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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 19 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°83636
De: Manoel Hygino Data: Sexta 26/10/2018 07:08:28
Cidade: Belo Horizonte

Os movimentos de rua

Manoel Hygino

Protesto houve quando se registraram reajustes nas tarifas de transporte coletivo nas maiores capitais. Muita movimentação nas ruas, redes sociais em ação imediatamente, os dispositivos das forças policiais se apressaram para coibir excessos, o que não resultou tão proveitoso como se esperava.
Generalizada a insatisfação com os agentes públicos, exasperados todos os que precisam da máquina administrativa, sempre alegando que pagam impostos em dia, que a Justiça é lenta, que a desonestidade campeia, que a solidariedade morreu ali na esquina, que a polícia é violenta.
Alguém, não sei quem, escreveu ao circunspecto Fernando Guedes de Mello, dizendo da publicação na mídia de discursos e análises de pseudointelectuais da pseudoelite da pseudoesquerda, tentando racionalizar e enquadrar os acontecimentos na velha retórica revolucionária, que deixaria o velho Marx com náuseas e arrepios. Fariam ainda Trotsky chacoalhar os ossos na cova da mais profunda indignação. E opiniões de ranzinzas, acomodados e bem de vida, que consideram a voz das ruas uma obra de satanás.
Antônio Prata observou os manifestantes – punk de moicano e playboy de mocassim, patricinha de olho azul, barbudos de suposto partido comunista – exigindo que se reestatize o que foi privatizado. Gente que se revoltava com os R$ 0,20 de aumento da passagem e neguinho que não rela a barriga na catraca de ônibus há décadas. Ninguém entendia nada. Nem imprensa, nem políticos, sequer os manifestantes. Aquela multidão toda gritando, cantando. Tudo por causa dos R$ 0,20? Ninguém pensando em preço de remédios, de ingresso para a próxima partida de futebol, das filas do SUS.
Muitas milhares de pessoas nas vias públicas nos dias de manifestações. Esperaria alguém, quem sabe, que os problemas nacionais se resolveriam ou que simplesmente as autoridades retrocederiam na decisão da tarifa de coletivos?
O repórter perguntou a uma jovem: “por que você está aqui no protesto?”. Ela não se fez de rogada, tinha resposta na ponta da língua: “olha, não consigo imaginar uma razão para não estar aqui, na verdade”. Enumerou: “corrupção, impunidade, a PEC 37, o aumento dos homicídios, os gastos com os estádios para a Copa, IDH, a qualidade das escolas e hospitais públicos são todos excelentes motivos para que se saia às ruas e se tente melhorar o país – mas já o eram duas semanas atrás; por que não havia passeatas? Será porque a chegada do PT ao poder anestesiou os movimentos sociais, dificultando a percepção de que o Brasil vem melhorando, melhorando e continua péssimo? Ou será porque agora o Facebook e o Twitter facilitam a comunicação?”.
Se as dúvidas sobre as motivações já são grandes, o que dizer sobre o futuro do movimento? Marchará ou murchará? Caso cresça: conseguirá abaixar a tarifa? E, no longo prazo, terá alguma relevância? Mais ainda: adianta ir às ruas fazer barulho? Ou a própria passeata extingue o impulso de revolta que a criou e voltamos todos para o mundinho idêntico de todos os dias, com a sensação apaziguadora de que “fiz a minha parte”?
Em São Paulo, pedras quebraram a fachada de vidro e bala atingiu uma das portas da Biblioteca Mário Andrade, da USP. O professor Luiz Armando Bagolin comentou que não se tratava de mera reclamação pelo reajuste de preços de passagens de coletivos. Era 2013 e o prédio foi pichado. “Atacar uma biblioteca pública não é apenas uma contingência do momento político, tampouco um efeito colateral adverso na luta dos manifestantes. Representa, na verdade, uma crise mais profunda em nossa sociedade”.

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Mensagem N°83635
De: Prefeitura Data: Quinta 25/10/2018 11:36:25
Cidade: Montes Claros

O Dia do Servidor Público, comemorado em 28 de outubro, será celebrado em Montes Claros na próxima sexta-feira, 26, conforme o Decreto Municipal nº 1.974/2002, que estabelece que a data seja antecipada caso coincida com sábados e domingos. O decreto determina, ainda, que o dia será considerado feriado para a Administração Municipal, exceto para os serviços essenciais e para a rede municipal de Ensino. (...)

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Mensagem N°83634
De: Manoel Hygino Data: Quinta 25/10/2018 06:53:25
Cidade: Belo Horizonte

A geração do sacrifício

Manoel Hygino

Escritor amigo, que de cá se despediu após sofrer muitos apuros, o último dos quais um sequestro, à mão armada, com a esposa, em São Paulo, comenta lá de Portugal: “vamos acompanhando apreensivos a situação eleitoral no Brasil que, pelo que tudo indica, vai caminhando para um obscuro e um abismo. Não pensei viver para chegar mais a um momento de retorno ao autoritarismo”.
Nos momentos difíceis pelos quais a nação vai transitando, é comum e útil ouvir personalidades que, por sua competência e conduta isenta, tenham condições de merecer a confiança nacional. É o caso, por exemplo, de Carlos Mário da Silva Velloso, ex-ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, ex-professor de direito constitucional na PUC Minas e da Universidade de Brasília e autor de mais de vinte livros.
Há mais de dois anos, o professor Velloso, também da Academia Mineira de Letras, expressou-se sobre o redemoinho político, econômico, moral, social e ético em que a nação se debate. Sobre a situação vigente, acha ele: “realmente, o Brasil vive fase conturbada. Temos crise política, governo praticamente parado, economia derretendo, desemprego crescendo, indústria encolhendo, lojas fechando, inflação avançando”. Isso era março de 2016. Presentemente o quadro é outro, embora ainda alvo de severas críticas. Sobre o foro privilegiado, acha que “é algo não condizente com a república. Considero ofensivo aos princípios republicanos. Quando estava no Supremo, eu já o classificava como uma excrescência”.
Para ele, “não há, propriamente, uma judicialização da política. O que há é uma classe política fraca, um Legislativo que se omite e parlamentares levando questões políticas à apreciação do Supremo”.
Mais adiante, acrescenta: “veja-se o caso do Supremo. Ele é a Corte Constitucional. Entendo que, como tal, deveria estar julgando apenas as ações do controle concentrado e os recursos extraordinários. Não deveria ter competência criminal, a não ser para o julgamento dos chefes de poderes. Só a partir da Constituição de 1988 é que os princípios da impessoalidade e moralidade ganharam as galas de princípios constitucionais. A Constituição de 1988 trouxe belas inovações, além disso. Eu me lembro de, quando juiz em Minas, a maioria dos delegados de polícia eram oficiais reformados da PM ou leigos que ficavam sob o guante dos chefes políticos locais. A partir de 1988, todos os delegados, sem exceção, devem ser bacharéis em direito e admitidos por concurso público. Ganharam autonomia, se não total, ao menos suficiente para atuar com dignidade e independência. A atuação da Polícia Federal e, em alguns dos Estados, da Polícia Civil, tem sido ótima. E o que dizer do Ministério Público, seja o federal, sejam os estaduais? Enfim, o que é preciso dizer é que estamos, com a Constituição de 1988, construindo uma consciência ética no país. As leis de improbidade administrativa, anticorrupção, da ficha limpa e a da Transparência dos atos da administração são exemplos do que digo. As movimentações populares contra a corrupção, em favor da ética, são edificantes”.
Deprende-se que, a despeito das resistências, da ação nefasta e criminosa em áreas administrativas, da constatação de novas formas de ilicitude, da lentidão nas investigações e nos julgamentos, nem tudo está perdido. Há erros a corrigir, crimes a apurar e punir, mas o essencial é que o povo deste país esteja consciente de que não podemos extinguir o halo de democracia que persiste. A hora é de luta, o próximo período de governo será desafiador, mas se terá de pensar em termos de mais de uma geração. A atual pagará o sacrifício, mas o mal não poderá ser banalizado e procrastinado indefinidamente.


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Mensagem N°83633
De: Afonso Data: Quarta 24/10/2018 21:47:31
Cidade: Mirabela/MG

Entre 20 e 21hs choveu bem forte em Mirabela, a 70 km de Moc, com muitos raios e trovões, confirmando previsões para hoje, referentes a chuvas em todo o Estado de Minas Gerais. No momento, 21h40m, diminuíram os trovões, raios e a chuva. A temperatura é bem alta, o que não é frequente aqui, onde as temperaturas `a noite normalmente são bem mais baixas.

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Mensagem N°83631
De: Manoel Hygino Data: Quarta 24/10/2018 07:03:55
Cidade: Belo Horizonte

Feto, ser humano

Manoel Hygino

O homem, o ser humano, é incorrigível. Não estamos ou somos melhores hoje do que antanho. Com razão, o papa Francisco comparou, recentemente, a interrupção voluntária da gravidez a um “matador de aluguel” para resolver o problema. O pontífice foi peremptório: “interromper uma gravidez é como eliminar alguém. É justo eliminar uma vida humana para resolver um problema?”.
Em tradicional audiência na praça de São Pedro, diante de milhares de pessoas, Francisco criticou “a perda de valor da vida humana”, em consequência das guerras, da exploração do homem e da cultura de exclusão”. Acrescentou à lista o fim da vida no ventre materno “em nome da salvaguarda de outros direitos”. Contrapôs-se à justificativa do aborto como um respeito a outros direitos: “como um ato que suprime a vida inocente e sem defesa pode ser terapêutico, civil ou simplesmente humano?”.
A propósito, recorro ao artigo na imprensa carioca há praticamente dois anos, isto é, em 11 de dezembro de 2016, de Eros Rodrigo Grau, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal. Notável jurista, condenava a interferência do Judiciário nos outros poderes. Era peremptório: “o Judiciário não pode legislar – essa é uma prerrogativa do Legislativo!”. Em seguida, entra no âmago do assunto, que será certamente debatido tão logo os quadros dirigentes do país sejam outros. Por isso, transcrevo o pensamento de ilustre ministro jubilado:
“O artigo 128 do Código Penal não pune o aborto, se praticado por médico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante, e se a gravidez resultar de estupro e o aborto for precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Não obstante, em abril de 2012, o STF declarou, na Arguição
de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54, a inconstitucionalidade da interpretação segundo a qual a interrupção da gravidez de feto anencéfalo é criminosa. Dizendo-o em outros termos, declarou que, embora a lei estipule que o aborto de anencéfalo é crime, nós (o STF) achamos e decidimos que não é”.
Agora vai além. Alegando que a criminalização do aborto no primeiro trimestre de gravidez viola os direitos fundamentais da mulher, descriminalizou-o também. Em outros termos, a interrupção da gravidez até o terceiro mês de gestação deixa de ser crime!
Essa decisão do Supremo consubstancia uma agressão à Constituição, pois ele (o STF) se arroga poder de legislar. Na ADPF 54 acrescentou mais uma hipótese ao artigo 128 do Código Penal – o aborto de anencéfalo – e agora outra mais, a do aborto praticado nos três primeiros meses de gestação.
E a peroração de Eros Grau: “o nascituro é não apenas protegido pela ordem jurídica – sua dignidade humana preexistindo ao fato do nascimento, mas titular de direitos adquiridos. No intervalo entre a concepção e o nascimento, os direitos que se constituíram têm sujeito, apenas não se sabe qual seja. O artigo 2º do Código Civil hoje vigente entre nós afirma, com todas as letras, que “a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.
Fetos são seres humanos que podem receber doações, figurar em disposições testamentárias e ser adotados, de modo que a frustração da sua existência fora do útero materno merece repulsa. Fazem parte do gênero humano, são parcelas da humanidade. Há, neles, processo vital em curso. A proteção da sua dignidade é garantida pela Constituição, aborto é destruição da vida, homicídio.”
O assunto será inevitavelmente de extensos e veementes debates no ano que está chegando. A palavra do pontífice e a opinião de Eros Grau serão sumamente valiosas à interpretação de um problema tão candente e atualíssimo.

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Mensagem N°83630
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Terça 23/10/2018 12:24:38
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A FALA DE EDUARDO E O RISCO À DEMOCRACIA

*Marcelo Eduardo Freitas

A imprensa de todo o Brasil noticiou declarações dadas por Eduardo Bolsonaro, em vídeo de 4 meses atrás, quando se afirmou que o STF poderia ser fechado, caso houvesse alguma tentativa de impugnação da candidatura do pai dele, o presidenciável Jair Bolsonaro.

A grande verdade, é que falas como essa já foram (mal)ditas aos quatro cantos de nosso país, sem maiores repercussões.

À guisa de exemplos, os petistas Wadih Damous (“tem que fechar o Supremo”), em vídeo gravado no mês de abril, logo após o STF negar Habeas Corpus preventivo ao ex-presidente Lula e reafirmar a permissão para executar a pena após condenação em segunda instância, além de José Dirceu (“deveria tirar todos os poderes do STF”), em entrevista concedida ao portal AZ, do Estado do Piauí.

Observa-se, deste modo, sem maiores esforços argumentativos, que a grande retumbância dada às palavras de Eduardo se deve ao fato de seu pai, Jair Bolsonaro, se encontrar à frente nas pesquisas para as eleições presidenciais que se avizinham (dia 28/10 - domingo).

Sobre o eventual risco à democracia, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, disse que as pessoas estão "exagerando" e "superdimensionando" a fala do deputado. Para ele, não há "nenhum risco" de o Brasil "ter a sua democracia arranhada".

"Nitidamente não vi nenhum interesse de ameaça. Estão exagerando na dimensão do que ele falou. Ele respondeu a uma pergunta: `Se o Supremo não deixar alguém legitimamente eleito...` Ele diz: `O Supremo, se fizer, terá que enfrentar...`. Nota que não teve nenhuma intenção. Com a devida vênia, eu acho que estão superdimensionando a declaração feita antes do primeiro turno. De modo algum [existe risco à democracia]. O Brasil não corre nenhum risco de ter a sua democracia arranhada. Nenhum risco, ao meu sentir. Pouco importa quem seja o presidente eleito".

As declarações do presidente do STJ, por si só, a nosso sentir, já seriam suficientes para acalmar os ânimos e estancar discursos de aproveitadores que, no jogo político, pouco se preocupam com a verdade.

Contudo, a verdadeira lição democrática, o genuíno senso de responsabilidade, o lídimo pedido de desculpas veio do pai do autor das falas, Jair Messias Bolsonaro, demonstrando ao Brasil, de forma absurdamente madura e coerente, o quanto está preparado para assumir a presidência de nossa república: “Isso ocorreu há quatro meses, eu não tinha conhecimento. Ele diz que respondeu a uma pergunta sem pé nem cabeça, até houve a palavra brincadeira no meio daquilo. Conversei com ele, ele reconheceu o seu erro, pediu desculpas. Eu também, em nome dele, peço desculpas ao Poder Judiciário. Não foi a intenção dele atacar quem quer que seja. E eu espero que, como todos nós podemos errar, que os nossos irmãos do Poder Judiciário deem por encerrada essa questão”.

Se pretendiam diminuir o pai em razão das palavras do filho, o tiro saiu pela culatra. Jair Bolsonaro se agigantou! Submeteu-se às urnas, à vontade do povo, afastando qualquer discurso sobre golpe. Esfaqueado covardemente, quase sucumbiu. Combateu o bom combate, pediu perdão e verdadeiramente se purificou para ser o próximo Presidente do Brasil! Que venham logo os dias de glória... Viva a democracia!

*Delegado de Polícia Federal. Deputado Federal eleito.

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Mensagem N°83629
De: Manoel Hygino Data: Terça 23/10/2018 07:01:38
Cidade: Belo Horizonte

Setenta Anos sem Melo Franco

Manoel Hygino

Nascido em Mariana, primeira vila, cidade, capital, bispado e arcebispado de Minas, além de outros títulos de primazia que tenha o imperial burgo, Danilo Carlos Gomes, da Academia Brasiliense de Letras e distinto confrade na Mineira de Letras, me indaga: “está vosmicê lembrado de que, em 29 de outubro, completam-se 70 anos da morte do legendário Virgílio de Melo Franco?”.]
O perguntante já acrescenta informações: “o ilustre mineiro, personagem de livro de Carolina Nabuco, foi dos bravos de 1930 e, depois, rompe com Getúlio, quando do Estado Novo e da Polaca de Chico Ciência, o Chico Campos”. Polaca é o apelido dado à Constituição outorgada à nação por Vargas, elaborada pelo genial Francisco Campos, outro mineiro, que fui conhecer no curral de sua fazenda Indostão, em Pompéu, já após a outra revolução (ou golpe, como queiram) de 1964.
O príncipe dos cronistas de agora, como ao Danilo classifica o excelente Edmilson Caminha (que é do Ceará, mas goza de prestígio nacional), ressalta que “os Melo Franco fizeram e fazem história. Aristocratas e, em geral, democratas”. E, assim é, podendo-se conferir por sua presença em fatos marcantes de nossa vida republicana, relatados pelos mais conceituados autores de diversas tendências. Sem a ilustre família, muito de nossa história não existiria e não chegaria ao Brasil de hoje, bom ou mau, pouco importa.
João Camilo de Oliveira Torres, historiador mineiro de Itabira, terra do Drummond, considerou Virgílio umas das três principais figuras formadas entre 1930 e 1945 neste país. Inteligente, culto e audaz, foi um dos articuladores da Revolução de 1930, depois trabalharia para a restauração da legalidade. Dotado de reais qualidades de líder, espírito aberto às novas influências do mundo, sinceramente apegado às crenças democráticas, não teve aproveitadas suas virtudes e méritos a serviço da nação.
Com Getúlio no Catete, esperava-se que Virgílio seria o sucessor de Olegário Maciel no governo de Minas, eis que a ele coube importantíssimo papel no processo que removeu Washington Luís da chefia nacional. Eis que, num passe de mágica, pouco compreendido até hoje, o gaúcho de São Borja indica Benedito Valadares, um hábil líder partidário que surgia. Parece que a escolha feriu Virgílio pelo resto da vida, o que se estenderia aos demais do clã. Quando um grupo de expressivas vozes decidiu enfrentar o Estado Novo, lá estava também Virgílio, o último a assinar o famoso Manifesto dos Mineiros, em outubro de 1943. O último, porque a ordem de assinaturas era alfabética e o seu nome começava com V.
Recolhido a seus pensamentos, encontrava-se Virgílio de Melo Franco em sua casa, no Rio de Janeiro, em 1948. Eis que à noite, entra em sua casa um ladrão, pronto a matá-lo e aperta o gatilho da arma que o prostra. Virgílio disparou seu revólver contra ele, que caiu ao solo. Dois cadáveres, Virgílio perdeu a vida com a arma na mão.
A gente que fazia política naquele tempo estava preparada para toda eventualidade. Para Carlos Lacerda, o Virgílio era uma mistura de idealismo, de esperteza e de astúcia, e faz muitas observações a seu respeito no livro “Depoimento”. Na primeira campanha do brigadeiro Eduardo Gomes à presidência da República, Virgílio era orador fixo nos comícios. O Melo Franco “botou” todo seu dinheiro na campanha, uma das campanhas mais pobres feitas no Brasil. E perdeu, é claro.

