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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°78962
De: José Prates Data: Quarta 5/11/2014 11:41:50
Cidade: Rio de Janeiro - RI

AS ELEIÇÕES FORAM FEITAS

Uma semana já passou depois que as eleições foram feitas, tudo transcorreu normalmente sem tumulto, dentro da lei. Foi ótimo, ninguém pode negar. A Presidente Dilma foi reeleita mostrando que o eleitor brasileiro aceitou o seu governo e deseja sua continuação, mas, lembrou a ela a necessidade de apurar fatos e identificar pessoas responsáveis por desvios e escândalos que de vez em quando acontecem como foi o caso do chamado mensalão. Está ai, à vista de todo mundo porque não é de hoje que o Brasil está infestado de pessoas que rezam pela cartilha da incompreensão; gente que luta por objetivos inconfessáveis ou se movem por propósitos que se chocam com foros de civilização, com nossas tradições e, até, com a própria Constituição. Vivemos sob risco e todos nós nos sentimos em risco permanente porque há mais do que seqüestradores, assaltantes, paranóicos soltos, usuários de drogas prontos a agir contra nós. È difícil dizer isto, mas, existem muito mais aproveitadores, oportunistas, do que sabemos ou pensamos,. Sem entrar especificamente nos escândalos que estigmatizaram a administração pública, envolvendo poderosas empresas, como é agora, o caso da Petrobrás que foi dado a publico, o que não acontecia antes, existe a ação de grupos que professam princípios que ferem não só a Constituição, mas os ideais mais sagrados da nação. Não é a primeira vez que uma coisa dessa acontece, mas, ninguém ficava sabendo porque tudo era coberto por panos quentes para não aparecer. Parece que os panos quentes acabaram.
A Presidente Dilma, referindo-se â Petrobrás, disse em entrevista â imprensa que “Além disso, eu quero dizer também, que eu não falo de corrupção só em época eleitoral. Eu combato a corrupção fora do período eleitoral e faço isso de forma sistemática. Nesse caso da Petrobras, ou qualquer outro, que tenha a ver com corrupção, eu vou investigar a fundo, doa a quem doer. Quero dizer que não vai ficar pedra sobre pedra”, repetiu a presidente o que aponta o inicio de uma nova era com a apuração anunciada. Não interessa ao Brasil viver com aqueles que não o respeitam, com os maus patriotas, os que não o amam, os que contribuem para, mais uma vez, vilipendiar sobre a livre manifestação do pensamento, como aconteceu, há pouco, com um periódico da capital de São Paulo, cujas instalações foram atacadas pela malta. Não foi meia dúzia de indivíduos, mas cerca de
200, segundo apurou a polícia. Quem eram eles? Quem está por trás de sua atividade criminosa? A história nos diz que “a coação à imprensa, ferindo o indivíduo, ofende, ao mesmo tempo, a ordem pública, a nação, o regime de governo”, já admoestava Rui Barbosa: “Todo o poder que se oculta, perverte-se” É bom não se esquecer disso. .. José Prates

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Mensagem N°78961
De: Rozana Data: Quarta 5/11/2014 11:36:11
Cidade: Montes Claros

Boa Tarde pessoal! Gostaria de informações sobre o protesto que esta tendo nesse momento na BR 135, toda a estrada fechada, muito congestionamento, muitas pessoas revoltada, já teve acidente! Alguém pode nos dar maiores informações?

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Mensagem N°78960
De: Manoel Hygino Data: Quarta 5/11/2014 10:30:30
Cidade: Belo Horizonte

Um mineiro na Semana de Arte Moderna

Manoel Hygino dos Santos

Daqui oito anos, estaremos comemorando o centenário da Semana de Arte Moderna. O encontro de escritores, artistas e jornalistas no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, foi um marco na história do Brasil, pelo que também representou política e ideologicamente.
Em princípio, os promotores do evento - a palavra assume aqui seu verdadeiro significado – queriam que os autores brasileiros, os artistas, tomassem ciência e consciência do que acontecia na Europa em termos de vanguarda do pensamento. Não era um movimento exclusivo desse segmento social, como afirmou Mário de Andrade em conferência, vinte anos depois, na Casa do Estudante, no Rio de Janeiro, em 30 de abril:
“Manifestado especialmente pela arte, mas manchando também com violência os costumes sociais e políticos, o movimento modernista foi o prenunciador, o preparador e por muitas partes o criador de um estado de espírito nacional. A transformação do mundo, com a prática europeia de novos ideais políticos, a rapidez dos transportes e mil e umas outras causas internacionais, bem como o desenvolvimento da consciência americana e brasileira, os progressos internos da técnica e da educação, impunham a criação de um espírito novo e exigiam a verificação e mesmo a remodelação da Inteligência nacional. Isto foi o movimento modernista, de que a Semana de Arte Moderna ficou sendo o brado coletivo principal”.
Como agora acontece, a sociedade queria mudança, não só a queriam os intelectuais, os artistas, os escritores, o próprio desenvolvimento econômico e social queria transformação, adaptando-se ao novo tempo. Após os governos militares do início da República, os senhores rurais voltavam ao poder, fortalecidos pela vigorosa ascensão do café, que girava em torno do Eixo São Paulo- Minas. Sobreveio “a política dos governadores”, quando os mandatários estaduais apoiavam o governo federal e este os governos estaduais”.
Surgiram as oligarquias, grandes e prestigiosas famílias ou grupos políticos que se perpetuavam no poder. Minas e São Paulo, os estados mais populosos, se revezavam no poder, fazendo a política do café-com-leite, que permaneceu até 1930.
Esse sentimento, consciência e atitude ganharam todos os segmentos aparecendo na música popular nos versos de Noel Rosa, lembrando que Minas dá leite, São Paulo dá café e o Rio de Janeiro dá samba. Não constituía, a verdade exatamente, mas era um espelho assemelhado da vida social, artística e política naquele período.
Após a primeira guerra mundial, terminada em 1918, em que um mineiro- Wenceslau Brás- se encontrava na presidência da República, as capitais brasileiras metamorfosearam, à frente São Paulo. Houve um surto rápido de progresso industrial, a urbanização, o nascimento do segmento sindical, a burguesia cada dia mais forte, embora marginalizada pela política econômica voltada para a produção e exportação do café. A
imigração europeia avançou principalmente no sentido dos grandes centros, ou seja, São Paulo preferencialmente, e para a região cafeeira. De 1903 a 1914, o Brasil acolheu 1,5 milhão de imigrantes.
Nasce um novo país, dividido entre urbano e rural. Os trabalhadores se preparam, desde então, para embates em torno de suas reivindicações, os anarquistas aparecem sobretudo em São Paulo e publicam seus jornais, como “La Bataglia” e “A Terra Livre”. Eclodem na maior cidade brasileira as primeiras greves a partir de 1905, a mais importante delas em 1917. Falava-se na Revolução Russa daquele ano, e o próprio Partido Comunista é fundado em 1922, representando simultaneamente o declínio anarquista.
Em setembro de 1922, um brasileiro chegava a Moscou para participar do IV Congresso da Internacional Comunista. Era Antônio Bernardo Canellas, de 24 anos, um dos mais jovens delegados dos 394 credenciados ao encontro. Canelllas sabia de cor e costumava repetir o pensamento de Kropotkin, anarquista russo: “Todas as coisas do mundo são de todos os homens, porque todos os homens delas necessitam, porque todos os homens colaboraram, na medida de suas forças, para produzi-las, porque não é possível avaliar a parte de cada um na produção das riquezas do mundo...”
A Semana de Arte Moderna compreendeu três sessões, nos dias 13, 15 e 17 fevereiro, principalmente por iniciativa do “festejado escritor, Sr. Graça Aranha, da Academia Brasileira de Letras”, como noticiou “O Estado de S. Paulo” e atraiu muita gente ao Teatro Municipal de São Paulo; gente dos meios intelectuais e artísticos, e curiosos. No saguão, pinturas e esculturas que causavam espanto.
O orador oficial da abertura foi Graça Aranha, que disse a certa altura: “Para muitos de vós a curiosa e sugestiva exposição que gloriosamente inauguramos hoje, é uma aglomeração de ‘horrores’. Aquele Gênio supliciado, aquele homem amarelo, aquele carnaval alucinante, aquela paisagem invertida, se não são fogos da fantasia de artistas zombeteiros, são seguramente desvairadas interpretações da natureza e da vida. Não está terminado o vosso espanto. Outros ‘horrores’ os esperam. Daqui a pouco, juntando-se a esta coleção de disparates, uma poesia liberta, uma música extravagante, mas transcendente, virão revoltar aqueles que reagem movidos pela força do Passado.” A repercussão foi enorme, como se esperava. No dia 15, Menotti Del Picchia discorreu sobre arte e estética, lendo textos de Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Plínio Salgado. O público miava e latia. Ronald de Carvalho leu “Os Sapos”, de Manuel Bandeira, numa crítica ao parnasianismo. Nas escadarias do Municipal, Mário de Andrade leu fragmentos de “A Escrava que não é Isaura”. Perguntou depois: “Como pude fazer uma conferência sobre artes plásticas, na escadaria do Teatro, cercado de anônimos que me caçoavam e ofendiam a valer?...
Confusão e críticas e apupos, mas o movimento estava lançado com predominância por nomes fortes do meio literário e artístico de São Paulo. Di Cavalcanti sublinhou o lado político do movimento com ataque à aristocracia e à burguesia. Mário de Andrade definiu: “Lirismo: estado afetivo sublime – vizinho da sublime loucura. Preocupação de métrica e de rima prejudica a naturalidade livre do lirismo objetivado”.
Causou espécie a última noite. O maestro Villas-Lobos entrou em cena: de casaca... e chinelos; o público interpretou o episódio como futurista e vaiou. Só depois, pôde explicar que assim se apresentara no palco por força de um calo doloroso.
Entre os participantes da Semana, havia um mineiro, pouco conhecido presentemente: o poeta Agenor Barbosa, nascido em Montes Claros, em 1896 e evocado recentemente por um historiador da região – Haroldo Lívio. Este reconhece que o vate norte-mineiro é até ignorado presentemente por seus conterrâneos, ainda que outro menestrel, Cândido Canela, o considerasse “o maior de todos os nascidos na cidade”. Foi reverenciado em São Paulo, que o elegeu para o rol dos dez maiores poetas paulistas, juntamente com Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia e outras celebridades e cresceu “ainda mais, conquistando lugar cativo no coração dos paulistas, que o tinham como um dos nomes gloriosos da literatura de São Paulo, a despeito de mineiro do sertão.
Agenor, segundo Haroldo Lívio, foi o único participante aplaudido pelo público, que vaiara Manuel Bandeira, Villa-Lobos, Mário de Andrade e outros famanazes das artes.
Em sua cidade natal, fez o curso primário e, com a transferência da família para Belo Horizonte, aqui iniciou o secundário, que concluiria em São Paulo. Também lá se formaria em Direito e colaria grau em 1926, retornando a Belo Horizonte. Aqui, ingressou no serviço público e na imprensa como repórter do “Diário de Minas” e do “Folha de Minas”, nos quais também publicava poesias de sua lavra.
De retorno a São Paulo em 1916, ingressou no “Correio Paulistano”, admitido na redação, dirigindo também a editoria literária de “A Cigarra”. Pode-se dizer que se consagrara. Na paulicéia, em enquete da revista “Panóplia”, foi eleito como um dos maiores poetas de São Paulo. O escritor Mário da Silva Brito se refere a ele no livro “História do Modernismo Brasileiro”.
Em seu brilhante livro sobre a cidade, Nelson Vianna( ¹) transcreve soneto inédito de Agenor:
MONTES CLAROS
“A doçura sem fim do silêncio, que espalma
as suas asas sobre a noite, eu me avizinho
da terra, que me acena como um ninho
e, na distância, é sempre linda e sempre calma.

A minha terra vive dentro de minh’alma...
deixem que fale o coração, devagarinho...
Que eu pare um pouco, em meio à sombra do caminho
E lhe teça, a sorrir, este canto e esta palma”.

Ouço, de longe, a voz do berço que me chama.
Voz serena de amor, de carinho e piedade
que é suave como um beijo e arde como uma flama.

Minha terra natal! Minha velha cidade!
Dentro do coração que te pertence, clama
a dor do meu exílio e da minha saudade”.

Djalma Andrade, da Academia Mineira de Letras, na seção “História Alegre de Belo Horizonte”, publicada no jornal “Estado de Minas”, exaltou-o: “Agenor Barbosa, quando jovem, foi um dos poetas mais queridos de Belo Horizonte. Muito magro, muito pálido, escrevia nas revistas versos líricos, que eram gravados de cor pelas garotas de 1915. Nas varetas do leque de uma moça, numa festa de barraquinhas, escreveu:
“Quando for nosso noivado
Será tão lindo o teu véu,
Que um beijo o trará bordado,
Pelas santas lá no céu”.

Quando do centenário de Montes Claros, em 19 57, a comissão organizadora dos festejos decidiu incluir Agenor entre os convidados de honra, mas ele não se dignou de comparecer. O poeta Cândido Canela, enraizado no berço, tomou-se de dores, embora sequer o conhecesse, e escreveu uma série de cartas na quais um velho bardo, supostamente Esperidião Santa Cruz, afastado da terra natal há mais de meio século, demonstrava morrer de saudade e deplorava não regressar à origem para rever os amigos.
O historiador evoca, como o próprio Cândido Canela me contou: “Esperidião foi o pseudônimo que o autor das cartas criou para substituir o nome real do homenageado. A cidade inteira acompanhou a publicação, na Gazeta do Norte, das cartas chorosas que chegavam toda semana. Nos saraus familiares, tornou-se o assunto predileto, porque o macróbio Esperidião, apesar de um ancião de escasso convívio, recordava-se nitidamente da Montes Claros de sua mocidade. Declarava os nomes de sues antigos companheiros de bailes e serestas, como também se lembrava das donzelas românticas de seus tempos de rapaz. Ninguém sabia, exceto o jornalista Jair Oliveira, que se tratava de uma brincadeira do verdadeiro autor das cartas, e ambos se divertiam com o sucesso do público”.
A correspondência era tão fiel à realidade, que pessoas de boa memória acreditaram ter conhecido pessoalmente o missivista Esperidião Santa Cruz, que, ao final, ficou muito mais conhecido do que o próprio Agenor. Maria Ribeiro Pires, escritora e oradora de mão cheia, está à procura de exemplares dos jornais que publicaram as cartas, há mais de meio século.
A coleção, contudo, foi recolhida a local não sabido.

