STF, a norte mineira Carmen Lúcia, poderá decidir sobre a redistribuição dos processos que estavam sob responsabilidade de Zavascki para outros ministros. O pedido de redistribuição também pode ser feito pelo Ministério Público ou pelos advogados das partes interessadas. Os advogados da Odebrecht já deram sinais de que vão pedir a redistribuição.

Ainda restariam, no entanto, algumas dúvidas sobre que critérios seriam adotados para tal redistribuição. À guisa de consideração, ela pode ser feita tanto entre todos os ministros da corte, como apenas entre aqueles que compõem a Segunda Turma, à qual pertencia Teori, formada, atualmente, pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello e Dias Toffoli. O mais sensato, a nosso sentir, é no sentido de que a redistribuição atinja, indistintamente, a todos os Ministros do STF, à exceção de sua presidente, por força regimental.

Portanto, não obstante a lamentável passagem do Ministro Teori, acreditamos que a operação Lava jato, seja pelo olhar atento da sociedade, seja pela cobertura da imprensa mundial, seja pela grandeza das instituições envolvidas, deverá prosseguir. Os próximos passos serão definidos pela montesclarense Carmen Lúcia, atual presidente da Corte. Que Deus lhe conceda a sabedoria necessária para decidir. Que tenha, assim, a mesma firmeza que nutre a esperança dos norte mineiros nestes sertões das gerais. Eu acredito!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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Mensagem N°82115
De: Manoel Hygino Data: Sábado 21/1/2017 08:58:29
Cidade: Belo Horizonte

Antes e depois de Zavascki

Manoel Hygino

A trágica morte do ministro Teori Zavascki na última quinta-feira, 19 de janeiro, causou mais do que perplexidade a todos os que acompanham o cotidiano brasileiro. Os estrangeiros perguntarão o que acontece neste país, em que episódios lamentáveis, até escabrosos, se registram reiteradamente, causando medo entre os autóctones e suspeitas entre os parceiros de âmbito internacional.
O caso do ministro é muito especial, exatamente porque lhe incumbiam as providências finais para homologar a delação da Odebrecht na investigação da “Lava Jato”, o maior escândalo na administração pública do Brasil em todos os tempos. Fortunas fabulosas foram construídas à custa de barganha, da propina, da corrupção enfim, em prejuízo do interesse nacional. Discretamente, como de seu feitio, Zavascki conduziu o rumoroso caso, analisando rigorosamente a documentação enviada pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba, um dos muitos a elogiarem a conduta do distinto magistrado.
Antecipa-se um fevereiro extremamente difícil, até porque caberá proceder às investigações sobre o acidente em Paraty, como exigem as circunstâncias e autoridades judiciárias. Bem verdade que eu gostaria de escrever sobre as belas coisas com que a vida nos pode brindar. No entanto, o dever obriga a meditação em torno dos riscos presentes e ameaças futuras no campo social, político e humano. Os problemas econômicos e financeiros serão equacionados e resolvidos, mais dia menos dia. Mas o que pensar e dizer sobre as outras questões, quiçá mais delicadas e atrozes?
Transformamo-nos em itinerário e corredor de drogas, fabricadas pelas nações vizinhas e a serem consumidas no maior país da América Latina (que é o Brasil) ou exportadas para a Europa e Ásia. Silenciosamente, os criminosos encaminham os produtos do mal e da morte, enriquecendo milhares e viciando jovens desde a adolescência, obrigados depois, se possível, ao tratamento clínico, aos centros de recuperação ou às necrópoles. Milhares não escapam à degradação e a esses tristes fins passam ao próprio tráfico ou ao contingente de delinquentes recolhidos aos cárceres, em condições deprimentes como as telas de TV revelam e as fotos de jornais ilustram.
A imagem do Brasil está péssima, como se vaticinava. O britânico “The Gardian”, que não tira os olhos de nós, acha que os casos de Manaus e Natal não passam de mais um episódio na escalada de violência na guerra das gangues brasileiras pelo controle do tráfico de drogas. O “The New York Times”, em sucessivas edições, destaca a violência dos presidiários (eles autores de seus próprios destinos) e mutilados e decapitados. Mas as gangues criminosas querem manter o comando em suas celas e pavilhões.
Deu nisso, como se preconizava.

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Mensagem N°82114
De: O Tempo Data: Sábado 21/1/2017 08:49:01
Cidade: Belo Horizonte

Januária monta força-tarefa para combater febre amarela – Natália Oliveira - A Secretária de Estado de Saúde (SES) reforçou, nesta sexta-feira (20), as ações contra a febre amarela em Januária, no Norte de Minas. Uma força-tarefa foi montada depois que na última quarta-feira (18), um morador de São Joaquim, distrito de Januária morreu em Brasília com a doença. Ele tinha vindo para Minas Gerais para visitar parentes. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Januária, está sendo montada uma estrutura para vacinação tanto na cidade quanto em São Joaquim. Ainda segundo a assessoria, SES prometeu enviar 50 mil doses da vacinas para o município e com isso não deve faltar vacina para os moradores. Além da vacinação a força-tarefa também irá agir em outras frentes. Nesta sexta começou a ser investigada a morte de macacos em Tamboril, distrito próximo a São Joaquim. órgãos públicos como o Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes vão ajudar nas ações. Além disso, está sendo feita uma investigação da vida do homem que morreu em Brasília com a doença, mas tinha visitado São Joaquim.

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Mensagem N°82113
De: Petrônio Braz Data: Sexta 20/1/2017 20:01:38
Cidade: Montes Claros/MG