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Mensagem N°83628
De: Avay Miranda Data: Segunda 22/10/2018 10:07:31
Cidade: Brasília

Aniversário do Orbis

Avay Miranda

O dia 26 de setembro de 1957 ficou na história, porque, em Fortaleza-Ce, apareceu uma dessas ideias que pegam e permanecem na vida comunitária para sempre. Naquele dia o Rotariano, Jurista e Catedrático de Direito Comercial da Universidade Federal do Ceará, Fran Martins, contando com a participação dos jovens Artur Pedreira e Paulo Elpídio de Menezes Neto, fundou o Orbis Clube de Fortaleza, destinado a congregar jovens do sexo masculino.
Juntou-se a eles, Alexandre Tavares, atraindo outros companheiros, como Célio Morais, Régis Jucá, Pedro Henrique Saraiva Leão, Jorge Coelho e muitos outros. O 2º Orbis Clube foi o de Belém, fundado pelos três companheiros de Fortaleza, Alexandre, Artur e Paulo Elpídio, que contaram com a participação de Geraldo e Márcio Guimarães, Luiz Pingarilho, Vancrilio Gonçalves e Artur Melo. Vancrilio mudou-se para São Luiz e lá juntou com os jovens Paulo Abreu e Haroldo Rego para fundar o 3º Orbis Clube. O 4º clube foi o de Manaus, sob a liderança de Nelson Sapha Kizem, o 5º, em 1959, o de Recife, o de Montes Claros foi fundado em 1º de maio de 1960 e em 1961, foi fundado o Orbis Clube do Rio de Janeiro, contando com a participação de Joaquim Corrêa de Oliveira, Paulo Sérgio, Eduardo Mayr e Márcio Lenz César.
Se naquela época o Orbis foi fundado para ser apenas uma “escolinha” de Rotary Clube, com o passar dos anos, no entanto, a ideia pegou e vários clubes foram criados por diversas Unidades da Federação, chegando-se a ter mais de 80 clubes, espalhados por diversas regiões do país, tomando o movimento vida própria, com a criação de um órgão nacional, denominado inicialmente Orbis Internacional e depois Orbis do Brasil, que coordena as atividades dos diversos clubes.
Com efeito, constava no artigo 1º do estatuto que “o ORBIS CLUBE é uma sociedade civil destinada a congregar pessoas do sexo masculino ...”, o que impedia que mulheres fizessem parte integral do clube.
Para a época da fundação, a indicação estava correta porque o clube se destinava a jovens de 18 a 26 anos de idade. Depois foi retirada do estatuto a limitação de idade e os jovens se casaram, constituíram famílias, ficando suas esposas impedidas de participar das atividades do clube. A solução foi criar o Departamento Feminino de Orbis Clube, o DEFOC, que era uma dependência do clube para congregar as mulheres, especialmente as esposas dos orbianos.
Na fundação, foi adotado o lema “Dar de si antes de pensar em si.” Numa Reunião Plenária, que é o encontro anual dos clubes, onde os Orbianos e as Orbianas se reúnem para cultivar o salutar companheirismo e praticar a troca de experiências e ideias, o lema foi modificado para “Companheirismo no Mundo da Juventude” e depois, adotou-se um lema mais adequado de “Companheirismo e Trabalho”.
Após diversas tentativas, especialmente do Orbis Clube de Brasília, para a modificação do artigo 1º do estatuto, sem sucesso, finalmente, na Assembleia Geral Extraordinária, realizada em Barretos nos dias 6 e 7 de dezembro de 2003, os Clubes ali representados, sob a segura liderança do companheiro Calil Eduardo Said Calil, Presidente de Orbis do Brasil, proporcionaram um grande avanço ao movimento orbiano. Foi aprovada uma nova redação do artigo 1º do estatuto, que passou a constar que “o Orbis Clube é uma Associação sem finalidade lucrativa, destinada a congregar pessoas ...”
Desta forma, não há mais nenhuma restrição da participação da mulher nas atividades do Orbis, podendo ela ocupar qualquer cargo da direção do clube e mesmo a presidência de Orbis do Brasil, cujo cargo foi ocupado pela companheira Ana Gioconda, do Orbis Clube de Gramado.
Assim, com a perfeita integração da mulher às atividades do Orbis Clube, ficam muito mais fáceis a reativação dos clubes antigos e a criação de novos clubes, esse Clube de Serviço genuinamente brasileiro.
Com apenas dois anos e sete meses depois da fundação do 1º Orbis, em Fortaleza-CE, tive a honra de integrar uma plêiade de jovens da cidade mineira de Montes Claros, liderada pelo Rotariano Hildebrando Mendes e ali fundamos o Orbis Clube de Montes Claros, no dia 1º de maio de 1960, sendo um dos primeiros no Brasil.
Aquele clube era formado por jovens idealistas e vendo que Montes Claros, naquela época, estava passando por uma fase difícil na política, resolveu lançar uma campanha de esclarecimento político, com o fim de orientar o eleitor para escolher um bom prefeito, visando solucionar os problemas do Município, que produziu frutos, visto que o prefeito eleito, logo em seguida à campanha, era Rotariano e adotou as ideias esposadas pelo Orbis Clube, que incentivou o progresso da cidade, ao lado de outras memoráveis campanhas, como a de limpeza da cidade, a de apoio ao Orfanato, além de tantas outras, inclusive, uma de âmbito nacional que foi o combate ao inseto Barbeiro, transmissor da doença de chagas.
Por diversos motivos, especialmente as crises que se abateram sobre o nosso país, levando-se em consideração o momento político que o país atravessou nas décadas de 1960 e 1970, o número de clubes diminuiu sensivelmente, mas, houve a fundação de alguns Clubes, que estão sobrevivendo com dificuldade.
No dia 26 de setembro de 2018, o Orbis completou 61 anos de existência. É uma idade respeitável e mostra que foi uma boa iniciativa, porque se não o fosse, não perduraria por tanto tempo.
Louvo a Deus por estar vivo e continuar integrante do quadro do Orbis Clube. Ingressei em maio de 1960, em Montes Claros. Vindo para Brasília, aqui integro os quadros do Orbis Clube de Brasília, que, atualmente passa por dificuldades de sobrevivência. Dei a minha contribuição e experiência para o avanço do movimento, com a criação de novos clubes e atualização do Estatuto e o Regimento Interno de Orbis do Brasil, além de escrever muitas crônicas e redigir o Boletim Informação do OC/Brasília.
Seria bom que o Conselho Diretor de Orbis do Brasil reunisse fatos, documentos, fotografias históricas, atas, estatutos, especialmente a biografia e os pertences dos fundadores do Orbis e dos primeiros integrantes dos clubes pioneiros, na diretoria cultural, instalada no Orbis Clube de Guaíra-SP, para que as gerações futuras tomem conhecimento do esforço e do patriotismo desses abnegados companheiros, que sustentaram o movimento orbiano nestes sessenta anos, cuja existência está apenas começando, porque ele veio para ficar.


*Avay Miranda é fundador do Orbis Clube de Montes Claros, Magistrado aposentado, Advogado, integrante do Orbis Clube de Brasília.

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Mensagem N°83627
De: Ucho Ribeiro Data: Segunda 22/10/2018 08:39:25
Cidade: Montes Claros

CODINOME

Numa viagem de trem pra Montes Claros, nos idos de 50, um experiente representante boticário, há muito conhecido por Zé das Pílulas, alertava o seu novo e sisudo parceiro de propagandas farmacêuticas: - Colega, com o povo do sertão é bom você tomar cuidado. Difícil é um visitante sair dessa terrinha sem ganhar um apelido.

Fonseca, sistemático, já sabedor dos tremendos apelidos que lá existiam, tais como, Manoel Quatrocentos, Dô Meu Fã, Bem-Pau-Véi, Quinhento Pro Cadáver, Alalaô, ô, ô, ô, ô, ô, ô!, Mói de Ferro, Monzeca e mais centenas de outros, prometeu que não iria carregar alcunha alguma. Amuado, apostou com o parceiro que ficaria na cidade, faria as visitas aos médicos e retornaria a Belo horizonte com o seu nome, Antenor Fonseca, impecável.

Chegou calado no hotel São José, em frente à praça Coronel, não deu papo ao recepcionista, preencheu, em silêncio, a ficha de hóspede, pegou a chave e instalou-se num quarto no último andar.

Para não dar motivo a falatórios e manter a discrição, determinou que deixassem suas refeições à porta do quarto, a fim de evitar contato com algum metido a engraçadinho.

Metódico e curioso, a toda hora abria a janelinha do seu minúsculo quarto, punha a cabeça pra fora, espiava a praça, de um lado e de outro, via o movimento e fechava-a em seguida.

Passados os quatro dias de visitas programadas, satisfeito por não ter dado papo a desaforados e certo de que não carregaria nenhum apelido daquela poeirenta cidade, resolveu ir até a praça para engraxar os sapatos, pois, logo mais tarde, pegaria o trem de volta pra Belo Horizonte. Deu sua ultima espiadinha pela janela e desceu.

Ao sentar-se na cadeira, ouviu do engraxate, sorridente:

- Graxa e lustro, né, seu "Cuco"?

Já estava apelidado e mal sabia.

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Mensagem N°83626
De: Estado de Minas Data: Segunda 22/10/2018 07:23:40
Cidade: Belo Horizonte

Polícia prende mais dois envolvidos em latrocínio de pai de militares no Norte de Minas - Luiz Ribeiro - Foram presos em Araxá, no Alto Paranaíba, três suspeitos de participação no assassinato do aposentado Hélio Leandro da Silva, de 64 anos, em um condomínio rural próximo ao distrito de Nova Esperança, em Montes Claros, no Norte de Minas. A vítima, que é pai de dois militares, foi morta a pauladas durante um assalto na madrugada de 9 de outubro. Naquele mesmo dia foram presos outros dois homens e apreendido um adolescente de 17 anos que confessaram o latrocínio. Além de informarem que o crime foi premeditado, eles apontaram mais dois envolvidos, que desde então, passaram a ser procurados pelo Grupo de Proteção à Vida (GPV) da Companhia Independente de Policiamento Especializado, vinculada a 11ª Região da Polícia Militar de Montes Claros. Na tarde deste sábado, policiais militares de Araxá prenderam os suspeitos E. F. L, de 27 e E.L.P, de 22. Eles estavam escondidos em uma casa no Bairro São Francisco. Tentaram fugir pelos fundos da residência, mas foram cercados e detidos. Nos próximos dias deverão ser transferidos para Montes Claros. Conforme a Polícia Militar, o aposentado Hélio Leandro da Silva teria reagido ao assalto. Além de agredido a pauladas, foi amarrado pelos criminosos, assim como a mulher. Foram levadas duas caminhonetes S-10, além de três televisores e objetos pessoais da vítima. Um dos veículos roubados foi localizado em um matagal poucas horas depois do crime, perto da Vila Castelo Branco, que fica na saída de Montes Claros para Januária. De acordo com a PM, o crime de latrocínio – roubo seguido de morte – ocorreu por volta de 0h45 do dia 9 de outubro. A mulher do aposentado informou que o casal estava na sala da casa, no Condomínio Vale dos Ipês, quando os criminosos invadiram o local, situado às margens da BR-135 e distante cinco quilômetros do distrito de Nova Esperança. Ela disse que, ao perceber que os invasores estavam desarmados, Hélio reagiu e tentou lutar contra eles. Ainda conforme o relato dela, os homens agrediram o aposentado com pedaços de madeira. Na sequência, quando estava acordado, o aposentado teve o pescoço, mãos e pés amarrados. A mulher contou que ela também foi amarrada e trancada em um banheiro. Ela conseguiu se soltar e percebeu que o marido estava com respiração e pulsação fracas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e os socorristas tentaram reanimar o aposentado, mas ele morreu no local. Conforme a Polícia Militar, o latrocínio começou a ser planejado dois meses antes do crime, quando um dos envolvidos esteve no condomínio rural, ajudando o pai dele na montagem de um armário na casa da vítima Hélio Silva.

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Mensagem N°83625
De: Afonso Data: Domingo 21/10/2018 08:07:10
Cidade: Montes Claros

Parece que o horário da Internet está errado. Ela informa que agora é 9:01 h, no Iphone e notebook, no entanto, meu relógio de parede (que não tem nenhuma ligação com a Internet) indica 8:01, o mesmo horário informado por emissora de rádio. Há uma diferença de 1 hora. Alguém pode esclarecer?

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Mensagem N°83624
De: Alex Data: Domingo 21/10/2018 05:35:53
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Pelo segundo final semana seguido os relógios dos celulares foram adiantados INDEVIDAMENTE em uma hora, muita irresponsabilidade das operadoras em não fazer a programação correta, o pior. ficam impune!

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Mensagem N°83623
De: Avilmar Soares Pinheiro Data: Sábado 20/10/2018 17:03:13
Cidade: Francisco Sa  País: Brasil

Outra bela chuva, caiu aqui em Francisco Sa-MG, 20/10/2018, começando por volta das 15:40, choveu forte e até o momento chove mansamente 17:00hs, que nossas preces não foram em vão.......

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Mensagem N°83622
De: Copasa Data: Sexta 19/10/2018 16:29:52
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

A Copasa informa que o abastecimento em Montes Claros será interrompido neste domingo (21/10) devido às obras de interligações de redes. A previsão é que o fornecimento de água seja normalizado, de forma gradativa, no decorrer da noite do mesmo dia (21).

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Mensagem N°83621
De: Isaías Data: Sexta 19/10/2018 09:43:38
Cidade: M. Claros

Hoje, quando os ponteiros se encontrarem por volta do meio-dia, M. Claros tem o dever de relembrar e agradecer, comovidamente: faz um ano que partiu, ainda cantando num leito de hospital, o Padre Henrique. Henrique Munaiz.

Espanhol, chegou a Montes Claros logo depois dos 30 anos, e santamente dedicou sua vida às pessoas. Todas as pessoas, sem exceção, segundo o lema que adotou e cumpriu: se alguém bate à minha porta, é Cristo quem bate.

E devotou todos os dias a abrir a porta, e a socorrer. É considerado santo pelos que o conheceram, em especial pelas mães.

Faltando 3 anos para completar 90 anos, teve uma doença rápida, veloz, doença no sangue. Recolhido a contragosto ao hospital, iluminava sua agonia, o estertor, cantando, cantando, como também fez Francisco de Assis na Porciúncula, que ele nunca visitou. E cantando, partiu.

Seu sepultamento, no dia 21 de outubro, foi das cenas mais comoventes, com o povo chamando "santo, santo", e tocando nas suas mãos tudo que pudesse converter-se em objeto sagrado.

Nos jardins do Carmelo, onde repousam as relíquias do Padre, como também na Capela de Santiago Apóstolo, os testemunhos se multiplicaram, estrelas ascendentes.

M. Claros vai levar tempo para compreender a elevação encerrada naquela batina rota, e cambaios sapatos, sempre sorrindo e cantando.

Uma semana antes de ir, Padre Henrique, surpreendido por visita inexplicável, que parecia esperar, ouviu relato escrito que o comparava a Francisco de Assis. Educadamente, afastou a comparação. "É exagerado...".

Não sabia de sua doença, que se revelaria 3 horas depois.

A história será contada. E o tempo revelará que não houve exagero.

Padre Henrique, São Padre Henrique, é maior do que olhos e mentes puderam compreender. Ainda é cedo para isto. Embora os Evangelhos em oposição registrem - "Senhor, é tarde, fica conosco".