(¹ ) Vianna, Nelson, “Efemérides Montesclarenses”, Parte II, Coleção Sesquicentenário, vol.5, Editora Unimontes, Montes Claros

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Mensagem N°78959
De: Haroldo Lívio Data: Terça 4/11/2014 20:09:59
Cidade: M. Claros

Endereço telegráfico

HAROLDO LÍVIO

Egresso do bloco cirúrgico da Santa Casa, sob os cuidados dos magos Luiz da Paixão e Walter Lima, coadjuvados pelo jovem anestesiologista Waldir Nascimento Bessa Jr., cujo nome indica ser herdeiro do comerciante de maior visão que já mercadejou nesta praça, dono da Loja Americana, voltei a casa pensando nestas cousas aparentemente desimportantes que, de vez em quando, nos enchem a cabeça de caraminholas. Faz quanto tempo que o leitor não passa um telegrama? Já nem se lembra mais e acha que telegrama é um meio antiquado de comunicação em desuso. Aí é que está o engano! A Empresa de Correios e Telégrafos continua funcionando a todo vapor. E funcionando muito bem. Principalmente telegrafando... Para cumprimentar nubentes, uma amiga que festeja 80 anos abrindo garrafas de champagne Veuve Cliquot, os manuais de bom tom exigem que se telegrafe, e não enviar um e-mail ou telefonar, porque o destinatário ficará muito feliz
recebendo o documento das mãos do carteiro, protocolarmente. A mensagem é tão formal que vem contida dentro de um envelope. Antigamente, antes da universalização do computador, as empresas, por status e princípio de economia, tinham o endereço telegráfico que correspondia ao endereço de correio eletrônico E-mail, atualmente dominante e triunfante. A taxação do telegrama era cobrada por letra usada no endereçamento. Se o remetente ao telegrafar para o Banco do Brasil usasse apenas o endereço telegráfico Satélite, muito famoso, por sinal, pagaria somente o valor de uma letra no endereço. Negócio pra lá de vantajoso! Já pensou em quanto ficaria o nome Banco Hypotecário e Agrícola de Minas Gerais, para quem não soubesse o endereço telegráfico, do qual não consigo me lembrar. Lembro-me de que o Banco Mineiro da Produção era Bemca. Assim mesmo. Parece-me que o Banco Comércio e Indústria era Bancomércio. Isto são impressões de sessenta anos atrás, muito para trás. Tenho certeza de que a firma Indústrias Reunidas Santa Maria S.A., fabricante do Óleo Mariflor, o braço direito da boa cozinheira, usava Mariflor e até elegeu uma Miss Mariflor. Seus concorrentes, os Irmãos Pereira, do Óleo Boazinha, usavam o Ipê, uma árvore que nada tem a ver com o algodão e tem a ver com a família. Teria sido bolado pelo brilhante jornalista Cipião Martins Pereira, tido como um dos textos mais belos da grande imprensa. Sociam era o endereço telegráfico de uma algodoeira cuja razão social me escapa.
Ah, se ainda estivesse por aqui o amigo Necésio de Moraes, para elaborar uma lista. Confirmaria que Ramirmãos era usado pela Casa Luso-Brasileira, de Ramos & Cia. (Saudade de Dona Fernanda.) Principalmente informaria sobre firmas de peso em que militou na contabilidade. Diria o endereço telegráfico de Comércio e Representações J. Alves da Silva S.A., a concessionária Ford; e confirmaria Matsulphur, da Companhia de Materiaes Sulphurosos, do Cimento Montes Claros, ou melhor, de João Bosco Martins de Abreu, que acaba de nos deixar entre lágrimas de saudade e eterna gratidão por todo o bem que fez a esta cidade que aprendeu a amar como sua também. Montes Claros se curva reverente ante sua personalidade de homem de escol e empreendedor da produção, das ciências e das artes.

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Mensagem N°78958
De: Polícia Militar Data: Terça 4/11/2014 11:29:44
Cidade: Montes Claros

Por volta das 18h30min, foi localizado um veículo abandonado na rua Francisco Coutinho, bairro Augusta Mota. O veículo GM/CORSA GL, de cor cinza, placa GMV-7024, era utilizado para fuga de indivíduos que teriam efetuado disparos de arma de fogo no bairro Major Prates. Durante o patrulhamento, os policiais militares encontraram a vítima, um homem de 22 anos, que apresentava perfurações nos membros inferiores e alegou ter sido alvejado pelos disparos efetuados por quem estava no veículo localizado enquanto transitava pelo local na companhia de seu irmão, momento em que indivíduos no veículo Corsa cinza passaram atirando. Logo após, os indivíduos evadiram com o veículo em alta velocidade em direção ao bairro Augusta Mota. A vítima foi assistida por equipe dos Bombeiros e conduzida para o hospital, onde ficou sob os cuidados médicos e não soube informar quem seriam os autores dos disparos nem a motivação do crime. Qualquer informação sobre o paradeiro dos autores pode ser repassada via Disque-Denúncia Unificado (DDU), 181 ou mesmo pelo telefone das emergências policiais, 190.

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Mensagem N°78957
De: Isaias Caldeira Data: Terça 4/11/2014 08:58:01
Cidade: Montes Claros-MG

Memórias e fatos

Isaías Caldeira

Nasci no final do ano de 1959. Passei a minha infância e juventude sob o governo militar. A primeira memória que tenho da minha infância é do meu pai de prontidão,à espera do resultado das ações das forças armadas, num dia que hoje sei ser aquele em que os militares derrubaram João Goulart. Havia combinado com o fazendeiro vizinho que, caso fracassassem os militares, enfrentariam os elementos da liga camponesa à bala, mesmo sob o risco do sacifício dos familiares, incluindo as crianças, em meio às escaramuças. Vitoriosos os militares, ficamos vivos, escapando do enfrentamento armado, para a alegria do chefe da casa e nossa. Meu pai acreditava na sentença bíblica que condenava o homem a comer ao preço do suor do seu rosto, recusando qualquer forma de governo contrária a sua fé, preferindo a morte. Trabalhava desde os oito anos de idade. Fora oleiro, tropeiro,vaqueiro e conseguiu, com suor e economia, comprar um pedaço de terra, dela vivendo com a família. Devo, de certa forma, às forças armadas, o ainda poder ver a lua crescente de hoje e sei que ela esta noite “não me procurará em vão”, no dizer de um poeta persa. A minha relação com o governo militar de então, iniciada minha juventude, era de indiferença. Depois, passei a achar que a felicidade era poder cantar uma canção censurada de Geraldo Vandré, comprar um disco do burguês Chico Buarque, ou de Caetano Veloso pelado na capa, fatos que pesaram na minha contestação ao regime. De nada valia a vida tranquila, que nos permitia atravessar a cidade a qualquer hora da noite, em bandos adolescentes, sem nenhum perigo, ao não ser de algum cachorro bravo solto na rua, sem riscos de assalto ou de perda da vida por alguma bala perdida. Ninguém, do nosso grupo de adolescentes, usava drogas ou mesmo conhecia algo estupefaciente além de bacardi com coca-cola, limão e gelo, ou o famoso “ rabo-de- galo”, mistura de cachaça, cortezano e licor de pequi. Outros jovens eram mais liberais, afinal vínhamos da contracultura, que teve seu auge nos anos 60, mas eles se limitavam a um visual diferente, cabeludos, de roupas coloridas, à espera da Era de Aquário , na base do “ paz e amor” e “faça amor, não faça a guerra”. Enquanto isso, o governo militar, que duraria 20 anos, entre 1964 a 1984, cuidava de levar o Brasil da 49ª economia mundial para a 8ª posição, quando do seu término, e desde então, 30 anos depois, estacionamos no sétimo lugar no cotejo das nações. Os militares fizeram quatro grandes usinas hidrelétricas, Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu , que permitiram a industrialização do País, além de outras menores; 46 mil quilômetros de rodovias asfaltadas, incluindo Belo Horizonte-Montes Claros, Rio-Santos, Rio-Juiz de Fora, Ponte Rio-Niteroi; a transamazônica; metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza; quatro grandes portos; criação da Embrapa, que tirou o País da agricultura de subsistência para exportador de grãos; o Banco Central; o SFH, INPS,IAPAS,DATAPREV, LBA, FUNABEM, FGTS, Funrural; Nuclebrás, com Angras I e II ; Infraero, Polícia Federal, Zona Franca de Manaus; IBDF, BNH, SUDAN; o Proálcool ; a Ferrovia da Soja; fomos o 2ª maior construtor naval do mundo; o Projeto Rondon, Mobral; Embratel e Telebrás; Ferrovia do aço e tantas coisas mais, que é impossível citá-las sem encher páginas. O Brasil crescia até 14% ao ano, em primeiro lugar no mundo, nos anos 60/70. Tudo isso em 20 anos, mesmo tempo dos governos do PSDB e do PT somados. Falava-se de enfrentamento à guerrilhas, e como ficamos sabendo, alguns foram mortos e outros torturados. Dos que sobreviveram, muitos estão no poder atualmente. Todos os presidentes militares continuaram pobres e nem sabemos quem são seus descendentes. Em governos civis apareceram o MST, MTST, e outros congêneres, atuando em frentes ditas populares, a salvo dos rigores das leis, que em tese valem para todos. Não há mais censura, usar droga não dá mais cadeia, bolsas diversas sustentam mais de 36 milhões de famílias, e as faculdades formam milhares de doutores, especialmente advogados. A gente pode cantar qualquer canção, acabou-se a indústria da música de protesto e ficar pelado não escandaliza mais. Gays se beijam em público e até se casam; virgindade é só na oração Mariana; existe a Lei da Palmada, as leis de cotas, e outras tantas em defesa da igualdade formal, que um desavisado acharia que esta nação caminha para ser o melhor dos mundos. Da casa murada, com alarmes, concertinas e cercas elétricas, ouvem-se as sirenes do Corpo de Bombeiros e do Samu, em socorro às vítimas de uma guerra civil não declarada, nas cidades e campos, que mata 60.000 brasileiros por ano, oficialmente. Mais que isso, só no trânsito. Antes, temíamos o guarda da esquina. Hoje o medo está em toda parte. Está nos encapuzados que depredam lojas e o patrimônio público, em índios que interrompem as estradas e cobram pedágios, nos sem-terras que não respeitam a propriedade privada, no grampeamento sem controle por agentes do Estado, na bandidagem que nada teme e se organiza em facções, formando seus exércitos. O Brasil está se deteriorando, apesar da melhora na distribuição de renda. Há um certo desalento , um desgosto com o rumo das coisas. Todos queremos democracia, que não se confunde com baderna. Queremos segurança e saúde . Melhoras na educação. Bandidos na cadeia. O império da lei e governantes honestos. Não é muito, mas o suficiente para a garantia da liberdade, banindo para sempre os fantasmas totalitários, da esquerda ou direita.

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Mensagem N°78956
De: Polícia Rodoviária Federal Data: Segunda 3/11/2014 16:52:58
Cidade: Montes Claros/MG

A PRF iniciará amanhã, dia 04, uma operação de fiscalização ao excesso de velocidade em várias regiões de Minas Gerais, incluindo as rodovias federais que passam pelo Norte de Minas.
Nos últimos 3 anos, foram registrados no trecho da Delegacia PRF de Montes Claros*: 3046 acidentes; 2780 feridos; e 319 mortos. Destes, foram causados por velocidade incompatível: 33% dos acidentes; 36% dos feridos; 38% dos mortos. Diante dessa situação, a PRF está desencadeando uma operação com foco no combate ao excesso de velocidade, com vistas a reduzir a ocorrência de acidentes e, consequentemente, as vítimas desses acidentes. A estratégia da ação é o uso sistemático de vários radares, sendo operados em pontos críticos de ocorrência de acidentes, de forma a gerar no condutor a percepção da necessidade de adequar-se à velocidade regulamentar da via, independentemente da existência ou não de radares.A operação é uma prévia do que será a atuação da PRF no período das festas de fim de ano e férias escolares. A ideia é que haja uma mudança no comportamento do condutor que é, em última análise, responsável por mais de 90% das ocorrências de acidentes e mortes no trânsito.
*Trecho da 14ª Delegacia PRF: Br 135, de Montes Claros a Joaquim Felício; Br 251, de Montes Claros a Salinas;
Br 365,de Montes Claros a Buritizeiro.