Tempo de cultura

Bem aqui, no Centro Cultural,
na terra capital dos Gerais,
aconteceu erudito encontro
dos que são ditos imortais.
Apresentou-se Itamaury
com a vaidade aclarada,
para substituir a presidente,
que se encontrava acamada.
Compareceu Amelina Chaves,
simples, sem ostentação,
sem vangloriar o encanto
de sua dilatada produção.
Dóris Araújo, poetisa de valor,
com o marido a seu lado,
declamou um belo poema,
e deixou o grupo encantado.
Apareceu o Dário Cotrim
com sua enésima edição,
dizendo que só é escritor
quem escreve um montão.
Karla Celene abriu seu livro
indicado para o vestibular
afirmando que um só livro
pode o escritor eternizar.
Maria de Lourdes Chaves,
com seu pedigree cultural,
não estava ali prazerosa,
por não mostra o seu coral.
A luminar Ivana Rebello,
como musa do parnaso,
chegou com Lúcia Becattini
com um pouco de atraso.
O Jorge Nunes Silveira,
também era esperado,
para dar um toque mágico
àquele culto aglomerado.
Da Bahia aqui chegou,
para ser de mais-valia
a Zoraide Guerra Davi
que tem ampla regalia.
Veio José Jarbas Oliveira,
trazendo consistente
parcela de sua cultural,
para reforçar o ambiente.
Clarice Dulce Sarmento,
uma musicista inteligente,
ocorreu naquele momento
para alegrar o ambiente.
Edson Ferreira Andrade,
esperava a reunião começar
para expor, argumentar
e sua erudição propalar.
Porque simples e discreta,
a Raquel Mendonça ouvia,
nas cadeiras mais do fundo,
o que Juvenal Caldeira dizia.
Aristônio Canela estava presente,
como sempre imprevisível,
cabeça reclinada, indiferente,
tudo esperando impassível.
Mesmo não muito frequente,
naquele dia ali chegou
a instruída Miriam Carvalho,
que a todos cumprimentou.
A Glorinha Mameluque,
aportou alegre, sorridente,
sem trazer, no momento,
um letrado ingrediente.
Com o livro de contas na mão
Mary Tupinambá, sem tardança,
não esperou todos chegarem
para iniciar a cobrança.
O Afonso Prates Borba,
integrante da confraria,
sabe que ser imortal
é uma marcante honraria.
Estava eu ali presente e
de uma cadeira observava
cada um dos integrantes,
que aos poucos ali chegava.
Apareceu o Wanderlino
um nome de muito louvor,
mas para os bons literatos
não tem obra de valor.
Waldir de Pinho Veloso
neste dia estava ausente;
também o Délio Pinheiro,
que não é muito frequente.
Há os que não comparecem,
mas se dizem imortais,
estão sempre ausentes,
ligados a bens materiais.
São muitos para relatar,
os nomes estão no papel,
mas nunca são vistos
naquela notável Babel.
Logo a reunião começou
com o vice-presidente.
Maria Luiza Silveira Teles,
estava no dia ausente.
Conversas, discussões,
sem um tema definido.
Todos falam, ninguém ouve
e nada restou resolvido.

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Mensagem N°82112
De: Engenheiro Eletricista Data: Sexta 20/1/2017 14:24:45
Cidade: Montes Claros/MG

20/01/1917 - 20/01/2017: há um século a então pequena Montes Claros, com 5.000 habitantes, recebia a energia elétrica gerada na Cachoeira do Cedro. Deve ter sido um dia de muitas comemorações e felicidade, prenúncio do desenvolvimento ainda maior que a cidade teria quando, no início dos anos 40, entrou em operação a Usina de Santa Marta e nos anos 50 chegou a energia elétrica gerada na Usina de Três Marias, propulsoras da industrialização, do crescimento econômico e cultural, que tornaram esta cidade uma das mais populosas e importantes de Minas Gerais. É um século a comemorar e recordar a história da eletricidade e sua importância na nossa terra, homenageando os profissionais que contribuíram e contribuem para esta realização.

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Mensagem N°82111
De: Estado de Minas Data: Sexta 20/1/2017 11:07:07
Cidade: Belo Horizonte

Morte de mineiro por febre amarela no Distrito Federal assusta Januária – Estado de Minas - A confirmação de que um mineiro do distrito de São Joaquim, em Januária, morreu de febre amarela em Brasília (DF) e a investigação de óbitos de macacos na localidade vizinha de Tamburil levou apreensão ao Norte de Minas. Em São Joaquim, que começou vacinação em maior escala na quarta-feira, houve corrida de parte dos 3,5 mil habitantes por imunização. O homem que morreu tinha 40 anos, era pedreiro, viajou de ônibus e chegou na segunda-feira a Brasília onde sentiu-se mal e morreu na quarta-feira. O óbito por febre foi confirmado pelo Laboratório Central (Lacen). O caso será investigado pela Secretaria de Estado de Saúde e por autoridades de saúde de Januária, sobretudo pelo fato de um morador de localidade distante da área de surto ter contraído febre amarela. As informações iniciais são de que o homem não havia viajado recentemente para nenhuma região com registro da doença. Segundo o coordenador de endemias e vigilância Ambiental de Saúde de Januária, Adailton Viana Bitencourt, uma equipe da vigilância epidemiológica fará busca para recolher restos mortais de macacos em Tamburil para exames. Também será feita investigação em Raizama e Pandeiros, onde também houve relatos de mortes de animais.

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Mensagem N°82110
De: Píndaro Data: Sexta 20/1/2017 11:19:30
Cidade: Montes Claros

Os "rabos de galo"avistados hoje na manhã de Montes Claros, intensos pelo lado sul, são os mais distintos que já vi: formavam uma orquestra, simulavam um céu das pinturas de Michelângelo, dia de Juízo Final. Mas, são só rabos de galo - que no sertão predicam chuva. Que Deus se apiede de nós!

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Mensagem N°82109
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 20/1/2017 10:56:11
Cidade: Montes Claros-MG

Nesta manhã 20/01, o céu sertanejo de Montes Claros está saindo do azul de brigadeiro para dar lugar alguns “rabos de galo”.
Por volta da 09:40 eram muitos. Baseados nas avaliações Sinóticas dos campesinos e, nós técnicos acostumados a conviver com as estiagens; podemos dizer que pode chover em alguns pontos da cidade ainda hoje.
A convivência com o semiárido é fantástica.

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Mensagem N°82108
De: Luiz Cunha Ortiga Data: Quinta 19/1/2017 13:53:42
Cidade: Brasília  País: Brasil

Após os comentários da tremenda seca que assolava Brasília/DF, a chuva voltou e maneira copiosa nestes últimos dias. As cidades satélites já estavam sob o regime de racionamento d`água. O Plano Piloto foi excluído, nesta primeira hora, do dito racionamento.Neste momento, 14horas do dia 19/01, chova forte assola a Asa Sul do Plano Piloto.Mais água para os reservatórios, tão carentes.

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Mensagem N°82107
De: Tone Data: Quarta 18/1/2017 11:33:46
Cidade: M. Claros

Além da Tambasa, outra rede de supermercados se prepara para disputar o mercado em Montes Claros. A Rede Cordeiro Supermercados está construindo sua unidade na entrada do Bairro Edgar Pereira. Esta rede é regional, mas não é pequena: veio de Leme do Prado, no Vale do Jequitinhonha, pelas mãos dos fundadores - senhor Joao, sua esposa Nenem e filhos - , que instalaram em Diamantina a primeira loja, em área de 170 m2. Hoje, a rede está em Curvelo e Pirapora, com mais de uma loja, e agora desembarca em M. Claros, com projeto muito ambicioso. As obras já começaram.