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Mensagem N°83620
De: O Tempo Data: Sexta 19/10/2018 07:27:21
Cidade: Belo Horizonte

Polícia Federal encontra laços do PCC com esfaqueador de Bolsonaro - Pouco mais de um mês após o atentado contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, a principal linha de investigação da Polícia Federal (PF) é que o PCC, maior facção criminosa do país, pode estar por trás de Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada no presidenciável. De acordo com pessoas próximas do inquérito 503/2018, que apura se Adélio foi ou está sendo ajudado, há indícios “fortíssimos” de que a organização criminosa esteja dando auxílio ao criminoso. Entre os indícios estão vínculos de amizades, as atividades dos advogados que atendem o réu, o histórico de personagens envolvidos e até mesmo o discurso adotado por Bolsonaro. Uma das principais suspeitas dos investigadores, comandados pelo delegado Rodrigo Morais, recai sobre Klayton Ramos de Souza. Membro do PCC, o “Veim”, como é chamado pela facção, é amigo de Adélio. Os dois se conheceram em Montes Claros, onde ambos nasceram e cresceram. Até este ano, ainda mantinham contato por meio de redes sociais. “Veim” tem passagens por homicídio e já cumpriu pena no Presídio Regional de Montes Claros. Em Minas, três unidades prisionais abrigam membros do PCC: a Nelson Hungria, em Contagem, o Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, e o de Montes Claros. Atualmente, Souza vive em Campinas (SP), cidade apontada como um dos centros de comando da facção. A investigação foi iniciada no começo deste mês. Antes, um outro inquérito foi aberto no dia do atentado. Nele, a PF chegou à conclusão de que Adélio agiu sozinho no momento do atentado, em Juiz de Fora – dezenas de imagens e denúncias enviadas por internautas foram analisadas, inclusive com a participação da inteligência do Exército no caso. Depois disso, uma nova apuração foi aberta pela equipe para verificar se há, de fato, uma organização atuando junto do criminoso. No dia do atentado, uma cena chamou a atenção dos investigadores. Quando Adélio chegou na delegacia após ser preso em flagrante pela facada, o advogado Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa já se encontrava na unidade. Inicialmente, o criminoso recusou ser atendido pelo jurista. Possa chegou a tentar convencer Adélio de que havia sido enviado pela mãe do autor da facada, mas Adélio riu: a parente faleceu em 2012. Depois, segundo testemunhas, os dois se reuniram em separado e, então, Possa passou a atuar como defensor no caso. A atuação dos quatro defensores de Adélio também intriga. “É uma banca de advogados muito cara e que tem feito uma defesa exemplar de Adélio. Até psiquiatra eles estão bancando”, conta um interlocutor ligado à apuração. Na semana retrasada, os quatro foram intimados pela investigação, mas nenhum compareceu. Além de Possa, participam da defesa Zanone Manuel de Oliveira Júnior, Marcelo Manoel da Costa e Fernando Costa Oliveira Magalhães. O histórico de clientes de Magalhães, aliás, é curioso e é citado na investigação. Ele defendeu, nos últimos anos, pelo menos três membros do PCC que foram condenados em Minas: Anderson Francisco Ferreira Pereira, André Luiz Pereira, conhecido como “Dezinho”, e José Geraldo Soares dos Santos Júnior, o “Vá”. O principal defensor de Adélio é Zanone Manuel de Oliveira Júnior, conhecido por atuar em casos de repercussão. Ele defendeu, por exemplo, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, amigo do goleiro Bruno e condenado por matar Eliza Samudio. Segundo dados da Receita Federal, o advogado é dono de duas empresas que estão na mira da investigação: um hotel e uma locadora de veículos em Contagem. Não há indícios de crimes nos estabelecimentos, mas esse tipo de comércio, segundo especialistas, aparece com frequência em casos de lavagem de dinheiro.
Defensores negam elo com o grupo
O advogado Fernando Magalhães disse que as suspeitas são absurdas. “Os três clientes citados nem sequer sabem da existência um do outro. Nenhum deles conhece o Adélio, além de negarem ser integrantes de qualquer facção”, declarou. Magalhães negou ser advogado do PCC e afirmou que “eventualmente” pega “clientes ditos de facção”. Já Zanone Júnior negou irregularidades em suas empresas. “Vão revirar minha vida de cabeça pra baixo, porque estou advogando pra ele (Adélio)”. Zanone afirmou também que o não comparecimento dos advogados na PF foi por ordem da OAB. “A intimação era para saber quem estava pagando a gente. A OAB não deixou a gente ir, porque é um código de ética, a OAB ameaçou abrir um processo ético-disciplinar caso a gente revelasse alguma coisa”, explicou. A reportagem não conseguiu contato com Pedro Possa.

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Mensagem N°83619
De: Manoel Hygino Data: Quinta 18/10/2018 07:36:04
Cidade: Belo Horizonte

O imperador sem estátua

Manoel Hygino

Jornalista, advogado e escritor, a quem se devem importantes colaborações que valorizam os intelectuais deste país, lançou recentemente Rogério Faria Torres, da Academia Mineira de Letras, mais um trabalho precioso. É “Contribuições para a História do IHGB”, contendo entrevistas concedidas a ele por sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a Casa da Memória Nacional, como o historiador Pedro Calmon a denominou.
São praticamente 700 páginas com depoimentos de significativo valor para quem se interessa profundamente sobre fatos e personagens do Brasil. A primeira entrevista é do professor Affonso Celso Vilela de Carvalho, arquivado em vídeo existente na biblioteca do IHGB, no Rio de Janeiro.
Ele conta sua vida desde criança e uma passagem por colégio interno em Varginha, onde assistia, diariamente, à missa das 6h, com todos os alunos obrigados a acompanhar a cerimônia em latim. Fez curso de história na hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), graças ao que se tornou professor federal na Marinha, dando aulas de estratégia e tática no combate no mar. No Museu Histórico Nacional fez a faculdade mais importante de sua vida, como confessa.
Aconteceram fatos que muito o impressionaram. Ficou sabendo que o general Polidoro da Fonseca Quintanilha Jordão, Visconde de Santa Tereza, terminada a Guerra do Paraguai, assumiu a direção da Escola Militar, na Praia Vermelha. Teve, então, a iniciativa de fundar um curso primário para garotos do país vizinho, prisioneiros de guerra. Eram 160 jovens, de 12 a 18 anos, tudo sob a melhor organização e disciplina.
Na formatura esteve presente Dom Pedro II e eles se apresentavam fardadinhos e a cada um deu uma medalha. Terminado o conflito, quase todos voltaram à pátria, com exceção de um que preferiu permanecer no Brasil, constituiu família em Itu e por lá ficou. Affonso Celso considera que o episódio serviu para demonstrar como o Brasil tratou seus prisioneiros de guerra.
Outro registro envolve o imperador. Em 1865, “Dom Pedro II pediu ao governo licença para acompanhar as tropas que iriam sair do Rio de Janeiro para socorrer o Rio Grande do Sul, cujo sudoeste tinha sido ocupado por forças do Paraguai e haviam ocupado a região de Corrientes, no norte da Argentina”. O governo negou, justificando o perigo da travessia de Porto Alegre ao Uruguai. Ele respondeu: “Os senhores poderão proibir-me de ir como imperador do Brasil, mas não poderão proibir-me de renunciar ao trono e marchar como voluntário da pátria”.
Não sobrou alternativa. Pedro II partiu para o campo de luta, acompanhado pelo Conde D’Eu e pelo Duque de Saxe, marido da segunda filha da Dona Leopoldina. Fez questão de apresentar-se fardado na condição de coronel de voluntários, com um emblema no braço escrito “Voluntário da Pátria”. No Museu Histórico Nacional – o que há pouco pegou fogo – existia uma capa que Pedro II usou em Uruguaiana e com a qual cobrira o corpo de um soldado ferido, que estava na chuva esperando atendimento em hospital.
Aconteceu, então, outro momento inesquecível. Durante o conflito, germinou a ideia de construir-se um monumento ao imperador Pedro II, usando fardamento de voluntário. Fez-se uma subscrição pública, mas o imperador não permitiu a homenagem. Disse: “O Brasil, no momento, não está precisando de estátua, mas de escolas públicas”. Foi o que se fez: construíram-se três escolas, uma das quais ainda existente ao largo do Machado (RJ) e outra no Colégio Pedro II, São Cristóvão, que permanecem. Uma terceira foi demolida. Pelo que se vê, há muito a saber e aprender nas Contribuições ora publicadas.

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Mensagem N°83618
De: Afonso Data: Quarta 17/10/2018 08:27:52
Cidade: Montes Claros

"17/10/1956 - Inicia-se o nôvo calçamento pelo sistema de lajotas blockret, em Montes Claros. A pavimentação começará nas ruas que contornam o Mercado Municipal, praças Dr. Chaves, Cel. Ribeiro e rua Justino Câmara. Ao ato estiveram presentes o Prefeito Municipal em exercício, o Presidente da Comissão do Centenário da Cidade, dr. Hermes de Paula, vereadores, o gerente da Pavimentação Blockret, comerciantes e grande massa popular. Foi convidado Manoel do Ò, o montesclarense mais idoso da cidade, para assentar a primeira lajota. O assentamento das latotas teve início na rua Ruy Barbosa."
Eu tinha 7 anos e fui testemunha da implantação do calçamento com as lajotas blockret na Rua Dr. Veloso, que era de terra e na seca havia muita poeira e, quando chovia, lama. Foi uma ótima sensação de progresso e melhor qualidade de vida, com o blockret. Ficou bem registrado na memória e já se foram 62 anos.

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Mensagem N°83617
De: Estado de Minas Data: Quarta 17/10/2018 07:11:47
Cidade: Belo Horizonte

Raio atinge avião com destino a BH e piloto faz pouso não programado de “emergência” - Luiz Ribeiro - 16/10/2018 16:42 - Um avião da Azul, que saiu de Vitória da Conquista (sudoeste da Bahia, distante 520 quilômetros de Salvador), com destino ao Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira, foi atingido por um raio, o que obrigou o piloto a fazer um pouso em Montes Claros (Norte de Minas). Apesar do susto, não houve maiores consequências. Por outro lado, os passageiros tiveram de seguir a viagem por terra de Montes Claros a Capital (420 quilômetros). O avião (voo AD5733) decolou da cidade baiana às 7h40, com cerca de 70 passageiros a bordo. A previsão era da chegada ao Aeroporto de Confins às 9h25. Em entrevista à TV Sudoeste (de Vitória da Conquista, uma passageira disse que, cerca de 30 a 40 minutos após a decolagem, a aeronave foi atingida por um raio. Segundo ela, chovia muito na hora e os passageiros perceberam um forte barulho e faíscas pelas janelas do avião. Revelou ainda que o piloto "avisou que tinha sido um raio” e alguns passageiros ficaram muito assustados e “até passaram mal". Alguns passageiros postaram sobre o incidente em suas redes sociais. Em nota à imprensa, a Azul informa que, “por problemas técnicos”, o piloto do avião que partiu de Vitória da Conquista com destino a Belo Horizonte “alternou” a rota e desceu em Montes Claros. A empresa sustenta que “não houve declaração de emergência e o pouso ocorreu normalmente”. A companhia informou ainda que reacomodou os passageiros “por via terrestre” (em ônibus) até Belo Horizonte e que “está prestando toda a assistência”, conforme prevê resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além disso, “a Azul reforça que medidas como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações”, diz a nota.

***

O Tempo - Avião é atingido por raio e faz pouso não programado em Montes Claros - 16/10/18 - 17h13 – Natália Oliveira - Um avião da Azul que saiu de Vitória da Conquista, na Bahia, com destino a Belo Horizonte foi atingido por um raio e precisou pousar em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais na manhã desta terça-feira (16). O problema aconteceu 40 minutos após o avião (voo AD5733) decolar com cerca de 70 passageiros, por volta de 7h40. A aterrissagem em Belo Horizonte estava prevista para às 9h25, mas, por causa dos problemas o pouso foi alternado para Montes Claros. Os passageiros tiveram que pegar o voo de Montes Claros para a capital mineira. Uma passageira relatou o momento de desespero no avião. "Nosso avião foi atingido por um raio , fogo, gritaria e desespero, mas já pousamos em Montes Claros vamos aguardar para ir para BH. Altas emoções", contou a mulher pelo instagram. Por meio de nota a azul informou que o pouso foi necessário: A Azul esclarece que, por problemas técnicos, o voo AD5733, que partiu de Vitória da Conquista para Belo Horizonte, alternou para o aeroporto de Montes Claros. Não houve declaração de emergência e o pouso ocorreu normalmente. A companhia informa ainda que reacomodou seus Clientes por via terrestre até BH e que está prestando toda a assistência, conforme prevê a resolução 400 da Anac. A Azul reforça que medidas como essa são necessárias para garantir a segurança de suas operações.

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Mensagem N°83616
De: Manoel Hygino Data: Quarta 17/10/2018 07:14:30
Cidade: Belo Horizonte

O Museu e a história

Manoel Hygino

Emanuel Medeiros Vieira não é adepto do silêncio ao longo da vida. Poeta e prosador, defende a premissa de que “a palavra foi feita para ouvir”, aliás título de artigo assinado por Luiz Paulo Pieri, inserido na edição setembro–outubro de 2017, do Jornal da ANE (Associação Nacional dos Escritores).
Por força de sua posição diante dos acontecimentos, foi vigiado, preso e torturado pelo regime militar. Perambulou por aí e, agora, estacionou em Brasília, mais uma vez, onde curte as dores e o sangue do câncer. Mas não se intimida, nem para.
Pieri define: “Emanuel mostra, descaradamente, com audácia e sem rodeios, o triste destino das pessoas humildes, pobres e achincalhadas pelo sistema desumano que tomou conta do Brasil. Encarna em sua literatura a revolta contra os opressores, os tiranos e os deslumbrados do poder”.
Transcorrido um ano, já setembro de 2018, ele me manda um texto contra “o criminoso e obsceno descaso e desinteresse em relação a nossa memória histórica”. O escritor de Santa Catarina se indigna pela inexplicável e imperdoável destruição do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, honra e glória dos brasileiros.
Um novo protesto e entre tantos que ecoaram pelos mais de 8 milhões de quilômetros quadrados de território brasileiro: “as cinzas se tornam parte da paisagem, assim como a pobreza, a sujeira, a violência. Aprendemos a desviar dos miseráveis, a ignorar a podridão das praias, a aceitar chacinas.
Quem vai se importar com um museu quando o fogo da indignação apagar? Espero estar errada”, registrou Mariliz Pereira Jorge. “Um povo sem memória é um povo sem história. E um povo sem história está fadado a cometer, no presente e no futuro, os mesmos erros do passado”, proclamava Emília Viotti da Costa.
O New York Times publicou: “brasileiros choram a perda de um museu e o declínio de uma nação”. Wall Street Journal: “Tesouros do continente em jogo no incêndio de museu do Brasil”. Observou Elio Gaspari, “quem viu as primeiras reações dos hierarcas da burocracia cultural diante da tragédia da Quinta da Boa Vista teve o sofrimento adicional de ser tratado como cretino; incêndio foi um acidente previsível, mas ainda assim foi um acidente. A estupidificação oferecida pelos hiercarcas foi empulhação deliberada”(…). Transferir a responsabilidade para a choldra que paga impostos é pura empulhação”.
Foi a crônica de uma morte anunciada: gambiarras, infiltrações, fios expostos etc.
Para nossos governantes, cultura é artigo de segunda necessidade: algo descartável. O que vale são obras “vistosas”: estádios – hoje às moscas – para a Copa do Mundo. E o Legado Olímpico? Preferem oferecer muito dinheiro para cantores (“Lei Rouanet”, via incentivos), que já são muito ricos o suficiente e não precisam desses recursos, pois já garantem o lucro na bilheteria dos seus shows.
Pagamos o preço do desleixo pela cultura, pela memória nacional. E tudo isso é irreparável.
A verdade é que temos um país sem presente e sem futuro. Agora: sem passado.
Um dia será diferente?

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Mensagem N°83615
De: Avilmar Soares Pinheiro Data: Terça 16/10/2018 08:03:35
Cidade: Francisco Sa  País: Brasil

Chuva forte na madrugada de hoje 16/10/2018, na cidade de Francisco Sa, chuva começou exatos 1:20 da madrugada, com muito raios e trovões e durou mais de uma hora, nossas preces foram ouvidas.

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Mensagem N°83614
De: Manoel Hygino Data: Terça 16/10/2018 07:52:54
Cidade: Belo Horizonte

No meio do caminho

Manoel Hygino

No meio do caminho havia mais que a pedra vista por Drummond. Descobriu-se, em meio a sucessivas buscas inclusive com drones, que também existia, à margem de uma rodovia que percorre o Triângulo Mineiro, uma criança de 6 anos, exposta à chuva, após os pais e o irmão de 8 terem perdido a vida em um acidente.
No meio do caminho estava a criança, angustiada e desorientada, no sumiço que preocupava familiares distantes e as autoridades. À altura de Araguari, na proximidade do dia da padroeira do Brasil e do dia da criança, a desamparada criatura sofria a angústia da solidão e o incômodo das intempéries. O poeta de Itabira, há tempo falecido, não vislumbrou uma criança no meio do caminho, como tantos outros meninos e meninas do Brasil, padecendo em dor e penúria.
Nascida em Belo Horizonte, romancista, poeta e ensaísta, da Academia Mineira de Letras, a professora Associé à la Sorbonne, Maria José de Queiroz, em homenagem a Drummond, escreveu um poema em que diz: “todos os caminhos do mundo se abriram em veredas, veredas do sertão mineiro, severo, agreste. Todos os mares se fizeram montanhas, montanhas de Minas, graves, austeras”.
Pois a escritora percorreu países, mudou constelações de vário brilho e diferente estrela, mas, “no fim de cada estrada, Minas me espera, de alcateia, na esquina de mim mesma”. “Minas me diz presente”: em todas as estradas (e o estado forma a maior rede rodoviária nacional, não tão bem cuidado como merece) há pedras e meninos, com a que viu o itabirano ilustre e o menino que muitos veículos no Triângulo Mineiro não divisaram.
E todos eles merecem atenção, cuidado, carinho. Eles são o futuro do Brasil, não podem ficar ao relento e ao abandono; exigem amparo e proteção para que não sigam o perigoso atalho destes dias, que o levam ao crime e à morte.
O notável cronista que foi menino no Espírito Santo, e para Minas veio a fim de formar-se em profissão, fez um apelo a que, a cada ensejo, volto. Ele se dirige a Cosme e Damião, rogando-lhes que preserve os meninos ricos, que podem ficar doentes e tristes, ouvir e ver coisas ruins: os filhos dos casais separados e sofrem, e os que, juntos, se dizem coisas amargas que as crianças veem, ouvem, sentem; os filhos dos bêbados e estúpidos e de mães histéricas ou ruins; e os órfãos, os filhos sem pai e rejeitados.
Mas, na estrada da vida, merecem ser lembrados e protegidos, tanto os meninos que estudam quanto os de rua, que só sabem pedir esmola, furtar e agredir. Nem se fala aos abrigados em asilos e orfanatos, que igualmente precisam de apoio e orientação.
E, há os dos morros pobres e dos mocambos, os vulneráveis meninos da cidade, assim como os barrigudinhos da roça, de canelinhas finas e cabelinhos sujos. Enfim, diz o antigo menino capixaba: “afastai, Cosme e Damião, de todo perigo e de toda maldade os meninos do Brasil, os louros e os escurinhos, todos os milhões de meninos deste grande e pobre e abandonado meninão triste que é o nosso Brasil”.
Dia da criança e da Senhora Aparecida são rentes e há pequerruchos como a que perdeu os pais e o irmãozinho em pleno caminho do interior de Minas. Não é apenas pedra.

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Mensagem N°83613
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Segunda 15/10/2018 17:53:22
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

O MESTRE GEORGINO JÚNIOR

“Meus olhos cegos de poeira e dor,
Tudo é previsto pelos livros santos,
Que só não falam que o sonho acabou”.