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Mensagem N°78955
De: Estado de Minas Data: Terça 4/11/2014 08:10:50
Cidade: Belo Horizonte

Justiça nega volta do ex-goleiro Bruno aos gramados - Segundo decisão do juiz Famblo Santos Costa, não há sistema de trabalho externo na unidade prisional de Francisco Sá e o deferimento do pedido iria violar o protocolo de segurança do lugar - Landercy Hemerson - O ex-goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza teve frustrado o plano de voltar aos gramados para defender um clube do futebol profissional, mesmo cumprindo pena de 22 anos e três meses pelo sequestro e morte da ex-amante Eliza Samudio, em junho de 2010. O Tribunal de Justiça publicou ontem decisão do juiz Famblo Santos Costa, de Francisco Sá, que nega o pedido de trabalho externo para Bruno, que foi transferido em 20 de junho para a penitenciária da cidade do Norte de Minas, numa manobra de seus ex-advogados, que diziam que ele voltaria a treinar e a jogar futebol pelo Montes Claros Futebol Clube no Módulo II do Campeonato Mineiro.
Os defensores do ex-jogador na época, Francisco Simim e Tiago Lenoir, destituídos no começo do mês passado, que a transferência de Bruno para Francisco Sá seria o caminho mais fácil para a ressocialização. Simim chegou a sugerir que o ex-atleta poderia jogar a Copa do Mundo defendendo a Seleção Brasileira. A família de Bruno Fernandes estuda, agora, a contratação de outro defensor, cujo o foco passa a ser a anulação do julgamento em que ele foi condenado, em março de 2013, pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza, que continua desaparecido, e sequestro e cárcere privado do filho da vítima, do qual ele seria o pai biológico. Outras cinco pessoas foram sentenciadas pelo crime.
Na decisão de Santos Costa, justificou que a unidade prisional de Francisco Sá recebe em custódia presos de alta periculosidade, o que resulta no empenho de um maior reforço da guarda em atividades internas e externas de presos, o que já inviabiliza benefício de trabalho fora do presídio para qualquer interno.
Uma fonte da penitenciária, que pediu anonimato, contou que na unidade, apesar do comportamento exemplar, Bruno não estaria tendo as oportunidades de estudar e trabalhar como ocorria na Segurança Máxima de Contagem, na Grande BH, o que contribuía para a remição de pena. Em Francisco Sá não há sistema de trabalho externo e, de acordo com o magistrado, o deferimento do pedido de benefício para o ex-jogador iria violar o protocolo de segurança da unidade. O Ministério Público também votou pelo indeferimento.
Na análise dos autos, o juiz constatou que ao apresentar o pedido, com base em assinatura de contrato de Bruno Fernandes como o Montes Claros houve irregularidade porque o detento ainda estava na Segurança Máxima de Contagem. Além do fato de que os advogados não anexaram no pedido documentos que comprovassem vinculo contratual do ex-goleiro com qualquer equipe ou empresa. Com isso, Bruno vai continuar no regime disciplinar diferenciado (RDD), aplicado nos casos de integrantes de facções criminosas.
***
O Dia - Justiça nega pedido de goleiro Bruno para treinar em clube de Minas - Juiz alegou que autorização de trabalhos externos para Bruno só seria possível em casos de trabalho em obras públicas.
O juiz Famblo Santos Costa, da cidade de Francisco Sá/MG, negou pedido do goleiro Bruno Fernandes para que pudesse treinar no Montes Claros FC. A decisão será publicada nesta terça-feira no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O juiz também negou pedido de revisão de pena. Cabe recurso.
Condenado pelo sequestro e morte de Eliza Samudio, Bruno está preso desde julho de 2010 e cumpre pena de 22 anos em regime fechado.
O juiz alegou que a autorização de trabalho externo para casos semelhantes ao de Bruno só poderia ocorrer para trabalhos em obras públicas. Bruno treinaria no Montes Claros, time com quem já tem acordo firmado desde fevereiro.
Segundo o pedido, ele deixaria a penitenciária, das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, e nos finais de semana nos quais ocorressem jogos oficiais do clube, instituição que firmou contrato de trabalho com o jogador em fevereiro deste ano.
Em junho, Bruno foi transferido da cidade de Contagem/MG para Francisco Sá (em uma penitenciária de segurança máxima), que fica no norte de Minas.
A mudança de cidade faz parte da estratégia de defesa do goleiro para que conseguisse trabalhar no time de Montes Claros. Francisco Sá fica próximo a Montes Claros (55km de distância).
No início do ano, a noiva do jogador alugou apartamento em Montes Claros (417 km de Belo Horizonte, no norte do Estado). A defesa usaria o fato de ter residência fixa, além de oferta de emprego em Montes Claros para conseguir autorização da Justiça.

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Mensagem N°78954
De: Wanderlino Arruda Data: Segunda 3/11/2014 17:19:34
Cidade: Montes Claros/MG

(...) Nova crônica sobre a viagem a Portugal com a mesma alegria de quase meio século atrás, tudo mais do que gratificante. Agora como dantes, as palavras de carinho recebidas em casa, nas reuniões, nas visitas feitas e recebidas, de muitos e muitos dos amigos. Quando um assunto versa sobre alguma coisa de mais pessoal, fala mais ao coração, transubstancia sentimentos, vale pela carga ou sobrecarga de afetividade, diz o que muitos ou todos gostariam de dizer. Momentos de felicidade agradam e sensibilizam, graças a Deus! E o mundo está precisando muito de vibrações mais positivas, de alegria, de amizade sincera e franca. Assim, dou-me por satisfeito e volto ao assunto, o que estava mesmo nos meus planos ao falar das novas andanças pela pátria-mãe. É possível que a parte maior da felicidade em Lisboa e grande parte de Portugal tenha sido pela companhia de dos queridos anfitriões Eusa Rego e Antônio Salgado e de Olímpia, Rízzia, Jonathan e Andrew, gente do coração, companheiros de viagem, que engrandecem o ato de viver. Nunca me esqueço da primeira viagem por lá, principalmente de Dulce Sarmento e Antônio Ramos, hoje amigos no plano das saudades. Que bons colegas e quanta jovial sinceridade naqueles dois! Como amavam a vida! Fazia gosto vê-los quedados diante da beleza, emudecidos de emoção diante do bem. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°78952
De: Ricky Terezi Data: Segunda 3/11/2014 15:34:00
Cidade: New York  País: USA

É com muita tristeza que comunico aos norte-mineiros pelo mundo que hoje faleceu aqui na Capital americana, meu amigo e uma das pessoas mais magnificas que conheci nessa vida, Marcos Depinho, "Marquinhos" como era conehcido, vai deixar muitas saudades aos familiares e milhares de amigos que sempre soube cativar em sua vida. Vai com Deus!!!

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Mensagem N°78951
De: Polícia Militar Data: Domingo 2/11/2014 13:50:38
Cidade: BH/MG

Policiais Militares, compareceram no último dia 01, por volta das 20h, na LMG 674, KM 10, onde depararam com o veículo Fiat/Strada, cor vermelha, placa OQK-4410/Ponto Chique/MG, totalmente carbonizado, estando em seu interior 03 (três) corpos, que, segundo os familiares seriam de: J. S. Q., 25 anos; L. T. X., 63 anos, proprietário do veiculo; e de um menor de 16 anos. Segundo ainda uma testemunha, sua filha de 03 (três) anos estaria no veiculo, filha da vítima J. S. Q.. Perícia compareceu ao local e realizou os trabalhos de praxe, contudo, não localizou nenhum indicio da presença da citada criança, apesar das buscas o corpo da criança não foi localizado. Os corpos foram encaminhados ao IML em Januária/MG. No outro veículo, um VW/Gol, cor prata, placa HDY-5792/Ponto Chique/MG, estavam 04 (quatro) pessoas: I. P. R., 21 anos, que foi socorrido, contudo, veio a óbito a caminho do hospital; H. P. S. 21 anos; A. R. R. R., 19 anos, e um adolescente de 17 anos, que foram socorridos em estado grave, por equipes do SAMU ao HPS, em Pirapora/MG. Os veículos, que tiveram danos de grande monta, foram liberados a familiares.
***
Estado de Minas - Batida entre carro e caminhonete mata quatro pessoas no Norte de Minas - Caminhonete pegou fogo e três pessoas morreram carbonizadas. Criança que teria sido vista por testemunha no carro não foi encontrada - Cristiane Silva - Luiz Ribeiro -Quatro pessoas morreram em um grave acidente no fim da noite de sábado na cidade de Ibiaí, a 200 quilômetros de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Outras três pessoas ficaram feridas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu na LMG-674, zona rural de Ibiaí, por volta das 23h. Um Gol prata e uma caminhonete Strada, ambas com placa de Ponto Chique, bateram no km 10.
Segundo o sargento João Cláudio Campos, da Polícia Militar de Montes Claros, consta no boletim de ocorrência que quatro jovens com idades entre 17 e 21 anos estavam no Gol. Um deles, de 21 anos, morreu enquanto era socorrido por uma ambulância da cidade de Ponto Chique. Após passarem pelo hospital municipal da cidade, os outros rapazes foram transferidos para o Hospital de Pirapora.
O Gol e a caminhonete Strada bateram de frente. No veículo maior, morreram um adolescente de 16 anos, um homem de 25 e outro de 63 anos. As vítimas foram carbonizadas. Conforme o sargento Campos, uma testemunha que estava a um quilômetro do local do acidente disse ter visto uma criança embarcar no carro. Ela seria uma menina, de 2 anos e meio, filha do rapaz de 25. No entanto, ela não foi localizada, conforme o boletim de ocorrência da PM.

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Mensagem N°78950
De: Ucho Ribeiro Data: Segunda 3/11/2014 11:38:09
Cidade: Montes Claros

ABSURDO

O lago do parque secou.
Todos fecharam os olhos.
Gente, o lago do Parque Municipal secou!
(silêncio)
Todos, cegos, fingem que são surdos e mudos.
Um crime à natureza foi cometido escancaradamente.
Ninguém viu nem ouviu o absurdo.
Montesclarenses, o nosso maior monumento ao meio ambiente foi violentado.
O legado às próximas gerações foi ultrajado.
Será que todos somos cegos, surdos, mudos e omissos?
O silêncio é por conveniência ou por covardia?

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Mensagem N°78949
De: Manoel Hygino Data: Sábado 1/11/2014 09:10:58
Cidade: Belo Horizonte

A Nova Cuba

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Por mais que se pretenda esquecer, as eleições de 2014 já estão inscritas entre as que mais mexeram com o sentimento popular. Não sem razão o país ficou dividido ao meio, com Aécio Neves somando mais de 51 milhões de votos.
A distribuição de votos pelos estados não constituiu surpresa, se se considerar que a Bolsa Família foi o mais importante contributo para a preferência pela candidata petista. A predominância de Dilma no Nordeste produziu repercussão. Segundo alguns, até que se deveria futuramente fundar os Estados Unidos do Nordeste para abrigar os dele nascidos e os habitantes de tão grande região brasileira, capaz de decidir os destinos nacionais, contrariando ou divergindo do próspero Sul.
Eleika Bezerra, vereadora em Natal, sugere a divisão do Brasil em dois países. O primeiro englobaria Norte e Nordeste e se chamaria Nova Cuba, por motivos não difíceis de adivinhar. Com 71 anos, Eleika é professora pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e se elegeu em 2012, usando como principal bandeira a luta pela educação. Comprometeu-se a doar integralmente seu salário parlamentar para entidades filantrópicas, registrando o compromisso em cartório, para que dúvidas não pairassem.
Sem se explicar claramente, a ilustre edil e mestra propõe ainda que Minas Gerais seja “implodido e vire um lago”. Talvez pudesse suprir as necessidades hídricas da sequiosa São Paulo, caso haja uma tão extensa e inclemente estiagem como a deste ano.
No entanto, não perco a oportuna ensancha para referir-me aos muitos meios e métodos usados na América Latina para se chegar ao poder. Assim, aconselharia a leitura de “Tiranos & Tiranetes”, em que Carlos Taquari revela, com riqueza de pormenores, como se alcança o topo do comando nesta estupenda região do Novo Mundo.
Simón Bolívar, transformado em ídolo de segmentos político-ideológicos, já registrava em sua pátria: “Este país cairá, infalivelmente, nas mãos da multidão desenfreada, para depois passar ao controle de tiranetes de todas as cores e raças”. Previsão vencida ou ainda válida?
Pois é lá mesmo na Venezuela que aconteceu, entre outras, a lição proclamada pelo coronel Pérez Jiménez, à frente de um regime militar desde 1948. Para legitimar-se, convocou uma assembleia que elegeria o presidente. No decorrer da apuração, constatou que a situação não lhe era favorável. Suspendeu os trabalhos, exigindo contagem “mais correta” de sufrágios e, dois dias depois, o resultado saiu com a vitória do regime.
Nem assim se satisfaz. Com medo de um boicote da oposição, que comprometeria a confirmação da sua escolha, “convidou” os líderes contrários para reunir-se com ele em palácio. Seis compareceram.
Jiménez lhes exigiu apoio, que eles não aceitaram. Mal encerrado o encontro, todos foram presos pela polícia secreta, levados a um avião e encaminhados para o Panamá, sem documentos, dinheiro ou bagagem. Assim, a Venezuela, agora de Maduro, sucessor de Chávez, passou mais de cem anos ininterruptos sob caudilhos.

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Mensagem N°78947
De: Hospital Aroldo Tourinho Data: Sexta 31/10/2014 15:22:50
Cidade: Montes Claros

Montes Claros chora a morte de João Bosco Martins de Abreu - Faleceu na madrugada desta sexta-feira (31) o ex-provedor do Hospital Aroldo Tourinho, João Bosco Martins de Abreu. O sepultamento está previsto para as 17 horas, no cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte. Ele, que completaria 76 anos no próximo dia 02 de dezembro, foi provedor do HAT entre os anos de 1988 e 2000, participando ativamente do processo de fundação e consolidação da unidade hospitalar. Além do Hospital, participou da implantação de outras importantes instituições da cidade, como a Fundação Educacional de Montes Claros (FEMC – Escola Técnica) e a TV Montes Claros (atual InterTV Grande Minas), da qual foi um dos sócios fundadores, e foi um dos pilares do fortalecimento da Associação Comercial e Industrial de Montes Claros (ACI), na condição de ex-presidente e diretor da Matsulfur (atual Lafarge).(...) Nos últimos anos, João Bosco Martins de Abreu, natural de Pitangui (MG), vinha se dedicando à suinocultura, dirigindo uma granja com 440 matrizes no município de Pará de Minas. Mantendo o compromisso classista que marcou toda a sua vida, também foi presidente da ASEMG – Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais.

