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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 18 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°79581
De: Ivana Rebello Data: Sábado 14/3/2015 7:12:22
Cidade: Montes Claros

A casa e o mercado


Quando Toninho Rebello deixou a prefeitura, em 1982, estava cansado, muito cansado, e seu cansaço não era proveniente do trabalho, pois disso ele nunca se queixou. Havia deixado o município sem dívidas, com dinheiro em caixa para dar continuidade às obras do programa Cidade de Porte Médio, projeto que ele e Humberto Souto sonharam.
Seu sucessor recebeu uma cidade limpa, bem cuidada, visivelmente transformada por uma administração corajosa, progressista e honesta.
As eleições municipais foram duríssimas. As circunstâncias políticas eram todas favoráveis à mudança; quase todo o país ansiava pelo fim da Ditadura Militar, conforme Jorge Silveira tão bem relata neste livro. Mas Toninho Rebello não esperava a ferocidade de ataques que se abateu sobre ele e seus familiares. Apenas politicagem rasteira, maledicências e falta de decoro. Bem que tentaram; investigaram de todos os lados, reviraram sua vida pelo avesso e nada encontraram de desagravo. No entanto, ataques e calúnias circulavam por alguns órgãos de imprensa.
Felizmente, parte do povo de Montes Claros, gente que ama a cidade e que conheceu Toninho Rebello, fez e ainda lhe faz jus. Mas Toninho Rebello morreu magoado. E todos nós que conhecemos sua retidão e caráter sofremos por ele.
Desejando recolher-se, finalmente, junto a família, tomou algumas decisões que, hoje, soam quase premonitórias. Teria ele pressentido a proximidade da morte? E bem verdade que o coração havia lhe enviado alguns perigosos avisos; adoeceu, foi hospitalizado e safenado. No entanto, sabíamos que sua dor maior era outra. Para um homem de sua têmpera, os ataques a sua honradez foram mortais.
Decidiu, portanto, fazer a divisão de seus bens em vida; o inventário foi feito pelo Dr. Sebastião Melo: 50% de seus bens foram passados para os filhos e os outros 50%, a nua propriedade, ficaram para seu usufruto. Ele queria garantir o dinheiro para alguns avais que tinha dado, inclusive para a televisão, de que foi grande acionista. Transformou as suas fazendas na Luciana Agropecuária, empresa forte, familiar, especializada em gado Nelore PO; a família vinha se especializando há tempos na criação de gado de raça, investindo na melhoria genética das reses.
Como os filhos já estavam casados e os netos cresciam e nasciam, segundo o preceito bíblico, ele desejou acercar-se de todos, talvez numa forma compensatória pelos anos de dedicação quase integral à prefeitura. Assim, transformou o terreno onde era sua casa, "a fazendinha", em um aprazível condomínio familiar. Construiu para si uma casa pequena, pois, depois de tantos anos com a casa cheia de filhos, somente ele e Marcolina ali residiriam. Os demais filhos construíram suas casas, cada uma com seu jeito e estilo, mas todas voltadas para a rua principal, em cujo nome Toninho Rebello quis homenagear seu sogro: Jacinto Ataíde.
Ruas asfaltadas, arborizadas, tornou-se ali um lugar de descanso e alegria, onde seus netos brincavam e seus filhos estavam mais perto de si. Sempre gostou de gente, incentivava os almoços em família e as comemorações. O prefeito que o sucedeu, entretanto, incomodado com essa paz familiar ou talvez com o
peso de seu nome, o qual nunca conseguiu denegrir, produziu mais uma peça de delírio político, acusando Toninho Rebello de ter asfaltado as ruas ao lado desse condomínio sem licitação. Sim, ele de fato o fizera, sem licitação e com dinheiro do próprio bolso, pois as terras ali eram dele!
As perseguições aumentaram. A construção do novo mercado municipal de Montes Claros foi uma implicância gratuita: visava trazer movimento e barulho à vizinhança de Toninho.
O mercado foi construído; Toninho estoicamente ergueu os muros em volta das casas dos seus - fechou o condomínio.
Onde hoje é o restaurante municipal foi lote pertencente a Anamélia e a Cristina, suas filhas: o então prefeito o desapropriou e não pagou, como de praxe. Alguns anos depois,quando Mário Ribeiro foi prefeito, pagou o devido. Toninho Rebello, então, doou ao município as ruas que eram suas e ele mandara asfaltar.
Mário Ribeiro e Toninho foram grandes amigos, compadres (Toninho foi padrinho de uma filha de Mário, e Mário era padrinho de Cristina Rebello) e adversários políticos. Respeitaram essa amizade e compadrio, independentemente de algumas escolhas contrárias. Contaram-me que, quando foi prefeito, e incomodado com o recolhimento do amigo, Mário ligou para Toninho, chamando-o para ir com ele, fiscalizar as obras da prefeitura. Quando Toninho Rebello morreu, Mário Ribeiro, que era o prefeito decretou luto oficial por oito dias.
Quanto ao mercado, e com o condomínio fechado, os familiares de Toninho até gostaram, ao final, da inesperada vizinhança. Todos são muito simples e aprenderam com o pai a gostar de gente humilde.
E Toninho foi levando sua vida tranquila, encontrando-se com amigos no bar Cristal, no Quintal ou no bar do Zezinho, onde pedia ao garçom "coca-cola". Todos já sabiam que era uma mistura de coca com cachaça, sua bebida predileta. Às vezes, ia a Mirabela comer carne de sol ou dobradinha. E construiu também suas igrejinhas, como bom católico que era: doou terreno e construiu a Igreja Santa Clara, no bairro Santa Laura, em Montes Claros. Também construiu uma capela no povoado de Poço Novo, próximo às suas terras. Sempre acreditou que a religião ajudava às pessoas.
A religião não o afastou da maçonaria. Foi maçom, como o pai Jayme Rebello, e maçom graduado. A Loja Deus e Liberdade, situada na Avenida Mestra Fininha, foi construída em terreno doado por ele, que também doou as cadeiras do templo. Hoje ali também funciona uma loja que se chama Antônio Lafetá Rebello, proposta iniciada por seu genro, também maçom, e filho de seu grande amigo José Gomes.
Toninho se foi, naquele início de tarde de novembro, de 1992. A casa e o mercado ainda estão lá, mas muitas coisas na cena política de Montes Claros mudaram.
Quem entra no condomínio da família de Toninho sente uma indescritível sensação de paz, pois suas ruas, suas árvores e suas casas ficaram, como testemunhas de um homem de bem e parte de sua história.
José de Alencar termina a obra Iracema com a morte da bela indígena, lançando um lamento sobre a terra brasileira:
Tudo passa sobre a terra... A crença de que certos fatos e certos homens não podem passar uniu Jorge Silveira a mim, na escrita deste livro.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, lançado em Montes Claros na noite de 25 de fevereiro)

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Mensagem N°79580
De: Petrônio Braz Data: Sexta 13/3/2015 14:48:03
Cidade: Montes Claros

(...)A apuração da corrupção é, hoje, obra do Ministério Público e a ele, somente a ele, com auxilio dos órgãos que convoca, deve o País a descoberta de tantas mazelas. Não é obra administrativa ou judicial, nascida dos Poderes Executivo ou Judiciário, é obra do Ministério Público. A ele os aplausos necessários da nação.(...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79578
De: Petrônio Braz Data: Sexta 13/3/2015 07:38:14
Cidade: Montes Claros

Um exemplo, Estávamos abastecendo o carro no Posto, em frente à Rodoviária, aqui em Montes Claros. Minha esposa Fátima, que estava ao volante, observou que uma torneia estava semiaberta, deixando desperdiçar considerável quantidade de água. Enquanto o frentista abastecia o carro, ela abriu a porta do carro e saiu. Foi até a torneira e fechou. Voltando ela disse: Eu preciso de água lá em casa.

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Mensagem N°79577
De: Walter Pereira Data: Quinta 12/3/2015 11:03:00
Cidade: Montes Claros - MG

É lamentável o descaso que é tratado os moradores da zona rural de Montes Claros é adjacências. Principalmente no que se refere a segurança pública. É pela terceira vez que acontece neste ano, assalto a mão armada na região do clube pentaúrea e proximidades. Principalmente nos sítios, chácaras e fazendas na estrada que dar acesso a Mato Verde e Alto Belo. Os bandidos chegam de moto, encapuzados e armas em punho, rendendo os trabalhadores, fazendo ameaças e roubando o que encontrar e pode levar. Acredito que não seja difícil o serviço de inteligência da policial civil ou Militar, investigar e prender esses marginais. O mais triste e preocupante, que os sitiantes, disse não acreditar mais nas forças de segurança pública e que estão abandonados e esquecidos. Já desistiram de registrar ocorrência, diante da inércia. Como se fosse somente o cidadão da zona urbana que merecesse proteção. Lamentável essa situação. Com a palavra os referidos orgãos de segurança....

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Mensagem N°79576
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Quinta 12/3/2015 19:24:07
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

SIMPLESMENTE TERESA...



Na véspera do Dia Internacional da Mulher, uma grande mulher foi chamada por Deus. Seu nome era Teresa. Teresa de quê? Não importa. Vocês não a conheciam, isto é, quem tem internet e computador, provavelmente, jamais ouviu falar dela.
Era uma criatura anônima, menos para os que a queriam bem. Uma criatura extraordinária! Amada por minha família e por todos de seu bairro, que a conheciam por Dona Xinó.
Criou sozinha quatro filhos e fez deles homens honrados e decentes. Ganhando apenas um salário mínimo sustentou-os e à sua casa. Sempre disponível para todos que dela precisassem. À sua mesa havia uma fartura como se tivesse o poder de multiplicar o pão, não só para os seus, mas para todos os necessitados que a ela recorriam.
Sempre no dia 12 de Outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, de quem ela era devota, e, também, dia das Crianças, fazia paneladas de comida e as distribuía para todas a criançada do bairro, dando a cada uma alguma pequena lembrança Era uma verdadeira festa no imenso terreno de sua casa. Antes, porém, do lauto almoço, havia o terço e a ladainha, louvando Nossa Senhora, cuja imagem ela tinha num pequeno altar ao lado da entrada da casa.
Humilde, generosa, amorosa, seguia fielmente o exemplo do Mestre Jesus. Lutou toda a vida contra a doença de Chagas, que afetou seu coração. Contra todas as previsões médicas, ela viveu quase sessenta e cinco anos.
A doença jamais a impediu de trabalhar duramente. Mantinha, no fundo de seu quintal, uma plantação de milho e feijão da qual ela mesma cuidava. Pegava na enxada, sem medo, mesmo tendo os médicos proibido-a de qualquer trabalho que demandasse esforço, pois seu coração estava cada vez mais fraco. Quantas vezes eu a peguei trabalhando e a repreendi. Ela respondia: “Se eu parar de trabalhar, eu morro, Dona Luiza”.
Por fim, o assassinato de um filho, por um neto seu envolvido com drogas, foi dor demais para seu fraco coração e ela se deixou tomar pela tristeza, complicando a situação de saúde, vivendo mais internada do que no próprio lar.
Desde então, nunca mais houve na sua casa a famosa festa de Nossa Senhora Aparecida. Da última vez que fui passar com ela esta data, rezamos apenas o terço e a ladainha.
Era analfabeta, mas, quando abria a boca, parecia inspirada, pois falava da Bíblia, de Jesus e dos valores que deveriam nortear nossas vidas, com um incrível conhecimento e sabedoria. Para nos consolar e confortar nos momentos difíceis era única, com tamanha tranqüilidade, como se ela mesma não conhecesse o sofrimento.
Trabalhou para meus pais durante anos e, ao aposentar por invalidez, meu pai lhe deu um terreno com um pequeno barracão, que ela foi aumentando com o decorrer dos anos e o tamanho da família. Aos poucos, como uma antiga família chinesa, os filhos e os netos foram se agregando em torno dela, que era uma verdadeira “matriarca” da família, distribuindo as tarefas por filhos e noras e passando a ser a conselheira de todos.
Curava seus filhos, netos e vizinhos com seus chás e suas orações. Uma mulher realmente especial!
Venerava meus pais, principalmente papai. Estranhando aquele sentimento de tão profundo amor e respeito, resolvi perguntar-lhe, um dia, o motivo disso e ela me contou uma bela e comovente história a respeito de como se conheceram, a situação em que vivia e a gratidão que sentia, acima de tudo, por ele. Mais um motivo para eu admirá-la, pois a gratidão, penso, é um dos mais nobres sentimentos do ser humano.
O mundo não tomou conhecimento de sua existência, mas deixou rastros profundos na vida de muitos, inclusive na minha. Hoje, deve repousar no Seio do Pai, pois, com certeza, foi uma das melhores criaturas que conheci em toda minha vida.