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Mensagem N°82106
De: Marisa Data: Quarta 18/1/2017 11:23:42
Cidade: Montes Claros

Qui 12/01/17 - 10h - Prefeitura divulga que tem vacina contra febre amarela nos postos de Montes Claros; já são 8 os mortos em Minas, confirmados por exame

Fui ontem a mais um posto de saúde à procura da vacina. Notei que , se estão aplicando, é de maneira muito seletiva. Mais de um pretexto é usado. Será uma estratégia para poupar o pequeno estoque existente nas áreas não afetadas? (...)

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Mensagem N°82105
De: Manoel Hygino Data: Quarta 18/1/2017 10:14:53
Cidade: Montes Claros

Harmonia entre os poderes

Manoel Hygino

É fabulosa a safra de recursos e outros meios jurídicos e expedientes postos em prática no Brasil para evitar que as decisões judiciais sejam cumpridas. Judiciário, Legislativo e Executivo se desdobram para manter as suas argumentações com relação a problemas que, deste modo, nunca têm fim.
No entanto, é significativamente claro o que diz a Constituição. Em seu artigo 2º, proclama-se a independência e harmonia entre os poderes, para que cada um se limite às funções que lhe cabem. Procurando sobrepor-se um ao outro, os três terminam por perder força e a confiança da sociedade.
Não se trata de definir quem é mais poderoso no sistema. Cada um agirá nos termos estabelecidos pela lei. De fato, o Judiciário não pode legislar, embora possa ser levado a isso por circunstâncias, o que não faz bem a ninguém. O Judiciário não pode comprometer-se, sem expor-se a risco de dúvidas sobre o comportamento de seus integrantes, como já acontece com inúmeros agentes do Executivo e do Legislativo. Imitar o imprestável não é bom conselho.
Quem percorre as páginas dos jornais e os canais de televisão e rádio se surpreende com os avanços e recuos nos processos de interesse público. A invasão da competência do Legislativo pelo Judiciário presentemente é flagrante e deve causar inquietude à presidente Carmen Lúcia, em que tanto confia o povo deste país, já decepcionado por suspeitas atitudes anteriores de outros.
Amigo advogado me dizia, há pouco, que passamos a viver não mais sob um Estado de Direito, pois submissos a um Estado de Juízes, o que não convém. Na realidade, os juízes devem ser independentes, mas – em uma democracia- submissos às leis e assegurando sua aplicação.
Interessante valer-se da experiência de outras nações, mais antigas, entre os quais o Reino Unido. Depois de participar do II Congresso Internacional da Associação dos Magistrados Brasileiros, em meados do ano passado, na Inglaterra, o desembargador mineiro Rogério Medeiros Garcia de Lima, do Tribunal de Justiça de nosso Estado, expressou entusiasmo pelo que viu e assistiu.
Os britânicos se orgulham da monarquia constitucional e da Supremacia do Parlamento. Vangloria-se do seu sistema jurídico, considerando-se um dos pilares da expansão política econômica do império britânico, ao propiciar segurança jurídica e previsibilidade (não é o que ora nos falta?).
Um dos baluartes do sistema é o princípio the rule of law, a regra do Direito e o Império da Lei, a que todos se submetem, inclusive, o monarca. Ninguém é ou pode ser exceção. Para que o sistema prevaleça e seja forte, todos têm direito de acesso à Justiça e ao devido processo legal, o due process of law.
O que mais causa inveja: Os britânicos não adotam Constituição escrita, seguindo princípios fundamentais milenares, reforçados desde 1950 pela Convenção Europeia de Direitos Humanos. Finalmente: Os magistrados de lá, recrutados entre advogados mais experientes, são imparciais e incorruptíveis. Valorizam os precedentes dos tribunais. Não inovam aleatoriamente, visando respeitar a jurisprudência e preservar a segurança jurídica.
Em resumo, é como sintetizou Lord Faulks, ministro da Justiça: Os países têm de zelar pelo cumprimento das leis e pela e atuação independente do Poder Judiciário.

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Mensagem N°82104
De: Alberto Sena Data: Quarta 18/1/2017 09:46:00
Cidade: Montes Claros

BEMQUERER REAPRENDENDO A VOAR

Alberto Sena

Emocionante. Esta palavra resume a garra, a força de vontade e a convicção do empresário Lúcio Bemquerer. Ele fez uma cirurgia na medula, na Santa Casa de Montes Claros e se recupera fazendo fisioterapia. Quem o viu logo após a cirurgia, muito bem sucedida, tinha a impressão de que o Bemquerer iria começar a mexer com os pés meses depois.
A evolução de Lúcio surpreendeu o próprio médico (...) que o operou. Surpreendeu o filho dele, Marcos Bemquerer e surpreendeu a mim também, porque três dias depois de operado, ele já mexia com os pés. Agora, vendo-o fazendo fisioterapia, é motivo de admiração ao fazer a comparação do antes com o agora. Quem o conhece se emociona.
Ele senta na cama, fica em pé na janela, movimenta-se com o andador e, no ritmo em que vai logo estará andando dentro de um quadro de normalidade. Ele já pretende passar fins de semana em Grão Mogol, a fim de respirar os ares do lugar onde nasceu e construiu o maior presépio natural do mundo, o Presépio Mãos de Deus.
O fisioterapeuta Guilherme Ruas está tão otimista em relação à recuperação do paciente tanto quanto o próprio Lúcio. É importante lembrar, ele fez uma cirurgia na medula e todos sabem o quanto ela é fundamental. Significa dizer, a recuperação não acontece como num passe de mágica. É necessário querer se recuperar – e ele quer – porque o corpo no momento está assim, mas a cabeça funciona a mil quilômetros por hora.
Lúcio sempre foi homem ativo. Em Belo Horizonte, onde dirigiu a Associação Comercial de Minas (ACMinas), como consultor principal da Prosper e diretor executivo do Fórum de Líderes da Gazeta Mercantil, o empresário sempre se destacou pela agilidade na tomada de iniciativas para solucionar questões empresariais.
Quando na ativa, acometido do problema na medula, só diagnosticado há cerca de oito meses, o que ocasionou a cirurgia na Santa Casa, o empresário foi convidado a ser ministro de Estado, a ser candidato a governador e também prefeito. Ele não aceitou nenhum dos convites por se achar empresário por vocação sem a necessidade de se envolver com a política.
De tudo que fez por Grão Mogol, Montes Claros e Belo Horizonte, o Presépio Natural Mãos de Deus, construído por ele já aposentado e de volta a terra natal, talvez seja a sua maior obra, porque foi como tivesse atendido a um sinal vindo do céu como um bólido.
Lúcio vive cada dia como se fora o primeiro ou o último. Hoje ele está melhor do que ontem. E assim vai. Essa certeza o empresário tem, como também possui todo o tempo do mundo para fazer reflexões pessoais enquanto sente o corpo responder aos comandos dos exercícios dirigidos pelo fisioterapeuta, um trabalho de dedicação e amor, torcendo o corpo dele de todo jeito.
Dentro de mais um pouco, certamente, um novo homem ressurgirá vestido na pele dele. E quando isto acontecer, Bemquerer será a prova inconteste de que quando se quer alguma coisa, principalmente relacionada com a recuperação da saúde, o denodo e a vontade suprema agindo dentro dele geram o milagre. Eis o homem em sua saga. Como a mitológica ave chamada Fênix, ele está reaprendendo a voar.