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Mensagem N°78946
De: Ucho Ribeiro Data: Sexta 31/10/2014 14:19:30
Cidade: Montes Claros

BAIXADA DA SANTA CASA

2ª PARTE

O maior desejo da garotada era ter um carrinho de rolimã. Andávamos a cidade inteira pelas oficinas mecânicas em busca de rolamento, que era a coisa mais difícil e cara do mundo. Precisávamos de quatro. Dois mais robustos para o eixo de trás, que ficava sob o banco e, outros dois, que podiam ser até menores, para o eixo da frente, que era comandado pelos nossos pés.
Os que não tinham carrinho se ofereciam para ser o braçal motor do piloto. A cada cinco voltas, quem empurrava o bólido pelo circuito dos passeios tinha o direito a uma volta de brinde. Os motores/meninos mais fortes, que proporcionavam maiores velocidades aos carrinhos, eram disputados e presenteados com voltas extras.
As competições eram rotineiras. A vontade de ganhar e a falta de freios causavam sucessivos acidentes. Todos os garotos tinham as palmas das mãos escalavradas, os joelhos e os cotovelos arranhados e, algumas vezes, a testa rachada. À tardinha, no banho, era um chororô só. As mães esfregavam sem dó as perebas dos pilotos para retirar a sujeira impregnada nos ferimentos e passavam o ardido mertiolate. Fora o esmeril causado pelos carrinhos de rolamentos, sempre tinha um menino com gesso no braço ou na perna, com dente quebrado e cabeça lascada devido às outras estripulias.
Abaixo da casa do Georgino, residia Dona Pilucha(6). Em seguida, seu filho Júlio de Melo Franco, casado com Dona Santuza(7). Da rua, dava para ver, na biblioteca, o circunspecto jornalista e advogado manusear seus livros, e ouvir sua primogênita tocar piano. Era Júnia que comandava os sazonais namoros da criançada. No meio de junho, ela começava a arrebanhar os xucros meninos para a grande quadrilha que acontecia todo ano, em 4 de julho, aniversário do seu irmão Aristeu. Era um upa para levar a meninada para ensaiar, pois todos só queriam saber de bola e brincadeiras na rua ou no mato. Com jeitinho Júnia ia amansando e acasalando os pares da quadrilha de acordo com o gosto das meninas, há muito definido. No começo, os garotos nem pegavam nas mãos das meninas. Ensaiavam numa má vontade que só vendo. Não acertavam um passo, não batiam as palmas, o sentido era um só, dar linha daquela dança jeca. Mas com o tempo, o carinho e o perfume das garotas domavam os moleques. No dia da quadrilha, após uns dez ensaios, a molecada estava toda caidinha pelas mocinhas. As mãos até suavam de gosto. O “tu” já era rodopiado juntinho e brotava até ciúmes dos anavãs, pois estes afastavam temporariamente os pares. Ao terminar a quadrilha, todo mundo estava enamorado. Paixão que não durava muito. Aos poucos os namoricos eram desfeitos, devido às troglodices dos garotos. Irrequietos, não aguentavam a regulagem das namoradas e acabavam fugindo daquela ardilosa arapuca para as brincadeiras de rua, o nadar no Vieira e as peladas.
No passeio oposto ao de Júlio Melo Franco, morava Seu Robson Crusoé(8), um certo herói para criançada por ter sido, em tempos outros, chefe de escoteiros. Porém, nunca convivemos com este seguidor de Baden-Powell, nem com os seus filhos, devido à diferença de idades. Colado neles, residia o fazendeiro Lauro Maia, alto, pálido, meio seco. Era, no entanto, a mais calma das criaturas e vivia para satisfazer sua mulher e suas sete filhas(9) em todos os seus caprichos.
Abaixo, depois do Café Diplomata, por um tempo, viveu uma senhora, Dona Badu, recatada, de sotaque dessemelhante, com os seus cordatos filhos, Arnaldo, Paulo e Guinha, que depois regressaram para sua saudosa cidade paulista. No final, virando à direita, era a casa de Lôla e, em frente, a morada temporária do encapetado Roberto Piranha. Ainda naquele toco de rua lateral, hoje chamada de Gabriel Passos, residiam o fotógrafo Valdevi, sua esposa Dona Neide e seus quatro filhos(10).
Havia três campinhos de futebol. Um em frente ao Café Diplomata, num terreno irregular com traves marcadas com pedras, onde passávamos a tarde tentando domar a enfurecida bola que chicoteava pelos tufos e buracos. O outro, dos eucaliptos, ficava mais adiante, perto do Curtume. Lá chegamos a jogar alguma coisa mais parecida com futebol, pois o campo, embora pequeno, era plano e tinha traves de madeira. Os craques eram Tola(11), Lôla(12), Tone Lídio e todos os seus irmãos, do maior ao tampinha de binga, inclusive sua exímia irmã Viviane(13). O terceiro terreiro de bola era bem ao fundo do terreno do Colégio Imaculada, na Vila do Grilo. Lá, só jogavam renomados, Malveira, Márcio, Marcos e outros com passagens marcantes pelo Ateneu e times da cidade. Jogar com e contra eles era um orgulho e um fiasco, pois humilhavam a garotada com dribles desconcertantes e goleadas de dois dígitos. Durante as peladas tabelavam até com duas arvores barrigudas que solenemente sombreavam o meio do campo. Zombavam até que uma delas fazia mais gols que todo o nosso time visitante.
O calçado tênis não existia, quando muito um Kichute. De rede e jogo de camisa só me lembro de quando havia jogo na casa de Dr. Geraldo (Bilé) (14). Lá também ninguém derrotava os Machados. Apitavam até offside em futebol de salão para anular um gol marcado contra o time da casa. O único jeito de ganhar era entrar para o invicto time deles.
Se não tivesse ninguém jogando bola nos campinhos, era certo que a garotada se encontrava nas cavernas ou nos esconderijos à beira do Vieira e do Pai João, onde, escondidos em latas enterradas, estavam os preciosos e indecentes catecismos de Carlos Zéfiro. Apareciam de tempos em tempos e acabavam desfolhados devido ao contínuo uso. Eram a inspiração maior para as diárias e sucessivas bronhas. Havia até concurso para ver quem as batia mais e seguidamente. Tudo na maior desinibição ao vivo e a cores. Uns furavam o barranco de argila do rio com o dedo, punham um pouquinho de água e mandavam ver. Degustavam em sonhos as mais belas meninas da cidade e uma sortida variedade de artistas de Roliúde. Quase todos tinham uma bananeira escolhida como concubina, pela qual até manifestavam dor de cotovelo. Na altura da pingolinha, perfuravam o tronco e encontravam o céu. O pintinho permanentemente estava roxo, pois a nódoa demorava dias para sair. Pinto limpo, sem mancha, só mesmo na abstinência da Semana Santa. Do domingo de Ramos até o sábado de Aleluia, a meninada guardava suas endiabradas pistolinhas, ou melhor, não as tiravam para fora do calção. Elas permaneciam intocáveis até a meia noite da sexta-feira. O vício solitário e as indecências eram pecados mortais na semana do Senhor morto. Suas práticas eram bilhetes certos, de ida, para o temido e ardente inferno. Todos ficavam acordados na espreita das primeiras horas do sábado de Aleluia, quando tudo retornava ao dantes e a garotada tirava o atraso. O império onanista imperava até a criançada atinar para a preparação da queima do Judas ou para a distribuição de cascudos nos outros meninos. Não sei o porquê, mas no sábado, véspera da Páscoa, todos davam coques e beliscões a torto e a direito e justificavam: “Aleluia”. Creio que o sentido era dizer: “Cansei de ser santo, puro, imaculado. Chega!”
Houve um torneio para ver quem seduzia a maior variedade de bichos e coisas. Linca, que não era fácil e por ser o menor, queria fazer o mais difícil para ganhar a competição, comer um cupim. Não o cupinzeiro como o barranco do rio, mas o isóptero, o inseto. Puxou o pinguelinho e colocou a criatura na pontinha do pintinho. No primeiro vai e vem levou uma ferroada bruta. No chororô, desesperou vendo a cabecinha da sua pombinha crescer e roxear. Em poucos minutos, ele, menino, ficou a segurar aquele pintão de gente grande, sem nenhuma fimose. O rápido inchaço apressou o árduo e diário trabalho que os garotos tinham para retrair na munheca a capa da pistola e expor a glande para fora. Difícil foi ter coragem para explicar e pedir a Marão uma pomada para aquela extravagância toda. Fora a dor e a prévia vergonha de mostrar ao velho, que não fez nenhuma reprovação, Linca foi vitorioso duas vezes: ganhou o campeonato e o trunfo de ter o primeiro pinto com a cabeça totalmente exposta. Um par de dias depois, o desinchado e calvo pinto foi mostrado orgulhosamente para a invejosa meninada.

Continua...

NOTAS:
(6) D. Piluxa, mãe de Cristóvão, Júlio, Márcia e Cleusa.
(7) Júlio Melo Franco e D. Santuza, pais de Júnia, Aristeu, Floriano, Júlio César, Otávio Augusto, Suzana, Janice e Raissa.
(8) Robson Crusoé e D. Zizinha, pais de Eustáquio, Robinho, Raquel e Jaime.
(9) Lauro Maia e D. Nenzinha, pais de Marina, Ângela, Marly, Fátima, Beatriz, Tânia e Andréia.
(10) Valdevi e D. Neide, pais de Mara, Zana, Paulo Benzina e Rogério.
(11) Tola, filho de Antônio Mineiro e irmão de Laís.
(12) Lôla, irmão de Dimas, Didi e Mônica.
(13) Antônio Elídio, filho de Seu Ubaldino e D. Marlene, irmão dos craques: Lalá, Lucado, Cazoba, Caderinque (Ique), Sergio, Viviane e Marcelo (Nem).
(14) Dr. Geraldo (Bilé) e D. Thais, pais de Geraldão, Flávio, Luiz, Marcelo, Telmo, Paulinho, Terezinha, Thais e Laís.

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Mensagem N°78945
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 31/10/2014 14:35:19
Cidade: Montes Claros-MG

Foi com muito pesar que recebi a noticia do passamento do Dr. João Bosco da fabrica de cimento, como era conhecido por todos.
Na época em que meu pai Manoel Ponciano trabalhava (três anos) na fabrica era uma festa nos finais de ano; todos filhos dos empregados recebiam presentes do Papai Noel, quando chegava a vez de papai, era uma algazarra, a prole era uma ninhada de 13 filhos depois quatorze.
Dr. João Bosco sorria de vê tantos filhos de uma vez só, entre os convidados - para fazer parte da festa - o Dr. Mario Ribeiro da Silveira, amigo comensurável da diretoria da Fabrica de Cimento.
Face do tratamento que o Dr. Mario tinha comigo – pois, era o médico que tratava das minhas alergias - me chamavam por “Poncianinho”, tratamento que o Dr. João Bosco adotou em uma das festas da fabrica.
Certo dia fui à SUDENE ali no prédio Dio Colares anexo ao Ciosa, entregar uns documentos da Mercantil Industrias mecânicas -MECA para o Sr. Marcelo Furtado, ainda na sala de espera conversando com Walter de “seu Gualter”, chegou o Dr. João Bosco que veio em minha direção e me cumprimentou: - “Como vai Poncianinho?”
Naquele momento fiquei tão satisfeito com o tratamento, que passei o admirar, achei que ele já tinha se esquecido do mais velho da ninhada do Sr. Manoel.
João Bosco Martins Abreu fez sua história em Montes Claros e ficará para sempre na galeria das figuras que mais subsidiou o crescimento de Montes Claros.
(*) José Ponciano Neto é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros - IHGMC

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Mensagem N°78944
De: Luiz Ribeiro, jornalista Data: Sexta 31/10/2014 12:02:42
Cidade: Montes Claros

PERDA DE UM GRANDE BENFEITOR
Registro, com pesar, o falecimento do empresário João Bosco Martins Abreu, ocorrido, na madrugada de hoje, em Belo Horizonte, onde será sepultado no Cemitério Parque da Colina, às 17 horas. João Bosco foi um grande benfeitor de Montes Claros, onde, por vários anos, foi diretor da Fábrica de Cimento Matsulfur, na época do grupo Asamar, atual Cimento Lafarge. Ele teve uma grande influência na vida social e econômica da cidade, participando ativamente do desenvolvimento do município. Foi um dos mais dinâmicos presidentes da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Montes Claros, presidente do Max-Clube, dando um grande impulso à agremiação, e provedor do Hospital Aroldo Tourinho.
Á frente da então Matsulfur, fomentou o modelo de relacionamento empresa/comunidade, pelo qual proporcionou grande ajuda à cidade. Desta forma, a Fábrica de Cimento ajudou a construir escolas, fez quadras poliesportivas e contribuiu decisivamente para a construção, na primeira gestão do ex-prefeito Luiz Tadeu Leite, do Ginásio Poliesportivo Tancredo Neves, o hoje conhecido "Caldeirão", que viabilizou a entrada de Montes Claros na Liga Nacional de Vôlei.
Também me recordo do doutor João Bosco por um episódio simples, mas marcante. Na sua época na direção da Matsulfur, todo fim de ano, a empresa fazia um jantar com a imprensa, para qual eram convidados os mais tarimbados da comunicação de Montes Claros. Eu não passava de um "foca" no extinto O Jornal de Montes Claros e, para minha surpresa, fui convidado para o incrementado jantar, onde era feito um sorteio de brindes. E veio maior surpresa ainda: no sorteio, ganhei o premio principal da noite, uma cesta imensa, com um tanto de produtos importados, que não conhecia e tive dificuldade para carregar, sem ter aonde colocar aquilo tudo.
Depois que a Asamar foi transferida para a Lafarge, ele passou a se dedicar a negócio próprio, na área de suinocultura, em Pará de Minas, assumindo também a liderança do setor naquela região.
Sem dúvida, p doutor João Bosco foi um homem que deixou sua marca no progresso de Montes Claros. Certa ocasião, chegou a ser cogitado para ser candidato a prefeito da cidade e não foi. Se ele fosse candidato - e eleito, pela sua visão de futuro e capacidade administrativa, certamente, hoje, a cidade teria outro aspecto.