Maria Luiza Silveira Teles

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Mensagem N°79575
De: Ucho Ribeiro Data: Quinta 12/3/2015 10:36:52
Cidade: Montes Claros

DIA 15 DE MARÇO

Como será o protesto neste domingo em Montes Claros?
Inúmeras convocações virtuais escancaram-se nas redes sociais, conclamando a população para protestar no dia 15 de março. Porém, inexistem mensagens com informações precisas sobre o horário e o local da concentração.
Domingo, dia de descanso, sem pessoas na rua, é a data mais inadequada para mobilizações. O local tem que ser o mais central possível e que exija o menor deslocamento da população. E o horário? Caminhadas a sol a pino tendem a ser estafantes, dispersivas e fugazes.
Dia de protesto se faz em dia de semana, de segunda a sexta-feira, no final da tarde, com o sol já morno, quando as pessoas ao deixarem o trabalho, as escolas, os afazeres, podem aderir ao movimento.
Falo com uma certa experiência, pois desde pequeno vi e participei de passeatas e protestos. Em 68, rapazote, seguro pela mão de meu pai, assisti os estudantes de BH enfrentarem a cavalaria da polícia.
Na época da faculdade, 74 a 77, metido até o pescoço no movimento estudantil, saia às ruas contra a ditadura e corria dos cassetetes da repressão.
Em 79, no começo da abertura, reunia, mobilizava e "passeatava" a favor da anistia ampla, geral e irrestrita e pela demarcação das terras indígenas.
Em 84, no Rio de Janeiro, participei do Comício da Candelária a favor das diretas já, que foi a maior manifestação pública da história do Brasil, até então.
Em 92, juntei-me nas passeatas à milhares de brasileiros, caras pintadas, pedindo a saída do presidente Fernando Collor de Mello do poder.
No dia primeiro de janeiro de 2003, fiz questão de juntar-me a uma multidão na esplanada dos ministérios em Brasília para assistir a posse do primeiro líder de um partido de esquerda eleito presidente da república. O primeiro operário. Um homem do povo.
Também estive, junto com minha mulher e filhos, nos protestos de 2013, conhecidos como Manifestações dos 20 centavos, Manifestações de Junho, que teve uma propagação viral. Em seu ápice, milhões estavam nas ruas protestando não apenas pela redução das tarifas de ônibus, mas também contra os exorbitantes gastos públicos na Copa, contra a má qualidade dos serviços públicos, indignados com a corrupção política galopante.
Mesmo o domingo sendo um dia inapropriado para manifestações, eu voltarei às ruas, com a minha família, para cobrar punição às falcatruas escancaradas e para que o julgamento deste lamaçal não acabe em pizza. Ainda mais agora que Dias Toffoli, ex-advogado do PT, presidirá o julgamento da Lava Jato. Bem, mas se for para chover no molhado, que a chuva dos nossos gritos indignados caia sobre os corruptos e corruptores. Que seja um toró de civilidade para lavar as sujeiras do nosso mundo político. Que a nossa voz rouca das ruas destampe os ouvidos moucos de nosso judiciário.
Não vou como incendiário, pois sei que estamos vivendo um momento tenso e perigoso. Que estamos sentados num barril de pólvora, basta ver os telejornais, ouvir as conversas nos botecos, dar uma olhada nos comentários dos emails, whatsapps e telejornais. O Brasil está descarrilhado, temos que fazer alguma coisa. Omissos não podemos ficar. Precisamos salvaguardar nossas instituições, defender a imprensa livre e não incitar a violência. É essencial que saíamos às ruas de forma ordeira, pacífica, como fizeram os parisienses por ocasião do atentado a Charles Hebdo, como protestaram recentemente os nossos hermanos argentinos diante da misteriosa morte do promotor Alberto Nisman, e como fizemos nós mesmos nos protestos do ano de 2013 – é o que nos resta para escancarar o nosso descontentamento e o nosso asco a tanta roubalheira e impunidade.
Entretanto, é bom alertar ao povo que irá às ruas e aos organizadores do protesto que tenham juízo. Temos que ter a temperança que tem faltado a Lula e ao governo federal. O nosso prefeito Ruy Muniz e os chefes das polícias militar, civil e federal, que respondem pela segurança pública, devem reunir-se e pensar num plano que assegure a ordem, mas que também garanta a livre manifestação da população.
Nós, os descontentes, teremos que ter todo o cuidado e saber que é grande o potencial para as provocações baratas e para a ação de vândalos infiltrados. Deveremos afastar e até mesmo repudiar os manifestantes com bandeiras de partidos e organizações políticas. As nossas legítimas armas num protesto democrático são a voz, a indignação, a serenidade e a defesa do estado democrático e de direito.
Para finalizar, é bom estarmos alertas e precavidos com a turma golpista que defende a retomada do poder pelos militares. Possivelmente eles estarão por lá e essa gente é tão inimiga da democracia como aqueles que na semana passada espancaram manifestantes em frente à Associação Brasileira de Imprensa. Eu repudio o petralhismo militante, o bolivarianismo, bem como todas as ditaduras militares, mesmo que temporárias. Saio à rua pelas liberdades democráticas, pelo estado de direito, pela necessária reforma política e contra a absurda corrupção que tomou conta do país.
Vamos lá! Domingo será dia de protestar de cara limpa, sem máscaras, mas também será um dia para cantar, rir, reivindicar, distribuir abraços, dar as mãos para um país melhor. Nossa indignação coletiva precisa ser fotografada, filmada e mostrada aos podres poderes de Brasília.
Vamos lutar por um Brasil melhor, mais justo, mais honesto, onde as pessoas respeitem as pessoas e os políticos respeitem o dinheiro público. Sem corrupção. Sonho? Talvez. Mas precisamos dar o primeiro passo.

À luta! Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

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Mensagem N°79574
De: Jorge Silveira Data: Quinta 12/3/2015 15:12:00
Cidade: Montes Claros

Geralmente, os prefeitos quando assumem não têm um programa de obras para ser realizado de imediato. Durante a campanha política, promete-se um pouco de tudo nas áreas de educação, saúde, saneamento, infra-estrutura, cultura e lazer. Mas se alguém apertar o candidato e quiser saber o que ele vai fazer especificamente, por exemplo, na área de educação, no mínimo ele vai desconversar e não responderá, pois não sabe mesmo o que fará. A situação se repete nas outras áreas: não há por parte de nenhum candidato um planejamento a ser seguido caso vença as eleições. É aquela história de que a teoria é uma e a prática é outra. No caso do político-candidato só existe a teoria, ou melhor, promessas que provavelmente não serão cumpridas. Ou cumpridas apenas em parte, quase sempre em partes muito pequenas.
Toninho Rebello, quando eleito da primeira vez, em 1966 - tomou posse em 1967 - como era candidato único, não precisou prometer nada. Em compensação, aproveitou o tempo para preparar um programa de governo, definindo praticamente tudo o que iria fazer. Por exemplo: ele sabia que iria derrubar o velho mercado da Praça Dr. Carlos e construir dois, um na confluência das ruas Cel. Joaquim Costa e Belo Horizonte e outro na rua Melo Viana. Sabia que iria implantar rede de esgoto em toda a área central, inclusive já tinha acertado tudo com o DNOCs mesmo antes de assumir. Já tinha entendimentos também com Milton Prates para a doação do terreno onde construiria o Parque Municipal. Mas sua grande meta era acabar com poeira, asfaltando todas as ruas que não tivessem pavimentação. Montes Claros, naquela época, era conhecida como "terra da poeira, das muriçocas e das mulheres de vida fácil".
Como não era nenhum alienado, Toninho sabia muito que não seria possível assumir num dia e começar tudo que tinha programado no dia seguinte. Conhecia a situação precária da prefeitura, onde os funcionários não recebiam salários há três meses. Por isso, elaborou uma programação básica para os primeiros 100 dias: limpar a cidade, acertar a situação financeira da prefeitura, pagando os salários atrasados;iniciar o projeto de esgotamento na área central, através do DNOCS; organizar os projetos de leis a serem submetidos à
Câmara de Vereadores e que permitiriam a execução das obras previstas, como por exemplo, a criação da "contribuição de melhoria", lei que possibilitaria cobrar o asfaltamento dos contribuintes beneficiados.
Para não ter problema com os vereadores, já que tinha necessidade de aprovar com certa urgência vários projetos importantes, Toninho radicalizou: escolheu como seu líder no Legislativo exatamente o líder da oposição, o vereador Pedro Narciso, eleito pelo MDB, partido que pela lógica deveria ser oposição ao prefeito da Arena. O regime militar, fazia pouco, tinha extinto os velhos partidos e criado o bipartidarismo, apenas com Arena e MDB. Fato raro que provavelmente nunca tinha acontecido na política brasileira e nunca mais viria a
tempos futuros: o MDB, com quatro vereadores -além de Pedro Narciso, tinha José da Conceição, Aroldo Tourinho e José Messias Machado - apoiar o prefeito da Arena durante os quatro anos de mandato. Era uma posição meio esdrúxula: os emedebistas atacavam o governo federal da Arena,mas apoiavam o prefeito arenista. E nem tinham como ficar contra um prefeito que em quatro anos transformaria a cidade em um verdadeiro canteiro de obras. Muitas vezes Pedro Narciso confessou: " se ficarmos contra Toninho, o MDB acaba na próxima eleição". Não acabou não, mas perdeu a eleição com o arquiteto João Carlos Sobreira. E, na Câmara Municipal, encolheu para apenas três vereadores.
Pedro Narciso e José da Conceição se projetariam muito na política municipal - ambos foram deputados à Assembléia Legislativa (Conceição foi também federal) e secretários de
estado - sinal de que o apoio ao prefeito da Arena não prejudicou suas carreiras. Ao contrário, parece ter feito muito bem.
Narciso até que chegou a ter dificuldades para se reeleger vereador em 1970 e aí se deu outro fato inacreditável para os preceitos da política brasileira: Toninho Rebello, da Arena, apoiou Pedro Narciso, do MDB, chegando a publicar anúncio nos jornais da cidade pedindo votos para o seu ex-líder. Toninho não conseguiu eleger seu sucessor na prefeitura, mas ajudou Narciso a se reeleger. Coisas que só aconteciam mesmo com Toninho, que não via a política de uma forma passional como geralmente é vista por quase todos os políticos. Para Toninho, a amizade e a consideração precediam à política.
Mas como a política mais parece uma roda que dá voltas, nas eleições de 1976, quando Toninho Rebello foi novamente candidato, lá estavam Pedro Narciso e José da Conceição, mas desta vez como adversários. Aquela foi uma eleição onde o povo de Montes Claros prestou sua homenagem à grande administração que Toninho fizera anteriormente. Disputando contra cinco adversários, dois da Arena (Pedro Santos e Hamilton Lopes) e três do MDB (Pedro Narciso, José da Conceição e Aroldo Tourinho), Toninho teve mais votos do que a
soma dos outros cinco. O mais importante: derrotou o mito Pedro Santos, que perdia uma eleição pela primeira vez.
Toninho Rebello retribuiria ao povo de Montes Claros a grande votação que tivera: sua segunda administração, desta vez seis anos (o governo militar estendera os mandatos por mais dois anos), seria ainda melhor do que a primeira. Foi quando implantou suas duas maiores obras, a Avenida Deputado Esteves Rodrigues (a Sanitária), mudando completamente o aspecto urbanístico e de saneamento da cidade, e a Rodoviária, até hoje uma das melhores do estado. Mas, mais uma vez voltou a mostrar que a política não era sua seara:
apesar da revolucionária administração, não conseguiu emplacar seu sucessor em 1982. O médico Crisantino Borém, seu vice-prefeito e seu candidato à sucessão, foi derrotado pelo vereador Luiz Tadeu Leite, do PMDB. Crisantino foi triturado pelo voto vinculado e pela avalanche Tancredo (assuntos de outra crônica).