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Mensagem N°82103
De: José Ponciano Neto Data: Terça 17/1/2017 23:16:41
Cidade: Montes Claros - MG

Colisão com mortes: Uma grave colisão entre um ônibus e carro de passeio ocorreu por volta das 18:00 desta Terça- feira 17/01 no Km 59 da MG 308 entre Pau D’óleo/ Juramento- MG e Itacambira-MG.
O ônibus com 40 passageiros fazia o transporte dos funcionários de uma empresa de silvicultura; segundo um dos passageiros, eles ouviram um estrondo, e em seguida o ônibus ficou totalmente desgovernado por mais de 50 metros, quando ouviram outro grande barulho, este, decorrente da colisão frontal com um Cross-Fox (transporte alternativo).
Somente depois que desembarcaram e muito assombrosos, perceberam que um pneu dianteiro tinha estourado.
No acidente vieram a óbito três pessoas, sendo: o motorista do “Taxi” conhecido por Zezinho Preto, uma passageira conhecida por Marli de Rosa e um homem não identificado.
Ainda no veiculo pequeno, ficaram feridas, uma criança de 02 anos - muito combalida foi socorrida a tempo pelo o SAMU e Corpo de Bombeiros, sobrevivendo – a outra sobrevivente, uma jovem, sofreu uma dupla fratura em uma das pernas e está fora do perigo de morte.
Não foi confirmado se os passageiros do “Taxi” usavam Cinto de Segurança no momento do acidente.
O tráfego ficou parado por muito tempo nos dois sentidos.

***

Corpo de Bombeiros - Uma guarnição de bombeiros, chefiada pelo Sgt Nascimento , deslocou até MG 308 próximo ao município de Itacambira. No local deparamos com uma colisão frontal entre um veiculo WV/Fox e um ônibus de transporte de funcionários da empresa plantar. No interior do veiculo fox encontravam-se 03 vitimas fatais, o motorista e dois passageiros , uma senhora e um homem não identificado. Fora do veiculo automotor encontravam-se 03 vitimas feridas, 2 mulheres e uma criança do sexo feminino de aproximadamente 03 anos. Segundo relato dos passageiros do coletivo “ônibus” vinha de Itacambira quando estourou um pneu dianteiro vindo a colidir com o veiculo automotor que vinha no sentido contrario. As vitimas feridas foram atendidas pela equipe do Samu e os bombeiros efetuaram a retirada das vitimas fatais com o uso do aparelho desencarcerado após o trabalhos da perícia.

***

Polícia Militar - A Polícia Militar registrou, às 18h10 de ontem, 17 Jan, um acidente de trânsito, na Rodovia MG 308, no Km 57, em Juramento, que vitimou fatalmente 03 pessoas e deixou outras 03 gravemente feridas. Segundo relatos do condutor de um dos veículos envolvidos no acidente, um homem de 40 anos, que transportava funcionários de uma empresa em um ônibus, em dado momento do trajeto, o veículo que dirigia teve um pneu estourado, fazendo com que o motorista perdesse o controle direcional e invadisse a contramão de direção, colidindo com um VW Fox, também envolvido no acidente, que trafegava em sentido contrário ao seu. Da colisão, restaram feridos gravemente 03 passageiros do carro, sendo 01 criança de 01 ano de idade e duas adolescentes de 16 anos e vieram a óbito o condutor do referido carro, um homem de 53 anos e dois passageiros, 01 mulher de 70 anos e um homem de 65 anos. Quatro dos passageiros do ônibus tiveram ferimentos leves. Os corpos foram liberados para a funerária e os demais feridos encaminhados para hospital em Montes Claros, onde permanecem sob cuidados médicos.

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Mensagem N°82102
De: Marcos Data: Terça 17/1/2017 16:40:01
Cidade: Montes Claros

Cena de hoje no Posto de Saúde do Cintra:
Diversas mães, com crianças no colo, aguardavam no corredor da sala de vacina. A funcionária abre a porta e sem mostrar o rosto anuncia - hoje acabou, voltem amanhã.
Eram 16 horas e dezoito minutos - 40 minutos antes do fim do expediente.
Havia tempo para atender todas as mães com crianças no colo.

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Mensagem N°82101
De: Roberto Data: Terça 17/1/2017 11:25:34
Cidade: BH

Do sempre excelente Eduardo Almeida Reis, um dos melhores cronistas do Brasil nos últimos 40 anos:


Hidroquerídeos

Do tupi kapii`gwara, de ka`pii `capim` + gwara `comedor`, a capivara tem montanhas de fãs na capital de todos os mineiros, gente que defende sua permanência às margens do lago da Pampulha. Maior roedor do mundo, a capivara hospeda o carrapato-estrela que pode transmitir a febre maculosa pela bactéria Rickettsia rickettsii, doença infecciosa grave e potencialmente fatal.
Apesar de existir tratamento eficaz e dos avanços nos cuidados médicos, a febre maculosa pode apresentar taxas elevadas de letalidade. Vale notar que a desesperadora situação econômica de Minas Gerais dificulta os “avanços nos cuidados médicos”.
Defensores de certos animais têm síndrome que nem Freud explica, mas, no caso das capivaras, um trocadilho infame pode justificar: leram família dos hidroquerídeos e entenderam hidroqueridos.
Pampulha, para os que não conhecem a capital mineira, é uma espécie de pré-Brasília sem os parlamentares e os ministros que infelicitam este pobre país. Prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek finalizou a construção de um lago com 18 km de perímetro, entupiu o entorno com projetos do então jovem Oscar Niemeyer, tudo pertinho do Aeroporto da Pampulha, pois JK adorava embarcar num avião. O próprio lago artificial pode ter sido uma forma de compensar seu nascimento na Diamantina cortada pelo Rio Grande, que tem metro e meio de largura.
Há solução brilhante para o problema da Pampulha: basta copiar o que fez em Montes Claros um juiz, hoje o ilustre desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima do TJ-MG.
Quando era juiz da infância e juventude em Montes Claros, norte de Minas Gerais, em 1993, não havia instituição adequada para acolher menores infratores. Uma quadrilha de três adolescentes praticava reiterados assaltos. A polícia prendia, o juiz tinha de soltá-los. Depois da enésima reincidência, valendo-se de um precedente do Superior Tribunal de Justiça, o juiz determinou o recolhimento dos “pequenos” assaltantes à cadeia pública, em cela separada dos presos maiores.
Recebeu a visita de uma comitiva de defensores dos direitos humanos (por coincidência, três militantes). Os três exigiam que liberasse os menores. Negou. Ameaçaram denunciá-lo à imprensa nacional, à corregedoria de Justiça e até à ONU. O juiz retrucou que não fossem tão longe, porque tinha solução. Chamou o escrivão e ordenou a lavratura de três termos de guarda: cada qual levaria um dos menores preso para casa, com toda a responsabilidade delegada pelo juiz. Pernas para que te quero! Mal se despediram e saíram correndo do fórum. Não denunciaram o Dr. Rogério a entidade alguma, não ficaram com os menores, deixaram de “honrá-lo” com suas visitas e os bandidos-mirins ficaram presos.
Basta fazer coisa parecida com os amantes das capivaras da Pampulha: entregar um casal de roedores a cada família defensora dos animais para alimentar e conviver com os bichos em suas respectivas residências.
Ex-modelo, jornalista, palestrante, escritor e apresentador de tevê, Pedro Andrade, nascido no Rio de Janeiro, mora e trabalha nos Estados Unidos e participa do programa semanal Manhattan Connection, transmitido no Brasil pelo GloboNews.
Gosto muito do Manhattan Connection desde o tempo do incomparável Paulo Francis. Não creio que a participação do ex-modelo acrescente algo ao programa semanal com aquelas dicas nova-iorquinas sobre galerias de arte, exposições, restaurantes, praças, estátuas, além de críticas cinematográficas. Acho que discrepa dos demais participantes, mas tenho a certeza de que a minha opinião não vai tirar o emprego do rapaz.
Quando fez uma série de programas viajando pelo mundo para comer esquisitices, Pedro Andrade avisou aos produtores dos programas que comeria tudo, menos cachorros e ratos. Pois muito bem: a carne de ratos voltou com força ao cardápio asiático, sobretudo na China.
Começou com um roedor bonitinho, pequeno, colorido, de pelos compridos, evoluindo para o rato em geral. Notícia que não causa espécie num país grande e bobo em que milhões de pessoas adoram comer grandes roedores como a paca e a capivara.
Uma coisa é comer para não morrer de fome; outra, muito diferente, é curtir esquisitices gastronômicas adquiridas a peso de ouro. Um dos “alimentos” mais raros e mais caros do planeta, degustado há centenas de anos, é o ninho de andorinhas. Compõe uma sopa gelatinosa considerada muito saborosa, chamada “Caviar do Oriente”, consumida na China e noutros lugares. Os EUA figuram na lista dos maiores importadores.
Tive fazenda rica em pacas sempre invadida pelos caçadores em busca da iguaria, que nunca experimentei, como também me recuso a comer carne de capivara.
História e lenda registram inúmeros episódios guerreiros em que os povos cercados recorreram às carnes dos ratos para sobreviver. Naquelas emergências, pacas e capivaras seriam iguarias dos deuses.

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Mensagem N°82100
De: Ediraldo Data: Terça 17/1/2017 10:30:53
Cidade: BH

Ter 17/01/17 - 8h - Rebelião de presos chega a Minas; 1200 se amotinaram em Neves e líderes serão transferidos
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De reportagem do jornal Estado de Minas de hoje, sobre o barril de pólvora nas prisões, e também as mineiras:

"A maior fuga no último ano tinha ocorrido em Montes Claros, em 17 de novembro, envolvendo nove presos do presídio regional. A polícia desconfia que os fugitivos tenham sido ajudados por pessoas que estavam no lado de fora, pois uma das telas da cerca de metal estava cortada e os presos aproveitaram para passar por esse local".

A penitenciária de Neves, que há 50 anos foi modelo em Minas e levou a região de Ribeirão das Neves a ser a pior e mais atrasada área da região metropolitana de BH, e que ontem se rebelou, tem 1200 presos. O presídio de M. Claros, localizado em área urbana populosa, tem 1027 presos. A tela foi cortada - disse a polícia. Se o Norte de Minas não ficar atento, a outra Minas vai transferir os seus presos para cá, transformando a Minas pobre em presídio da Minas rica. Um absurdo. Absurdo iniciado com a permissão de construir o "presídio" em área urbana populosa de M. Claros e absurdo ao aceitar, em Francisco Sá, uma penitenciária como aquela, que vai trazer presos perigosos para o Norte de Minas.

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Mensagem N°82099
De: Polícia Militar Data: Terça 17/1/2017 09:59:58
Cidade: Montes Claros

Polícia Militar registra esbulho possessório de propriedade rural em Capitão Enéas - Ontem (16), por volta de 04h45, a Polícia Militar foi acionada a comparecer à Fazenda Norte América, estrada acesso de Peri Peri, em Capitão Enéas, onde um grupo organizado, composto por aproximadamente cinquenta pessoas teria, violentamente, invadido o local. Em contato com um dos líderes da ação, a Polícia foi informada que o grupo integra o Movimento dos Sem Terra (MST), e que teria invadido a fazenda a fim de pressionar o governo federal a realizar a desapropriação das terras, para fins de reforma agrária. Segundo um homem que trabalha na referida fazenda, ele se encontrava no interior do local no momento da invasão. Afirmou ainda que o grupo teria invadido, violentamente, o local, portanto armas de fogo, foices e facões, forçando a entrada da residência em que se encontrava mediante arrombamento. Dois indivíduos do grupo, após ameaçá-lo, determinando que fossem repassadas informações acerca dos proprietários da fazenda, bem como acerca da eventual existência de armas de fogo no interior da propriedade, veio a segurá-lo violentamente agredindo-o mediante golpes na cabeça. O funcionário teve que ser encaminhado ao hospital local e medicado. Os membros do movimento foram até a sede da fazenda e arrombaram as portas de acesso. Ainda, conforme o funcionário, participou efetivamente da invasão um indivíduo de alcunha “fumaça”, conhecido por articular ações de esbulho nas propriedades rurais insertas no município de Capitão Enéas, inclusive, noutras oportunidades já perpetradas contra a mesma fazenda. Segundo a proprietária da fazenda invadida, por volta das 04h da manhã, ela ouviu batidos violentos na porta de sua residência e, alguns segundos após, indivíduos armados com foices e facões arrombaram a entrada de sua residência, bradando que estariam tomando a fazenda para si e, a todo o momento, proferindo ameaças em desfavor dos seus familiares, inclusive crianças, que lá permanecem até o desfecho desta ocorrência. Pessoas pertencentes ao movimento teriam subtraído 03 (três) armas de fogo sucateadas, objetos de decoração e sem funcionamento, tipo “garruchas”, que se encontravam sobre uma mesa, na sala de estar. Em outra residência adjacente, na mesma propriedade, onde reside uma funcionária, foram subtraídas 05 (cinco) armas de fogo, sendo 03 (três) espingardas tipo polveira, que foram localizadas e apreendidas por militares nas proximidades da cancela de entrada à propriedade rural, bem como uma espingarda cal.12 e um revólver cal.38, não localizados. A Polícia identificou três líderes do movimento (dois homens: 50 e 40 anos; e uma mulher de 30). Segundo o líder de 50 anos, o grupo estaria invadindo a propriedade rural a fim de chamar a atenção do governo federal quanto à improdutividade da fazenda, bem como sobre a existência de inúmeras dívidas ativas com a união. Após dialogar com o líder do movimento, foi realizada uma varredura na propriedade, a fim de verificar a existência de delitos eventualmente perpetrados, e foi constatado que não havia sinais de bens móveis subtraídos ou danificados, para além das portas de acesso às casas integrantes da propriedade. Durante as diligências policiais, foi observado que a propriedade manteve-se em plena produção, com serviços como transferências de embriões, inseminações artificiais e utilização do sistema reprodução animal fertilização in vitro - five, além do pivô central da propriedade. Todos esses serviços permaneceram em regular funcionamento, operados pelos funcionários da fazenda, que nesta se mantiveram e se mantém, à revelia da ação do movimento.