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Mensagem N°78943
De: Associação Comercial de Montes Claros Data: Sexta 31/10/2014 10:54:42
Cidade: MONTES CLAROS

A Associação Comercial (....) comunica, com pesar, o falecimento de Dr. João Bosco Martins de Abreu, na madrugada desta sexta-feira, 31 de outubro. João Bosco foi o primeiro presidente da ACI vindo do setor indústria, entre 1973 e 1977; até então, os demais líderes tinham vindo da área comercial. O empresário defendia a industrialização de Montes Claros, assim como na década de 70, destacando o momento atual como a grande oportunidade de desenvolvimento socioeconômico regional. O sepultamento de João Bosco será hoje, no Cemitério Parque da Colina, às 17h, em Belo Horizonte.

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Mensagem N°78942
De: Renato Alencar Data: Quinta 30/10/2014 14:33:31
Cidade: Montes Claros

Faleceu há pouco nesta cidade, aos 91 anos, a Sra. Antonia Alencar, amiga, esposa e MÃE exemplar.

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Mensagem N°78941
De: O Tempo Data: Quinta 30/10/2014 09:08:03
Cidade: Belo Horizonte

Homem saca R$ 15 mil, reage a assalto e leva tiro na testa em Minas - Vítima está internada em estado grave na Santa Casa; quantia seria para pagamento de funcionários de uma empresa - Carolina Caetano - Um homem de 41 anos está internado em estado grave em um hospital de Montes Claros, no Norte de Minas, após levar um tiro na testa durante um assalto nessa quarta-feira (29). A vítima sacou R$ 15 mil para o pagamento de funcionários da empresa onde trabalha.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, uma testemunha contou à corporação que foi até uma agência do Banco do Brasil, no bairro Alto São João, com um outro colega de trabalho. Após sacar a quantia, os homens foram surpreendidos por dois criminosos, que exigiram o malote com o dinheiro.
Nesse momento, a vítima reagiu e entrou em luta corporal com um dos bandidos, que atirou. Depois do crime, os ladrões fugiram e ainda não foram localizados.
O homem foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado à Santa Casa da cidade. Até a manhã desta quinta-feira (30), ele estava no bloco cirúrgico.
A Polícia Civil vai investigar o caso.

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Mensagem N°78940
De: O Tempo Data: Quinta 30/10/2014 08:13:12
Cidade: Belo Horizonte

Caminhão bate em ônibus e deixa quatro mortos e 17 feridos na BR-365 - Segundo polícia, veículo de carga invadiu contramão e atingiu outro veículo; entre os mortos está pelo menos uma criança - Camila Kifer/ Carolina Caetano - Um grave acidente envolvendo uma carreta e um ônibus na noite dessa quarta-feira (29) na BR-365, na altura do KM 27, em Montes Claros, município do Norte de Minas, deixou quatro pessoas e outras 17 feridas. Entre os mortos está pelo menos uma criança.
A colisão frontal entre os veículos aconteceu por volta de 21h. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o caminhão invadiu a contramão e bateu no coletivo, que fazia a linha Pirapora / Montes Claros.
Dez viaturas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestaram socorro às vítimas. Dez feridos foram encaminhados para a Santa Casa de Montes Claros. Conforme assessoria de imprensa da instituição, Gilson Nunes da Silva morreu na madrugada desta quinta-feira (30). Uma mulher e um menino de 6 anos estão em estado grave.
Um bebê e mais dois adultos estão em observação, e as outras três vítimas foram liberadas nesta quinta.
As outras vítimas foram levados para o Hospital Universitário. O estado de saúde delas, assim como a identificação dos mortos não foram divulgados.
O ônibus pertence à empresa União. A reportagem de O TEMPO tentou contato várias vezes com algum responsável do local, mas ninguém foi localizado para comentar o caso.
Por causa do acidente e para a remoção dos corpos, as pistas do trecho foram interditadas. A rodovia só foi liberada por volta das 2h15 desta quinta.
***
Estado de Minas - Acidente deixa pelo menos 3 mortos e 15 feridos na BR-365, em Montes Claros - Pelo menos três pessoas morreram e 15 ficaram feridas na noite desta quarta-feira, vítimas de um grave acidente envolvendo um ônibus e uma carreta. A batida ocorreu na BR-365, altura de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais.
Segundo informou a Polícia Militar, o acidente ocorreu por volta das 21h. O Corpo de Bombeiros e o Samu foram acionados e trabalham no socorro aos feridos. A via foi interditada nos dois sentidos e não há previsão de liberação.
O ônibus, que seria da empresa União, seguia de Montes Claros para a cidade de Pirapora. Ainda não se sabe o que teria provocado o acidente.
Ainda não há informações sobre o estado de saúde das vítimas, que foram encaminhadas para hospitais em Montes Claros e Pirapora. Duas crianças e o condutor do ônibus não resistiram aos ferimentos e morreram.
***
Sobe para quatro o número de mortos em acidente na BR-365 - A pista estava escorregadia, sendo que o caminhão invadiu a contramão batendo de frente no ônibus a cerca de 27 quilômetros de Montes Claros, perto do distrito de Canto do Engenho - Subiu para quatro o número de mortos no acidente entre ônibus e carreta na BR-365, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. Na hora, morreram o motorista do coletivo, Paulo Sérgio Santos Queiroz, 51, um menino de 3 anos e outro homem não identificado. Na madrugada desta quinta-feira, morreu o condutor do veículo de carga, Gilson Nunes da Silva.
O acidente aconteceu por volta de 21h de quarta-feira. Ainda estão internadas 16 vítimas, sendo nove na Santa Casa de Montes Claros e sete no hospital universitário da Unimontes. A batida foi a cerca de 27 quilômetros da cidade, perto do distrito de Canto do Engenho.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pista estava escorregadia. O caminhão invadiu a contramão batendo de frente no ônibus empresa União que fazia o itinerário Pirapora/Montes Claros.
***
Samu - Unidades do Samu foram acionadas às 21h10 desta quarta-feira, 29/10, para atendimento a vítimas de um acidente envolvendo uma carreta e um ônibus na BR-365, a 27 quilômetros de Montes Claros. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a carreta, com placas de Lagoa Formosa (MG), invadiu a contramão de direção e bateu de frente com o ônibus, que fazia a linha Pirapora/Montes Claros. A pista estava molhada no momento do acidente.
Três pessoas morreram no local, sendo o motorista do ônibus, um homem e uma criança que ainda estão sendo identificadas pela Polícia. A informação inicial é que os dois não eram passageiros do ônibus, mas ainda não é possível precisar se estavam na carreta ou se sofreram atropelamento. O motorista da carreta, Gilson Nunes da Silva, de cerca de 39 anos, foi encaminhado em estado grave ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a madrugada.
No total, 17 pessoas ficaram feridas, muitas delas presas às ferragens e, após serem retiradas pelos bombeiros, receberam os primeiros atendimentos no local pela equipe médica do Samu e foram encaminhadas a hospitais de Montes Claros.

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Mensagem N°78939
De: Siméia Oliva Data: Quarta 29/10/2014 23:57:58
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Acidente grave envolvendo Ônibus e carreta acabou de ocorrer na Br 365. a 27 km de Montes Claros, no trevo da comunidade Canto do Engenho. Sabe-se que tem muitas vítimas fatais e grave.

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Mensagem N°78938
De: weber Data: Quarta 29/10/2014 23:43:28
Cidade: minas  País: u

Onibus da união acaba de bater de frente com caminha no trevo de claros dos poçoes

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Mensagem N°78937
De: Alexsandro Data: Quarta 29/10/2014 23:17:48
Cidade: Goiânia GO  País: Brasil

Grave acidente agora a pouco com ônibus da União que seguia de Montes Claros para Pirapora, no momento três vítimas fatais.

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Mensagem N°78936
De: Caio Data: Quarta 29/10/2014 23:10:59
Cidade: Moc/MG

Onibus da uniao com carreta. Antes da entrada de coracao de jesus. Colisao frontal agora. Acabou de ocorrer um grave acidente na BR-365, a 27 km de Montes Claros, no trevo da comunidade Canto do Engenho. Colisão entre carreta e ônibus com múltiplas vítimas. Unidades do Samu estão a caminho e ainda não temos mais informações, mas, a princípio, trats-se de um acidente de grande proporção. Urgente: Motorista do ônibus faleceu. Crianças também. Sem números de óbitos do acidente.

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Mensagem N°78935
De: Neia santos Data: Quarta 29/10/2014 22:43:37
Cidade: montes claros  País: Brasil

Acidente grave a pouco na br 365 com um ônibus, várias pessoas mortas e feridas.

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Mensagem N°78933
De: Gissele Niza - Coletiva Polícia Federal - Operação de Combate a Pedofilia Data: Quarta 29/10/2014 14:11:15
Cidade: Montes Claros

A Polícia Federal de Montes Claros realiza hoje mais uma operação contra pedofilia na região.
O delegado da PF, Pedro Dias, concederá entrevista coletiva às 15hrs, na sede da DPF (...)

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Mensagem N°78932
De: Polícia Militar - 11ª RPM Data: Quarta 29/10/2014 14:08:46
Cidade: Montes Claros

Roubo agora no bairro São João, na Av,.Geraldo Athayde, altura do número 745. Um homem foi alvejado com um tiro na testa ao resistir a um roubo e se negar a entregar um malote aos infratores. SAMU e Polícia Militar encontram-se no local, estando a vítima em estado grave. Só há estas informações até o momento.


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Mensagem N°78931
De: Isaias Caldeira Data: Quarta 29/10/2014 11:28:08
Cidade: Montes Claros-MG.

Engenheiros políticos e a falta deles

Isaias Caldeira

Neste momento político , com o Brasil dividido não só eleitoralmente, mas passionalmente, com um ódio entre classes sociais que beira àquelas situações extremas, onde a chama do dissenso apresenta-se como o estopim ao enfrentamento fratricida entre os nacionais, é preciso buscar os exemplos de homens que, a despeito dos métodos e das diferenças ideológicas, buscaram o caminho do consenso, num diálogo político que preservasse os interesses do País. Sei que minha abordagem pode ser polêmica, mas nunca me ative ao aplauso fácil ou tergiversei em minhas convicções, hauridas estas na permanente observação dos acontecimentos e no sentimento de justiça para com os homens em geral e dos que foram personagens da nossa história política, com destacada atuação no nosso destino. O General Golbery do Couto Silva, apodado de “ O Bruxo” por seus desafetos e “ O Mago” por seus admiradores, ideólogo da doutrina de segurança nacional, teve relevante papel no regime militar instalado no País a partir de 1964 e foi fundamental para a restauração da democracia do Brasil, com a abertura política iniciada por Ernesto Geisel e consolidada no governo do Gel. Figueiredo. Coube a Golbery o afastamento do centro de poder e isolamento dos radicais de direita, refratários às medidas liberalizantes no campo político, inclusive da anistia, construindo pontes com a oposição, num diálogo que na maioria das vezes dava-se em movimentos sibilinos, incompreendidos por muitos, longe dos holofotes e da mídia, para não despertar reações dos adversários das negociações, no caso os radicais de ambos os campos políticos, da situação e oposição. Homem de destacada cultura e imenso patriotismo, além de sua exemplar atuação política, que o fez merecer de um dos ícones da esquerda beletrista, o cineasta Glauber Rocha, o epíteto de gênio da raça, deixou-nos uma monumental obra geopolítica , onde traçava os caminhos a serem percorridos pelo País em suas relações com o mundo, especialmente a America Latina. Parcela da oposição radical tudo fez para desmerecê-lo , face ao ódio cego ao homem que era o estrategista do regime militar, não reconhecendo sua atuação serena e equilibrada, na permanente restauração dos postulados democráticos, mas de forma lenta e gradual, para não melindrar companheiros de farda “ equivocados mas patrióticos”, no dizer do então Presidente Geisel. Aos poucos, já no governo Figueiredo, implementou a anistia política e a volta de lideranças expatriadas pelo regime, possibilitando com sua atuação que a sucessão presidencial se desse dentro de um clima político tranqüilo, com a ascensão de Tancredo Neves ao cargo de Presidente da República,escolhido pelo Congresso Nacional. Nunca lhe prestaram os tributos devidos. Naquele tempo, por conta da antipatia devotada pela oposição, que via nele o maior obstáculo à conquista do poder, como ideólogo do regime, e hoje em face da prevalência do ideário esquerdista, com um nítido viés revanchista, reescrevendo a história ao seu modo, na visão dos derrotados de então e que estão ao leme da política nacional , guindados ao poder por força do voto, coroando aquelas iniciativas do velho General. Assim como Golbery, que nunca foi devidamente reconhecido por sua a atuação no campo político, guardadas as diferenças ideológicas e de estilo, também o petista José Dirceu sempre teve a repulsa de setores da oposição , por ter sido, no mandato do Presidente Lula, o mais influente político em atuação, quem de fato traçava as linhas mestras do governo, com viés de esquerda, mas sem radicalismos, bem próximo da social democracia. Ignoram que foi ele , antes mesmo de Lula ganhar as eleições em 2002, o mentor de canais de diálogos com o mercado e sistema financeiro, chegando a ir até os Estados Unidos para conversas com o governo do Presidente Bush, no que foi bem sucedido, de modo que, eleito, pode Lula encontrar-se com o americano, numa aproximação que gerou até mesmo afinidades pessoais entre ambos os presidentes. Naquela eleição, coube a José Dirceu também buscar aproximação com setores moderados do país, dentre eles Itamar Franco, ainda governador de Minas Gerais, com parcela do PMDB e outros partidos de centro-direita, através de suas principais lideranças. Instalado o governo Lula, isolou setores mais à esquerda do PT, resultando no afastamento de parlamentares e ideólogos ditos históricos, mas de viés socialista, aos moldes Cubanos. Em 2004 parte desses políticos formaram o PSTU. Em 2005, formou-se o PSOL , ambas as agremiações descontentes com o que chamavam de “ viés conservador” do governo Lula. Enquanto isso, consolidava-se uma política financeira com forte influência do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, oriundo do mercado financeiro. Com o advento do mensalão encurralando o Presidente Lula politicamente, sua atuação foi fundamental para o afastamento do seu “ impeachment”, sendo bom lembrar que Aécio Neves era citado como um dos seus interlocutores junto aos partidos de oposição, visando impedir a medida drástica, que colocaria o país, pela segunda vez, sob risco da instabilidade política, como ocorrera na época do presidente Collor de Melo. José Dirceu comandava a blindagem ao Presidente Lula, resultando no término do seu mandato e em sua reeleição à presidência. Com o julgamento do mensalão, veio sua derrocada, condenado pelo STF com base em teoria que nunca fora adotada nos meios jurídicos nacionais, a até hoje contestada “ teoria do domínio do fato”, mesmo sem provas concretas de que comandasse o esquema de compra de parlamentares. Afastou-se a necessidade de prova absoluta de culpa para a condenação criminal, contrariando entendimento até então dominante que a tinha como imprescindível. Preso, viu-se afastado do poder político, e ainda cumpre sua condenação. Lembro esses fatos para dizer que, se estivesse presente no comando do PT, certamente as últimas eleições não teriam chegado a esse estágio de guerra, de divisão do País entre “ nós e eles”, de radicalismo sem precedentes. Ele sabe que em caso de enfrentamento, a tradição conservadora do País inviabilizará o governo da Presidente Dilma, com o perigo de uma crise jamais vista, em prejuízo da Democracia. Impossibilitado de atuar politicamente, com seus direitos cassados, não se vislumbra de parte do atual governo alguém capaz de construir pontes, de um diálogo confiável com a oposição, hoje bem mais forte e articulada que antigamente. Como disse, ambos os articuladores,Golbery e José Dirceu, foram e são vítimas da disputa política, que cega os homens e só permite que acreditem naquilo que amam.