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, lançado em Montes Claros na noite de 25 de fevereiro)

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Mensagem N°79572
De: Gustavo Mameluque Data: Quarta 11/3/2015 17:16:08
Cidade: Montes Claros

(...) Vale a pena ver. E rever. Ao lado de " Hotel Budapeste" pode ser que uma grande inustiça tenha sido pela Academia de Los Angeles. Cena marcante: várias. Destaco aquela em que Alice reúne toda a família para noticiar o diagnótico de Alzheimer. Momentos de emoção e tensão. A cena comove pela beleza, pelos olhares, pelas lágrimas; e mais uma vez pela interpretação avassaladora de Juliane Moore. Gustavo Mameluque é Jornalista e Critico de Cinema em Montes Claros-MG.(...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79570
De: Corpo de Bombeiros Data: Quarta 11/3/2015 10:22:42
Cidade: Montes Claros

Incêndio em supermercado mobiliza o Corpo de Bombeiros - Por volta das 05h20 da manhã desta quarta-feira(11) o 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Montes Claros, foi acionado para combater um incêndio em um supermercado localizado em frente ao Shopping Center de Montes Claros.
Não se sabe as causas do incêndio que deverão ser investigadas pela Perícia, porém quando o Bombeiro chegou ao local as chamas já estavam altas e o estabelecimento fechado. De imediato foi iniciado o combate do lado de fora da estrutura através do resfriamento da edificação até o arrombamento das portas para o acesso ao interior da loja onde o combate teve continuidade durante 01 hora. Foram utilizados 02 caminhões de combate a incêndio além do apoio de um caminhão pipa da Copasa totalizando 30 mil litros de água. Moradores de residências vizinhas ao supermercado tiveram que sair de casa devido o risco existente.
Várias mercadorias do supermercado foram danificadas pelas chamas, além de escritórios, forro de PVC e parte da estrutura.
Uma equipe de vistoriadores do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Municipal estiveram no local para levantamento dos riscos estruturais da edificação e possível interdição devido o risco de desabamento.
Foi realizado o rescaldo no local para evitar reignição das chamas. O trânsito teve que ser parcialmente interrompido.

***

Hoje em Dia - Incêndio atinge e destrói supermercado em Montes Claros - Parte de um supermercado em Montes Claros, no Norte de Minas, ficou destruído após pegar fogo. Conforme o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 5h30 desta quarta-feira (11) no estabelecimento que fica na avenida Donato Quintino, bairro Cidade Nova.
As altas chamas consumiram os produtos do supermercado, mas o prejuízo ainda não foi calculado. No total, dois caminhões e uma viatura estiveram no local para combater o fogo.
O incêndio foi controlado poucas horas após a ocorrência, mas os bombeiros continuam no local trabalhando no rescaldo. A perícia é aguardada e a causa do incêndio é desconhecida.
Os bombeiros não têm informações sobre feridos.

***

Estado de Minas - Incêndio destrói parte de supermercado em Montes Claros - Fogo começou na parte administrativa do supermercado e se alastrou para os demais setores do estabelecimento - Um incêndio de grande proporção atingiu um supermercado em Montes Claros (Norte de Minas), na manhã desta quarta-feira. Não houve feridos. O fogo começou por volta das 5 horas, quando o estabelecimento estava fechado e não havia ninguém no local. As chamas destruíram a maior parte do supermercado. Os prejuizos ainda estão sendo contabilizados. Uma equipe da perícia está sendo aguardada no local para investigar as causas do sinistro.
Os bombeiros demoraram uma hora para controlar o incêndio. Foram gastos cerca de 30 mil litros de água para apagar o fogo. Além de dois caminhoes do Corpo de Bombeiros, foram usados um caminhão-pipa da Copasa e outro caminhão-pipa da Defesa Civil do Município. Equipes da Policia Militar, da Empresa Municipal de Trânsito (MCtrans) e da Guarda Municipal. O Supermercado BH fica situado no bairro Cidade Nova, em frente a um shopping center e perto da rodoviária da cidade. Por causa da movimentação dos bombeiros e das demais equipes envolvidas no combate ao fogo, o trânsito foi interrompido no local por uma hora.
Conforme o Corpo de Bombeiros, o fogo começou na parte administrativa do supermercado e se alastrou para os demais setores do estabelecimento. O calor contribuiu para a propagação das chamas, que atingiram o telhado do prédio, sendo que parte da cobertura desabou. Vidros foram destruídos e as paredes ficaram rachadas.
Pessoas que moram perto do supermercado se assustaram e saíram para as ruas. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas a tempo, impedindo que as construções vizinhas fossem atingidas.

***

O Tempo - Supermercado BH de Montes Claros é parcialmente consumido pelas chamas - Chamas começaram por volta das 5h20 da manhã; vizinhos precisaram de ser retirados de suas casas - José Vítor Camilo - Um incêndio destruiu parcialmente um Supermercado BH na cidade de Montes Claros, no Norte do Estado, no começo da manhã desta quarta-feira (11). O 7º Batalhão do Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 5h20 e, antes de começar os trabalhos, precisou retirar moradores de casas vizinhas para evitar maiores riscos.
De acordo com a corporação, ainda não se sabe as causas das chamas, que serão investigadas pela perícia, mas quando os militares chegaram o fogo já estava bastante alto e o estabelecimento fechado. Imediatamente teve início o combate do lado de fora do estabelecimento, resfriando a edificação até que as portas fossem arrombadas.
Depois de conseguirem entrar no supermercado, os bombeiros ainda levaram cerca de uma hora e utilizaram dois caminhões de combate e um caminhão pipa da Copasa, totalizando 30 mil de água, para conter as chamas.
Várias mercadorias de uma parte do estabelecimento foram danificadas pelas chamas. Escritórios, o forro de PVC e parte da estrutura também acabaram destruídas. Vistoriadores dos bombeiros e da Defesa Civil Municipal também estiveram no local e fizeram um levantamento dos riscos estruturais da edificação.
Por fim, os militares ainda fizeram o rescaldo no local, visando evitar que as chamas reacendessem. O trânsito em frente ao Supermercado BH, em frente ao shopping da cidade, teve que ser parcialmente interrompido durante o combate ao incêndio.

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Mensagem N°79569
De: Cemig Data: Quarta 11/3/2015 09:29:33
Cidade: Montes Claros

A (...) Cemig informa que nessa terça-feira (10/03), às 21h15, ocorreu uma falha na Subestação Lontra, provocando a interrupção no fornecimento de energia para parte dos seguintes municípios: Mirabela, Lontra, São Francisco, Francisco Sá, Janaúba, Porteirinha, Mato Verde, Monte Azul, Espinosa, Salinas, Taiobeiras, Manga, Mocambinho, Montalvânia, Itacarambi e Januária. A energia foi restabelecida gradativamente. Às 4h50 desta quarta-feira (11/03), o fornecimento de energia estava totalmente normalizado. As causas da ocorrência estão sendo apuradas pela Cemig.

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Mensagem N°79568
De: Valter Martuscelli Data: Terça 10/3/2015 18:42:22
Cidade: Montes claros - MG

TREMORES DE TERRA EM MONTES CLAROS


Já fomos assustados, ultimamente, por abalos sísmicos em nossa cidade. Para o povo japonês isso é coisa corriqueira, sendo parte de seu dia a dia. Eu mesmo, quando estou lá, já não me assusto tanto. A grande vantagem nossa em comparação com os sismos japoneses é que os nossos abalos são com predominância de vibrações no sentido radial e não no sentido periférico. Vamos trocar em miúdos: O movimento de nossos abalos é igual a vibração que sentimos quando pulamos sobre uma laje, como se fosse o da pele de um bumbo. Os sismos japoneses provocam movimentos como os de uma peneira. São mais perigosos porque tiram as estruturas das construções de sua prumada, promovendo ao desequilíbrio delas. Muitos prédios no Japão têm amortecedores e contrapesos para minimizar esses efeitos. São construções com estruturas de aço bastante resistentes e os revestimentos e divisões das mesmas utilizam materiais bem leves e resistentes.
A cultura japonesa já favorece a construção de casas com divisórias feitas com painéis de papel, devidamente decorados. Não são muito comuns os quadros nas paredes, ventiladores ou equipamentos presos nas divisórias pois elas não resistem. Não vemos, via de regra, objetos pesados sobre prateleiras. Pode-se observar que eles estão sempre considerando que pode acontecer um abalo mais forte, o que lançaria essas peças pesadas ao chão ou sobre as pessoas.
Ao primeiro sinal de terremoto, os trens param de circular. Existe toda uma rotina, que o povo conhece, inclusive as crianças, que deve ser seguida nessas situações. E eles seguem...
É de causar inveja a educação e a disciplina do povo nipônico. Fazem o que fazer não por obrigação ou medo de punição. Fazem o que fazem porque vivem a cidadania em toda sua plenitude.
Falo porque vi e senti a ocorrência de um terremoto em Tokyo, onde meu filho vive há mais de dezessete anos. A primeira coisa que aconteceu, depois de passado o tremor, foi o telefone tocar. Era o Rodrigo querendo saber se estávamos bem.
Uma coisa que acontece, também, é que os idosos que moram sós são visitados por assistentes sociais a cada 15 dias. E imediatamente depois de um abalo forte. Eles criaram essa norma depois que alguns idosos foram encontrados mortos, depois de alguns dias, por causa do odor. Os japoneses não são de muita conversa e barulho. Assim ficava difícil dar por falta deles. O governo, então determinou que fossem feitas visitas periódicas. Isso tem salvo a vida de muitos. Bom exemplo a ser seguido por nossos governantes, se é que os temos...

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Mensagem N°79567
De: Fernnando Vasconcellos Data: Terça 10/3/2015 16:54:38
Cidade: Montes Claros/MG

Boa tarde. Apos a leitura de inúmeras mensagens relacionadas a poluição sonora (principalmente as mensagens de N° 79566 e 79551) venho deixar o meu protesto e indignação com relação a falta de fiscalização no município. Minha indignação está relacionada a autorização e a liberação de alvarás de funcionamento para lojas de som automotivo (especialmente a que está situada no Bairro (....) que funcionam sem qualquer tipo de proteção acústica e fiscalização. Vejo as centenas de relatos neste mural, relatos de diversos pontos da cidade e gostaria de saber porque estas tais lojas estão, cada vez mais, localizadas em bairro e ruas residenciais, com casas, famílias e idosos como vizinhos que infelizmente tem que conviver com um barulho ensurdecedor, que algumas vez, começas as 08:00 da manha e termina as 19:00 da noite ... de segunda a sexta-feira. Onde estão as ditas "autoridades" que permitem o funcionamento e que fazem "vistas grossas" com as reclamações dos vizinhos? Onde está a lei nesta cidade???