A benção, Mestre! Mestre no conhecimento, na inteligência, na lhaneza, na generosidade, na arte, na poesia. Mestre de todos os montes-clarenses.
Nós te reverenciamos por tudo que representaste em nossa vida e na vida cultural de Montes Claros, cidade que tanto amaste.
Não há como expressar a nossa dor e a saudade! Tua cidade amanheceu triste e nublada, mas, com certeza, por trás das nuvens, paira a luz que de ti emana. Porque a verdade é que não foi agora que te tornaste estrela, sempre o foste.
Bem mais velha, pude acompanhar toda tua jornada. Eras ainda criança, quando comecei a escrever no recém-fundado “Diário de Montes Claros”. Logo, porém, já lia tuas belas crônicas no outro jornal, onde, mais tarde, seríamos colegas.
Nossas famílias sempre foram amigas. Teu pai foi colega do meu na Academia Militar e, ao chegarmos a Montes Claros, uma das nossas primeiras obrigações foi visitar tua casa, onde não pude distinguir-te no meio da grande meninada. Afinal de contas, eu tinha dezesseis anos e tu não mais do que uns oito.
Mas, logo, logo, começaste a brilhar nas artes, na poesia, no jornalismo. Como não conhecer e respeitar o filho do Comandante, que já se destacava extraordinariamente na Cultura?
Graças a Deus, a minha admiração não ficou apenas de longe. Tive a graça de conhecer-te de perto e tornar-me tua amiga. Sei bem que a admiração era mútua, E, muitas afinidades nos aproximavam.
Sei o quanto gostavas da solidão e de tua toca. No entanto, tu te obrigaste a sair dela quando foi para colocar-me na Presidência da Academia Montes-clarense de Letras, gesto que jamais vou esquecer.
Pelo Facebook, nos falávamos todos os dias. Sem tua verve, porém, o face e toda a cidade se tornaram de uma pobreza enorme. E teu fino humor?
Ah, Júnior, como vamos viver sem tua presença? Bem sei que tudo que fizeste é uma herança eterna. Entretanto, onde fica teu humor matinal? Talvez aí, no plano em que te encontras, provavelmente junto a muitos de teus colegas e entes queridos... Mas, e nós?
Ah, preciso contar-te o que talvez não viste: teu velório, apesar da dor, foi uma linda festa. Com lágrimas nos olhos, todos cantávamos as belíssimas músicas que fizeste junto com teu irmão, Tino Gomes, o aniversariante do dia.
Muitos se perguntavam: “Como Júnior fez isso? Partir no dia do aniversário de seu grande amigo e parceiro?” Mas, eu compreendo. A tua partida foi talvez o maior presente que poderias dar a ele. Ela dizia: “Meu irmão, a morte não existe. Não vês como continuo tão vivo dentro de ti? Vim na frente para esperar-te quando estiveres pronto para continuar a Jornada.”
Não há como as gerações futuras te esquecerem. Todas as vezes que alguém cantar o hino não-oficial de Montes Claros, haverão de se lembrar de ti.
Hoje comemoramos o dia do Professor, esse artífice de almas. Parabéns, Mestre! Tu não foste apenas professor de teus alunos da UFMG. Foste professor de toda uma cidade. Somente um imenso amor pode ser a recompensa por tanto. E, estou certa, tens o amor de toda a nossa querida comunidade, essa cidade que não foi nosso berço, mas que tão bem nos acolheu.
Obrigada, meu amigo, obrigada por tudo! Perdoa-me se minhas palavras não estão à altura de ti. É que foste um monstro sagrado e eu sou apenas uma pobre escrevinhadora.

* Maria Luiza Silveira Teles (membro da Academia Montes-clarense de Letras)

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Mensagem N°83612
De: Manoel Hygino Data: Domingo 14/10/2018 15:29:28
Cidade: BH

Minas em duas Guerras

Manoel Hygino

Acaba de ser publicado o volume “I Guerra Mundial – II Guerra Mundial – Aspectos”, de autoria de João José do Nascimento”. Não é um cidadão qualquer discorrendo sobre determinado tema. Os dois maiores conflitos armados do século passado são algo que interessa muito ao Brasil e a Minas Gerais.
Destacaria lembrar, por exemplo, que Minas Gerais enviou uma equipe de grandes médicos ao palco dos combates na Europa, na primeira grande guerra, quando o presidente da República era o pacato pescador do Rio Sapucaí, Wenceslau Brás, que tanto honra nossas melhores tradições políticas. Mas, na II Grande Guerra, os mineiros tiveram participação efetiva, mesmo heróica, tanto que a alguns conterrâneos se presta homenagem presentemente com nomes nas vidas públicas por todo o território. Morreram em combate, fazendo jus ao reconhecimento.
João José do Nascimento resgatou, em seu livro, registros preciosos das duas maiores guerras da história do mundo. Oficial de escalão superior da PM estadual, ex-diretor do Hospital da Polícia Militar, professor, comandante de batalhões, sempre se interessou pelo assunto e a ele se dedicou especificamente, fazendo exaustivas pesquisas. Ao longo da carreira, colheu dados e informações que contribuem para aprofundar em tema jamais concluso.
Ozório Couto, um dos editores, e Aluísio Alberto da Cruz Quintão, presidente da IHG de Minas Gerais e desembargador, observam que o autor revela-se com sua obra.
Pelo que aqui se observa, pode-se ter uma ideia das razões pelas quais um oficial da Polícia Militar quis escrever sobre a primeira e a segunda grandes guerras. Minas Gerais teve participação importante em ambas, embora tão distante dos continentes diretamente envolvidos nas refregas. Enfim, os dois conflitos se tornaram mundiais, e não poucos, inclusive os brasileiros, de algum modo, sofreram com ambos.
Soldados daqui partiram – e também sacerdotes – para o apelidado “teatro” da guerra e, com saudade, famílias lembram até hoje episódios marcantes de suas vidas. Daqui saíram combatentes da Força Expedicionária Brasileira, da Central do Brasil, levados à estação por multidões que já reverenciaram os que participariam de batalhas memoráveis como as de Monte Casino e de Monte Castelo.
Na II Grande Guerra, os mineiros estavam atentos desde que Hitler, em 16 de março de 1939, avançara com suas tropas até Praga, capital da Tchecoslováquia, engolindo um país inteiro. Foi quando o ditador alemão, ao lado de Himmler e do general Heydrich, começou a estudar o problema dos judeus, e de seu extermínio. O Brasil só entrou oficialmente na II Grande Guerra em 1942, mas começou a sofrer seus efeitos muito antes, como se depreende.
Para seu trabalho, o autor se muniu de fotos dos principais líderes mundiais envolvidos no esforço bélico, bem como momentos cruciais das batalhas e de seus respectivos locais. Há de se convir com Nascimento, citando o general Shermann, na Guerra da Secessão: “somente aqueles que nunca deram um tiro, nem ouviram os gritos e os gemidos dos feridos, é que clamam por sangue, vingança e mais desolação”.

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Mensagem N°83611
De: Afonso Cláudio de Souza Guimarães Data: Sexta 12/10/2018 19:44:51
Cidade: Montes Claros/MG

Inicialmente, quero manifestar total solidariedade ao Sr. Jaime Porto Pinto, autor da mensagem 83609, de 11/10/2018. Pensei que havíamos ficado livres desse teco-teco que faz propaganda de circo instalado em shopping de Montes Claros. Há alguns meses, várias pessoas reclamaram desse avião, inclusive eu, mas ele estava fora da cidade e agora volta a incomodar e muito. Importante relembrar também que o Aeroporto de Montes Claros fica bem distante dos bairros mais centrais e mais habitados da cidade, onde o avião sobrevoa, fazendo piruetas, o que pode comprometer a segurança dos habitantes em caso de algum pouso de emergência.
Gostaria também de abordar outro problema muito desagradável, relativo à iluminação pública na Rua Acácia de Paula, entre as ruas Cassimiro de Abreu e Iraci de Oliveira Novais, no bairro Cândida Câmara.
Tem uma empreiteira de telecomunicações, que presta serviço à Oi, que executa seu trabalho, instalando cabos e equipamentos tendo como suporte os postes da rede de distribuição da CEMIG, mas, no fim do dia, deixa a lâmpada do poste apagada e aí tenho que solicitar apoio ao Serviço de Iluminação Pública da Prefeitura, que atende com bastante presteza e qualidade, restabelecendo a iluminação, a meu pedido, como em 10/10/2018, às 18h50m. No entanto, ontem, 11/10/2018, a lâmpada ficou apagada a noite toda, o que, inclusive, incentivou vândalos a quebrá-la. Foi substituida, mas continua apagada hoje, 12/10/2018, 19h20m, e assim ficará durante mais uma noite. Esta situação coloca em risco a segurança dos moradores e dos transeuntes, já que a escuridão é total e até já pedi, mais uma vez, as providências do Serviço de Iluminação Pública, mas, devido o feriadão, talvez só a partir de 15/10/2018 a iluminação será restabelecida. Isto deve estar ocorrendo em vários outros locais da cidade, como fui informado, devido à desorganização das empreiteiras, como a que citei. Pagamos os impostos em dia e temos o direito de reivindicar serviços públicos de qualidade.

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Mensagem N°83610
De: Luciano Data: Domingo 14/10/2018 09:59:04
Cidade: S. Paulo

Extensa matéria hoje na Folha de S. Paulo com o título: "Associada ao açaí, doença de Chagas avança e dobra em sete anos no país".

O assunto é preocupante, especialmente para o Norte de Minas, uma região endêmica para a doença, e onde o o Dr. Chagas descobriu, em 1909, a origem da doença, exatamente no vizinho município de Lassance, a 241 km de M. Claros.

A comprida matéria não desfaz completamente os temores de contaminação pelo consumo da fruta e seus derivados. Diz:

“O bicho” a que Maria (uma pessoa contaminada) se refere é o parasita Trypanosoma cruzi, presente nas fezes do barbeiro, e causador da doença. A transmissão clássica, a vetorial, ocorre pela picada do inseto. A partir dos anos de 1970, o controle do vetor reduziu esse tipo de transmissão no país. Atualmente, predomina a via oral, em que a infecção ocorre por meio de alimentos contaminados com as fezes do barbeiro ou com partes do inseto triturado".

A matéria não é suficientemente clara para desfazer o temor de que o consumo do açaí, em qualquer de suas formas, possa transmitir a doença. Apenas a notícia diz, numa de suas dobras, que "a diretora do Instituto de Medicina Tropical da USP, Ester Sabino, afirma, no entanto, que não há um risco de epidemia nacional, porque o consumo do açaí fresco é restrito ao Norte. Os números nunca vão ser tão altos quanto foram na forma vetorial clássica.”

Parece que o risco está no consumo "do açaí fresco", típico para os moradores do Norte do
Brasil. Contudo, é importante, diante do alerta difundido, que as autoridades de todo o País venham a público dizer se o alto consumo de açaí por toda a parte traz efetivo risco de contaminação pela temida Doença de Chagas. É uma preocupação que precisa ser rapidamente desfeita. Até para não afetar indevidamente a extensa, dedicada e eficiente rede nacional dos produtos açaí.

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Mensagem N°83609
De: Jaime Porto Pinto Data: Quinta 11/10/2018 20:21:58
Cidade: Montes Claros

Um pedido e alerta para que a Secretaria do Meio Ambiente ou outra entidade que fiscalize a poluição sonora em nossa Montes Claros; moro entre os bairros Edgar Pereira e Nossa Senhora Aparecida e temos sofrido diariamente e várias vezes ao dia com o barulho ensurdecedor de um pequeno avião que faz propaganda de um circo instalado em um shopping da cidade. Tenho na minha vizinhança diversas crianças recém nascidos e idosos acamados que têm sofrido com o barulho absurdamente alto e constante. Com a palavra as autoridades.

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Mensagem N°83608
De: Manoel Hygino Data: Quinta 11/10/2018 07:17:00
Cidade: Belo Horizonte

O plano de Maduro

Manoel Hygino

Diante da penúria transformada em tragédia na Venezuela, o presidente bonzinho dos Estados Unidos convocou todos os países reunidos na ONU, na última semana de setembro, a reivindicarem a “reestruturação da democracia” no país sul-americano. Enquanto Trump discursava na sede da organização, o Departamento do Tesouro de Tio Sam anunciava novas sanções contra pessoas próximas ao presidente Nicolás Maduro.
A história da Venezuela é triste em termos de democracia. Ostenta o título de única nação do hemisfério a passar um século inteiro em regime de exceção, e sabemos o que significa.
Não se trata de fatos de séculos passados. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, deu continuidade à aplicação de métodos ditatoriais: fechou emissoras de rádio e televisão, concentrou verbas publicitárias nos veículos que o apoiavam. Insistiu em “demonstrar progressivamente o conceito de propriedade particular e garantir a socialização dos meios de produção”. Estatizou o setor elétrico, de telecomunicações, a indústria do cimento e prestadores de serviços no setor petrolífero. Assumiu o controle das siderúrgicas, da petroquímica e, até, da área alimentícia.
Começou um dos períodos mais difíceis da história do seu povo. Recomendou que o cidadão usasse lanterna para ir ao banheiro à noite, para evitar acender lâmpadas e consumir energia. Depois, com seu sucessor, a situação se tornou pior, sem que se reclamasse. Em compensação, mandou exumar os restos mortais de Bolívar, para provar que ele fora envenenado, e não vítima de tuberculose, como oficialmente registrado.
Com câncer, Chávez foi direto para Cuba tratar-se, acontecendo o que se sabe. Assumiu a presidência Nicolás Maduro, que parece destinado a permitir o preconizado por Simón Bolívar, o Libertador: “Este país cairá, inefavelmente, nas mãos da multidão desenfreada, para depois passar ao controle de tiranetes de todas as raças”.
Maduro se sentiu predestinado a governar sua pátria, inclusive porque recebia – não sei se ainda recebe – orientações preciosas de Chávez através de um passarinho palrador. Ex-motorista de coletivos em Caracas, o novo presidente parece interessado em cumprir o vaticínio de Bolívar.
Teve o desplante de, na recente Assembleia da ONU, assegurar que sua participação “foi uma vitória total”. Esqueceu-se de que a rica Venezuela tem mais de dois milhões de cidadãos, fugindo de perseguições, do pauperismo generalizado, da fome. Em sua conta no Twitter, Maduro declarou, enfaticamente: “A verdade da Venezuela foi ouvida. Vitória na ONU, Vitória total”.
O presidente chileno, Sebastián Piñera, não coaduna da opinião: “A Venezuela é um país que está vivendo uma tremenda crise política, econômica, social e humanitária”. O Chile está disposto a “ajudar o povo venezuelano a recuperar a sua liberdade, a sua democracia, o respeito aos direitos humanos e a tirar a Venezuela dessa crise humanitária”. Não disse quando, nem como.
A resposta está com Maduro: este anunciou que vai solicitar meio bilhão de dólares às Nações Unidas para trazer de volta os venezuelanos que deixaram o país. Com o dinheiro, fretará frotas de aviões. A solução foi proposta em discurso no Palácio Miraflores, ao lançar o programa “Volta para a Pátria”. Nas atuais circunstâncias, ninguém voltará.

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Mensagem N°83607
De: Petrônio Braz Data: Terça 9/10/2018 22:34:03
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Ilusão

Petrônio Braz

As maiores venturas deste mundo são como as nuvens que passam informes e não se fixam em ponto algum; apenas criam sombras passageiras que amainam as vicissi¬tudes da vida. Por sobre as nuvens, o espaço infinito, ilimitado, que sufoca o homem em sua insignificante pequenez.
Há momentos que sentimos que o sopro da vida se esvai na indefinição de um sentido. Em um desses momentos, comecei a caminhar sozinho pelas ruas, em Montes Claros, sem ver ninguém. No meu indefinido panteísmo, buscava uma liberdade individual, uma muda serenidade estoica, sentindo-me isolado no espantoso universo de pessoas ao meu redor.
Em situações de depressão psicológica, em todos os países, em todos os povos, em todos os tempos, em todas as crenças, o ser humano pode ser levado, por um ato irracional voluntário, a adiantar o inevitável. O que teria levado Hermingway, Virgínia Woolf e Pedro Nava a an¬teciparem, por ato próprio, o fim de suas tão profícuas existências terrenas?
O sábio Confúcio, depois de ter exercido os mais elevados cargos e as mais importantes funções como professor, primeiro magistrado de Chumg-Tu, entre outros, já passando da primavera da vida, foi obrigado a empunhar o cajado do viandante. Isolado dentro de si, converteu-se em um intelectual. Solitário e desiludido teve, todavia, o amparo de um único neto junto ao seu leito de morte.
Tenho me sentido isolado em todos os lugares, e apenas me realizo assentado em frente ao meu computador, onde somente vejo a mim mesmo. Embora seja pai de onze filhos, avô de vinte e oito netos e bisavô de vinte e três bisnetos, sou um homem só.
Só dentro do meu individualismo por não encontrar, nem através de supostas ilusões, uma razão objetiva para a minha angústia interior.
A sombra da vida se esvai quando se perde, sem entender por que, alguma coisa que se ama. Não se ama só uma pessoa; podemos amar muitas, mas cada uma tem sua individualidade.
O objeto do amor é indefinido, mas está presente em cada uma das pessoas, com maior ou menor intensidade, e quando se perde algo se esvai. Abre-se um vazio sem possibilidades de preenchimento. E a vida perde o seu sentido maior. Perdi minha mãe em 2004, perda esperada e inexorável. Não doeu tanto. Ela descansou com dignidade. Esta perda não afetou muito o meu já molestado interior.
Pessoas há que se sustentam no anteparo de seu egoísmo, sobre a preferência de seus supostos direitos, que se sobrepõem aos de seus semelhantes. A dúvida quanto ao certo e ao errado, dentro do meu ceticismo, transforma-se na única atitude coerente, que ainda sustenta os próprios objetivos da vida, dentro de um invólucro de consideração e de reserva. Gostaria de possuir uma inteligência superior para colocar-me acima e alheio a tantos males.