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Diário de Pernambuco - 17/01/2017 08:05 - Em Minas, MST invade fazenda ligada ao ex-prefeito Ruy Muniz - O ex-prefeito de Montes Claros foi preso em 18 de abril de 2016 - Integrantes pertencentes ao Movimento dos Sem Terra (MST) ocuparam na madrugada desta segunda-feira, dia 16, uma fazenda ligada ao ex-prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), no norte de Minas.
Muniz foi preso em 18 de abril de 2016, um dia depois de sua mulher, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG), ter dedicado a ele seu voto pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
Na ocasião, a parlamentar dedicou o voto à integridade moral do marido, afirmando que "o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós". Muniz é suspeito de cometer irregularidades na compra de combustível pela prefeitura. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Mensagem N°82098
De: Estado de Minas Data: Segunda 16/1/2017 10:32:39
Cidade: BH

Prefeituras do Norte de Minas começam ano em situação crítica - 16/01/2017 07:57 - Nem cidades grandes como Montes Claros, no Norte de Minas, ficaram livres de problemas. O prefeito Humberto Souto (PPS) declarou, não só na lei, o estado de calamidade. “Não estou nem dormindo à noite. Tem funcionário fazendo protesto na prefeitura por causa de salário. Recebi a cidade nessa balburdia toda”, afirmou. Segundo Souto, o antecessor não pagou os funcionários em dezembro e a cidade está sendo multada porque não tem portal de transparência. “A informática não funciona, os carros e máquinas estão todos sucateados, tem dívidas com empreiteiras de asfalto que estão rondando a prefeitura.”
Segundo Humberto Souto, só da folha de dezembro são devidos R$ 30 milhões. “Roubaram arquivos da saúde e do patrimônio no final da administração, não tem um cadastro dos servidores. O programa de computação para substituir lâmpadas da cidade sumiu. Estamos quebrando senhas para ver se conseguimos recuperar ou teremos de fazer outro”, relata. O prefeito alega que o início de sua administração ficará prejudicado pelo quadro de “ingovernabilidade” encontrado. “Preciso de pelo menos um ano para regularizar a prefeitura”, afirma.
(...)
OUTRO LADO
O ex-prefeito de Montes Claros José Vicente Medeiros (PMDB) nega o caos denunciado pelo sucessor e diz que deixou a administração em condições de funcionar. “Você acha que uma prefeitura que pagou o 13º dos funcionários está um caos? Respeito muito o Humberto e seu direito de reclamar, mas não acredito que tenha prefeitura no Norte e Minas que esteja em estado tão normal como Montes Claros.” Segundo José Vicente, a dívida é pequena e ele não teria como pagar o salário porque os recursos não haviam chegado. O antecessor disse ainda que abriu as portas da prefeitura para a transição e que o novo prefeito terá recursos da saúde, da educação e da repatrição repassados pelo governo federal para acertar as contas.
“No começo do ano tem muita arrecadação, fico aguardando que ele (Souto) faça uma boa administração.”
(...)

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Mensagem N°82097
De: O Tempo Data: Segunda 16/1/2017 08:12:19
Cidade: Belo Horizonte

(...) No mais grave deles, um carro se partiu ao meio e três pessoas morreram na BR-365, próximo ao trevo de Coração de Jesus, no Norte do Estado.Segundo as informações do Corpo de Bombeiros de Montes Claros, a colisão frontal entre dois veículos de passeio aconteceu na altura do km 39 da rodovia, por volta das 5h30 deste domingo. No Citröen C5 estavam três ocupantes, entre eles uma criança de 4 anos, que sofreram politraumatismos. Os dois adultos foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enquanto a criança foi conduzida por terceiros e deixada no Hospital da Santa Casa de Montes Claros. No outro veículo envolvido, um Volkswagen Golf que acabou partido ao meio com o impacto, também haviam três ocupantes, que morreram todos no local. Todas as vítimas, dos dois carros, eram moradoras de Montes Claros, ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros. A rodovia precisou ter o trânsito interrompido nos dois sentidos para o atendimento à ocorrência. A corporação disse não haver informações se chovia na hora do acidente, mas que acredita-se que o uso dos cintos de segurança e a existência do airbag tenham salvado a vida das vítimas do Citröen...

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Hoje em Dia - Três pessoas morrem em acidente na BR-365 em Coração de Jesus, no Norte de Minas - Gabriela Sales -Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas em um acidente neste domingo (15), na BR-365, próximo a cidade de Coração de Jesus, região Norte de Minas Gerais. Um carro com placa de Itapevi (SP) bateu de frente com outro veículo de passeio com placa de Goiânia (GO). A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não soube informar o que pode ter motivado o acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros, três pessoas foram socorridas pela equipe de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas para o Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros, na mesma região. Ainda segundo a unidade de saúde, os feridos são da mesma família, estão estáveis e passam bem.Para resgatar as vítimas, a PRF precisou interditar o trânsito no trecho nos dois sentidos da via. A corporação informou que um pequeno congestionamento se formou no local e que no início da tarde deste domingo, o trânsito no local havia sido liberado.