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Mensagem N°78929
De: Juliana Data: Terça 28/10/2014 16:25:20
Cidade: M/MG

Garoto de 14 anos é morto em centro de internação de Montes Claros (...)

(...) sou vizinha dessa casa e os menores não tem acompanhamento e nem estudam ,os poucos funcionarios que ainda ficam na casa tem medo dos menores que são violentos, eles entram e saem quando querem , levam garotas para dentro da casa , ouvem musica de baixo nivel até altas horas da madrugada são grandes e levam para o Bairro estritamente residencial pessoas de outros bairros promovendo festas regadas a sabe lá o que.... A Associação de Bairro ja esteve em contato (...) pedindo a mudança da casa para outro lugar. Essa é a verdade !!!!!!!!

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Mensagem N°78928
De: ines neres de oliveira Data: Terça 28/10/2014 14:21:38
Cidade: montes claros/MG

"Menor de 14 anos é morto por outro, de 18, em centro de acolhimento instalado em área residencial"

isso o que você fica sabendo, a realidade lá dentro e pior.

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Mensagem N°78927
De: Luciene costa Data: Terça 28/10/2014 14:17:05
Cidade: Montes Claros/MG

"Chuva de encher rio já há 25 minutos em Montes Claros. Chuva uniforme, vigorosa, comportada, sem raios e trovões. Chuva de lavar os ares, de acender a iluminação das ruas. Chuva de Deus, chuva da infância, quando a cidade toda rumava para a beira do rio Vieira, para ver a enchente chegar e passar, ir, levando grandes toras e tudo que achava pelo caminho. Chuva de transformar ruas em rios, de se juntar às outras na memória da gente. Chuva de tapar os horizontes, mas de dar a certeza de que eles lá ficarão, e voltarão, incólumes. Chuva de fazer a terra se aquietar, serenar, docemente lhe dizendo nas profundezas que aqui estamos nós, os filhos de Eva e da Terra. Chuva, enfim. "

Chuva para encher nossos corações de alegria e esperança.Tudo muda com a chuva...tudo se transforma.Bênção de Deus.E ver se agora a imprensa passe a tratar a chuva , esse líquido milagroso, de "mau tempo".Agora é tempo bom!!!!!

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Mensagem N°78926
De: JOAO JENEZERLAU SANTOS Data: Terça 28/10/2014 14:09:09
Cidade: CUIABÁ/MT

" Dia desses, bestando calado em uma demorada espera de consulta médica, fiquei abismado com o caos que se transformou o entorno da Santa Casa. Trança-trança de barulhentas ambulâncias à procura de um estacionamento e de indóceis pacientes em busca de atendimento. Aquele furdunço todo a acontecer no meu naco mais íntimo, onde vivi a minha divertida infância e adolescência... Antes, era um arrabalde de casas ocupadas por famílias empencadas de crianças. (...)"

Valeu Ucho. Gosteu muito desta sua lembraça. Eu trabalhei no Café Primor. Tinha apnas 13 (anos)Hoje estou com 63 anos. E me lembro de tudo que voce descreve, e, fico muita saudade. As 03 batalhadoras que voce refere, a DUI é minha cunhada esposa do meu irmão Dermeval do Automovél Clube, a Dona Joana era a mãe dela. Sou formado pela gloriosa FADIR, moro em Cuiabá - Mato Grosso há quase 30 anos, onde contiunuo exercendo a minha profissão de advogado. Sempre ao final do ano vou em Montes Claros, e visito o buteco do meu amigo particular o Pedro Cantinflas, no Alto São joão.Um abraço bem forte para voce. Parabens por recordar esses tempos que já se foram e nos deixam saudades. João J. Santos ADV/MT.

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Mensagem N°78925
De: O Tempo Data: Terça 28/10/2014 13:16:00
Cidade: Belo Horizonte

Garoto de 14 anos é morto em centro de internação de Montes Claros - Carolina Caetano - Um menino de 14 anos foi assassinado durante uma briga em um centro de internação de Montes Claros, no Norte de Minas, na madrugada desta terça-feira (28). O suspeito, um jovem de 18 anos que ainda estava internado no local, e mais dois adolescentes conseguiram fugir após o crime.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, a corporação foi acionada por funcionários do imóvel, que fica localizado na Alameda das Paineiras, no bairro Jaraguá. Eles afirmaram que a confusão aconteceu em um dos quartos. Ao chegar no cômodo, a equipe do centro encontrou Mateus Lucas de Oliveira caído e muito sangue ao seu redor. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas o menor já estava sem vida. Segundo a perícia, o adolescente apresentava cortes no supercílio, perna, braço e um ferimento no tórax. As lesões teria sido provocadas por um pedaço de espelho. Ainda segundo funcionários disseram à polícia, constantemente, os seis jovens que dividiam o quarto se desentendiam. Militares fizeram rastreamento na região, mas os suspeitos ainda não foram localizados. O homem que teria matado Mateus é conhecido no meio policial por furtos e roubos em Janaúba e Montes Claros.
***
Prefeitura - Dois adolescentes atendidos por uma Unidade de Acolhimento para crianças e adolescentes em situação de risco entraram em conflito na madrugada desta terça-feira, 28,em Montes Claros. Um deles acabou falecendo, vítima dos ferimentos. O autor da agressão fugiu do local e ainda não foi localizado. Os servidores que trabalhavam na Unidade, no momento do ocorrido, prestaram os primeiros socorros e acionaram o SAMU e a Polícia Militar, que quando chegaram ao local já encontraram a vítima falecida. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social encaminhará relatório informando o ocorrido para a Vara da Infância e Adolescência de Montes Claros, que tomará as medidas cabíveis. O serviço de acolhimento é ofertado pelo SUAS (Serviço Único de Assistência Social), programa do Governo Federal, gerido pelo município, que atende crianças e adolescentes com idade entre 0 e 18 anos, vítimas de violência no meio social em que vivem. O acolhimento e a permanência na Unidade de Acolhimento é determinada pelo poder judiciário (Vara da Infância e da Adolescência), através de medida protetiva. Em Montes Claros existem , atualmente, 5 (cinco) Unidades de Acolhimento. Destas 2 acolhem crianças e adolescentes do sexo masculino, outras 2 acolhem crianças e adolescentes do sexo feminino e 1 acolhe apenas crianças, de ambos os sexos.Nas Unidades de Acolhimento as crianças e adolescentes têm uma rotina acompanhada por educadores/cuidadores sociais e equipe multiprofissional. Nesta rotina, além de frequentarem as aulas, eles frequentam oficinas de hip hop e futebol. Além disso, eles têm a oportunidade de se inscreverem no programa Vira Vida e Pronatec.

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Mensagem N°78924
De: Manoel Hygino Data: Terça 28/10/2014 10:34:53
Cidade: Belo Horizonte

A defesa da soberania

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Fizeram-se as eleições de 2014, os resultados são sabidos e comentados. Mas o grande desafio, o maior deles, permanece. Há necessidade de se apurar fatos e identificar pessoas responsáveis por desvios e escândalos, fatos graves registrados nos últimos anos, além do mensalão.

Há, incontestavelmente, mais do que interesses eleitorais ou eleitoreiros. O Brasil se infestou de gentes que rezam pela cartilha da incompreensão, de objetivos inconfessáveis ou de desígnios que depõem contra nossos foros de civilização, nossas tradições, contra as próprias instituições. Vivemos sob risco permanente, não apenas pelos que nos impedem de circular tranquilamente pelas ruas, de ir e vir ao trabalho, do exercício do ofício que nos dá sustento e à família.

Percebe-se que há vontades, que – mesmo ocultas – a ninguém serão imperceptíveis, porque o pior cego é o que não quer ver. Há mais do que sequestradores, assaltantes de bancos, paranoicos soltos, ousados bandidos, pedófilos, usuários de drogas em surtos letais, bêbados ao volante, estupradores, comerciantes de drogas, corruptos e corruptores, contrabandistas, aliciadores de mulheres para fins sexuais, homicidas em potencial prontos a agir contra a vida humana.

Tudo isso existe, sim, é gravíssimo, mas muito mais há. Sem entrar especificamente nos escândalos que estigmatizaram a administração pública e envolvendo poderosas empresas, conhece-se a ação de grupos que professam princípios que ferem não só a Constituição, mas os ideais mais sagrados da nação.

As pessoas que formam esses ajuntamentos precisam ser identificadas, saber-se que fundos os mantêm e patrocinam suas ações; cumpre esmiuçar, por exemplo, até onde vão os propósitos do chamado Foro de São Paulo, não um simples movimento, mas uma entidade fundada por partido político e que pretende sobrepor-se ao Brasil, Estado independente, ligando-se a governos estrangeiros e organizações terroristas.

Não interessa ao Brasil viver com aqueles que não o respeitam, com os maus patriotas, os que não o amam, os que contribuem para, mais uma vez, vilipendiar sobre a livre manifestação do pensamento, como aconteceu, há pouco, com um periódico da capital de São Paulo, cujas instalações foram atacadas pela malta. Não foi meia dúzia de indivíduos, mas cerca de 200, segundo autoridades policiais. Quem eram? Quem está por detrás de sua atividade criminosa?

O Brasil quer saber mais e mais sobre o que acontece dentro de seu território, mas isso não convém a certos espécimes que só aparecem nos momentos propícios à vandalização. Não será com a censura à imprensa ou ameaças ou destruição de seu patrimônio material que ela se calará ou se avaliará seus possíveis excessos.

A história o prova. “A coação à imprensa, ferindo o indivíduo, ofende, ao mesmo tempo, a ordem pública, a nação, o regime de governo”, já admoestava Rui Barbosa: “Todo o poder que se oculta perverte-se”.

É imperativo abrir o jogo, antes que tornem impraticável a democracia.

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Mensagem N°78923
De: Osmar Data: Terça 28/10/2014 08:31:35
Cidade: Moc

A meteorologia nada entende de nós. Anunciou boas chuvas para ontem, 39 milímetros, e pouco caiu, apenas 16. Para hoje, e desde ontem, marcou...apenas 12 milímetros, entre sol e muitas nuvens. Desobedeceram os dois - o sol sumiu, e as juvens se juntaram, no ceu fortemente cinzento, que antes diziam...plúmbeo. Pois eis que vem o milagre torrencial, já de quase uma hora. Acredito mais nos "rabos de galo", que passearam pelos céus, sábado e domingo, ligeiros nos seus sinais, colorindo o azul de riscos rápidos, decididos, escritos e escrevendo nas nuvens para quem sabe ler. Nuvens rabos de galo, nosso melhor serviço meteorológico. Depois vêm os outros, também antigos - correição de formigas, vôo dos pássaris, canto dos sabiás...muitos outros. Hira de andar para os serros nossos.

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Mensagem N°78922
De: Santos Data: Terça 28/10/2014 08:04:20
Cidade: M. Claros

Chuva de encher rio já há 25 minutos em Montes Claros. Chuva uniforme, vigorosa, comportada, sem raios e trovões. Chuva de lavar os ares, de acender a iluminação das ruas. Chuva de Deus, chuva da infância, quando a cidade toda rumava para a beira do rio Vieira, para ver a enchente chegar e passar, ir, levando grandes toras e tudo que achava pelo caminho. Chuva de transformar ruas em rios, de se juntar às outras na memória da gente. Chuva de tapar os horizontes, mas de dar a certeza de que eles lá ficarão, e voltarão, incólumes. Chuva de fazer a terra se aquietar, serenar, docemente lhe dizendo nas profundezas que aqui estamos nós, os filhos de Eva e da Terra. Chuva, enfim.