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Mensagem N°83606
De: Manoel Hygino Data: Terça 9/10/2018 07:16:10
Cidade: Belo Horizonte

A chuva e a bolha

Manoel Hygino

As previsões da meteorologia não eram das melhores para o último fim de semana de setembro. O calor absurdo, abmudo e abcego, incomodava e maltratava, principalmente os obrigados a trabalho sob sol. No Norte mineiro, as temperaturas vararam de 33 a 36 graus, mas no restante do Estado a situação não era mais agradável, mesmo se aguardando ansiosamente a anunciada chuva única na segunda-feira, dia 1º, já outubro. Por curiosidade, na quinta-feira, dia 26, morrera no Rio de Janeiro o compositor Tito Madi, autor do apreciado “Chove lá fora”. Não choveu.
Em Montes Claros, maior cidade do sertão mineiro, terminara o racionamento de água, que pôs à prova a população anos seguidos. José Ponciano Neto, técnico em meio ambiente e recursos hídricos, saudou a plataforma pluviométrica de tecnologia avançada para garantir o controle da vazão ecológica do rio Pacuí, a primeira de tantas outras. Boa notícia, mas o sol continuou inclemente enquanto os dias passavam.
Também o ambiente político borbulhava de calor e de troca de acusações entre candidatos. Levantavam-se suspeições sobre eles e seus apoiadores, enquanto a Veja despejava insinuações sobre Bolsonaro formuladas por ex-esposa. Enfim, um baixo nível como só acontece nestas guerras pelo poder.
Não se omitirá com relação a Donald Trump, cuja campanha era reeditada com alusão a assédios sexuais envolvendo o próprio presidente.
Os fatos despertam para o discurso de despedida de Barack Obama, o primeiro negro norte-americano a ocupar a Casa Branca. Com desembaraço, ele analisou seu quatriênio: “afinal, se todo problema econômico é apresentado como uma luta entre uma classe média branca que trabalha arduamente e minorias que não são merecedoras, então trabalhadores de todas as cores serão relegados a disputar as sobras, enquanto os ricos se retiram ainda mais para dentro de seu enclaves privados. Se nos negarmos a investir nos filhos – porque essas crianças morenas vão representar uma parcela maior da força de trabalho na América? E nossa economia não precisa ser um cálculo em que alguns ganham tudo e outros ficam com nada”.
Nossos candidatos não aprenderam a falar nesse tom. Os eleitores precisam entender melhor o que é uma eleição como a de domingo, no Brasil.
O próprio Obama faz advertência, válida para os do Norte ou para os americanos do hemisfério Sul. “A polarização crescente de opiniões e estratificação econômica e regional, a fragmentação de nossa mídia em canais para todos, fez com que esse processo de divisão em categorias distintas pareça inevitável. Transformamo-nos em bolhas, que representam uma ameaça à democracia. A política é uma batalha de ideias para debate sadio. Eis a lição que se deve extrair destes conturbados momentos que ora atravessamos”.
Ninguém, sob qualquer pretexto, tem o direito de, cá entre nós, atirar mais lenha à fogueira. As chamas já estão altas e podem causar maiores danos à nação e à população sofrida por anos de infortúnio, mesmo aqueles resultantes das dúvidas que pesam sobre quantos que estarão no exercício de elevadas funções dentro de três meses.
Paciência tem limite.

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Mensagem N°83605
De: Estado de Minas Data: Terça 9/10/2018 12:33:23
Cidade: Belo Horizonte

Assaltantes roubam e matam a pauladas pai de militares no Norte de Minas - Luiz Ribeiro - Um homem de 64 anos foi assassinado a pauladas durante um assalto em um condomínio rural, próximo ao distrito de Nova Esperança, em Montes Claros, no Norte de Minas, na madrugada desta terça-feira. A vítima, Hélio Leandro da Silva, que é pai de dois militares, teria reagido ao assalto, quando começou a ser agredido com pedaços de madeira, sendo também amarrado depois que estava desacordado. A mulher dele também foi amarrada. A Polícia Militar faz buscas na região à procura dos suspeitos. Foram levadas duas caminhonetes S-10, juntamente com três televisores e objetos pessoais da vítima. Um dos veículos roubados foi localizado em um matagal poucas horas depois do crime, perto da Vila Castelo Branco, que fica na saída de Montes Claros para Januária. De acordo com a PM, o crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, ocorreu por volta de 0h45. A mulher do aposentado informou que o casal estava na sala da casa, no Condomínio Vale dos Ipês, quando três homens invadiram o local, situado às margens da BR-135 e distante cinco quilômetros do distrito de Nova Esperança. Ela disse que, ao perceber que os invasores estavam desarmados, Hélio reagiu e tentou lutar contra os criminosos. Ainda conforme o relato dela, os três homens agrediram o aposentado com pedaços de madeira. Na sequência, quando estava acordado, o aposentado teve o pescoço, mãos e pés amarrados. A mulher contou que ela também foi amarrada e trancada em um banheiro. Ela conseguiu se soltar e percebeu que o marido estava com respiração e pulsação fracas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e os socorristas tentaram reanimar Hélio Silva, mas ele morreu no local.

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Mensagem N°83604
De: Manoel Hygino Data: Terça 9/10/2018 07:18:27
Cidade: Belo Horizonte

Longe do fim

Manoel Hygino

Embora de antemão se preconizasse o resultado das eleições do último 7 de outubro, para o que se esmeraram os institutos de pesquisas e os cientistas políticos, a verdade verdadeira é que o cidadão amanheceu a segunda-feira com aparência de perplexidade.
Aliás, o Brasil, diante da multiplicidade de informações, a que se acrescentaram as divulgadas por redes sociais, algumas com interesses escusos e confusos, o clima era de ressaca. A despeito da lei seca, também de validade duvidosa, perguntava-se: como é mesmo?
Os tempos mudaram... para pior. Candidatos em pencas, condutas indevidas por não poucos. Os opositores esmiuçaram tudo sobre a vida, os rendimentos, os patrimônios dos concorrentes para extrair dados comprometedores, o que não se revelava tão difícil com determinados casos e protagonistas e diante das circunstâncias atuais.
As plataformas dos candidatos não variaram. Permaneceram praticamente as de sempre, porque não se conseguiu efetivamente resolver de vez os problemas maiores que afligem a nação e comprometem o seu futuro, atormentando o cidadão-eleitor.
Feito o jogo, conhecidos os números, constata-se o que tampouco era ou é novidade: o que é imprescindível nova partida para se alcançarem os resultados possivelmente definitivos. A Justiça está aí para eliminar as divergências restantes, porque o Brasil é grande e não menores os interesses.
As eleições deste ano foram mais uma bela oportunidade para a nação, a fim de prepará-la para os imensos desafios que tem à frente a partir de 2019. Não são poucos e exigem, antes de tudo, real consciência nacional para superá-los, tal o grau de gravidade que os envolve. É missão para todos, por mais decênios, não necessitando, contudo, de Constituição nova para armá-la de meios indispensáveis á luta esperada.
Persistem a questão da Previdência, que não é só nosso, tanto que provoca manifestações nas vias públicas de Moscou, até junto aos muros do Kremlin. Quatro milhões de inativos e pensionistas do setor público no Brasil acarretam um déficit de previdência maior do que o gasto do Estado brasileiro com 37 milhões de crianças da escola pública.
Não há como onerar mais o contribuinte, já com carga tributária altíssima, da ordem de 34% do PIB, isto é, mais de um terço da renda nacional. O Estado gasta 10% do Produto Interno Bruto a mais do que arrecada – é o chamado déficit nominal. O Estado constitui um dragão concentrador de renda, e sua presença, do Estado, é quase metade da economia.
E se tem de manter a guerra contra a corrupção, que atingiu por aqui níveis que envergonham o brasileiro. O fenômeno mata a confiança, em níveis interno e externo. O ministro Rubens Ricúpero advertia que nenhum regime democrático sobrevive à corrupção sistêmica e institucional. Tudo, ademais, exige palavra final do Judiciário, a começar pelo STF, que há de ser menos político e menos falante. A organização do Supremo há de ser reestruturada, para que seus ministros mereçam a confiança que deles se espera.
Quando se toca no tema, não se pode deixar de recorrer ao direito romano, tão bem ensinado pelo professor Mello Cançado, na famosa Escolinha do Bispo, em Belo Horizonte: “Infinitas peccadi illebra, isto é: a impunidade estimula a delinquência”.


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Mensagem N°83603
De: Carlos C. Data: Segunda 8/10/2018 15:28:09
Cidade: Brasília DF

Esta notícia acaba de ser publicada pelo O Tempo, jornal de BH. Sua atenta leitura pode ajudar a entender o surpreendente resultado das urnas em Minas que acabou eliminando a candidatura do governador Pimentel. Não faço comentários, apenas registro o acontecimento, observando que a velha sabedoria dos políticos de Minas ausentou-se. Benedito Valadares, Milton Campos, João e Israel Pinheiro (pai e filho, governadores, probos), JK, Hélio Garcia, entre outros, devem estar reunidos, divertidos e talvez perplexos com o que de real aconteceu no limite de suas montanhas, território de ancestral excelência na política.


"Por 2º turno, petistas compraram pacotes de SMS pedindo voto em Zema - Estratégia se mostrou equivocada, uma vez que o empresário tirou Pimentel da disputa e ainda ultrapassou Anastasia
Na avaliação interna, o PT mineiro subestimou a tendência de crescimento de Zema e ignorou o chamado "voto útil" que já queria impedir a ida de Pimentel ao segundo turno
Preocupados com a possibilidade de uma vitória em primeiro turno de Antonio Anastasia (PSDB), petistas ligados à campanha pela reeleição do governador Fernando Pimentel (PT) compraram, pelo período de 9 dias, pacotes de envio de mensagens instântaneas para telefone celular com textos pedindo voto ao empresário Romeu Zema (Novo), que acabou em primeiro lugar na disputa eleitoral e seguirá para o segundo turno contra os tucanos.
A informação foi confirmada por interlocutores da campanha petista. Na avaliação interna, o PT mineiro subestimou a tendência de crescimento de Zema e ignorou o chamado "voto útil" que já queria impedir a ida de Pimentel ao segundo turno.
A estratégia também foi uma resposta às inserções na televisão da campanha de Anastasia em que os tucanos pediam que eleitores de Zema e outros candidatos, como Adalclever Lopes (MDB), votassem no PSDB afim de evitar um segundo turno contra o PT.
Nas urnas, Pimentel acabou varrido por Romeu Zema e terminou em terceiro. O empresário conquistou 42,7% dos votos contra 29% de Anastasia e 23% do petista."

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Mensagem N°83602
De: Petrônio Braz Data: Segunda 8/10/2018 06:44:24
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Ensaio

Petrônio Braz

A simplicidade é o último degrau da sabedoria, como nos ensinou Khalil Gibran. Felicidade Patrocínio, diligente presidente da Academia Feminina de Letras de Montes Claros, mostra essa simplicidade quando editou “Ensaio”. Mas, ensaio é uma experimentação prévia de algo a vir depois. Lendo o livro, naveguei por mares calmos e revoltos da cultura humana. Melhor seria se ela tivesse dado a seu livro o titulo “Introdução ao Estudo da Filosofia”.
Obra pouco conhecida. Edição restrita de apenas cem exemplares. Machado de Assis, em Memórias Póstumas de Brás Cubas, lembra que Stendhal confessou haver escrito um de seus livros para cem leitores. Foi o que fez Felicidade Patrocínio.
Quando se trata de livro, de obra literária, é sempre bom lembrar a lição de Ivana Ferrante Rebello: “Sempre que me disponho a falar de Literatura, retomo uma questão cada vez mais premente, nesses tempos de palavras tão escassas quanto inférteis, e de muitos prenúncios da morte da arte da escrita, como se nossa época não suportasse mais o verbo trabalhado e uma letra manejada por mão de mestre.”
“Ensaio”, de Felicidade Patrocínio, é um livro escrito por mão de mestre. Ela é uma amante da sabedoria.
Folheando o livro, antes de adentrar no seu conteúdo filosófico, fui levado transcendentalmente à “Critica da Razão Pura” do imortal Immanuel Kant, persuadindo-me a logo iniciar a leitura para conhecer, apetecer e, se possível, julgar.
Lendo, comecei a caminhar com ela e a sonhar acordado. Enquanto lia chegou às minhas mãos, trazido pela autora, “Cadernos de Ediclar”, de Karla Celene Campos e, pelo correio, da lavra de Manoel Hygino dos Santos, “Nonô do Tijuco – Pioneiro em Urologia”.
A “morte da arte da escrita”, de que nos fala Ivana Rebello, é a mesma cicuta que silenciou Sócrates, mas ainda não assusta, primeiro porque Sócrates não morreu e, segundo, porque a arte de escrever ainda se faz presente, com força construtiva das gerações passadas e da geração presente, que tem como exemplos marcantes as jovens acadêmicas Marina Couto Ribeiro e Nannah Andrade, sendo de ser destacado que o último Escambo de livros do Ateliê Galeria Felicidade Patrocínio foi um sucesso absoluto.
Para escrever “Ensaio” Felicidade Patrocínio banhou-se de luz no rio de Heráclito, dormiu com Sócrates, com sua concepção de ideias, acordou com Platão, pois um não existiria sem o outro, e, principalmente, dissolveu-se em Aristóteles, Descartes e outros mestres.
Coube a Sócrates, como bem definiu Cícero, o grande orador romano, “trazer a filosofia do céu para a terra”, afastando-se da natureza, objeto maior dos pré-socráticos. Felicidade Patrocínio, em seu “Apelo a Sócrates”, compreendendo que ele focalizou seus ensinamentos nos problemas morais, nos faz lembrar de outro filósofo, que, como ele, pregou as virtudes do espírito – Jesus Cristo. Mas ela nos leva, pelas mãos de Aisa, a mensageira homérica do Destino, à crua realidade do mundo, que veio depois deles, sendo de se destacar, pela odienta realidade, o apelo afro-brasileiro de Castro Alves à eternidade socrática: “Há dois mil anos de mandei meu grito / que embalde corre o infinito / onde estás, Senhor Deus.” O homem escravizado pelo homem em nome de Deus; seres humanos queimados em fogueiras, em nome de Deus. Um Deus que não é da humanidade, mas tão somente de seus seguidores. Miséria, fome e extermínio de irmãos. Felicidade Patrocínio questiona: O que é justiça? O que é lealdade? O que é beleza? O que é prudência? O que é coragem?
Parei, ainda no primeiro Capítulo, para meditar. E, meditando, adveio a quase impossibilidade de ser definido o “homo sapiens”, como um ser de razão ou de experiências. A Autora, “reconhecendo os limites desse ser” busca recursos para perceber e penetrar em sua real essência. Em regressão, socorre-se da Mitologia Grega para encontrar o homem, ainda de quatro pés, buscando reerguer-se. Mas, a sua reflexão não desce a tanto. Ela vê Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxágoras, Parménides e outros pré-socráticos questionando o objeto de suas reflexões: o homem, razão ou experiência.
Felicidade Patrocínio sobrevoa o tempo que é, na concepção de Luiz de Paula Ferreira, “um estranho pássaro que voa de asas leves, as penas da cor do vento”, e chega à metafísica de Aristóteles. Ela, procurando um saber mais elevado, caminha peripateticamente com o grande estagirita, não pelo jardim dos Capuletos de Shakespeare, mas pelo jardim do Liceu, na periferia de Atenas, e ouve dele que “todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer.”
Ainda nas asas do tempo Felicidade Patrocínio nos conduz a Marx, retorna a Protágoras, vê a genialidade de Leonardo Da Vinci e nos leva a meditar entre ciência e arte.

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Mensagem N°83601
De: Eduardo Data: Domingo 7/10/2018 23:54:41
Cidade: M. Clarosn

Saiu a lista dos 53 deputados federais eleitos por Minas:

1 Marcelo Alvaro Antonio (PSL) 229.630
2 Reginaldo Lopes (PT) 193.822
3 Andre Janones (Avante) 178.330
4 Paulo Guedes (PT) 174.022
5 Aurea Carolina (Psol) 162.604
6 Gilberto Abramo (PRB) 161.957
7 Cabo Junio Amaral (PSL) 158.273
8 Eros Biondini (Pros) 156.872
9 Rodrigo De Castro (PSDB) 131.014
10 Rogério Correia (PT) 130.909
11 Padre João (PT) 130.466
12 Weliton Prado (Pros) 129.111
13 Misael Varella (PSD) 128.155
14 Hercílio Coelho Diniz (MDB) 119.684
15 Stefano Aguiar (PSD) 115.586
16 Patrus Ananias (PT) 112.576
17 Zé Silva (Solidariedade) 107.535
18 Marcelo Aro (PHS) 107.005
19 Aécio Neves (PSDB) 106.396
20 Lincoln Portela (PR) 105.391
21 Diego Andrade (PSD) 104.816
22 Eduardo Barbosa (PSDB) 104.698
23 Emidinho Madeira (PSB) 103.526
24 Lafayette Andrada (PRB) 102.747
25 Pinheirinho (PP) 97.971
26 Subtenente Gonzaga (PDT) 93.735
27 Margarida Salomão (PT) 89.372
28 Dr. Mário Heringer (PDT) 88.819
29 Odair Cunha (PT) 87.884
30 Bilac Pinto (DEM) 87.677
31 Fred Costa (Patriotas) 87.198
32 Domingos Sávio (PSDB) 80.942
33 Paulo Abi Ackel (PSDB) 79.459
34 Dimas Fabiano (PP) 74.187
35 Tiago Mitraud (Novo) 71.813
36 Vilson Da Fetaemg (PSB) 69.967
37 Newton Cardoso Jr (MDB) 69.674
38 Leonardo Monteiro (PT) 68.177
39 Lucas Gonzalez (Novo) 63.929
40 Euclydes Pettersen (PSC) 63.460
41 Fabio Ramalho (MDB) 63.089
42 Doutor Frederico (Patriota) 60.950
43 Igor Timo (Podemos) 59.914
44 Julio Delgado (PSB) 58.403
45 Mauro Lopes (MDB) 57.987
46 Delegado Marcelo Freitas (PSL) 57.868
47 Franco Cartafina (PHS) 53.383
48 Charlles Evangelista (PSL) 51.616
49 Léo Motta (PSL) 51.014
50 Luis Tibe (Avante) 50.436
51 Alê Silva (PSL) 47.840
52 Greyce Elias (Avante) 37.605
53 Zé Vitor 3333 (PMN) 32.825