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Estado de Minas - Impacto violento deixa veículo partido ao meio em acidente na BR-365 em Montes Claros – Luiz Ribeiro - Três pessoas morreram e outras ficaram feridas na colisão entre dois veículos na manhã deste domingo no quilômetro 39 da BR-365, próximo ao trevo para Coração de Jesus, Região Norte de Minas Gerais. O modelo Golf, com placa de Itapevi (SP), seguia no sentido Pirapora/Montes Claros quando bateu de frente com um Citroën C5, que vinha em sentido contrário. O choque foi tão violento que o Golf partiu ao meio e seus três ocupantes morreram na hora. O acidente aconteceu na entrada de uma curva. Conforme testemunhas, o Golf invadiu a pista contrária, mas ainda não se sabe o motivo, se foi tentada uma ultrapassagem, se o motorista cochilou ao volante ou ainda se perdeu o controle da direção, tendo em vista que a pista estava escorregadia por causa de uma chuva fina. As vítimas do Golf são o motorista Thiago Batista da Silva, de 25 anos, Felipe Silva Oliveira, de 18, e Jéssica Stefani, de 20. Já as três pessoas que viajavam no Citroën ficaram feridas: o motorista Stanley de Oliveira Loyola, sua mulher Rosinele Castelo Branco Loyola, e a filha do casal Clarice Castelo Branco, de 4 anos. Eles tiveram múltiplas faturas e foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas para a Santa Casa de Montes Claros, onde estão internados em observação. Segundo o Corpo de Bombeiros, o uso dos cintos de segurança e a ação dos airbags favoreceram as vítimas que estavam no Citroën.

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Corpo de Bombeiros - 16/1/17 - 11h37m - Na madrugada de ontem (15/01) por volta das 05:30hrs, o Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar de Montes Claros, atendeu uma ocorrência na BR 365 – KM 39, no Trevo de acesso a Coração de Jesus.
Dois veículos de passeios um Citroen e um Golf colidiram de frente, resultando na morte dos ocupantes do veículo Golf (03 adultos). No veículo Citroen também com três ocupantes (2 adultos e uma criança), os dois adultos ficaram presos nas ferragens e foram resgatados pelos bombeiros e repassados ao SAMU, a criança foi conduzida para a Santa Casa. Devido a violência no impacto, o chassi do Golf foi partido ao meio. O trânsito da via foi interrompido nos dois sentidos até o final dos trabalhos que durou aproximadamente 03 horas.

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Corpo de Bombeiros - Por volta das 09:00hrs o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender uma ocorrência de capotamento de veículo na MGT – 251, próximo ao trevo de São João da Lagoa. Segundo relatos no veículo havia 04 ocupantes, sendo dois adultos de 26 e 65 anos e duas crianças com idades de 07 e 09 anos todos utilizando cinto de segurança. Apenas o motorista de 65 anos ficou preso nas ferragens e teve ferimentos, já os outros passageiros não se feriram. Os bombeiros utilizaram equipamentos e técnicas específicas, e retiraram a vítima das ferragens repassando ao SAMU que conduziu todos para hospitais da região.
Vale ressaltar que nesta segunda ocorrência, o uso do cinto de segurança provavelmente evitou uma tragédia maior devido a gravidade do acidente.

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Mensagem N°82096
De: Veloso Data: Domingo 15/1/2017 19:15:34
Cidade: M. Claros

Registro: não sei se hoje, ou há dias, tombou o sobrado que foi residência da numerosa família do Sr. António Ramos, marido da também portuguesa dona Fernanda Ramos, na Praça do Rosário, hoje Praça Portugal.
A casa em dois pavimentos, com sacada redonda, foi das melhores de M. Claros nos anos 50. "Era com certeza uma casa portuguesa" . Feliz.
Dona Fernanda, que saudade, foi consulesa honorária de Portugal em M. Claros nos anos conclusivos de sua fecunda vida. A família Ramos, vinda de Portugal, toda ela escreveu meritória página na diminuta aldeia além-mar que teve o privilégio de recebê-la, como a tantas.
Nesta página, entre outras coisas, está a fundação do Corpo de Bombeiros, o pioneiro pelotão formado só de voluntários, acordados por uma sirene indormida que sinalizava emergência no burgo, fogo.
A queda deste sobrado diminui e reduz a outrora risonha Avenida Coronel Prates, hoje um corredor de carros, despojada da sua qualificação de Avenida, uma das poucas entre nós que justificava o nome, hoje aviltado.
Era previsível, desde que reduziram seus canteiros, amputaram suas velhas árvores e soltaram os carros em cima dos viventes - exato na avenida onde pousou o Dr. Hermes de Paula, inconsolável com o que sucede à memória da sua cidade.
"Há uma hora terrível para as cidades quando elas querem ser diferentes de si mesmas", ensinou quem?
Itabira responde, e um retrato, mais um, sobe para a parede. Triste.

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Mensagem N°82095
De: Paulo Narciso Data: Domingo 15/1/2017 10:59:49
Cidade: M. Claros

"Se os governadores não construirem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios".

Esta frase do montes-clarense Darcy Ribeiro, dita em 1982, inunda o Brasil como profecia cumprida, neste início de 2017, 35 anos depois de pronunciada.

No início dos anos 80, Darcy, encerrado o amargo desterro, vinha muito a Montes Claros e seus contatos eram com a família e alguns amigos. Enquanto muitos evitavam demonstrar solidariedade, simpatia e admiração por um conterrâneo reconhecido no mundo e perseguido em seu país, pela última ditadura, uns poucos faziam questão de estar ao seu lado, arrostando os poderosos do momento.

Desse tempo, há muito o que contar.

Mas, o que quero dizer é que o nosso Darcy, encantado em 1997, se hoje voltasse a M. Claros (onde nasceu em 1922, no miolo da cidade, atual Rua Lafetá, entre Simeao Ribeiro e Altino de Freitas), Darcy teria duas grandes, enormes tristezas:

1 - Amputaram, mutilaram o conjunto arquitetônico da escola símbolo da cidade, a histórica Escola Normal, um projeto primoroso, de 1965. Mutilaram, para na sua esquina principal - defronte à casa/museu do mestre Konstantin - fazer funcionar...um posto de policia.

Nada contra a honrada Policia e o seu trabalho em proveito geral, que merece aplausos. Mas, não custa admitir: recomenda-se converter presídios e assemelhados em escolas, e nunca, nunca, o contrário.

Um erro histórico, descuido lamentável por parte de quem autorizou e permitiu, falha que em algum momento precisa ser reparada, para que não seja repetida - e frutifique.

2 - Darcy também ficaria profundamente consternado por não poder ver traço, vestígio de sua escola secundária - e esta escola não é a mutilada Escola Normal Oficial Plínio Ribeiro, nome do seu tio e mestre, e parte arrancada de nós, seus alunos.

Darcy estudou no Ginásio Municipal, antes que as amplas instalações, com jardins, longos corredores, chalés e pátios se convertessem em Seminário Menor e, depois, em sede da Prefeitura.