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Mensagem N°79566
De: Yvone Spyer Data: Terça 10/3/2015 13:54:02
Cidade: Montes Claros (MG)  País: Basil

Em relação à mensagem 79551, publicada nesta página pela Yara, venho apenas ratificar o que ela delatou. Não se trata de casa de festas. Trata-se de casa de pessoas (...) que acham que estão acima do bem e do mal (...). A casa faz limite pelos fundos com o Hospital e com o apartamento onde moro. As festas com música ao vivo e de som ensurdecedor ocorrem constantemente. (...). Até que enfim alguém reclamou, pois acho que os $$$ compraram até os tímpanos dos meus vizinhos. É uma verdadeira falta de respeito com os moradores e, principalmente, com os pacientes que agonizam nos leitos do hospital vizinho.

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Mensagem N°79565
De: Ivana Rebello Data: Segunda 9/3/2015 14:27:17
Cidade: Montes Claros

Parente de prefeito


Eu tinha seis ou sete anos de idade, quando Tio Toninho foi prefeito de Montes Claros, na primeira gestão. Lembro-me pouco, mas o suficiente para dizer que o prefeito estava mais distante de nós do que todos supunham. Até parecia que eram duas entidades diferentes: uma era o tio alegre e brincalhão, que nos pegava no colo, virando-nos de pernas para o ar ou aquele que nos fazia correr assustadas, pois revirava as pálpebras inteiramente, deixando à mostra somente a parte interna. Ou outro era o "tio prefeito", o tio proibido e inacessível.
Já haviam nos contado a história (que comprovei mais tarde ser verdadeira) que Tio Toninho era um " prefeito zumbi" . Com seu afã de bem administrar e de fiscalizar, acordava às 5 horas da manhã e dava um passeio pela cidade, para ver como andavam as coisas. Certa feita, num desses passeios pela madrugada, flagra o guarda da Praça Irmã Beata, dormindo tranquilamente, com um boné cobrindo-lhe os olhos. Sorrateiramente, aproximou-se, tirou o boné do pobre coitado, e seguiu direto à prefeitura. Pouco depois, manda chamar o funcionário, perguntando-lhe, com os olhos brilhando de pura gozação, como andava o serviço, se tudo estava bem e se havia acontecido alguma coisa anormal. O pobre, com medo de ser advertido, balbuciou que tudo estava bem, que nada ocorrera. Meu tio, rindo, apresenta-lhe o boné e diz: Como é que pode um guarda noturno dormir à noite? E se fosse alguém querendo destruir a pracinha? Houve desculpas de um lado, advertências comentando que um homem como aquele só poderia ser doido. Acho que ele era. Doido por trabalho.
Morávamos ali na rua Lafetá, as meninas de Roberto e os meninos de Fábio: fomos vizinhos durante a primeira infância e muitas são as boas lembranças que guardo dessa época. Estudávamos à tarde, por isso, uma boa saída para nossas mães sempre atarefadas, com seis filhos cada uma, era enviar-nos à Praça da Matriz, bem perto de onde morávamos, para os brinquedos infantis.
Aquela praça constituía para todos nós um mundo de magia e encantamento indescritíveis. Eram partidas disputadíssimas de porta-bandeira, pique-esconde, jogos de maé, de meias velhas, cheias de areia, que atirávamos com força e vontade contra nossos adversários. E, às vezes, as bolas iam parar no meio da grama. Aí começava nosso tormento: quem iria pegar a bola? Explico: por aquela época o jardim da Praça da Matriz era cuidadíssimo. A grama verde, ladeada por belas e variadas roseiras, era severamente vigiada por um guarda municipal. Se o guarda pegasse um de nós pisando a grama, ele decerto nos levaria para o prefeito, que nos prenderia, como nos fizeram acreditar. Na nossa mente fantasiosa de crianças, o prefeito era uma entidade distante e severa, que punia quem quebrava as regras. Nunca vinculamos sua imagem
com a de nosso tio brincalhão. .
No seu segundo mandato, eu já era mocinha e tinha entendimento diverso das coisas, mas em nossa família o comportamento face ao cargo do meu tio era o mesmo: parente de Toninho Rebello não podia chegar perto da prefeitura! Assunto proibido e indiscutível.
Em certo fevereiro, época de carnaval, eu e minha irmã Cláudia, fomos à Avenida Coronel Ribeiro assistir aos desfiles dos blocos de carnaval. Havia carnavais em Montes Claros na época de Toninho Rebello, sim, pois ele incentivava os folguedos que eram bem familiares. Eu e vários primos já desfilamos em um famoso bloco, que se protegia sob lençóis brancos, cantando e dançando, de uma forma tão salutar e inocente, que soa quase ingênua, para os dias de hoje. Mas naquela noite, queríamos somente assistir à grande festa popular. Chegamos, infelizmente, tarde. As arquibancadas estavam lotadas, restando apenas alguns lugares no camarote destinado às autoridades.
Mais obediente, ia fazendo menção de voltar à casa, pois sabia que aquele camarote era impensável: nem tio Toninho gostava de ficar ali. No entanto, Cláudia, minha irmã, mais ousada que eu, chegou rente a um segurança loca e disse: Você vai ter que nos deixar entrar. Nós somos sobrinhas do prefeito!
Fiquei horrorizada. Ela ousara pronunciar palavras proibidas! Vermelha, constrangida como se tivesse sido pega em falta grave, tentei puxar minha irmã, dizendo-lhe que contaria tudo a papai. O segurança, talvez compadecido de minha vergonha, disse, rindo, que poderíamos subir. Não subimos, preferimos ficar lá embaixo, por trás do cordão do isolamento, vendo os blocos passarem.
Quando tio Toninho assumiu a prefeitura, passou o gerenciamento de suas fazendas ao filho mais velho, Jayme Rebello Neto. Dedicou-se integralmente à administração de sua querida cidade. Se Jayme Neto precisasse de uma assinatura de seu pai, e ele estivesse na prefeitura (e quase sempre estava), ele deveria telefonar, solicitando sua presença fora da prefeitura. Nem ao filho ele autorizou chegar perto do paço!
Aquele era um hábito que se tornou corriqueiro entre os familiares de Toninho Rebello. Para todos nós era essa a regra e a única forma lícita de um gestor comportar-se. Mal sabíamos nós que Montes Claros, anos depois, transformar-se-ia num belo e atraente cabide de empregos e uma ótima plataforma para eleger parentes de prefeitos.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, lançado em Montes Claros na noite de 25 de fevereiro)

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Mensagem N°79564
De: Marcello Data: Terça 10/3/2015 08:21:58
Cidade: Moc/MG

Senhores, Tenho lido nesse espaço diariamente, reclamações da população quanto a poluição sonora na cidade. Gostaria de saber do srº prefeito..."
Comentário: a administração passada combatia? você deve estar falando de outra cidade...só em casos isolados combateu. Não adiantou nada!!

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Mensagem N°79563
De: Giovanni Dias Data: Segunda 9/3/2015 17:25:41
Cidade: Minas Gerais-Montes claros

Tremeu aqui no bairro morada da serra!5h18min

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Mensagem N°79562
De: gabriel Data: Segunda 9/3/2015 17:26:40
Cidade: montes claros

tremeu aqui no santos reis agora 17:20

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Mensagem N°79561
De: O Tempo Data: Segunda 9/3/2015 14:08:16
Cidade: Belo Horizonte

Menino sobrevive a acidente na BR-135 em que morreram seus pais e avós - Batida envolveu um caminhão e dois carros de passeio; as quatro vítimas fatais estavam todas em um mesmo carro; além da criança, um adulto também ficou ferido - Fernanda Viegas - Uma batida entre um caminhão e dois carros de passeio deixou quatro pessoas mortas e outras duas feridas, na BR-135, na zona rural de Joaquim Felício, na região Central de Minas Gerais, na noite desse sábado (7).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, na altura do KM 494, o caminhão, com placas do Estado do Paraná, bateu em um Palio Adventure, de Montes Claros, no Norte do Estado, e depois, de frente com um Eco Sport prata do Estado de São Paulo.
Paulo Roberto de Brito Nantes, 35, Daniel Pereira de Oliveira, 65, Maria Doraci Silva de Oliveira, 61, e Andrea de Oliveira Nantes, 35, todos ocupantes do Eco Sport, morreram no local, ficando com os corpos presos às ferragens. Apenas P.R.B. N.J., de 10 anos, que estava no carro, salvou-se, sofrendo apenas ferimentos.
O condutor do Palio Adventure, F.P.B., 34, ficou ferido e o caminhoneiro nada sofreu. Os feridos foram socorridos por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para um hospital.
***
Estado de Minas - Acidente mata quatro pessoas da mesma família na BR-135 em Joaquim Felício - Segundo a PRF, dois casais estavam em um Eco Sport atingido por carreta que tentava ultrapassagem proibida. Filho de duas vítimas sobreviveu e foi resgatado - Luiz Fernando Motta - Um grave acidente deixou quatro mortos na noite desse sábado em Joaquim Felício, na Região Norte de Minas. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, as vítimas eram todas da mesma família e estavam em um Eco Sport atingido por uma carreta que tentava uma ultrapassagem proibida no km 494 da BR-135. O filho de um dos casais ainda ficou ferido no acidente e foi socorrido para o Hospital Pronto-Socorro de Montes Claros. O motorista de um terceiro veículo também se machucou após capotar um Palio Adventure ao desviar da carreta.
As vítimas foram identificadas como os casais Paulo Roberto de Brito Nantes e Andrea de Oliveira Nantes, ambos de 35 anos e Daniel Pereira de Oliveira, de 65, e Maria Doraci Silva de Oliveira, de 61. O veículo em que eles viajavam tinha placa da cidade de Hortolândia, em São Paulo.
De acordo com a PRF de Montes Claros, o trecho não tem muitos registros de acidente e a tragédia desse sábado teve como causa a imprudência. O condutor da carreta, com placa de Fazenda Rio Grande, no Paraná, foi levado para uma delegacia na cidade de Bocaiúva para prestar depoimento.
***
Hoje em Dia - Criança de 10 anos sobrevive a grave acidente que resultou em quatro mortos - Sara Lira - Quatro pessoas morreram em um grave acidente em Joaquim Felício, na região Central de Minas, na noite deste sábado (7). De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma carreta com placa do Paraná colidiu de frente com um Eco Sport, após bater em um Pálio Adventure.
O acidente aconteceu na BR-135, altura do quilômetro 494, na zona rural do município.
Dos cinco passageiros do Eco Sport, quatro morreram na hora presos às ferragens, sendo eles: Paulo Roberto de Brito Nantes e Andrea de Oliveira Nantes, ambos de 35 anos, Daniel Pereira de Oliveira, de 65, e Maria Doraci Silva de Oliveira, de 61.
O filho de Paulo, uma criança de apenas 10 anos, foi o único sobrevivente com ferimentos leves. O motorista do Pálio também se feriu, mas não corre risco de morte. Os feridos foram socorridos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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Mensagem N°79560
De: Geraldo Mota Data: Segunda 9/3/2015 10:42:32
Cidade: MONTES CLAROS/MG  País: BRASIL

Senhores, Tenho lido nesse espaço diariamente, reclamações da população quanto a poluição sonora na cidade. Gostaria de saber do srº prefeito Ruy Muniz o seguinte:
1) O que o srº esta fazendo com a ambiental LEI 3.754 de 15 de junho de 2007, especialmente com os artigos 57 a 70 que trata da poluição sonora? Acho que o srº não conhece essa lei, tampouco seu secretario de meio ambiente.
2) Cadê a Patrulha do Silêncio? Essa patrulha possuía um veiculo zero KM, decibelímetro, etc para fiscalizar o cumprimento dessa lei. Cadê os funcionários experientes e comprometidos da SEC. de Meio Ambiente dessa cidade? Em fim, existia na administração passada, uma infra-estrutura que combatia esse tipo de poluição em Montes Claros. Hoje, infelizmente parece que o atual prefeito não se importa com isso, tão pouco seu sec. de meio ambiente.