ESTADUAIS

A Assembleia de Minas divulgou a lista dos 77 deputados estaduais eleitos:

1) Mauro Tramonte (PRB)
2) Sargento Rodrigues (PTB)
3) Bruno Engler (PSL)
4) Cleitinho (PPS)
5)Noraldino Junior (PSC)
6) Cássio Soares (PSD)
7)Leandro Genaro (PSD)
8) Beatriz Cerqueira (PT)
9) Léo Porela (PR)
10)Virgílio Guimarães (PT)
11) Fábio Avelar (Avante)
12) Dr. Jean Freire (PT)
13) Arlen Santiago (PTB)
14) Delegada Sheila (PSL)
15) Carlos Henrique (PRB)
16) Tito Torres (PSDB)
17) Cristiano Silveira (PT)
18) Mário Caixa (PV)
19) Del. Heli Grilo (PSL)
20) Fabio Avelar (AVANTE)
21) Sávio Souza Cruz (MDB)
22) Tadeuzinho (MDB)
23) André Quintão (PT)
24) Marília Campos (PT)
25) Agostinho Patrus (PV)
26) Antonio Arantes (PSDB)
27) Dalmo Ribeiro (PSDB)
28) Rosângela Reis (Pode)
29) Charles Santos (PRB)
30) João Magalhães (MDB)
31) Dr. Hely (PV)
32) Ulysses Gomes (PT)
33) Dr. Wilson Batista (PSD)
34) Gustavo Valadares (PSDB)
35) Glaycon Franco (PV)
36) Neilando Pimenta (Pode)
37) Doorgal Andrada (Patri)
38) Duarte Bechir (PSD)
39) Celise Laviola (MDB)
40) João Leite (PSDB)
41) Thiago Cota (MDB)
42) Ione Pinheiro (DEM)
43) Alencar Jr. (PDT)
44) Elismar Prado (PROS)
45) Leonídio Bouças (MDB)
46) Braulio Braz (PTB)
47) Gil Pereira (PP)
48) Leninha (PT)
49) Luiz Carneiro (PSDB)
50) Dr. Paulo (Patri)
51) Coronel Sandro (PSL)
52) Douglas Melo (MDB)
53) Zé Reis (PHS)
54) Carlos Pimenta (PDT)
55) Bosco (Avante)
56) Inácio Franco (PV)
57) Roberto Andrade (PSB)
58) Marquinho Durval (PT)
59) Gustavo Santana (PR)
60) Betão (PT)
61) Celinho Sinttrocel (PCdoB)
62) Laura Serrano (Novo)
63) Bartô do Novo (Novo)
64) Raul Belem (PSC)
65) Prof. Wendel (SD)
66) Cleiton Oliveira (DC)
67) Osvaldo Lopes (PHS)
68) Alberto Pinto Coelho (SD)
69) Coronel Henrique (PSL)
70) Repórter Rafael (PRTB)
71) Fernando Pacheco (PHS)
72) Guilherme da Cunha (Novo)
73) Ana Paula Siqueira (Rede)
74) Prof. Irineu (PSL)
75) Gustavo Mitre (PSC)
76) Zé Gulherme (PRP)
77) Andrea de Jesus (PSol)

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Mensagem N°83600
De: Marcos Data: Domingo 7/10/2018 21:36:55
Cidade: BH

Aqui, a relato dos deputados mais votados em Minas:

DEPUTADO FEDERAL – (99,14% das urnas apuradas) – MAIS VOTADOS

MARCELO ALVARO ANTONIO PSL 2,31% 223.967
REGINALDO LOPES PT 1,88% 182.419
ANDRE JANONES AVA 1,80% 174.894
AUREA CAROLINA PSOL 1,64% 159.486
PAULO GUEDES PT 1,64% 159.100
GILBERTO ABRAMO PRB 1,63% 157.866
EROS BIONDINI PROS 1,58% 153.650
CABO JUNIO AMARAL PSL 1,58% 153.568
WELITON PRADO PROS 1,29% 125.729
ROGÉRIO CORREIA PT 1,29% 125.480
RODRIGO DE CASTRO PSDB 1,28% 124.407
PADRE JOÃO PT 1,28% 124.402
MISAEL VARELLA PSD 1,27% 123.361
STEFANO AGUIAR PSD 1,16% 112.925
HERCÍLIO COELHO DINIZ MDB 1,15% 111.680
PATRUS ANANIAS PT 1,13% 110.115
AÉCIO NEVES PSDB 1,07% 103.781
ZÉ SILVA SD 1,07% 103.680
EMIDINHO MADEIRA PSB 1,06% 103.352
EDUARDO BARBOSA PSDB 1,06% 102.741
DIEGO ANDRADE PSD 1,05% 102.408
LINCOLN PORTELA PR 1,05% 102.218
MARCELO ARO PHS 1,03% 100.105
LAFAYETTE ANDRADA PRB 1,00% 97.164
PINHEIRINHO PP 0,94% 91.302
SUBTENENTE GONZAGA PDT 0,94% 91.202
MARGARIDA SALOMÃO PT 0,92% 89.144
ODAIR CUNHA PT 0,90% 87.592
BILAC PINTO DEM 0,89% 86.267
DR. MÁRIO HERINGER PDT 0,88% 85.203
FRED COSTA PATRI 0,86% 83.566
DOMINGOS SÁVIO PSDB 0,82% 79.235
DIMAS FABIANO PP 0,76% 73.696
PAULO ABI ACKEL PSDB 0,75% 72.543
MARCUS PESTANA PSDB 0,73% 71.143
TIAGO MITRAUD NOVO 0,72% 70.298
NEWTON CARDOSO JR MDB 0,68% 66.041
VILSON DA FETAEMG PSB 0,68% 65.815
FABIANO TOLENTINO PPS 0,67% 65.372
CARLOS MOSCONI PSDB 0,67% 65.326
LEONARDO MONTEIRO PT 0,65% 63.404
LUCAS GONZALEZ NOVO 0,65% 62.782
RENATO ANDRADE PP 0,64% 62.137
DOUTOR FREDERICO PATRI 0,62% 60.588
FABIO RAMALHO MDB 0,62% 60.122
ANA PAULA PP 0,61% 59.314
ÁLVARO DAMIÃO DA ITATIAIA DEM 0,60% 57.988
EUCLYDES PETTERSEN PSC 0,59% 57.569
JULIO DELGADO PSB 0,59% 57.510
BRUCE MARTINS PODE 0,59% 57.503
IGOR TIMO PODE 0,58% 56.497
MAURO LOPES MDB 0,58% 56.240
DELEGADO MARCELO FREITAS PSL 0,57% 55.486
CARLOS MELLES DEM 0,56% 54.666
AELTON FREITAS PR 0,56% 54.223
LEONARDO QUINTÃO MDB 0,55% 53.448
FRANCO CARTAFINA PHS 0,55% 53.355
CHARLLES EVANGELISTA PSL 0,53% 51.410
LUIZ HENRIQUE DA LUIZ VIDAS PRTB 0,53% 51.384
WALTER TOSTA PR 0,52% 50.613
TENENTE LÚCIO PR 0,52% 50.160
LÉO MOTTA PSL 0,51% 49.331
LUIS TIBE AVA 0,50% 48.887
ALÊ SILVA PSL 0,48% 46.980
ADELMO LEÃO PT 0,45% 43.681
WADSON RIBEIRO PCdoB 0,44% 42.471
PEDRO LEITÃO PV 0,43% 41.327
RAQUEL MUNIZ PSD 0,43% 41.274
GILMAR MACHADO PT 0,42% 40.942
JOSÉ SANTANA PR 0,40% 39.248
JOSÉ HUMBERTO PSD 0,40% 38.990
ANTÔNIO ANDRADE MDB 0,40% 38.865
CAIO NARCIO PSDB 0,40% 38.602
DUILIO DE CASTRO PATRI 0,40% 38.470
ADEMIR CAMILO MDB 0,39% 37.598
PAULO SÉRGIO AMARAL PP 0,39% 37.516
GREYCE ELIAS AVA 0,38% 37.263
SARAIVA FELIPE MDB 0,38% 37.222
DR. BERNARDO RAMOS NOVO0,37% 35.800
FERNANDO BORJA AVA 0,36% 34.893
DELEGADO EDSON MOREIRA PR 0,35% 33.563
ZÉ VITOR PMN 0,34% 32.616




DEPUTADO ESTADUAL – (99,14% das urnas apuradas) – MAIS VOTADOS

MAURO TRAMONTE PRB 5,13% 500.657
SARGENTO RODRIGUES PTB 1,23% 119.817
BRUNO ENGLER PSL 1,20% 116.958
CASSIO SOARES PSD 1,15% 112.596
CLEITINHO PPS 1,15% 112.591
NORALDINO JUNIOR PSC 1,15% 112.050
LEANDRO GENARO PSD 0,99% 96.424
BEATRIZ CERQUEIRA PT 0,95% 92.722
LÉO PORTELA PR 0,93% 90.614
VIRGÍLIO GUIMARÃES PT 0,85% 82.508
DELEGADA SHEILA PSL 0,81% 79.411
DR. JEAN FREIRE PT 0,79% 77.493
CARLOS HENRIQUE PRB 0,79% 77.300
DELEGADO HELI GRILO PSL 0,78% 75.810
FABIO AVELAR AVA 0,78% 75.721
CRISTIANO SILVEIRA PT 0,78% 75.665
ARLEN SANTIAGO PTB 0,77% 75.392
MÁRIO HENRIQUE CAIXA PV 0,77% 75.040
SÁVIO SOUZA CRUZ MDB 0,76% 74.300
JOÃO VITOR XAVIER DA ITATIAIA PSDB 0,76% 74.137
TITO TORRES PSDB 0,75% 73.361
ANDRÉ QUINTÃO PT 0,71% 69.360
ANTÔNIO CARLOS ARANTES PSDB 0,71% 69.236
DALMO RIBEIRO PSDB 0,71% 69.074
MARILIA CAMPOS PT 0,70% 68.075
AGOSTINHO PATRUS PV 0,70% 68.029
ROSÂNGELA REIS PODE 0,69% 66.836
CHARLES SANTOS PRB 0,67% 65.683
DR. HELY PV 0,66% 64.606
ULYSSES GOMES PT 0,65% 63.540
TADEUZINHO MDB 0,64% 62.885
DR. WILSON BATISTA PSD 0,62% 60.915
GUSTAVO VALADARES PSDB 0,59% 57.504
DOORGAL ANDRADA PATRI 0,58% 56.919
DUARTE BECHIR PSD 0,58% 56.536
JOÃO MAGALHÃES MDB 0,58% 56.431
GLAYCON FRANCO PV 0,57% 55.764
JOÃO LEITE PSDB 0,56% 54.632
ALENCAR DA SILVEIRA JR. PDT 0,55% 53.735
IONE PINHEIRO DEM 0,55% 53.200
NEILANDO PIMENTA PODE 0,54% 52.795
ELISMAR PRADO PROS 0,53% 52.141
THIAGO COTA MDB 0,52% 50.938
CELISE LAVIOLA MDB 0,52% 50.419
LEONÍDIO BOUÇAS MDB 0,52% 50.223
DR. PAULO PATRI 0,50% 48.912
BRAULIO BRAZ PTB 0,50% 48.813
ULISSES GUIMARÃES PTB 0,49% 48.262
LUIZ HUMBERTO CARNEIRO PSDB 0,49% 47.924
LENINHA PT 0,49% 47.777
GIL PEREIRA PP 0,49% 47.415
CORONEL SANDRO PSL 0,49% 47.356
ANTONIO JORGE PPS 0,48% 46.401
ARNALDO DEM0,47% 46.273
ZÉ MAIA PSDB 0,45% 43.753
BOSCO AVA 0,44% 42.462
LUIZ FERNANDO PP 0,43% 41.930
ZÉ REIS PHS 0,43% 41.917
ISAURO CALAIS MDB 0,43% 41.613
MOURÃO PSDB0,42% 41.009
ROBERTO ANDRADE PSB 0,42% 40.813
INÁCIO FRANCO PV 0,42% 40.584
IVAIR NOGUEIRA MDB 0,41% 39.982
MARQUINHO DURVAL PT 0,40% 39.311
NOZINHO PDT0,40% 39.088
DOUGLAS MELO MDB 0,40% 38.585
IRAN BARBOSA MDB 0,38% 37.233
TONINHO ANDRADA DEM 0,38% 37.059
CARLOS PIMENTA PDT 0,38% 36.700
DILZON MELO PTB 0,37% 36.190
BETÃO PT 0,36% 35.370
GUSTAVO CORREA DEM 0,35% 34.140
CELINHO DO SINTTROCEL PCdoB 0,35% 34.097
DR. RICARDO FARIA PCdoB 0,35% 33.756
GUSTAVO SANTANA PR 0,34% 33.548
BERNARDO MUCIDA PSB 0,34% 33.437
LAURA SERRANO NOVO 0,34% 33.361
ENES CANDIDO MDB 0,34% 32.695
LEDA SANTIAGO PR 0,33% 32.467
DRA. ARIADNA PRB 0,33% 32.205
PASTOR VANDERLEI MIRANDA MDB0,33% 32.198
DR. MARCOS EDUARDO ONCOLOGISTA PODE0,33% 31.993
RAUL BELEM PSC 0,32% 31.637
BARTÔ DO NOVO NOVO 0,32% 31.255
PROFESSOR WENDEL MESQUITA SD 0,32% 31.090
CLEITON OLIVEIRA DC 0,32% 30.982
SÉRGIO DIAS HENRIQUES PSD0,32% 30.972
OSVALDO LOPES PHS 0,31% 30.574
DR. MARCELO HERINGER PDT 0,31% 30.178
MACAE EVARISTO PT 0,30% 29.658
CLAUDIO DO MUNDO NOVO PROS 0,30% 29.370
GUSTAVO BRASILEIRO PATRI 0,29% 28.654
LELECO PIMENTEL PT 0,29% 27.907
PINDUCA PODE 0,29% 27.815
ALBERTO PINTO COELHO – BETINHO SD 0,28% 27.773
GEISA TEIXEIRA PT 0,28% 27.348
JAIR DI GREGORIO PP 0,28% 27.230
CORONEL HENRIQUE PSL 0,28% 27.213
MARIA DO CARMO PT 0,28% 27.038
REPÓRTER RAFAEL MARTINS PRTB 0,28% 26.918

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Mensagem N°83599
De: Afonso Data: Sábado 6/10/2018 12:43:23
Cidade: Montes Claros/MG

Criança Feliz, Gente Inocente e 300 anos de Nossa Senhora Aparecida - escrito em 13/10/2017 -Quando tinha 3 anos, percebi movimentos, agitação, muitas conversas, em frente à boite que havia no fundo da Praça de Esportes de Montes Claros, onde sempre ia com meus familiares, nas manhãs de Domingo. Mas naquele dia eu não entendia o que estava acontecendo. Só mais tarde, alguns anos depois, fui entender que, no dia anterior, 27/9/1952, um sábado, por volta das 18h30m, havia falecido num acidente de carro, na Via Dutra, o extraordinário cantor Francisco Alves. E, quase todos os dias, quando passava pela Rua Dr. Veloso, vindo do Grupo Escolar Dom João Pimenta, onde fiz o curso primário, entre 1956 e 1959, sempre ouvia uma locutora da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, Lúcia Helena, anunciando o início do programa que homenageava o Francisco Alves, o Rei da Voz: "Ao soar o carrilhão, dando as doze badaladas, ao se encontrarem os ponteiros na metade do dia, também os ouvintes da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, no programa Luis Vassalo, se encontram com Francisco Alves, o Rei da Voz." E foi ouvindo "Criança Feliz", que o Francisco Alves compôs e gravou 24 dias antes de falecer, que, muito emocionado e sensibilizado pelo Dia das Crianças, pedi a Deus que abençoasse todas elas e, de modo especial, as famílias de Janaúba, que sofreram as perdas dos seus pequeninos e da Professora Helley, de modo tão trágico, em 5/10/2017. Minha mãe, Araci de Souza Guimarães, e minha avó, Alda Prates Guimarães, já falecidas, nasceram em São José do Gorutuba, antigo povoado, próximo de Janaúba, com sua igreja de 300 anos, como a imagem de Nossa Senhora Aparecida, tendo minha mãe mudado de lá na primeira metade dos anos 30, muito pequena ainda, também gente inocente. Que Nossa Senhora Aparecida abençoe o Brasil.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães

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Mensagem N°83598
De: Copasa Data: Sexta 5/10/2018 17:08:44
Cidade: M. Claros

A Copasa informa que o abastecimento nos bairros Vilage do Lago II, São Lucas, Novo Jaraguá, Recanto das Águas Nova América e parte do Clarice, em Montes Claros, foi interrompido emergencialmente na manhã desta sexta-feira (05/10) para manutenção na rede de distribuição da avenida Governador Magalhães Pinto. Técnicos da companhia estão no local realizando os serviços necessários. A previsão é que o fornecimento de água seja normalizado, de forma gradativa, no decorrer da tarde de sábado (06/10).

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Mensagem N°83597
De: Edmílson Lopes de Sousa Data: Sexta 5/10/2018 07:58:47
Cidade: Januária mg/MG

Banco do Brasil, assinou,ontem, acordo para instalar usina solar em Januária mg, para fornecer energia a 58 agências no norte de Minas, a funcionar já em 2019.Pretende instalar mais 2 em M.Gerais e em vários estado do norte e nordeste do Brasil.
QWBPHB

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Mensagem N°83596
De: Afonso C S Guimarães (*) Data: Quinta 4/10/2018 17:55:11
Cidade: Montes Claros/MG

Importante matéria do jornal "O Tempo", publicada hoje, referente a energia solar fotovoltaica que será consumida por agências do Banco do Brasil, em parceria com EDP - Energias de Portugal, SA. O Banco terá energia equivalente a 4.500 casas, com consumo médio de 2.400 kwh/ano. A primeira planta será de 150 mil m2, em Januária, com 15 mil painéis fotovoltaicos que totalizarão capacidade instalada de 5 MWp, gerando 11 GWh/ano. Foi assinado contrato de cerca de R$45 milhões. A operação está prevista para o ano que vem e vai abastecer 58 agências bancárias em Minas Gerais. O Banco será locatário, ao custo de R$2,9 milhões por ano, evitando despesa de R$6,5 milhões por ano, que seriam pagos à distribuidora de energia. A energia obtida com a usina mineira possibilitará uma economia de R$82 milhões na conta de energia, em um período de 15 anos, que é a duração do contrato com a EDP. A região deixará de emitir mais de 1.000 toneladas de gás carbônico, o equivalente ao plantio de mais de 7.000 árvores.