Sóbria construção na Avenida Coronel Prates. Ao lado da qual o sentimento da cidade, num belo gesto, quis e deliberou homenagear Reginaldo Ribeiro, dando à rua o nome do pai de Darcy, que ele pouco conheceu. Rua Reginaldo Ribeiro.

Pois bem. Num tempo que merece ser esquecido, "se revogado não pode ser", numa manhã sem avisos, veio a tocaia.

Derrubaram impiedosamente o extenso casarão que era parte do cerne da memória da cidade, um dos seus miradouros; almenara, digamos, pois a luz que dali partiu certamente vaga sem descanso, em perene reclamo de justa reparação. E era a escola de Darcy.

Caiu, sem um lamento. Nenhum ai foi ouvido, enquanto as máquinas batiam contra suas paredes brancas, nuas, que resistiram. Havia acontecido antes com a Igreja do Rosario. Que também não recuou. Foi preciso um trator de esteira. Contra a Igreja dos Catopês - eu estava lá, vi.

Sentiram muito, sentem muito, hão de sentir sempre, os que ali foram aprender.

Ou os que ouviram misereres e ladainhas e responsos e laudamus que de lá partiam em cortejo de prelados nas alvoradas neblinosas de junho de um tempo que evanesceu. E que resiste - além do Bojador, com a noite antiquíssima do poeta.

Um caixote baixou no seu lugar e um silêncio desceu aos alicerces profanados.

Se hoje voltasse, Darcy teria o comportamento que teve ao tornar aos Morrinhos, depois que a ditadura última permitiu que reentrasse no seu país, doente, acreditando que vinha finar e, teimoso, não finou nem morreu.

Nos Morrinhos, com um amigo, Darcy destampou com horrenda suspensa caixa dàgua de concreto afrontando a catita Igrejinha de Dona Germana e sua história, que o ministro Francisco Sá, outro montes-clarense (do Brejo das Almas), chamou de "atalaia avançada dos povoados cristãos ".

Ao se deparar com a ofensa em concreto à Igrejinha indefesa, acuada na colina que é sua, o afável às vezes iracundo Darcy foi enfático:

- Vamos embora. Não quero ver isto.

Fomos embora, debaixo de um mesmo silêncio.

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Mensagem N°82094
De: Ângelo Data: Domingo 15/1/2017 10:15:57
Cidade: M. Claros

Antes mesmo de completar um mês, o que ocorrerá dia 20, a loja do Supermercado BH na Lagoa, entrada do Bairro Planalto, já é a que mais vende em M. Claros. Superou as outras sete lojas da rede.

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Mensagem N°82093
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 14/1/2017 13:14:04
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

POLÍTICA NO BRASIL É COISA PARA MACHO!

* Marcelo Eduardo Freitas

Como de costume e por dever de ofício, no fim do ano que se passou e início de 2017, acompanhamos algumas solenidades alusivas à diplomação e posse de candidatos eleitos no último sufrágio, de outubro próximo, destinado à escolha de prefeitos e vereadores.

Confesso que, não obstante a maciça e mais expressiva renovação da história da nova república, senti um certo desconforto ante à incômoda e óbvia constatação: política, no Brasil, é coisa para macho!

Caro leitor, à guisa de introdução ante à perturbante verificação, na macrorregião norte de Minas, a quantidade de mulheres eleitas foi baixíssima, o que é lamentável. Quase não presenciamos vereadoras eleitas, de tão poucas. A legislação brasileira exige, desde 2009, o mínimo de 30% e o máximo de 70% de candidatos de cada sexo em eleições proporcionais, o que inclui as candidaturas ao cargo de vereador, em uma evidente tentativa de estimular a participação feminina na política.

Ocorre que, em todo o país, de um modo geral, o número de mulheres sem nenhum voto disparou após a citada lei. Foram 14.498 candidatas que não receberam nenhum voto para a câmara municipal, apesar de estarem aptas a disputar as eleições. Elas representam 1 em cada 10 candidatas ao parlamento municipal, o que equivale a 10% do total. Sem essas “mulheres de voto zero”, uma em cada quatro chapas de vereadores poderia ser indeferida pela justiça eleitoral.

Como se não bastasse a fraude acima, o Brasil elegeu apenas uma mulher prefeita no primeiro turno, em capitais, nas eleições municipais. No Congresso Nacional, apesar de a participação das mulheres estar em relativa ascensão, ainda não passa de 10%.

A maior representatividade proporcional, nas últimas eleições municipais, foi no Rio Grande do Norte, em que 28% das prefeituras ficaram com mulheres. Em seguida, estão Roraima (27%), Alagoas (21%), Amapá (20%) e Maranhão (19%).

Em situação oposta, com o menor percentual de mulheres eleitas, está o Espírito Santo, onde somente 5% das administrações serão comandadas por mulheres no próximo quadriênio. Em seguida estão Rio Grande do Sul (6%), Minas Gerais (7,3%), Paraná (7,4%) e Amazonas (8,2%).

Há, ainda, um outro dado que nos parece bem mais grave: em regra, as mulheres eleitas para assumir os mandatos eletivos são filhas e/ou esposa de políticos proeminentes, outrora ocupantes dos cargos em disputa. O nosso país é péssimo para cultivar lideranças. Recepcionamos a lavagem cerebral provocada pela propaganda política como algo natural e, com isso, aceitamos - passivamente - a eleição de parentes e aderentes dos “detentores do poder” como se fosse algo natural, o que pode justificar a situação do nordeste brasileiro, acima vista. Deste modo, podemos concluir que, salvo algumas melhoras extremamente pontuais, o quadro ainda é de extrema desigualdade na assunção dos cargos eletivos.

De acordo com o último Censo do IBGE, as mulheres representam 51% da população do Brasil, número suficiente para que o quadro apresentado sofra sublimações. E por que não se altera? A nosso sentir, fruto de uma cultura extremamente machista, que alija as mulheres da participação na sociedade, da tomada de decisões, enfim, de exercer ativo papel nas mudanças que se espera.

Não sem razão, Millôr Fernandes dizia que a “anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor”. Concordo plenamente! Contudo, diante de um quadro como este, não é demais concluir com Sêneca, um dos mais célebres intelectuais do império romano, quando dizia: “Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas”. Que a mulher encontre espaço nos diversos ramos da atividade humana, especialmente na política partidária. Que seja admirada não pela aparência que ostenta, mas pelo modo de pensar, pelo que efetivamente é, pela sua inteireza. É tempo de reconstrução de rumos, de renovação de cenários, outrora devastados pela ignorância e pelo machismo. Se queremos um país melhor, é preciso valorizar as mulheres!

(*) Delegado de Polícia Federal e Professor da Academia Nacional de Polícia

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