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Mensagem N°79559
De: Jorge Silveira Data: Segunda 9/3/2015 09:43:42
Cidade: Montes Claros

Estórias ou lendas que se contavam


Algumas histórias (ou estórias) permearam a administração do prefeito Antônio Lafetá Rebello, sem que fosse possível apurar se todas eram verdadeiras ou apenas lendas. Extremamente discreto com sua vida pessoal, Toninho sempre desconversava quando alguém queria saber, por exemplo, se ele realmente doava o seu salário, todos os meses, para o Asilo São Vicente de Paula. Ou para qualquer outra entidade beneficente. Certa vez, curioso, perguntei a Orlando Ferreira Lima, secretário da Fazenda e que pagava as contas da prefeitura, se esta história da doação era verdade. Orlando não quis responder, me mandou simplesmente perguntar a Toninho.
Outra história que corria sobre Toninho é que ele havia proibido qualquer parente, fosse irmão, filho ou sobrinhos, de entrar na prefeitura enquanto ele fosse o prefeito. A razão da proibição era simples, mas categórica: para que ninguém pudesse imaginar (ou fofocar) que qualquer parente dele tivesse ido à prefeitura pedir algum favor ao prefeito. Toninho seguia aquela velha história da mulher de César: "não basta ser honesta. Tem que parecer honesta". Ele fazia questão de evitar qualquer tipo de maledicência." Que diferença da maioria dos políticos, que a primeira coisa que fazem quando eleitos é exatamente nomear os parentes (com honrosas exceções,é óbvio).
Lembremos que Jairo Ataíde e Athos Avelino, quando prefeitos, nomearam os irmãos para a chefia de gabinete. Ruy Muniz fez o mesmo com a mulher. E ainda nomeou um irmão como secretário. Tadeu nomeou o sogro para tomar conta do cofre da prefeitura, em um de seus mandatos. Em outro, nomeou o cunhado para seu gabinete. É bom ficar claro que não existe nestas nomeações nenhuma ilegalidade, mas que é puro nepotismo, não há dúvida. É legal, mas pode não ser moral.
Contavam que Toninho, impreterivelmente, era sempre o primeiro a chegar à prefeitura pela manhã. Antes das cinco ele já estava em seu gabinete trabalhando. As seis ele saía com o secretário de obras para fiscalizar os serviços que estavam sendo realizados. Num certo período havia um mendigo que dormia nas escadas de acesso à porta de entrada da prefeitura, que na época funcionava no antigo prédio do seminário, na Avenida Cel. Prates (hoje o supermercado Bretas).
Sempre que Toninho chegava, acordava o mendigo, dava-lhe algum dinheiro e o mandava tomar café. Um dia, por curiosidade, Toninho perguntou ao mendigo: "você sabe quem eu sou?" - Claro que sei, respondeu o mendigo, o senhor é o prefeito desta bosta de cidade, onde um pobre cidadão não pode sequer dormir sossegado sem ser acordado ainda de madrugada.
Outra história que corria sobre Toninho: dizem que certa vez ele ficou sabendo que um funcionário do almoxarifado havia surrupiado um saco de cimento, para empregar numa reforma em sua própria casa. Mandou apurar e concluiu-se que era verdade. Imediatamente ordenou que o empregado fosse demitido. Alguns dias depois, ficou sabendo que o tal sujeito, pai de família, continuava desempregado, pois não conseguia novo emprego, já que ficara com a ficha suja. Comovido com a situação e provavelmente sentindo-se culpado pelas dificuldades que deveria estar passando aquela família, com o pai desempregado, telefonou para o presidente da Cooperativa Agropecuária e pediu-lhe que desse uma oportunidade ao rapaz. Só se tranquilizou quando soube que ele estava empregado. Toninho era assim: não abria mão de seus princípios, mas tinha um coração mole como gelatina.
Já em seu segundo mandato, ele viajou para a Alemanha, para um curso de planejamento e mobilidade urbanos, promovido pela ONU para prefeitos de diversos países da América do Sul. O governo federal, que na época desenvolvia o Programa Cidades de Porte Médio, mandou à Alemanha os 40 prefeitos beneficiados pelo programa. Montes Claros era uma das cidades beneficiadas. Quando chegou da viagem, a primeira coisa que fez foi pedir para conferir os pagamentos efetuados durante os dias em que estivera fora. Ele não abria mão de saber em que pé estavam as finanças do município.
Ao conferir, encontrou no caixa um cheque de um determinado secretário. Quis saber do que se tratava e foi informado por Joel (Guimarães): "fulano se apertou e me pediu para lhe adiantar o salário do mês. Deixou o cheque como garantia até sair o pagamento". Sem se alterar, Toninho perguntou para Joel: "e você adiantou o salário para todo mundo? Se fulano tem este direito, todos todos também devem ter, não acha?". Joel ficou sem resposta. Toninho então sacou do seu talão de cheques, encheu o valor que havia sido adiantado para o tal secretário e mandou que Joel sacasse o dinheiro e colocasse na conta da prefeitura.
Deu mais uma bronca em Joel e concluiu a conversa: "diga a fulano que quando receber o salário acerte o cheque comigo. E que não faça isto nunca mais, pois a prefeitura não é banco para emprestar dinheiro para funcionário. Muito menos para secretário". Toninho era assim, ainda que muitas vezes até radicalizasse. Mas para ele dinheiro público era sagrado. Talvez por isso, por ele ser tão diferente dos políticos tradicionais, tantas estórias e tantas lendas se criaram em torno de seu nome. Mas todas elas fazem jus ao que ele realmente era. Fossem verdades ou apenas lendas.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, lançado em Montes Claros na noite de 25 de fevereiro)

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Mensagem N°79558
De: Wanderlino Arruda Data: Segunda 9/3/2015 09:28:47
Cidade: M.Cla

DAS POSTURAS DA CÂMARA MUNICIPAL

Wanderlino Arruda

Mato saudades com as muitas lembranças dos tempos de Câmara Municipal de Montes Claros nas cercanias de cinquenta anos atrás, melhor dizendo, de 1962 a 1970, quando nossa edilidade se reunia na Praça Doutor Chaves, primeiro no prédio da Prefeitura, hoje Centro Cultural, depois num sobrado ao lado do Correio, em cima de uma loja de bicicletas. Lembro-me ainda mais quando passamos para a Avenida Coronel Prates, também prédio da Prefeitura, hoje supermercado do Bretas, ao lado da mansão de Dona Fina e Hermes de Paula. Aí foi quase a maior parte dos meus bons tempos de mandato, quando o trabalho de vereador era de graça, colorido só pela vocação política, "serviços relevantes em prol da cidade e do município". O motivo do saudosismo vem da leitura atenta de um livro-pesquisa organizado por Dário e Júlia Cotrim, publicado em parceria com a Editora Millennium do meu amigo Pedrinho, com o longo título de "As Posturas da Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas - 1858", sessenta e quatro páginas bem documentadas, sob o patrocínio do Instituto Histórico e Geográfico e dedicado à memória do "saudoso mestre e confrade Simeão Ribeiro Pires", nosso patrono. Quão belas foram as horas de leitura e releitura, de ida e de volta pelos textos, cada qual mais rico de detalhes e preciosas observações, principalmente quanto aos costumes vigentes numa cidadezinha mineira e interiorana há quase duzentos anos. Era uma sociedade voltada tanto à necessidade de trabalho pelo pão de cada dia, como em temperar a vidinha pacata com a vocação de ser feliz através da diversão e da cultura. As páginas d`As Posturas da Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas, registro dos mais antigos preceitos municipais escritos, obrigava os munícipes a cumprirem certos deveres de ordem pública apropriados para os costumes de 1858. Uma percepção na vida social. constituídas por condições mínimas e necessárias a uma conveniente vida social com segurança, salubridade e tranquilidade, tudo pautado num consenso para um convívio pacífico e harmônico, com estabilidade das instituições e observância dos direitos individuais e coletivos. Em resumo, como viver e conviver em paz e com procedimentos voltados para o progresso daqueles tempos e do futuro. O costume de fixar as normas de postura municipal surgiu a partir do império napoleônico, e em decorrência do crescimento das cidades. Postularam-se normas cada vez mais rígidas de procedimentos de conduta dos cidadãos, do uso dos bens urbanos, e a avançar sobre a regulamentação dos padrões de higiene e salubridade das vias públicas e das construções. Um minucioso elenco de normas, pautadas, principalmente, em proibições e restrições, desde a forma de se vestir, ao consumo disciplinado de determinados alimentos. A esse conjunto de normas, regras e imposições de penalidades aos infratores, deu-se o nome, em Portugal e, por conseguinte, no Brasil, de Código de Posturas, no qual inúmeros assuntos eram tratados, entre eles o controle de animais soltos, os vendedores de ruas, a licença de comerciar, o policiamento, o regulamento do trânsito e do tráfego, o horário de funcionamento do comércio, o controle de certas atividades profissionais - mascates, farmacêuticos e den tistas, por exemplo. Também de assuntos ligados à saúde, como a vacinação, higiene pública e de certas atividades como matadouros, chiqueiros, organização dos cemitérios, proibição de despejos e lixos, licença para construir e tantos outros. Os pequenos povoados e vilas, apesar de todo o poder centralizador do governo imperial, assumia por iniciativa própria, funções importantes de governo. Em 1824, com a proclamação da independência, surge a Constituição Imperial, citando textualmente como competência das Câmaras de Vereadores: "Especialmente o exercício de suas funções municipais, formação de suas posturas policiais, aplicação de suas rendas e todas as suas particulares e úteis atribuições". As posturas municipais eram um conglomerado de normas que regulavam o comportamento dos munícipes, desde suas relações de vizinhança e cidadania, até relações de cunho trabalhista, referentes a "criados e amas de leite". Algumas vezes - dependendo do grau eram tão detalhadas que prescreviam castigos aos escravos só no interior das cadeias e não em locais abertos, evitando cenas infamantes aos olhos do povo na rua. Parabéns ao amigos e colegas Dário Teixeira Cotrim e Júlia Maria Lima Cotrim, assim como às Editoras Cotrim e Millennium, pela iniciativa de marcar um importante período da história de Montes Claros, sempre e sempre a cidade principal do Norte de Minas, ao mesmo tempo centro regional e entroncamento de todos os caminhos, escola síntese de todas as nossas artes e culturas. Claro que além das congratulações, o agradecimento maior de todos os estudiosos da história deste Norte e de toda Minas Gerais.

Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°79557
De: M. Antônio Data: Domingo 8/3/2015 20:05:10
Cidade: Montes Claros

Aqui nas proximidades da Unimontes, na avenida Correia Machado, também as famílias estão sendo incomodadas há quase duas horas por uma banda de pagode que toca em estabelecimento sem qualquer proteção acústica, incomodando muito.(....) O som é exportado por toda a redondeza, incomodando muito. A cidade está sem lei.

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Mensagem N°79556
De: Roberto Data: Domingo 8/3/2015 18:34:44
Cidade: M. Claros

Ainda no capítulo poluição sonora, deliberadamente provocada em toda parte da cidade: a polícia desapareceu por completo e o triângulo da impunidade volta a ser o que era, inclusive naquele (...) localizado nos fundos da Santa Casa, ao lado dos velórios. Um carro desses está parado por lá, ouço a dois quarteirões de distância. (...)

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Mensagem N°79555
De: Ramana Data: Domingo 8/3/2015 17:45:26
Cidade: M. Claros

Enquanto a peleja do futebol distrai, vejo que chove agora em pontos distintos, além da cidade de M. Claros. Chove a leste, copiosamente - uma cortina espessa, identificável, diagramada, vigorosa, métrica, e quilômetros atrás da catedral, do seu espectro. Chove a oeste, sobre nossas montanhas, diáfana chuva. Chove ao norte, e é neblina do entardecer. Chove. No entanto, gritam gol, soltam foguetes, ...e não é para a chuva que cai.