(*) Engenheiro Eletricista

https://www.otempo.com.br/capa/economia/banco-ter%C3%A1-energia-solar-equivalente-a-4-500-casas-1.2039824



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Mensagem N°83595
De: Manoel Hygino Data: Quinta 4/10/2018 07:42:45
Cidade: Belo Horizonte

Depois de Temer

Manoel Hygino

Daqui a menos de três meses, quando janeiro chegar, teremos um novo presidente da República, transpostos acidentes de percurso de múltiplas natureza. Hora, portanto, própria para releitura de “Pinguela, a maldição do vice”, livro de Aylê-Salassiê F. Quintão, mineiro da Zona da Mata, que Ayda Galassi teve a gentileza de enviar-me.
O autor, jornalista e professor, doutor em História Cultural, autor antes de dez livros, adverte – já na apresentação- que o vice na História “herdou a administração na máquina do Estado desarrumada, e economia em recessão, o desemprego generalizado, o país em estado conflituoso e a população sem ter no que acreditar”. Cabia apenas indagar se o vice Michel Temer era um ator no ambiente ou uma vítima da História.
Hélio Marcos Prates Doyle, em prefácio, observa: “Os vice- presidentes têm causado mais instabilidade do que estabilidade institucional”, como argumenta Aylê, ao reunir em volume cem artigos para a imprensa, que percorrem justamente o caminho do descaso com os problemas públicos setoriais na agricultura, na saúde, na educação, nos transportes, nas terras indígenas”.
Quando começou o período Temer, o jornalista/escritor perguntou-se: “Temer era incógnita, ou seria um problema?”. Primeiramente se teria de considerar que os vices aqui eram representantes regionais ou classistas, sem contribuir para a estabilidade do governo, levando apoio político ao presidente.
Mas no caso específico sem vínculo ou compromisso com Dilma, com seu projeto, se houvesse! Após o impedimento, o sucessor seguia por um caminho “artificioso, estreito e repleto de armadilhas, uma pinguela mesmo”. Assim foi, assim tem sido, assim será, até que 2018 termine.
De todo modo, o ciclo complementar está terminando, e pode ser momento de ventura para quem deixa o governo, para o brasileiro. Ambos deverão raciocinar, a esta altura, voltando ao passado: “O país vivia um momento de realismo fantástico provocado por uma profunda desorganização institucional, pelo fechamento de empresas, pelo desemprego de 12 a 14 milhões de pessoas e pela corrupção endêmica”.
Verdadeiramente, o cidadão não tinha certeza de que lhe estava reservado. O presidente era um homem eminentemente de Parlamento, não tinha- pelo que se supunha e se propalava- experiência em administração pública. Os cargos nos escalões foram leiloados em troca de votos, o que não constituía algo de novo, mas que inquietava, se se considerasse o período pós- mensalão.
De qualquer maneira, a transição está praticamente terminada, por bem ou por mal. O que se espera é resumido no trecho com que o mineiro redigiu seu livro: “São questões estruturais que se agregam às permanências. Embora se avance na história, como acreditado e prega o ministro Luís R. Barroso(2017), o porvir continua incerto, “líquido”, diz Zygmunt Baunnann (2010). A dinâmica dos sistemas caminha tão rápida que parece não haver tempo para pensar em outro futuro e, com certeza, em outra pinguela. Eu e meu guru terminamos a caminhada por aqui. Deixamos o restante dessa história para ser contada por quem sobreviver”.

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Mensagem N°83594
De: Hildebrando Data: Quarta 3/10/2018 10:19:00
Cidade: BH

O jornal Estado de Minas, de BH, detalhou mais o golpe que desviou 27 milhões de reais em 10 anos, usando recursos do seguro-desemprego e abono salarial. Fraude que tinha uma grande extensão em M. Claros e no Norte de Minas . O assunto é técnico, mas vale a pena procurar entender mais este golpe:

"Dinheiro do trabalhador bancava luxo de quadrilha presa em Minas - Golpe aplicado há quase 10 anos desviou R$ 27 milhões de recursos do seguro-desemprego e abono salarial. Bando criava falsos vínculos trabalhistas para conseguir sacar benefícios - Guilherme Paranaiba - Mil e trezentos cartões, dos 2,3 mil recolhidos durante a operação, foram encontrados em hotel da Savassi, em BH - Dinheiro que deveria ajudar trabalhadores que ganham até dois salários mínimos desviado de maneira criminosa para bancar o luxo de uma quadrilha, como a construção de uma mansão na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Essa é uma das conclusões da Polícia Federal após revelar a existência de um esquema de fraudes no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em Minas Gerais, que ocorria desde 2009. O fundo, que é gerenciado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é usado para pagamentos de benefícios como seguro-desemprego e abono salarial e teve cerca de R$ 27 milhões destinados para o abono de cerca de 28 mil pessoas com vínculos empregatícios falsos, 70% delas já falecidas. Depois de conseguir burlar a burocracia do ministério, integrantes da quadrilha também usavam documentos falsos e conseguiam receber o Cartão do Cidadão, emitido pela Caixa Econômica Federal, para sacar os benefícios. Nove pessoas foram presas, duas estão foragidas e outras cinco são investigadas também pelos crimes de estelionato qualificado, uso de documento falso e formação de quadrilha, que podem levar os presos a condenações a até 14 anos de prisão, segundo a PF.A investigação teve início na Delegacia de Montes Claros da Polícia Federal, coordenada pelo delegado Gilvan de Paula. Segundo o policial, tudo começou com denúncias de empresas que informaram que seus dados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) – documento entregue ao Ministério do Trabalho com informações sobre os trabalhadores fichados – estavam sendo fraudados. Esse era o primeiro passo do esquema golpista. Os criminosos conseguiam enviar Rais falsas, que eram validadas pelo ministério, criando, segundo a PF, 28 mil vínculos empregatícios frios. O segundo passo era conseguir a emissão do Cartão do Cidadão, documento usado para o saque de benefícios na Caixa, como o abono salarial. O saque pode ser feito em terminais bancários da própria Caixa ou em casas lotéricas.
Outra situação chamou a atenção da PF: “Notamos que em apenas uma dessas casas lotéricas foram desbloqueados mais de 500 cartões, de uma forma suspeita. Foram vários cartões desbloqueados de maneira sequencial, um após o outro, como se houvesse uma fila de pessoas, todas com documentos falsos, pedindo o desbloqueio. Ou então esses cartões eram entregues ao pessoal da lotérica e eles faziam o procedimento”, afirma o delegado, destacando que os responsáveis pela loteria em questão são investigados.
OSTENTAÇÃO De posse dos cartões desbloqueados, restava a parte mais fácil, sacar o benefício do abono salarial, que era de um salário mínimo para cada um dos falsos vínculos de emprego gerados, totalizando cerca de R$ 27 milhões desviados. A Polícia Federal acredita que parte desse dinheiro foi destinada à aquisição de materiais de construção no valor de R$ 3 milhões, para construir uma mansão em Juatuba, na Grande BH, uma das cidades visitadas pela Operação XIV, em alusão ao benefício do abono salarial, que é considerado uma espécie de 14º salário.
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de Juatuba, a PF fez apreensões e prisões em Esmeraldas, Brumadinho, Contagem, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Em Belo Horizonte foram apreendidos em um único endereço 1,3 mil das 2,3 mil unidades do Cartão do Cidadão recolhidas pela operação em um hotel na Savassi, Centro-Sul da capital.
BRECHAS O Ministério do Trabalho informou que também participou da Operação XIV, apoiando a Polícia Federal. Márcio Ubiratan, que é servidor da Coordenação de Seguro-Desemprego e Abono Salarial da pasta, admitiu que houve falhas na hora de considerar as falsas informações de emprego. “Infelizmente, não conseguimos (identificar o problema). Essa investigação é um aprendizado para o ministério. Temos situações que precisam ser melhoradas e situações que precisam ser melhoradas dentro da própria Caixa”, afirma.
Ele ainda disse que é possível que algum trabalhador não tenha recebido o abono de direito em benefício dos golpistas. “É possível que isso tenha ocorrido, mas aquela pessoa que foi lesada, que é o verdadeiro trabalhador que tem direito, vai poder recorrer. Quem tiver direito ao benefício não vai ser prejudicado”, afirma. Segundo a PF, 10.330 números do Programa de Integração Social (PIS), cadastro necessário para ter direito ao abono, foram bloqueados por determinação da Justiça, pois foram usados para viabilizar as fraudes.Consultada pelo Estado de Minas, sobre a operação, o possível envolvimento de servidores e providências que teriam sido tomadas para evitar novas fraudes do tipo, a Caixa Econômica Federal informou que está atuando em com o Ministério do Trabalho e a Polícia Federal, prestando informações para auxiliar nas investigações. “Sempre que identificados indícios de irregularidade, são feitos cancelamentos dos cartões sociais, bloqueios das senhas e dos benefícios que ainda não foram sacados”, afirmou, em nota. A instituição acrescentou que monitora operações que envolvem pagamento de benefícios sociais, atuando na prevenção de fraudes. “Para solicitação do Cartão do Cidadão é necessária confirmação de dados cadastrais e para o cadastramento da senha é necessária apresentação de documento oficial de identificação, com foto”, sustentou. (Com Luiz Ribeiro) - Jovem agia como hacke As investigações sobre a fraude se estenderam ao Norte de Minas, onde foram cumpridos mandados nos municípios de Itacarambi e Grão Mogol, e à Região Central do estado, em Corinto. Nesta última cidade, foi preso um rapaz de 19 anos suspeito de envolvimento com a quadrilha. Segundo o delegado Pedro Dias dos Santos, da PF em Montes Claros, o jovem foi cooptado pelos integrantes do bando devido aos seus conhecimentos sobre informática. Ainda conforme o delegado, o grupo criminoso aplicavam fraudes com o uso de empresas abertas em sete cidades do Norte mineiro: Brasília de Minas, Buenópolis, Januária, Jequitaí, Manga, Mirabela e Várzea da Palma.
Abono salarial
O benefício que vinha sendo fraudado é um abono a que os trabalhadores brasileiros têm direito quando estão há mais de cinco anos cadastrados no Programa de Integração Social (PIS) e trabalharam com carteira assinada em alguma empresa no ano anterior ao vigente, com renda média de até dois salários mínimos por mês. O benefício vai até um salário mínimo."

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Mensagem N°83592
De: montesclaros.com Data: Terça 2/10/2018 19:43:43
Cidade: M. Claros

A Locaweb, que hospeda este site, tirou do ar o montesclaros.com (e centenas de outros sites brasileiros) por cerca de 4 horas, entre 15h30m e 17h30m. Pedimos desculpas aos nossos leitores.

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Mensagem N°83591
De: Estado de Minas Data: Terça 02/10/18 14:20
Cidade: BH

- Jovens confessam assassinato de empresário em apartamento, diz polícia - Abrãao Henrique Porto Peres, de 25, e Diego Ferreira Gonçalves, de 26, foram presos segunda-feira e, segundo a polícia, confirmaram que mataram a vítima para roubá-la - Luiz Ribeiro - A Polícia Civil de Montes Claros, cidade localizada na Região Norte de Minas, apresentou nesta terça-feira os dois autores confessos do assassinato do empresário Leônidas de Araújo Leão Júnior, de 54 anos, conhecido como Junior Parrela, dono de uma empresa de transportes na cidade. Abrãao Henrique Porto Peres, de 25, e Diego Ferreira Gonçalves, de 26, foram presos segunda-feira e, segundo a polícia, confirmaram que mataram a vítima para roubá-la. Ambos já tinham sido detidos anteriormente por outros crimes.
O empresário foi encontrado morto dentro do apartamento dele, na noite de domingo no Bairro Augusta Mota, área de classe média, no lado Sul da cidade. O corpo estava amordaçado e com os pés e mãos amarrados com camisas, de bruços, em cima de um tapete, na sala de estar do apartamento, trajando uma short e sem camisa. Ele foi morto por enforcamento. A vítima estava desaparecida desde a noite de sábado. Segundo a polícia, os dois autores já foram ao apartamento com a intenção de cometer o latrocínio - matar para roubar.
De acordo com o delegado de Homicídios, Bruno Rezende, foram roubados de Junior Parrela um telefone celular, um relógio, uma jaqueta, nove bonés e duas mochilas, cujo valor total não chega a R$ 2 mil. Ao entrarem e saírem do apartamento, os dois autores foram filmados por câmeras do sistema de vigilância, o que contribuiu para que fossem identificados e presos em tempo rápido.
O delegado disse que o autor Abrãao Henrique confessou que já tinha ido ao apartamento da vítima pelo menos quatro vezes antes do dia crime. Segundo ele, Abrão Henrique disse que trabalhava em um lava-jato, onde Junior Parrela levava o carro dele.
Bruno Rezende informou que os dois rapazes disseram que tinham amizade com a vítima, que abriu voluntariamente o portão pelo interfone para que entrassem no apartamento sábado à noite. Por outro lado, negaram qualquer outro envolvimento com o empresário. “Ambos negam relacionamento amoroso com a vítima. Narram somente uma relação de amizade. Não nos cabe, até por questão de responsabilidade, fazer ilações em relação a este tipo de relacionamento, apesar de ter sido aventado extraoficialmente na investigação”, assegurou o delegad
“Eles (os dois presos) não confirmaram isso em nenhum depoimento. Não houve ato sexual praticado por eles”, acrescentou Rezende. Segundo ele, a vítima já estava de short e sem camisa quando recebeu os dois rapazes no apartamento.
Ao roubarem pertencentes da vítima, Abrãao e Diego deixaram o local em uma moto do empresário. Porém, abandonaram a moto a dois quarteirões do local e fugiram a pé. Durante a fuga, passaram próximo a sede de uma delegacia de polícia. Ainda segundo o delegado Bruno Rezende, os autores planejaram o crime de latrocínio. Abrão Henrique já tinha passagens policiais por roubo, agressão e lesão corporal enquanto Diego tinha passagens por ameaça, roubo e furto. Este último foi preso próximo à rodoviária de Montes Claros, quando se preparava para fugir para São Paulo.

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Mensagem N°83590
De: Ministério Público Federal Data: Terça 2/10/2018 12:54:25
Cidade: Minas

MPF/MG denuncia agressor de Bolsonaro por crime contra a segurança nacional - Segundo denúncia, Adélio Bispo de Oliveira expôs a grave e iminente perigo o regime democrático ao tentar interferir no resultado das Eleições - O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) denunciou Adélio Bispo de Oliveira por praticar atentado pessoal por inconformismo político (art. 20, parágrafo único, da Lei 7.170/83). Em 6 de setembro, o acusado atentou contra a vida de Jair Messias Bolsonaro, deputado federal e candidato do Partido Social Liberal (PSL) à presidência da República.

O atentado ocorreu durante um ato da campanha do candidato em Juiz de Fora, quando o denunciado, se passando por apoiador, gritando palavras favoráveis e insistindo em tirar uma foto com o candidato, deu uma facada no abdômen de Jair Bolsonaro. Segundo a denúncia, o objetivo de Adélio era o de excluir a vítima da disputa eleitoral. “Vê-se que o denunciado cometeu o crime mediante insidiosa dissimulação, a qual dificultou a defesa do ofendido, mesmo estando o deputado federal sob imediata proteção de escolta policial”.

Ação planejada - Nos depoimentos, Adélio revelou que a ideia de atentar contra a vida do candidato surgiu quando soube, pelos jornais, que Jair Bolsonaro iria a Juiz de Fora. Mas, segundo a investigação, em julho de 2018 o acusado cadastrou-se em um clube de tiro em Florianópolis (SC), onde praticou tiro, justamente no dia em que um dos filhos de Jair Bolsonaro chegou àquela cidade para participar de um treinamento no mesmo clube.

O celular do denunciado também continha foto de um outdoor com a data da vinda de Bolsonaro a Juiz de Fora, além de ele ter estudado a agenda do candidato na cidade, percorrendo, antecipadamente, os locais em que haveria atos de campanha. Nesses locais, Adélio tirou fotos e fez vídeos, com o objetivo de planejar a execução do atentado.

Motivação – Para o MPF está clara a motivação política do ato de Adélio, pois seu histórico de militância demonstra que já tinha sido filiado a partido político por sete anos, período em tentou sair candidato a deputado federal. Em suas postagens nas redes sociais, ele qualificava políticos como “inúteis” e pedia a renúncia do atual presidente da República, dentre outras postagens formuladas em tom de protesto, em particular contra a vítima. “Adélio Bispo de Oliveira agiu, portanto, por inconformismo político. Irresignado com a atuação parlamentar do deputado federal, convertida em plataforma de campanha, insubordinou-se ao ordenamento jurídico, mediante ato que reconhece ser extremo”, diz a denúncia.

O processo também ressalta os prejuízos potenciais e efetivos causados pela ação do denunciado. “A tentativa de eliminação física do favorito na disputa pelo primeiro turno, em esforço para suprimir a sua participação no pleito e determinar o resultado das eleições mediante ato de violência – e não, como dito, mediante o voto –, expôs a grave e iminente perigo de lesão o regime democrático; produziu risco sério e palpável de distorção no regime representativo, consistente na perspectiva de privação, à força, da possibilidade de milhões de eleitores sufragarem as ideias e propostas com as quais se identificam. De outra parte, no plano concreto, a conduta provocou lesão real e efetiva ao processo eleitoral, ao afastar o candidato Jair Bolsonaro da campanha nas ruas, talvez definitivamente, e ao exigir a reformulação das estratégias dos concorrentes”, reforça a denúncia.

Se for condenado, Adélio Bispo de Oliveira estará sujeito a pena de 3 a 10 anos de reclusão, aumentada até o dobro, em razão da lesão corporal grave.