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Mensagem N°78921
De: Wemerson Mendes Data: Terça 28/10/2014 07:53:27
Cidade: Montes Claros/MG

Assim como um véu de noiva...a tão esperada chuva cobre a nossa querida Montes Claros. Espero que continue assim, pois somos eternamente dependentes deste precioso líquido.

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Mensagem N°78920
De: Resultados Eleições 2014 por Município - TRE Data: Segunda 27/10/2014 16:44:51
Cidade: Montes Claros

Nome Município: MONTES CLAROS

Eleitorado Apurado: 254.845

Comparecimento: 210.925 ( 82,77 %)


DILMA VANA ROUSSEFF PT (PT/ PMDB/ PSD/ PP/ PR/ PROS/ PDT/ PC do B/ PRB) 124.127 62,05

AÉCIO NEVES DA CUNHA PSDB (PSDB/ PMN/ SD/ DEM/ PEN/ PTN/ PTB/ PTC/ PT do B) 75.916 37,95

Brancos (Presidente) 2.854 1,35
Nulos (Presidente) 8.028 3,81

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Mensagem N°78919
De: Cemig Data: Segunda 27/10/2014 16:33:34
Cidade: Montes Claros

(...) A Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig alerta seus consumidores para o golpe que vem sendo aplicado por uma pessoa que tem agido de má fé, principalmente na área rural e municípios vizinhos de Montes Claros. O indivíduo tem abordado clientes na agência de atendimento e em residências, informando ser ora trabalhador da Empreiteira Ecel, que presta serviço para a Cemig, ora prestador de serviços particulares. Com a promessa de “agilizar” obras previstas para serem realizadas e serviços de aquisição, instalação de padrão e ligação da energia, cobra e recebe do cliente uma quantia em dinheiro. Em um dos casos, o cliente chegou a pagar R$2.700,00 para o suposto eletricista, que prometeu ligar a energia, sendo que se tratava de extensão de rede programada para o próximo ano.(...)

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Mensagem N°78918
De: Gilcely Data: Segunda 27/10/2014 12:15:49
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Hoje de manhã, saindo de Montes Claros pela BR 135, sentido Januária, deparei-me com o trânsito em meia pista logo na primeira curva da estrada, onde uma ambulância do SAMU acabava de recolher alguém ferido num acidente envolvendo um veículo de passeio que estava de rodas para cima, aparentemente após ter aquaplanado numa grande poça d’água que sempre se forma naquela curva em tempo de chuva e coloca em risco os veículos que ali trafegam rumo a Montes Claros. Faz-se necessária uma urgente correção na pista antes que novos e graves acidentes aconteçam naquele local.

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Mensagem N°78917
De: João Afonso Data: Segunda 27/10/2014 12:03:13
Cidade: Montes Claros

Hoje pela manhã aconteceu um grave acidente automobilistico na BR 135 saída de Montes Claros para Mirabela, próximo a JLX Mineração, ex-Pavisan, graças a Deus sem vítimas fatais. Um HB-20 que vinha de Varzelândia para Montes Claros, após aquaplanar em uma poça d`água que geralmente se forma naquele local quando chove, o motorista perdeu o controle direcional do veículo vindo a colidir com uma rocha do outro lado da pista e depois capotando à márgem da pista em que circulava. O veículo ficou totalmente danificado e o seu condutor e passageiros foram encaminhados a hospitais da cidade por equipes do SAMU. Gostaria de alertar as autoridades locais, especialmente os representantes do DER/MG que cuida da conservação daquela rodovia, para corrir o problema naquele trecho, pois toda vez que chove forma-se um lago que avança por quase toda a pista de rolamento da estrada, colocando em perígo as vidas de quem por alí passa.

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Mensagem N°78916
De: Osmar Data: Segunda 27/10/2014 11:55:37
Cidade: São Paulo/SP

O TSE ainda não liberou os resultados oficiais do segundo turno, município por município. Porém, o jornal Estado de S. Paulo publicou o seguinte resultado de Montes Claros, nas eleições de ontem:

Dilma, 124 127 votos, 62,05%

Aécio, 75 916 votos, 37,95%

Que venham, agora, as explicaçoes e análises.

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Mensagem N°78915
De: Ucho Ribeiro Data: Segunda 27/10/2014 10:34:02
Cidade: Montes Claros

BAIXADA DA SANTA CASA
1ª PARTE

Dia desses, bestando calado em uma demorada espera de consulta médica, fiquei abismado com o caos que se transformou o entorno da Santa Casa. Trança-trança de barulhentas ambulâncias à procura de um estacionamento e de indóceis pacientes em busca de atendimento. Aquele furdunço todo a acontecer no meu naco mais íntimo, onde vivi a minha divertida infância e adolescência...

Antes, era um arrabalde de casas ocupadas por famílias empencadas de crianças. Não existia comércio, nem consultórios, nem clínicas, nenhuma prestação de serviços. Não havia mão nem contramão, pois automóveis não transitavam por ali, salvo os de uns poucos moradores. Precárias ruas sem pavimentação, cobertas de cascalho miúdo socado, terminavam naquela baixada, que tinha ao fundo o rio Vieira. A Coronel Luiz Pires, que começa na avenida Cel. Prates, só rompia três quarteirões abaixo, até pouco depois da fábrica do Café Diplomata e reduzia-se a uma ruela ramificada em trilhas que nos levavam as margens do nadável rio. A Rua Irmã Beata morria na funerária da Santa Casa, em frente à residência de Píndaro. Sua paralela, a Cel. Spyer, era um beco sem saída, nem começava direito e já esbarrava no muro lateral do Colégio Imaculada. Estes poucos logradouros e mais o mato ao redor eram o nosso gueto, o nosso umbigo, sempre envolto num perene aroma de café torrado.

Raramente deparávamos com crianças que não fossem da nossa tribo. A baixada não era passagem para lugar algum, a não ser para uma pinguela que nos levava ao Curtume, onde um prático dentista, sempre chapado, ameaçava cair todo entardecer ao retornar do seu arranca-dentes. Durante as chuvas, a trilha ficava escorregadia e a meninada, empoleirada na escadinha do café, torcia pelo tombo. Queda ocorrida, com aplausos e risos, corríamos para socorrê-lo.

A primeira casa da Cel. Luiz Pires era do seu Ernesto da Barroso(1), que não gastava tempo com a nossa rua. Toda manhã o seu sentido estava no quarteirão do povo, na sua papelaria, no escarafuncho dos assuntos políticos e nos fumegantes fuxicos do Zim Bolão.

Abaixo, onde hoje é a Santa Casa Olhos, morávamos nós(2) - papai, mamãe, oito filhos e, durante um tempo, os nossos avós maternos. As casas da baixada não eram protegidas por muros. Tinham apenas muretas ou grades pequenas, que não tapavam as fachadas das residências. As portas viviam abertas, a meninada entrava sem bater, convocando para as brincadeiras. Andávamos em bando, conluiados, brinquedos e segredos compartilhados.

Em frente da nossa casa residia Dona Gladys(3), generosa mestra do Grupo Francisco Sá, que pacientemente alfabetizou metade dos meus irmãos com suas aulas particulares. Vivia com seus filhos, três sobrinhos e sua calada mãe, Sá Luíza, sempre munida de cachimbo e muleta. À tardinha, Sá Luíza nos dava um troco para comprarmos o seu traçado na venda de “Genaro Meu Irmão”(4).

Os seus filhos Tinim e Waltinha eram meus irmãos de unha e carne na infância. Eu passava o dia na casa deles. Lá criávamos preás, coelhos, tartarugas, cágados, passarinhos, fazíamos manivelas, montávamos pipas, araras e guardávamos todos os nossos tesouros em seus quartos: bolas, canivetes, bilboquês, gibis, piãos, bolinhas de gude e álbuns de figurinhas. Mônica, minha irmã, também adorava estar ali, mas seu interesse era outro – ler e reler as melosas fotonovelas das revistas Capricho e Contigo, que nossos pais proibiam terminantemente.

Ao fundo da casa de Dona Gladys havia outro café, o Primor, do popular Tuca Amorim. Ao final do dia, escalávamos um robusto pé de goiaba encostado no muro divisório para nos deliciarmos vendo, pelas frestas do telhado, as funcionárias da fábrica tomarem banho para retirar o suor e a fuligem do café.

A meninada, empoleirada, toda de pintinho duro, nem piava. De olhos arregalados, maravilhava-se com aquele mulherio pelado, risonho, ensaboando-se. Puro cinema. Marquim, meu irmão, que só conhecia xibiu de criança, ficou decepcionado ao subir na goiabeira pela primeira vez: - Ô Ucho, eu só vi os peitos delas, não deu pra ver o resto, não. Todas puseram umas buchas entre as pernas.

Na esquina do Café Primor, em frente, estava a casa de seu Edson, que era dono de uma Rural saia e blusa, branca alaranjada, e da lanchonete localizada no passeio da Praça Dr. Carlos. Ele e Dona Teresa tinham uma ninhada endiabrada de filhos: Panga, Baixote, Edí, Ninha e Lê. Patota malinamente entrosada com todos os meninos da rua.

No outro passeio da esquina da Irmã Beata, residia o famoso Cel. Georgino(5). Era dos poucos adultos, ou o único, que sentava com a meninada para prosear. Criança era apartada de gente grande. Mundos diferentes, mas como vivíamos sentados no murinho da sua casa, maquinando para aprontar alguma, de quando em vez o Coronel aparecia e dava uma canja com seus causos.

Certa vez, ele chegou a esta mureta, onde amontoava-se a meninada miúda e alguns graúdos e começou a contar uns causos de onça. Cada um mais arrepiante do que o outro. Numa das estórias, depois de narrar com detalhes a enorme e raivosa onça pintada e relatar minuciosamente como a bichona faminta se encorpava pra cima dele, Ruy do Bongô, troviscado, com os olhos arregalados, o interrompeu abruptamente: – Coronel, Coronel, mas esta onça devia tá muito doida pra querer enfrentar o senhor, não?

Georgino não conteve o siso, nem o riso, gargalhou.

Era neste baixo muro que a molecada se juntava, desde as primeiras horas da manhã até a noite, para bolar as brincadeiras: brasil e espanha, mãe da rua, queimada, paredão, acadabaspará. Criávamos e praticávamos jogos com simples paus e pedras.

O nosso “cabas pará”, chamado em Belo Horizonte de “bentealtas”, era jogado no passeio dos Melo Francos. Lá tinha uma tampa de ferro da Caemc que servia de um dos apoios para o jogo. As duplas se formavam e aguardavam a vez definida no par ou impar. Horas se passavam naquele divertido vai-e-vem, na tentativa de derrubar a casinha piramidal feita de três pauzinhos de madeira pregados num quadradinho de couro. Nada como aparar no ar uma bola defendida ou arremessada e gritar: Vitória!

Quando surgia um álbum novo de figurinhas, o bafo tomava conta dos passeios. Chamava-se bafo porque era o vento provocado pelas mãos durante a batida no monte de figurinhas que as fazia virar. A garotada formava roda para a disputa. Cada menino colocava uma quantidade combinada de figurinhas no bolo e, pela ordem, depois de arrumá-las, batia com a mão em concha ou aberta no monte. As que viravam ao avesso eram recolhidas pelo garoto que tinha acabado de bater. Uns mais traquinos curvavam um pouco as figurinhas ou passavam um leve cuspe na mão para virá-las. Volta e meia uma trapaça era descoberta e os sopapos comiam soltos. Raiva e choros amansados, a molecagem voltava ao jogo. Ninguém chamava papai ou mamãe. A parada era resolvida ali mesmo, naquele foro infantil.

Certas brincadeiras eram definidas pelas estações. Em agosto, com os fortes ventos, no azul céu surgiam as coloridas pipas e araras. A meninada, com os sentidos nos ares, dedicava o dia à manufatura de seus artefatos voadores. Cola, papel e os carretéis de linha 40 eram comprados na loja de Tamiro, no beco Cônego Marcos, e as taliscas eram retiradas dos raros pés de bambus existentes na baixada.

O sonho da criançada era montar uma arara biteluda, multicolorida, rabuda ou sureca, e ter uma manivela de 16 cruzetas nas mãos para recolher ligeiro e esticadinha a linha.

Final de setembro, com a chegada das chuvas e a maciez dos terrenos, iniciava-se a temporada dos jogos de finca e bolinha de gude. O chão das ruas ficava todo riscado pelas fincas e biloiado pela variedade de bolinhas existentes à época: gataiadas, leitosas, sorteiras, bolofofos. Só se ouvia a criançada gritar: “Gute, please, todos!”, “Bololô na minha!”, “Mão quieta!”, “Rondas!”, “Quero tudo e não dou nada”.

A despedida das águas era o tempo de sairmos à cata de tanajuras. A meninada toda, com uma garrafa litro debaixo do braço, se espalhava pelas ruas colhendo as formigonas bundudas para trocar com Toni Pinguim por um picolé. O nordestino adorava comê-las fritas como pipoca, mas tínhamos a leve desconfiança de que ele usava o creme das bundas delas para fazer os tão procurados picolés cremosos.

Continua...


NOTAS:

(1) Ernesto e D. Dilma, pais de Ana Amélia, Ernesto, Paulão, Dilsinho, Denise.
(2) Mário e D. Jacy, pais de Pat, Fred, Ucho, Marquim, Mônica, Paulinho, Márcia e Bertha; vovô Pacífico, vovó Eny; três auxiliares que seguravam o tranco das tarefas caseiras: Joana, Dui e Sá Rita; e Benjamim, o motorista.
(3) D. Gladys, mãe de Beatriz, Fidelina, Tião, Tinim, Waltinha. Viviam ainda lá, os sobrinhos Neguinha, Luizinha, Eustáquio e a avó Sá Luiza. E era diariamente frequentada pelos primos Carlúcio (Tuca) e Lóis.
(4) Genaro, pai de Glicério, o rei das embaixadinhas, mascote do Cassimiro de Abreu, e de Glicéria e Glicídia.
(5) Cel. Georgino e D. Dinorah, pais de Lúcia, Lídia, Leda, Jorge, Georgino Junior (Gininho), Jefferson (Jessinho) e Guilherme.