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Mensagem N°79554
De: Leandro Data: Domingo 8/3/2015 16:04:36
Cidade: Montes Claros

Nota de indignação: No Aeroporto de Montes Claros, colocaram como proibido parar e estacionar para desembarque de passageiros na entrada do terminal. Fizeram uma reforma, com um amplo estacionamento, porém, com uma via de manobra minúscula, e, além disso colocaram esse impedimento para você, motorista comum, apenas parar o carro e retirar uma bagagem de alguém que você está levando ao aeroporto, sendo você obrigado a parar próximo ao trevo da antiga praça do chinelão, ou então, pagar estacionamento obrigatoriamente para apenas descarregar uma mala. Cuidado quem parar por lá, pois, estão multando magnificamente bem!
Fica ai minha indignação.

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Mensagem N°79553
De: PM Data: Domingo 8/3/2015 13:30:04
Cidade: M. Claros

Policiais Militares, ontem, 7, por volta das 19h40min, compareceram na Rodovia LMG-653, Km 21, Bairro Alterosa, nesta cidade, onde, segundo a vítima saia do seu local de trabalho, trafegando pela LMG 653, quando foi surpreendido por um indivíduo que tentou tomar a sua motocicleta; que conseguiu desvencilhar do indivíduo que a atingiu com um soco em seu capacete; posteriormente o indivíduo efetuou um disparo de arma de fogo atingindo-a na altura da coluna cervical, próximo ao pescoço, caindo ao solo. Equipe do SAMU compareceu ao local, prestou os primeiros socorros e a conduziu ao HPS. De posse das informações, durante rastreamento, depararam com o indivíduo T. R. B., 27 anos, possui 03 (três) passagens pelos meios policiais, com as mesmas características, o qual, ao perceber a presença policial, tentou evadir contudo foi abordado, sendo constatado haver em seu desfavor um Mandado de Prisão. Testemunhas o reconheceram, de imediato, como sendo o que havia tentando subtrair a motocicleta e efetuado o disparo. O indivíduo foi preso e conduzido a Depol.
***
Policiais Militares, ontem, 7, por volta das 16h10min, compareceram na Rua Acácia de Paula, Bairro Cândida Câmara, nesta cidade, onde, segundo a vítima trabalhava no estabelecimento comercial, “Supermercado” quando chegaram ao local 04 (quatro) indivíduos, em 02 (duas) motocicletas; um deles, armado com um revólver e adentrou ao estabelecimento e, sob ameaças, roubou R$950,00 (novecentos e cinquenta reais), em dinheiro e, logo após, evadiram. Rastreamento continua.
***
Policiais Militares, ontem, 7, por volta das 15h10min, compareceram na Av. Rosa de Saron, Bairro Primavera, nesta cidade, onde, segundo as vítimas quando estavam no estabelecimento comercial, “Padaria”, foram abordados por 02 (dois) indivíduos que chegaram ao local numa motocicleta YBR, cor preta; um deles, usando capacete e armado com 01 (um) revólver, após ameaçá-las, roubaram 02 (dois) aparelhos celular e aproximadamente R$200,00 (duzentos reais), em dinheiro; após o roubo evadiram na motocicleta. Rastreamento continua.
***
Policiais Militares, ontem, 7, por volta das 14h50min, compareceram na Rua Vinte e Quatro, Bairro Jardim Primavera, nesta cidade, onde, segundo a vítima trabalhava no estabelecimento comercial “Mercearia” quando adentrou ao local um indivíduo, o qual sacou 01 (uma) arma de fogo, tipo revólver e anunciou o assalto, roubando 01 (uma) carteira de bolso, contendo CNH e R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais), em dinheiro e 01 (um) capacete. Ao sair do estabelecimento subtraiu vários cigarros e balas. Após o roubo evadiu em companhia de um comparsa que o aguardava nas proximidades numa motocicleta. Rastreamento continua.

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Mensagem N°79552
De: Valter Martuscelli Data: Domingo 8/3/2015 11:39:47
Cidade: Montes claros - MG

O PERIGO PODE VIR DO ALTO

Valter Martuscelli


Já faz quase um ano, estávamos eu e meu amigo Francisco de Assis, no Campo do Cassimiro, com os nossos helicópteros de controle remoto, modelo Sky Leader, de voo real. Parecia ser um dia bom para esse tipo de treino. Muito espaço, solo gramado, tempo bom, sem ventos.
O meu helicóptero estava com a bateria descarregada, por isso operava o do Assis. Estava tudo muito bom. O modelo foi ganhando altitude, mais ou menos quarenta metros, quando foi apanhado por uma rajada de vento que o tirou de meu controle. Por mais que eu tentasse não obedecia o comando. Daí, voou sem controle na direção do Campus da Unimontes. Assis correu, como um menino atrás de pipa e eu logo após ele. De nada adiantaram as buscas. Colocamos panfletos, visitamos as casas vizinhas, falamos nos pontos comerciais e nada. Sumiu mesmo.
Isso ilustra o perigo que existe no uso, por qualquer pessoa, em qualquer lugar, desses modelos teleguiados. Acho que deve ser regularizado, através de Lei, o uso desses brinquedos perigosos.
Agora, estamos ouvindo a Imprensa falar sobre os “DRONES”. Esses são modelos de máquinas voadoras sofisticadas, ainda um pouco caras. Esta é a razão que ainda limita o aparecimento desses aeromodelos em nosso céu. Em breve, se tornarão mais baratos e estarão voando por ai, bisbilhotando, fotografando, transportando pequenas cargas e pondo nossa segurança e privacidade em risco.
Não devemos esperar para que se façam leis que regulamentem a fabricação, venda e uso dessas maquininhas poderosas.
Acredite que existem “drones” com grande autonomia de voo, com capacidade considerável de carga, facilidade de decolagem, pouso e simplicidade de operação. Isto torna o drone uma arma perigosa nas mãos de um criminoso, de um terrorista ou até mesmo nas mãos de uma pessoa não preparada para sua operação. Eles podem voar em altitudes que colocam em risco o tráfego aéreo. Têm a capacidade de filmar ou fotografar, em alta definição, mesmo à noite. Como são controlados por GPS, podem chegar ao alvo com bastante precisão. Dotados de um programa que calcula o tempo de voo em função da carga das baterias, podem ir e voltar com segurança.
Posso dizer que são equipamentos bastante úteis em diversas aplicações como: Topografia, Aerofotogrametria, vigilância de eventos, Segurança, Inspeção aérea e tantas outras. Acontece que, como sempre, o homem não pensa só em coisas boas. Desta forma temos que coibir os abusos e controlar os usos e assim evitar que se transformem em armas perigosas.
A Força Aérea Americana e outras instituições militares já os utilizam para fins de guerra. Dentro em breve, caso nada seja feito a respeito, você irá ter notícias de acidentes, de assaltos, de todo o tipo de crime ou contravenção que possa ter como arma o drone. É melhor prevenir que remediar. Fica aí o alerta.

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Mensagem N°79551
De: Yara Data: Sábado 7/3/2015 16:20:46
Cidade: M. Claros

Decididamente chegamos ao fundo do poço. Vim visitar pessoa amiga neste hospital do coração, na subida da Avenida Mestra Fininha. Numa casa ao lado, dotada de quadra e área de churrasqueira exatamente do outro lado da divisa do hospital, não sei se casa de aluguel para festas ou não, o som está na maior altura há quase duas horas. Como ignorar que isto aqui seja hospital, inclusive com instalações de CTI e diversas enfermarias? As leis são ignoradas, cada dia mais, e os encarregados do seu cumprimento se omitem. Até quando veremos absurdos assim?

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Mensagem N°79550
De: Marcelo Eduardo Freitas Data: Sábado 7/3/2015 12:14:14
Cidade: Montes Claros

(...) Sucedem-se em nosso país os casos de escândalos. Aumentam-se os tributos, o preço da energia, do combustível, da cesta básica. A inflação parece sair do controle. A economia encontra-se em frangalhos. Enfim, reconhecidamente passamos por momentos de turbulência de variadas vertentes.
Em diversas cidades da nação emergem legítimas manifestações coletivas. As pessoas estão dispostas a ir às ruas, uma vez mais, a fim de protestarem em favor de ecléticos motivos: Reforma política, redução da carga tributária, combate à corrupção e à impunidade, transparência no trato da coisa pública, fim do patrulhamento ideológico e do loteamento de instituições, mais educação, mais saúde e segurança, melhor transporte e moradia. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79548
De: Hoje em Dia Data: Sexta 6/3/2015 11:46:45
Cidade: Belo Horizonte

Case Construction suspende aporte de R$ 600 milhões em Minas Gerais - Bruno Porto - Sorocaba – A valorização do dólar sobre o real e os prejuízos acumulados por importadores fizeram as marcas estrangeiras de máquinas, que desde 2008 ganhavam mercado no Brasil, voltarem para casa. De olho nesse vácuo, de pelo menos 10% do mercado, e apostando em estratégias arrojadas, a Case Construction, braço de máquinas para construção do grupo CNH Industrial – que reúne as marcas Iveco, New Holland e Magirus – lançou três novos modelos de máquinas apesar da retração das vendas do setor. Não há, no entanto, motivo para euforia, e a fábrica da companhia anunciada para Montes Claros em 2012 foi engavetada, sem previsão de que o investimento de R$ 600 milhões volte aos planos.
“Não está descartada a possibilidade de se construir a fábrica em Montes Claros, mas nesse cenário atual isso não vai ocorrer”, disse o vice-presidente da Case para a América Latina, Roque Reis.
Cerca de 2,7 mil empregos seriam gerados na unidade da Case em Montes Claros, planta que teria capacidade para 6 mil máquinas por ano.
Em 2013, foram vendidas 30.865 unidades, contra 25.389 no ano passado. No mesmo intervalo, as vendas da Case saíram de 4.461 unidades para 4.388. Para este ano, a expectativa é de nova redução vendas.
“Precisamos de obras, sem elas ninguém compra. Não sei como, mas o governo terá que destravar o que ocorre com as empresas envolvidas na operação Lava-Jato, porque só após isso as obras vão voltar”, disse Reis.
A Case anunciou na última quinta-feira (5), em Sorocaba, sede administrativa, o lançamento de duas novas máquinas e o pré-lançamento de uma terceira. (...) (O repórter viajou a convite da Case Construction)

***

O Tempo - Case paralisa investimento de R$ 600 mi em Minas - HELENICE LAGUARDIA - Sorocaba, São Paulo. O projeto da CNH Industrial de implantação de uma fábrica de máquinas de construção orçada em cerca de R$ 600 milhões em Montes Claros, no Norte de Minas, está paralisado. “Demos uma segurada nele porque não existe volume no mercado. É gastar dinheiro à toa. Mas o grupo está avaliando as possibilidades do que pode ser feito em Montes Claros, mas, por enquanto, está parado o projeto, congelado”, informou o vice-presidente da Case para a América Latina, Roque Reis. De acordo com o executivo, não existe previsão de quando a unidade de Montes Claros volte a sair do papel. “Neste período nebuloso, é sem perspectivas”, acrescentou.
A princípio, Montes Claros teria uma planta para máquinas de construção. “A empresa imaginava que, com um mercado futuro no país de 45 mil máquinas (ao ano), precisaria de mais espaço para a produção e começamos os estudos. E todos (empresas), assim como a gente, demos uma segurada por conta do mercado”, concluiu Reis. A Case tem 62 fábricas em 190 países com lucro registrado de U$S 2,2 bilhões em 2014.
Mesmo em um mercado em queda, a Case Construction Equipment – uma empresa da CNH Industrial, que tem fábrica em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte – fez nesta quinta o lançamento de mais três novos produtos da empresa em máquinas de construção. (...) A repórter viajou a convite da Case Construction)