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Mensagem N°83589
De: Estado de Minas Data: Segunda 1/10/2018 08:37:55
Cidade: Belo Horizonte

Corpo de empresário enforcado é deixado em apartamento - Luiz Ribeiro - O corpo de empresário Leônidas de Araújo Leão Júnior, de 54 anos, dono de empresa de transportes, foi encontrado neste domingo em seu apartamento, no Bairro Morada do Sol, em Montes Claros, no Norte de Minas. A suspeita é que ele foi vítima de latrocínio. O corpo foi encontrado com os pés e mãos amarrados e amordaçado. Ele foi morto por enforcamento, com um lençol. O empresário, que era conhecido como Junior Parrela, estava desaparecido desde a noite de sábado. A câmera de vídeo do sistema de segurança do prédio registrou imagens de dois rapazes que entraram no apartamento da vítima. Os dois estranhos são apontados como os principais suspeitos do crime. Eles deixaram o local em uma moto do empresário. A moto foi deixada a menos de 500 metros do prédio, onde foi encontrada. O telefone celular de Júnior Parrela também foi levado.

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Mensagem N°83588
De: Polícia Federal Data: Segunda 1/10/2018 11:26:34
Cidade: Montes Claros

A Polícia Federal em Montes Claros deflagrou hoje a Operação XIV. A investigação, iniciada há 7 meses, identificou uma organização criminosa que fraudou cerca de R$ 27.000.000,00 ao Fundo de Amparo ao Trabalhador, através de saques fraudulentos ao Abono do PIS. Para receber o Abono do PIS de até um salário mínimo, o trabalhador tem que ser inscrito no PIS há mais de 5 anos e ter trabalhado com carteira assinada em alguma empresa no ano anterior com renda média de até 2 salários mínimos por mês. As empresas são obrigadas a informar ao Ministério do Trabalho, no início de cada ano, todos os trabalhadores com os quais manteve vínculo empregatício no ano anterior, inclusive informando os meses trabalhados e o salário mensal. Essa informação da empresa é efetuada através de uma comunicação denominada RAIS – Relação Anual de Informações Sociais. O serviço de inteligência policial da Delegacia de Polícia Federal em Montes Claros identificou que mais de 100 empresas tinham seus dados utilizados indevidamente para o encaminhamento de RAIS falsa, declarando ao Ministério do Trabalho, anualmente, milhares de pessoas que efetivamente não trabalharam nas empresas. Ainda de acordo com as análise e relatórios de inteligência policial, foram identificados 28.375 vínculos de emprego declarados criminosamente nos últimos 9 anos, acarretando na geração de 1 salário mínimo para cada um desses vínculos declarados. E dessas milhares de pessoas que constavam como trabalhadores em RAIS falsa, cerca de 70% corresponde a pessoas falecidas. A organização utilizava de um engenhoso sistema de fraudes para solicitar o cartão cidadão em nome das pessoas falecidas e assim sacar em terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal (CEF) os abonos do PIS gerados criminosamente, valendo lembrar que cada abono do PIS equivale a até 1 salário mínimo anual. Milhares de outros saques eram feitos com utilização de documentos falsos apresentados diretamente em agências da CEF. A organização criminosa sobrepunha fotografias de seus comparsas em falsos documentos de identidade e os encaminhava para sacar o abondo do PIS nas agências da CEF. MESP - POLÍCIA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL EM MINAS GERAIS DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM MONTES CLAROS/MG Interceptações telefônicas autorizadas pela justiça e inúmeras diligências policiais registradas em fotos e vídeos demonstram a rotina de atuação do grupo criminoso nas fraudes. Foram cumpridos 44 mandados judiciais expedidos pelo Juiz Federal Leônder Magalhães da Silva da 1ª. Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros, sendo 11 mandados de prisão (4 prisões preventivas e 7 temporárias, e outros 33 mandados judiciais de busca e apreensão, indisponibilidade de bens, bloqueio de valores, etc. as penas podem chegar a 14 anos de prisão. Também foi determinado pela Justiça o imediato bloqueio de 10.330 números de PIS utilizados para as fraudes. Os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Contagem, Belo Horizonte, Brumadinho, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Juatuba e Esmeraldas. Na deflagração da Operação e cumprimento dos mandados judiciais foi empregado um efetivo de cerca de 110 policiais e servidores. Para as investigações, foi formada uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Ministério do Trabalho e Caixa Econômica Federal. O codinome atribuído à operação foi inspirado no fato de o abono do PIS sempre foi chamado pelos trabalhadores como 14º. salário.

***

O Tempo - PF desarticula quadrilha suspeita de fraudar abono salarial em Minas Gerais – Igor Passarini - Uma organização criminosa que teria fraudado o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em cerca de R$ 27 milhões, por meio de saques indevidos do benefício do abono salarial, foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (1) em Belo Horizonte, Contagem, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Brumadinho, Esmeraldas, Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Juatuba. Ao todo, foram sete mandados de prisão temporária e outras 33 de busca e apreensão ,indisponibilidade de bens e bloqueio de valores expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros. A Justiça determinou o bloqueio imediato de 10.330 inscrições do Programa de Integração Social (PIS), utilizados para as fraudes.
A fraude
A organização criminosa teria utilizado um engenhoso sistema de fraudes para solicitar o cartão cidadão em nome das pessoas falecidas e assim poder sacar, em terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal (CEF), os abonos salariais fraudados. A organização criminosa sobrepunha fotografias em documentos de identidade falsos e encaminhava essas pessoas para sacar o abondo salarial nas agências bancárias.Milhares de outros saques teriam sido feitos com utilização de documentos falsos apresentados diretamente em agências da CEF. Os investigadores identificaram que mais de 100 empresas tinham seus dados utilizados indevidamente para o encaminhamento de Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) falsas, declarando ao Ministério do Trabalho e Empreg (MTE), anualmente, milhares de pessoas que não trabalharam efetivamente nas empresas. As empresas são obrigadas a informar ao MTE no início de cada ano, todos os trabalhadores com os quais manteve vínculo empregatício no ano anterior, inclusive informando os meses trabalhados e o salário mensal. Esta informação da empresa é efetuada por meio de uma comunicação denominada RAIS. Foram identificados mais de 28 mil vínculos de emprego declarados criminosamente nos últimos 9 anos, acarretando na geração de 1 salário mínimo para cada um desses vínculos declarados. Destes milhares de pessoas que constavam como trabalhadores em RAIS falsas, cerca de 70% correspondiam a pessoas falecidas.

***

Jornal Extra (Rio) - PF faz operação contra grupo que fraudava saques do abono do PIS há nove anos
Uma operação da Polícia Federal (PF) foi iniciada nesta segunda-feira, dia 1º de outubro, em Montes Claros (MG), para desmontar um esquema de fraude que permitia o saque do abono salarial do PIS a partir de dados empregatícios falsos. A ação policial foi batizada de “Operação XIV”, em referência ao 14º salário, como o benefício é conhecido informalmente. Segundo a PF, nos últimos nove anos, foram identificados 28.375 vínculos falsos de emprego, que deram origem a retiradas de benefícios irregulares, com a utilização de documentos falsos. Desse total, 70% estavam em nome de pessoas mortas. As retiradas eram equivalentes a um salário mínimo (R$ 954). De acordo com as investigações, em quase uma década, a organização criminosa retirou R$ 27 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), cujos recursos são usados para pagar o abono anual aos trabalhadores. As investigações levaram em conta dados fornecidos pelo Ministério do Trabalho, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Esse sistema, que alimentado pelas empresas, reúne dados dos trabalhadores que atuam na iniciativa privada e têm registro formal. Ainda de acordo com a Polícia Federal, mais de cem empresas tiveram dados usados indevidamente pelos fraudadores. A organização teria criado até um sistema fraudulento de solicitação de Cartão Cidadão, o que permitia os saques dos abonos em terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal.
Detalhes da operação
A partir das investigações da PF, a 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros determinou o bloqueio imediato de 10.330 números do PIS utilizados pela organização criminosa. Foram expedidos 11 mandados de prisão (quatro preventivas e sete temporárias) e 33 mandados de busca e apreensão, que stão sendo cumpridos nesta segunda-feira. A Justiça ainda determinou a indisponibilidade de bens e o bloqueio de valores em endereços de dez municípios de Minas Gerais: Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Contagem, Belo Horizonte, Brumadinho, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Juatuba e Esmeraldas.
Quem tem direito ao abono do PIS
Para ter direito ao abono, o trabalhador deve estar inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, cinco anos, tendo trabalhado com registro formal por, no mínimo, 30 dias no ano-calendário de pagamento, recebendo uma remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Além disso, os dados desse empregado devem ter sido informados corretamente por seu empregador na RAIS entregue ao Ministério do Trabalho. O valor anual pago ao empregado formal varia de R$ 80 a R$ 954, de acordo com o número de meses por ele trabalhados com registro formal no ano-calendário de referência. O dinheiro não retirado no prazo pelo trabalhador retorna para o FAT.


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R7 (Minas) - Polícia Federal faz operação contra fraude em abono salarial em MG - Matheus Renato Oliveira* do R7, com Túlio Lopes, da RecordTV Minas - Na manhã desta segunda-feira (1º) a Polícia Federal realizou a operação "XIV", em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego e da Caixa Econômica Federal, e com intuito de desarticular uma organização criminosa que teria fraudado o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), por meio de saques indevidos do benefício do abono salarial. Foram cumpridos 44 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária Federal de Montes Claros, dentre os quais quatro são mandados judiciais de prisão preventiva, sete são mandados judiciais de prisão temporária e 33 são mandados judiciais de busca e apreensão, indisponibilidade de bens e bloqueio de valores. Os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Grão Mogol, Itacarambi, Corinto, Contagem, Belo Horizonte, Ribeirão das Neves, Juatuba, Esmeraldas, Santa Luzia e Brumadinho. Foram empregados cerca de 110 policiais federais e servidores no cumprimento das ordens judiciais. Também foi determinado pela Justiça o imediato bloqueio de 10.330 números do PIS (Programa de Integração Social) utilizados para as fraudes. As investigações tiveram início há sete meses e identificaram a organização criminosa que teria fraudado o FAT em cerca de R$27 milhões, por meio de saques indevidos do benefício do abono salarial. Para receber o abono de até um salário mínimo, o trabalhador deve ser inscrito no PIS há mais de cinco anos e ter trabalhado com carteira assinada em alguma empresa no ano anterior com renda média de até dois salários mínimos por mês. As empresas são obrigadas a informar ao MET (Ministério do Trabalho e Emprego), no início de cada ano, todos os trabalhadores com os quais manteve vínculo empregatício no ano anterior, inclusive informando os meses trabalhados e o salário mensal. Essas informações são comunicadas através do RAIS (Relação Anual de Informações Sociais). Os investigadores identificaram que mais de 100 empresas tinham seus dados utilizados indevidamente para o encaminhamento de "RAIS falsas", declarando ao MTE, anualmente, milhares de pessoas que não trabalharam efetivamente nessas empresas. Foram identificados mais de 28 mil vínculos de emprego declarados criminosamente nos últimos nove anos, acarretando na geração de um salário mínimo para cada um desses vínculos declarados. Cerca de 70% das "RAIS falsas" corresponderiam a pessoas falecidas. A organização criminosa teria utilizado um engenhoso sistema de fraudes para solicitar o cartão cidadão em nome das pessoas falecidas e assim poder sacar, em terminais de autoatendimento da Caixa Econômica Federal, os abonos salariais fraudados. Milhares de outros saques teriam sido feitos com utilização de documentos falsos apresentados diretamente em agências da CEF. A organização criminosa sobrepunha fotografias de seus comparsas em documentos de identidade falsos e encaminhava essas pessoas para sacar o abondo salarial nas agências bancárias.

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Mensagem N°83587
De: Reinaldo Sandes Data: Segunda 1/10/2018 08:28:27
Cidade: Montes Claros

Hoje, primeiro dia do mês de outubro, comemora-se o Dia do Idoso. Embora nós idosos não tenhamos muito o que festejar nos tempos atuais, transcrevo aqui, como forma de abraço a todos que atingiram os sessenta anos, um relato contido no meu livro de memórias, recentemente publicado pela Editora da Unimontes:

Velho?!... Nem tanto!
Antes de chegar aos sessenta anos, me irritava quando, nas extensas filas dos caixas de bancos ou de lotéricas, via chegar um idoso ainda cheio de vigor com contas para pagar ou jogos para fazer.
Clientes de atendimento prioritário por lei, esses senhores, quase sempre de chinelão no pé, óculos escuros, bermudas coloridas e camisetas típicas de verão, sem nenhum constrangimento e na maior “cara de pau”, furavam a fila e eram atendidos. Pronta e gentilmente atendidos, diga-se de passagem, muito antes dos demais que, sabe-se lá há quanto tempo, angustiados pela demora e com muitos afazeres, impacientemente esperavam por isso.
Pensava comigo ou comentava com alguém da fila:
– Como pode alguém que, ao que parece, tem o resto do dia livre, chega e, sem mais nem menos, é atendido antes de todos nós, com tanta coisa ainda por fazer no dia?
– Fazer o que? É a lei! – sempre me respondiam.
– Sim, é a lei! Mas ela deveria ser aplicada apenas aos doentes, deficientes físicos, pessoas com pernas quebradas ou mulheres em adiantada gravidez ou com crianças no colo. Um velho forte desses, esbanjando saúde, sem nada o que fazer, por que não esperar ser atendido como os outros?
O tempo passou e num belo dia do mês de janeiro completei sessenta anos. Embora já pudesse usufruir do mesmo direito que eu tanto combatera, a princípio relutei em fazê-lo. Primeiro por me sentir envergonhado e, depois, por proibição de minha esposa que, quando estava comigo, era categórica:
– Deixe de bobagem! Você não precisa disso! Você é muito novo ainda!
Um dia, quando precisei pagar na boca do caixa um boleto referente à compra de uma peça para meu Jeep que fizera pela Internet, me dirigi a uma agência do Banco do Brasil. Na porta giratória, uma mocinha distribuía as senhas para o atendimento. Receoso de encontrar uma fila quilométrica, um pouco constrangido, embora já soubesse a resposta, perguntei à moça:
– O que vocês chamam de idoso no atendimento prioritário?
– Pessoas com mais de sessenta anos – respondeu.
– É o meu caso! É a primeira vez que farei uso da fila dos velhos! – falei com um sorriso meio sem graça.
Após receber da atendente uma senha identificada pela letra P seguida de um número, subi as escadas aliviado por não ter que esperar muito tempo. No andar de cima, três funcionários dos caixas conversavam entre si. Fui imediatamente atendido por um deles. Para minha surpresa, não havia ninguém na fila. Os caixas estavam literalmente vazios.
Boleto pago e recibo na mão, desci a escadaria desapontado e pensativo, ainda portando a tal senha que nem sequer me fora exigida. Um constrangimento em vão. Que coisa! Não precisava passar por isso! – pensei comigo.
A partir daquele dia, entretanto, perdi completamente a vergonha de entrar na fila dos idosos. Nos bancos, nas lotéricas, nos supermercados, nos embarques para o voo, nos exames laboratoriais, descaradamente, faço uso do atendimento prioritário como de direito. Hoje, chego sorridente e furo a fila, na maior cara de pau. Bom mesmo é ir de traje a rigor, ou seja, óculos escuros, chinelo, bermuda e camiseta com lembrança de alguma praia. Qualquer dias desses, em plena segunda-feira, celular no ouvido, farei isso simulando uma conversa com algum amigo, marcando para daí a meia hora uma cervejinha e uma partida de dominó num boteco próximo. Com certeza receberei de volta as críticas que tanto fiz outrora.
Só uma coisa me incomoda nisso tudo. Não gosto daquele velhinho com bengala usado para identificar o atendimento prioritário aos idosos. Aquela figura horrível deveria ser substituída por uma simbologia mais jovial e vigorosa. Velho?!... Nem tanto!


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Mensagem N°83586
De: Petrônio Braz Data: Segunda 1/10/2018 08:36:32
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Primeiro amor
Hoje voltei setenta anos no tempo. Inesperadamente, por volta das 10:00h, recebi uma ligação telefônica:
– Eu sou o Joãozinho Bosco e estou em São Francisco com minha família e meu irmão. Consegui o seu número com Vicente, seu genro.
Pensei um pouco e perguntei:
– Filho de João Bosco e de Vanda Burle?
– Sim. Estive aqui em São Francisco há quase 50 anos e retornei agora. Minha mãe faleceu há 50 anos, com 37 anos de idade. Ela sempre falava que você tinha sido namorado dela e que depois tinha sido prefeito da cidade.
O tempo desabou. Disse com clareza:
– Sua mãe foi minha primeira namorada. O primeiro amor de minha vida.
– Ela também falava assim.
Namoro dos tempos da juventude, dos anos 40. Namoro sério, sem intimidades. Namoro de quatro anos com a possível futura esposa. Amor que ficou marcado para sempre. Ela se casou com João Bosco, pai do meu interlocutor da manhã.
Anos depois, no correr dos anos 60, ela retornou a São Francisco e, acreditem, foi com sai mãe, Aurora Burle, até a fazenda de meu pai, onde eu morava, para me ver. Eu não estava em casa, e ela foi recebida por Olga, minha esposa, e disse, com toda naturalidade: “Vim ver Petrônio”. Maria Elisa, minha filha, é testemunha desse fato.
Na vida existem passagens que se eternizam. Ela faleceu jovem, muito nova, mas sempre esteve e continuará vinculada à minha vida.
Naqueles tempos idos, quando eu namorava com Vanda Burle; Newton Ferreira namorava com Conceição Figueiredo, e Oscar, com Alda Figueiredo. Vanda casou-se com João Bosco; eu casei-me com Olga; Newton mudou-se para Januária e por lá se casou; Oscar casou-se com Selme; Conceição Figueiredo, com Mário Mendes, e Alda casou-se com Nelson Spina “que não tinha entrado na história”.
Como escreveu Carlos Drummond de Andrade em "A Quadrilha", "João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili, que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história."

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Mensagem N°83585
De: Calculista Data: Domingo 30/9/2018 16:39:39
Cidade: Montes Claros/MG

Terremotos seguidos de tsunami na ilha indonésia de Sulawesi: maior magnitude 7,5 oR, 832 mortos e mais de 500 feridos, por enquanto, infelizmente. 1995,26 vezes mais forte do que o de maior magnitude já registrado em Montes Claros, em 19/5/2012, de 4,2 oR.

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