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Mensagem N°78914
De: Manoel Hygino Data: Segunda 27/10/2014 10:16:40
Cidade: Belo Horizonte

O espólio perverso

Manoel Hygino - Hoje em Dia

O Brasil amanhece com um presidente a tomar posse. Assume em hora delicada, depois de uma campanha política marcada pela excessiva agressividade e ao chegar o partido no poder há 12 anos sendo alvo de acerbas críticas na condução dos problemas que avultam e pela onda de escândalos.
A hora convida a evocar Durkhein, que classifica tais períodos de “anomia”. É o “estado de uma sociedade caracterizada pela desintegração das normas que regem a conduta dos homens e asseguram a ordem social”.
Os fatos fazem retroceder cem anos, quando Rui Barbosa, em manifesto de 28 de dezembro de 1912, dizia da “crise de desfacelo dos elementos de nossa vida nacional”. Havia, então, razões sobejas para ele não se candidatar à sucessão. Se o fizesse, não disputaria um governo, mas “o espólio de uma casa roubada”, pois “o que há é uma falência, econômica e financeira, política e institucional, por liquidar”.
O “Correio da Manhã”, em 15 de novembro de 1914, fez análise minuciosa do governo que expirava, criticando o presidente, por “sempre que chamado, pela sua função, a deliberar um caso político afeto ao governo, esquecer o dever que lhe criavam as leis, de agir respeitando os direitos de cada um, para só procurar atender às conveniências dos amigos e associados políticos”.
O velho jornal acusava: “O partido do presidente, vivendo do bafejo do governo, do qual tirava as vantagens mais necessárias à sua existência e ao exercício de sua força como agremiação poderosa, não hesita em querer os maiores absurdos, nem o chefe do Estado em concedê-los”.
Mais veemente, afirmava que os destinos do país se tornaram “joguete de meia dúzia”, não possuindo a nação “verdadeiramente um governo, mas um diretório de facção política, que a explora em benefício dos seus, sem olhar aos grandes interesses gerais”.
Segundo o matutino, “o partido (do presidente) não serviu unicamente para enfraquecê-lo dentro do Congresso; serviu ainda para desmoralizá-lo perante a Nação, porque não houve crime que a quadrilha cometesse que logo não fosse apadrinhado” pelo chefe da nação e seus ministros.
Adiante: “Não haverá, por certo, em toda a história política do Brasil, lembrança de um governo que deixe o poder tão amaldiçoado, nem dum chefe de governo que saia da sua posição tão coberta pelo descrédito, pela cólera do povo e, até, ultimamente pelo ridículo.
Por isso, a manhã do dia desta segunda é como aurora de esperanças e a atmosfera que respiramos nos dá a ideia de ser mais oxigenada. Dir-se-ia que éramos cativos e reconquistamos a liberdade. O lixo da situação miserável que nos aniquilou vai, portanto, ser varrido”.
É com esses sentimentos e pensamentos que o Brasil desperta hoje. Há necessidade de uma tomada nacional de consciência para que os destinos do país não sejam desviados infortunadamente. Compreendemos a dor do próprio Rui, ao envergonhar-se por fazer parte “de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer”. “Ao lado da vergonha de mim, tenho também pena de ti, povo brasileiro!”

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Mensagem N°78912
De: Wanderlino Arruda Data: Segunda 27/10/2014 09:41:21
Cidade: Montes Claros/MG

(...) Momento inconfundível de respeito ao raciocínio livre, da valorização ao direito de pensar e de sentir... Não seria bom que voltássemos de novo, à leitura de todos os escritores de ficção, à busca de compreensão de todos os inventores do futuro? Só a realidade presente não satisfaz! Vale, vale muito a beleza e a riqueza dos sonhos! Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°78909
De: O Tempo Data: Domingo 26/10/2014 14:28:23
Cidade: BH

Urna eletrônica é incendiada por eleitor em Porteirinha - A urna foi substituída e nenhum voto foi perdido; o eleitor que portava gasolina foi preso após o crime - JANINE HORTA/ JULIANA BAETA - Um eleitor foi preso na manhã deste domingo (26), dia de votação, após ter colocado fogo em uma urna eletrônica em Porteirinha, no Norte de Minas. O equipamento já foi substituído e os votos que já haviam sido computados antes do crime não foram perdidos. De acordo com informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE),o homem chegou a seu local de votação na cidade, e ao entrar em sua seção, ao invés de votar, ele ateou fogo a urna usando gasolina. Ele havia levado o material inflamável para a zona eleitoral. O suspeito foi preso pela Polícia Militar e retirado do local, e a urna foi substituída. Conforme os registros, na zona onde aconteceu o crime são 345 os eleitores aptos a votar, e 67 já haviam votado quando o homem pôs fogo no equipamento. No entanto, a mídia da urna queimada foi transferida para a nova urna que a substituiu, e a votação segue o seu curso normal no local.
***
Estado de Minas - Pedreiro coloca fogo em urna e é preso no Norte de Minas Gerais - João Milton Pereira, de 42 anos, justificou o atentado como revolta pelo atraso em seu processo de aposentadoria - Luiz Ribeiro - O pedreiro João Milton Pereira, de 42 anos, compareceu a uma sessão eleitoral em Porteirinha – de 37,6 mil habitantes, a 580 quilômetros de Belo Horizonte, na manhã deste domingo. Mas, ao invés de votar, ele jogou gasolina na urna eletrônica e ateou fogo. João Milton foi preso em flagrante pela Polícia Militar. Ele justificou o atentado como revolta pelo atraso em seu processo de aposentadoria.
O fato ocorreu na seção eleitoral da Escola Estadual Miguel José da Cunha, no Centro de Porteirinha, por volta das 9h30min. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) a urna eletrônica foi substituída e a votação no local continuou normalmente. Segundo o TRE-MG, a mídia (arquivo) do equipamento incendiado foi preservado, mantendo a validade dos votos de 67 eleitores que já tinham comparecido à seção eleitoral. O arquivo foi “transferido” para a outra urna instalada no local. Ao todo, 345 eleitores votam na seção eleitoral que foi alvo do ataque em Porteirinha.
Conforme testemunhas, o pedreiro chegou à seção eleitoral e realizou normalmente o procedimento de conferência do título de eleitor e do documento de identidade, sem despertar nenhuma suspeita. Quando estava dentro da cabine de votação, ele derramou gasolina na urna eletrônica e ateou fogo. João Milton carregou o combustível em um frasco de desodorante de 90 ml e numa embalagem de refrigerante de 200 ml, escondidos no bolso. O fogo foi apagado pelos próprios mesários.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente e prendeu o pedreiro em flagrante ainda dentro da seção eleitoral. A legislação determina que no dia da eleição, o eleitor só pode ser preso em flagrante. Por isso, o autor do atentado à urna eletrônica foi preso mediante às presenças do juiz eleitoral da cidade, Antônio Rosa; e do representante do Ministério Público, Ali Mahmoud Fayez Ayoub.
João Milton alegou que pôs fogo na urna eletrônica por estar revoltado com a demora de seu processo de aposentadoria junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Pelo mesmo motivo, em 2013, ele tentou atear fogo na agência do INSS em Janaúba (distante 30 quilômetros de Porteirinha).

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Mensagem N°78908
De: José Ponciano Neto Data: Sábado 25/10/2014 14:46:38
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Eleições 2014: Chegamos ao final das eleições para Presidente da República do Brasil. Foram dias de ataques e elogios. É isto mesmo. “Assim que o eleitor consegue discernir o certo do errado, as denúncias aumentam”. Enfim. Chegou a hora do voto consciente. Lembro-me quando criança (aos seis anos de vida) do comportamento ético dos meus avós e do meu primeiro ídolo da política. Meu avô não admitia que nenhum dos funcionários da oficina e da serralheria revelasse o seu voto. O voto era sagrado, não obstante o cabresto existir; mas esta política não fazia parte dos hábitos do “Seu” Ponciano. Meu primeiro ídolo foi o Jânio Quadros. Talvez estimulado pelo seu jingle, a famosa musiquinha “Varre varre vassourinha”, foram distribuídos broches da vassourinha que eram alfinetados na camisa. Certo dia, fui até a Escola Normal, ainda atrás da Matriz e nas escadas achei um desses broches, todo orgulhoso, mostrei a jóia para minha avó Alzira, imediatamente ela mandou-me a deixar no mesmo lugar que o encontrei, pois, não pertencia a mim, meio constrangido, desobedeci minha avó - arremessei esta jóia nos jardins do Hospital Santa Terezinha – que era mais perto de casa. Foi uma frustração desfazer do símbolo do ídolo político. Hoje não temmos mais ídolos políticos, votamos por conveniência ou por simpatia ou antipatia deste ou daquele partido. Infelizmente. Isto é ruim, pois, à medida que notamos que não temos um representante à altura do que desejamos, colocamos em risco a democracia. Mas, em quem votar? Tenho saudades daquelas épocas, mesmo sem ter tido o direito de votar, a idade para se tornar eleitor era de 18 anos – tive outros ídolos como Jânio Quadros, um deles foi o Dr. Pedro Santos, médico simples, que não usava luvas para medicinar , atitude que lhe deu vitória sobre o Dr. João Vale Mauricio em 1962. Agora é esperar quem irá governar nosso país de 2015 a 2018. Montes Claros 25/10/2014 (*) José Ponciano neto e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros -IHGMC

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Mensagem N°78907
De: Manoel Hygino Data: Sábado 25/10/2014 09:21:18
Cidade: Belo Horizonte

Entrevista presidencial em Paris

Manoel Hygino - Hoje em Dia

Fim de governo, proximidade de outro quatriênio presidencial. Bom tempo para recordar o passado. Rivadávia de Souza, gaúcho trabalhando na Imprensa de Getúlio desde que este assumiu a chefia do governo, lembra ser-lhe atribuído recepcionar na capital francesa, Juscelino, recém-eleito para o Catete. JK hospedou-se com sua comitiva em uma suíte do Hotel Crillon, na Place de La Concorde. Era praticamente uma casa, com sala, vários quartos e um corredor para a porta de entrada, para propiciar total privacidade.
Rivadávia sabia alguma coisa sobre Juscelino e procurou bem haver-se naquela ocasião única, quando a França queria conhecer o mineiro pobre, nascido numa cidade do interior brasileiro, rica em diamantes. Rivadávia, jornalista de Uruguaiana, não poderia falhar na missão, até porque poderia ser-lhe um contato importante na carreira.
Convocou-se uma coletiva, no amplo salão de conferências do Crillon, onde se afeririam as qualidades e virtudes do eleito para o governo brasileiro. De antemão se sabia que o presidente fora telegrafista, de horário noturno, no serviço público e colara grau em Medicina pela escola de medicina de Belo Horizonte, em 1927. Em seguida, médico da Polícia Militar de Minas Gerais, participara da Revolução de 1932, chegando a governador do Estado.
Uma carreira de incontestável sucesso, marcada pela construção de uma bela cultura. Alguém no círculo dos entrevistadores formulou uma pergunta. JK discorreu longamente, em francês brilhante, eloquente, escorreito, sem tropeçar numa sílaba sequer, como se discursasse de improviso, na própria língua, e não na de Montaigne e Voltaire.
Vários presentes já tinham participado de entrevistas ali. Mas, todos ficaram encantados com a facilidade verbal de Kubitschek, superando os depoimentos precedentes. No final, os jornalistas prorromperam numa entusiástica e calorosa salva de palmas, não somente pelo conteúdo das respostas, mas ainda pela forma primorosa com que as emolduraram.
Máximo Scioletti, conselheiro da Embaixada Brasileira em Paris, não escondeu sua surpresa: “Poucos franceses serão capazes de falar com tamanha eloquência”. Não conhecia, porém, a seleta plateia que Juscelino era um velho habitante da Cidade Luz. Lá cumprira bolsa de estudos no Hôtel Dieu, pronto-socorro de Paris, e fizera especialização com um dos mais celebrados cirurgiões e urologistas do mundo: o professor Chevassu.
Assim, no remoto 1930, o médico de Diamantina aprimorara o francês, instalando-se no pequeno hotel de La Paix, no número 225, do Boulevard Raspail. A jornada diária era de 8 horas da manhã às 6 da tarde, nas três primeiras semanas. Depois, vinha o treinamento no Hospital Cochin, onde se organizara o primeiro serviço do mundo especializado em vias urinárias. Não tinha como não aprender a língua que servira a Victor Hugo e Dumas.
Então, visitou o Louvre pela primeira vez e frequentou o Café Du Brèsil, onde conheceu Portinari e o fez seu amigo por toda a vida. Seguiu para a Alemanha para estágio no Hospital Charité, em Berlim, mas teve de voltar ao Brasil pela eclosão da revolução de 1930. De volta, escreveu, a bordo do navio Almirante Alexandrino: “Toda a minha timidez havia desaparecido, passei a amar a vida, certo de que ela nada mais me negará”.

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Mensagem N°78905
De: Petrônio Braz Data: Sexta 24/10/2014 07:13:53
Cidade: Montes Claros

A história do rio São Francisco começa há mais de oitocentos milhões de anos. Durante todo esse tempo suas águas correram majestosas criando vida. Foi o Opará ou Pirapitinga, como conhecido pelos primitivos humanos, que se criaram às suas margens. Rio mar, por milhões de anos, foi destruído pelo ‘homo sapiens’ em menos de uma geração.

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