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Mensagem N°79546
De: Valter Martuscelli Data: Quinta 5/3/2015 15:38:17
Cidade: Montes claros - MG

VIAGEM À TERRA DO SOL NASCENTE

Meu filho Rodrigo, que viveu sua infância e adolescência aqui em Montes Claros, após graduar-se pela USP em Mecatrônica, acabou indo morar no Japão.
Com o passar do tempo e cansado de viver só, casou-se com Mie Kadoi. Nós, eu e Mônica fomos como pais e representantes da família à inesquecível cerimônia de seu casamento.
Nossas malas, mais de quatro, com cerca de 32 quilos cada uma, eram um fardo muito pesado. Arrastar aqueles mastodontes pelas escadas, rampas, e distâncias entre os diversos locais de embarque era uma tarefa para Hércules.
Por fim, chegamos lá. Estávamos na fila da imigração, em meio a gente de todos os cantos do Mundo. Chegava a nossa hora. O fiscal aduaneiro, diante de bagagem tão volumosa para duas pessoas, pergunta em Inglês: Where you from? From Brazil, eu respondi. What is the reazon for so many luggage? Permitam-me traduzir: Qual a razão para tanta bagagem. Eu respondi dizendo que meu filho estava residindo no Japão e que estávamos chegando para seu casamento com uma japonesa. Falei que estava triste por saber que meu filho não mais voltaria para o Brasil, mas, que por outro lado, me alegrava porque ganharia netos japoneses e que eu admirava muito o povo japonês. O homem continuou a sabatina. What is your occupation in Brazil, pergunta ele. Eu respondi que era Professor Universitário aposentado. Foi então que o milagre aconteceu. O homem começou a curvar-se, por várias vezes e disse: Welcome! Enjoy your visit. It is a great honour receive a Teacher in Japan (Seja bem vindo. Aproveite a sua visita. É uma grande honra receber um Professor no Japão). Eu não sabia que no Japão o Professor era e é tão importante. O Imperador só se curva diante de um Professor. Que maravilha! As malas não foram abertas. Passaram diversos itens que demandariam explicações bastante convincentes para passar. Coisas como feijão preto, panela de pressão, bananada, rapadura e tantos outros itens que iriam nos embaraçar.
O casamento foi algo cinematográfico. Por mais que eu queira descrever a organização, a qualidade, a pontualidade, a educação dos convidados eu deixaria sempre a desejar. Eu e Mônica nos sentimos como em um conto de fadas. A cerimônia religiosa aconteceu na Igreja da Universidade Santo Inácio de Loyola. A recepção foi no Central Tokyo Hotel, bem próximo ao Palácio Imperial. Hoje esse hotel não existe mais. Foi demolido. No Japão as construções têm prazo de validade. Trinta e cinco anos.
Na verdade, a nossa ida e permanência no Japão nos fez entender porque um povo que perdeu tanto com a Segunda Guerra Mundial se refez tão rapidamente. Só existe uma razão. Logo após o término da Guerra, o Imperador reuniu seus ministros e disse que iria investir oitenta por cento dos recursos do Império na educação. Ouve um questionamento por parte de alguns ministros no sentido de saber o motivo de tanto investimento na Educação. O Imperador falou uma grande verdade: Investindo agora teremos, em breve, um povo educado e um povo educado supera qualquer dificuldade.
Se, no passado, nossos governantes tivessem investido pesadamente na educação nosso povo estaria bem melhor. Povo educado é povo desenvolvido. Quando falo em educação não quero dizer só sobre conhecimento... Termino com a frase que li no Metrô de New York " Education is for the birds that want fly very high. A educação é para os pássaros que querem voar bem alto.

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Mensagem N°79545
De: Ivana Rebello Data: Sexta 6/3/2015 08:37:36
Cidade: Montes Claros

Amor a Montes Claros



Meu prezado leitor, Toninho nos deixou, mas o que guardo eternamente dele é aquela cena no calçadão da Minascaixa, no meio da galera, com velhos amigos, velhos eleitores e admiradores,
como, por exemplo, Nivaldo Maciel e Márcio Cardoso. Com toda sua fama de grande prefeito, rico e de nossa alta sociedade, misturava-se aos demais.

Ângelo Soares Neto.



Um dos maiores enganos acerca de Toninho Rebello é a tentativa de vinculá-lo aos grupos políticos com os quais se uniu. Ele lidou com igual sobriedade com diferentes correntes políticas e partidárias; se fosse para o bem de Montes Claros, não importava o partido a que alguém se ligasse. Ele sempre privilegiou as pessoas, não a ideologia partidária. Sei que hoje é muito difícil entender essa forma de pensar. Mas era exatamente como foi.
Exemplifico: Toninho Rebello teve como porta-voz, na época de seu segundo mandato como prefeito, Augusto Vieira, o "Bala Doce", que confessadamente partilhava de ideologias diferentes daquelas defendidas pelo partido ao qual Toninho era filiado. Não encontrei melhor forma de descrever tal relação, a não ser por meio das palavras do próprio Augustão:
Há pessoas com as quais tive o prazer de conviver com mais intensidade e que marcaram profundamente minha vida. Uma delas foi Antônio Lafetá Rebello (Toninho). [...]. No final de 1969, retornei a Montes Claros. Era o último ano de seu primeiro mandato como nosso prefeito. A ditadura se tornara mais cruel ainda depois do AI-5, de 10 de dezembro de 1968. O ditador de plantão era o General Médici, o do "milagre brasileiro", o do "ninguém segura este país", o do "Brasil, ame-o ou deixe-o." Toninho encerrava seu primeiro mandato e, de cara, abracei a campanha de João Carlos Sobreira para sucedê-lo, principalmente porque a turma do então MDB defendia o Plano Diretor elaborado em seu primeiro governo. Parecia que nossa campanha era do próprio Toninho, face às ideias que defendíamos nos palanques. Se esse plano, de cuja elaboração - parte institucional - participara, assessorando meu ex-professor de Direito Administrativo, Paulo Neves de Carvalho, tivesse sido executado, com a construção dos eixos Norte-Sul e Leste-Oeste, minha terra não padeceria hoje de seus praticamente insolúveis problemas urbanísticos. [...]. O clamor popular pela volta de Toninho à Prefeitura era imenso. Eu o percebia pelo contato direto que mantinha com o povo no exercício da advocacia, na universidade e na militância do esporte. Toninho resolveu candidatar-se. A pequena turma da esquerda de Montes Claros aliou-se a ele. Afinal era ele o candidato mais bem dotado de ideias e práticas democráticas, que tinha profundas raízes libertárias e, portanto, nosso aliado natural. Os partidos eram apenas dois, impostos pelo arbítrio: ARENA, situação, e MDB, oposição. Mas a lei eleitoral permitia sublegendas. Resolveram então criar mais uma, na ARENA, para abrigar a nova candidatura de Toninho a prefeito. A política municipal tem razões que a própria razão desconhece e muitas vezes nada tem a ver com a nacional. [...].
Toninho fazia ponto na alfaiataria de Elzino, na rua Simião Ribeiro, onde sempre nos encontrávamos. Batíamos longos papos sobre o país, a cidade e futebol. Numa tarde do verão de 1976 ofereci-lhe meu apoio. Ao agradecer disse: - Você será um dos meus vereadores. Perplexo, respondi que não dava para entrar para a ARENA e ele argumentou que esta minha posição era radical, pois dentro de uma sublegenda do próprio partido da ditadura eu poderia continuar lutando pela redemocratização do país. [...]
Pois bem, Toninho era de certa forma um guerreiro helênico.
Exercitava como ninguém a arte de julgar, a arte do bom e do justo.
Nada decidia sob pressão e quando o fazia era dentro de implacáveis critérios, o principal deles o interesse coletivo. Não era maniqueísta ou falso moralista. Entendia o ser humano concretamente, com suas virtudes, defeitos e limitações, sem jamais distinguir uma pessoa de outra ou humilhar alguém. Tratava todo mundo sob o crivo da igualdade da fraternidade. Era extremamente leal e franco. Dizia que a vida era uma conta corrente em que se contabilizavam nossos erros e acertos.
Esperava que no final da sua a lista dos acertos superasse a dos erros.
Esse kriterion o levava a antever, com maestria ímpar, quando era procurado para vantagens pessoais ou não. Com a mais fina educação e mais absoluta serenidade dizia à pessoa o porquê da decisão contrária a de seus interesses, fosse ela quem fosse.

Às vezes, é preciso recorrer às palavras alheias, pois delas vem uma verdade que pareceria suspeita a um narrador que tem, como eu efetivamente tenho, laços de sangue e de afeto com o narrado. Li muito e ouvi muito; quase sempre as palavras sobre Antônio Lafetá Rebello foram de admiração e respeito. Ele partilhava da amizade pessoal de Mário Ribeiro, de quem era compadre, mesmo que não concordassem nos assuntos ideológicos.
Dois homens de bem sabem distinguir as coisas.
Uma minoria do povo de Montes Claros nunca entendeu seu jeito de governar: confundiram retidão e seriedade com prepotência, mas felizmente, o tempo e a memória dos bons montes-clarenses têm-se encarregado de desmenti-los.
Ele também não acobertou aqueles que se aproximam do poder, qualquer poder, em nome da vantagem pessoal e de benefícios particulares. Ele soube, como poucos, distinguir o bem público do privado.
Já ouvi muita conversa fiada e mentira. Disseram que ele asfaltou a cidade porque foi dono da Pavisan, empresa que se encarregou das primeiras e grandes transformações urbanísticas de Montes Claros, governada por ele, em rumo ao progresso sonhado. Mentira. Disseram que ele fez a "Avenida Deputado Esteves Rodrigues" em proveito próprio: mentira.
Pobre Montes Claros! Hoje a cidade se ressente desse pensar miúdo e rasteiro!
Já ouvi muita gente discutindo o "mito" Toninho Rebello. Ele deve estar, em algum lugar, com aqueles olhos enormes e tristes, olhando divertido para essa gente. Toninho Rebello foi o homem mais simples, bom e humilde que conheci!
Tentaram denegrir sua imagem. Seu sucessor imediato fez publicar em um jornal que, após a posse de seu secretariado, faria publicar um "relatório bomba", em que tiraria a máscara de Toninho Rebello. Estamos até hoje à espera de tal relatório. As bombas vieram, de fato, mas sob a forma de escândalos administrativos, políticas de favor, negociatas escusas, péssimas gestões que nada têm a ver com Toninho Rebello.
Montes Claros, nossa cidade querida, envelheceu, triste e machucada, ferida por administrações populistas. E, como era de se esperar, as bombas estouraram do lado de quem lhes acenderam os estopins. Eles que se esfalfem em apagá-las. É melhor que a Montes Claros que eu sonho para meus filhos se veja por meio de outra imagem.
José Geraldo Gomes, filho de um amigo de infância de Toninho Rebello, José Gomes, e genro, porque foi casado com Vera Lúcia, a filha mais velha de Toninho, relatou-me uma cena, testemunhada por Virgínia de Paula, filha do médico e escritor Hermes de Paula. Certo dia, andando pelas proximidades da Praça da Matriz, deu com dois senhores muito graves, sentados num banco, chupando pirulito e fazendo planos para Montes Claros. Seus nomes: Dr. Hermes de Paula e Antônio Lafetá Rebello. Espero que Montes Claros não se esqueça de quem verdadeiramente a amou.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, lançado em Montes Claros na noite de 25 de fevereiro)

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Mensagem N°79544
De: Alberto Sena Data: Sexta 6/3/2015 08:38:38
Cidade: Grão Mogol

(...) Quem chega à cidade dá de cara com o letreiro em tinta preta: Bar e Mercearia John of Dolla.
Quem entra no estabelecimento dele não sai de mãos abanando nem de estômago vazio, porque tem sempre um algo mais para servir. Esse é o John of Dolla, ao seu dispor. (...) (Clique aqui para ler toda a mensagem na seção Colunistas)

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Mensagem N°79542
De: Bernadete Data: Quinta 5/3/2015 18:41:29
Cidade: Moc

Choveu no centro, e talvez ainda chova na parte norte de M. Claros, pois o céu está fechado para aqueles lados - a Malhada dos Santos Reis .A chuva no centro foi passageira, mas deixou poças nos cantos das esquina onde bueiros estão entupidos. Muita gente levou um banho provocado por motoristas mal educados, ainda que a chuva tenha sido pouca.

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Mensagem N°79541
De: Armando Data: Quinta 5/3/2015 16:02:25
Cidade: M. Claros

Seg 02/03/15 - 11h - 4 assaltantes, armados, rendem fregueses de bar no Bairro Morada do Sol e levam 6 garrafas de uísque.
O vídeo, que envio, marca 22h38m do sábado 28 de fevereiro. As câmeras de um barzinho do Bairro Morada do Sol, um dos mais pacatos de Montes Claros, registram as cenas de assalto - por quase 4 minutos. Os ladrões chegam, desenvoltos, armados, e fazem o que querem. A população - que foi previamente desarmada pelo estado brasileiro - está indefesa, e o que se vê por toda parte é isto: ladrões bem à vontade, fazendo o querem, humilhando indefesos cidadãos. Não sei se o estabelecimento já havia sido assaltado outras vezes. Parece que sim. O que aconteceu, e pode ser visto nas imagens do, repito, pacato Bairro Morada do Sol, em Montes Claros, se repete aos milhares pelo Brasil afora. As câmeras filmam, todos vêem, os delinquentes estão perfeitamente identificados, e tudo fica como está, se agravando dia após dia. Até quando seremos reféns dos bandidos? Até quando suportará nossa paciência, de cidadãos impedidos de se defenderem, e de defenderem suas famílias? Isto tudo está engasgado em nossas gargantas de sub-cidadãos, pois valemos menos do que os bandidos que nos aterrorizam. Nas imagens, os assaltantes armados limpam o caixa, tomam o que querem dos frequentadores e, deboche supremo, renovam seu estoque de uísque, levando meia-dúzia de garrafas!!! Aconteceu em Montes Claros, às 22 horas e 38minutos de um sábado, num bairro tido como pacato, ordeiro. O que mais vamos ver?

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Mensagem N°79540
De: José Prates Data: Quinta 5/3/2015 11:52:34
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

Maria Luiza Silveira Teles, você tem razão. Para nós que vivemos aquela Montes Claros menina com sotaque sertanjo, é dificil não ter saudade, como, também, é dificil aceitar a Montes Claros de hoje com jeito de metropole onde ninguem conhece niguem. Tão diferente daquele tempo que não conseguimos esquecer. Na minha mente continua a Montes Claros sertaneja, com sua meiguice de menina moça nos dando o prazer de viver com os domingos alegres na Praça de Esportes ou o passeio nos "morrinhos" para contemplar a cidade aos nossos pés. Mas... o tempo passou. A cidade é outra, os habitantes são outros. Só nos resta a saudade

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Mensagem N°79539
De: Ministério Público do Estado de Minas Gerais Data: Quinta 5/3/2015 09:16:32
Cidade: Belo Horizonte

Investigações apuram fraude na venda e na aquisição de combustíveis em 19 municípios do estado -Integrantes do MPMG, da Polícia Civil e da Secretaria de Estado da Fazenda irão atender a imprensa nesta quinta-feira, às 15h, na Procuradoria-Geral de Justiça
Está sendo realizada na manhã desta quinta-feira, 5 de março, operação conjunta envolvendo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Polícia Civil e a Secretaria de Estado da Fazenda para a busca e a apreensão de documentos em postos de combustíveis e em residências, em investigações que apuram desvios em 19 municípios (veja abaixo) de Minas Gerais. A ação, chamada de operação Catagênese, tem o objetivo de colher provas para subsidiar a apuração de fraudes na aquisição de combustíveis pelas Administrações Públicas desses municípios.
Desde dezembro de 2013, está sendo investigada a existência de organização criminosa atuante em todo o estado de Minas Gerais mediante diversas células regionais, com ação própria e independente. Em uma ponta do esquema, estariam empresários proprietários de postos de combustíveis, com a participação direta de alguns funcionários destes estabelecimentos, e, de outro, agentes públicos municipais.
Segundo as investigações, o objetivo principal desses grupos e dos agentes políticos é o desvio de recursos públicos de prefeituras, câmaras de vereadores e empresas públicas municipais, resultando no enriquecimento ilícito às custas do patrimônio público.
Conforme apurado, grande parte dos abastecimentos que ficam pendentes na memória do software do Emissor de Cupom Fiscal (ECF) é descarregada no CNPJ da prefeitura vinculada, o que permite o recebimento em duplicidade pelo mesmo abastecimento: uma vez pelo consumidor que não pediu o cupom fiscal e outra vez pela prefeitura.
De acordo com as apurações, há ainda uma outra forma de execução da fraude. Mesmo quando o particular solicita o cupom fiscal, o funcionário do posto cancela posteriormente esse cupom, momento em que ele volta para o status “pendente” no software vinculado ao emissor do documento.
Entre os indícios que deram origem às investigações está a elevada desproporcionalidade entre as despesas anuais com combustíveis por parte das prefeituras investigadas e o montante da arrecadação tributária anual.
Operação
A operação está sendo desencadeada em 67 alvos espalhados pelos municípios de: Almenara, Augusto de Lima, Bandeira, Bocaiúva, Bom Jesus do Galho, Botumirim, Felixlândia, Frei Inocêncio, Gameleiras, Glaucilândia, Ipiaçu, Matipó, Minas Novas, Montes Claros, Santa Fé de Minas, São José da Lapa, São Lourenço, Tapira e Vespasiano.
Mais de 500 pessoas, entre integrantes do MPMG, da polícia e da Receita Estadual participam da ação.
Catagênese é uma das quatro fases da formação do Petróleo. Nessa etapa, ocorre o aumento da temperatura e da pressão. A quebra das moléculas de querogênio resulta na geração de hidrocarbonetos líquidos e gás, quando a maior parte do petróleo é formado.

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O Tempo - Operação investiga 25 prefeituras de MG por desvio de verbas públicas - Cerca de 70 mandados de busca e apreensão estão cumpridos nesta manhã; duas das cidades são Montes Claros e São José da Lapa - As prefeituras de Montes Claros, no Norte de Minas, de São José da Lapa, na região Central do Estado, e de outras 23 cidades estão sendo alvo da Operação Catagênese, que visa colher prova para investigações que apuram desvio de verbas públicas, estimadas em R$ 20 milhões.
A Polícia Civil de Minas Gerais e o Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Núcleo de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, em conjunto com a Secretaria de Estado da Fazenda, realizam nesta manhã de quinta-feira (5) uma operação conjunta visando o cumprimento de 67 mandados de busca e apreensão.
Estão mobilizados 260 policiais civis, 100 servidores do MPE e 103 fiscais da Receita Estadual. Eles têm como alvo, além de prefeituras, postos de combustíveis e residências de empresários.
Catagênese é uma das quatro fases da formação do petróleo. Nesta etapa ocorre o aumento da temperatura e da pressão e a quebra das moléculas de querogênio, resultando na geração de hidrocarbonetos líquidos e gás, formando a maior parte do petróleo.
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O Tempo - Esquema desviava verbas de gasolina das prefeituras - Investigação mineira revela que 19 prefeituras e postos de combustível participaram da fraude - Fernanda Viegas/Guilherme Reis - Em Minas Gerais, a Polícia Civil, o Ministério Público (MPMG) e a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) realizaram nesta quinta uma operação conjunta em 25 municípios e em 19 prefeituras para cumprir 67 mandados de busca e apreensão em postos de combustíveis, residências e prédios que abrigam o Poder Executivos municipal. A investigação apontou desvio de dinheiro público por meio de compra de combustível no valor R$ 20 milhões.
A operação Catagênese, que começou em dezembro de 2013 e teve inquérito instaurado em 2014, analisou fraudes cometidas desde 2011. A previsão de conclusão da apuração é de 120 dias, e o valor desviado pode ser maior. Felixlândia, Minas Novas, São Lourenço, Tapira, São José da Lapa, Vespasiano e Montes Claros foram algumas das cidades alvo de diligências.
Por meio de denúncias, as investigações conseguiram apurar que 19 prefeituras, em conluio com postos de gasolina, fraudavam cupons fiscais para comprovar, em duplicidade, o mesmo abastecimento. O esquema consistia em utilizar cupons fiscais não emitidos para consumidores comuns e, depois, registrá-los no CNPJ das prefeituras.
O coordenador da Procuradoria de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, José Antônio Baeta, afirmou que as investigações revelaram claros indícios de desvios de dinheiro público. “Em alguns casos, mais de 50% da receita corrente líquida do município era aplicado na compra de combustível. Em outros, considerando-se a frota de veículos em nome da prefeitura, eles teriam que funcionar 24 horas por dia durante os 30 dias do mês para consumir o combustível declarado. Há também casos em que a média de rodagem dos carros deveria superar 5.000 quilômetros mensais para justificar o gasto”, explicou Baeta.
De acordo com o coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Defesa do Patrimônio Público, Leonardo Barbabela, em Tapira, no Alto Paranaíba, a prefeitura gastou em combustível, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2013, R$ 2,03 milhões. “O gasto chamou muita atenção. A cidade tem 3.000 habitantes e uma frota de 23 veículos”, relatou.
A delegada do Núcleo de Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais, Karen Lopes, explicou que 400 oitivas, que começaram a ser realizadas serão terminadas hoje. Os prefeitos das 19 cidades prestarão depoimentos. Os acusados poderão ser enquadrados nos crimes de falsidade ideológica e desvio de verba.
O nome Catagênese. A operação conjunta foi batizada com o nome de uma das quatro fases da formação do petróleo. Nesta etapa. ocorre o aumento da temperatura e da pressão e a quebra das moléculas de querogênio. O resultado é a geração de hidrocarbonetos líquidos e gás, formando a maior parte do petróleo.
Estado não sofreu perda de ICMS
O superintendente da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais, Anderson Aparecido Fêlix, afirmou que ainda não detectou qualquer prejuízo ao Estado em relação a arrecadação do ICMS em decorrência das operações envolvendo combustíveis, mas espera encontrar outras irregularidades na investigação.
“Muitas vezes, postos fazem a aquisição de combustível sem a emissão de documento fiscal. Vamos tentar buscar outros tipos de irregularidades”, ressaltou Fêlix, que informou que a Fazenda está monitorando os 4.400 postos no Estado.

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Hoje em Dia - MPE deflagra operação em 19 cidades contra esquema de fraude em combustível - Ezequiel Fagundes - O Ministério Público Estadual (MPE) de Minas deflagrou na manhã desta quinta-feira, dia 5, uma operação para coibir fraudes na aquisição de combustíveis envolvendo 19 prefeituras do interior do Estado.
Com autorização judicial, mandados de busca e apreensão de documentos estão sendo cumpridos nos municípios de Montes Claros, Almenara, Augusto de Lima, Bandeira, Bocaiúva, Bom Jesus do Galho, Botumirim, Felixlândia, Frei Inocêncio, Gameleiras, Glaucilândia, Ipiaçu, Matipó, Minas Novas, Santa Fé de Minas, São José da Lapa, São Lourenço, Tapira e Vespasiano.
Batizada de "Operação Catagêneses", a ação tem como objetivo colher provas para instruir inquérito, aberto em 2013, contra uma organização criminosa atuante nessas cidades.
Segundo as investigações, o esquema desviou recursos públicos das prefeituras e câmaras municipais gerando enriquecimento ilícito para os políticos. O golpe conta com o apoio d empresários. Entre os indícios de crimes, incluem a elevada desproporcionalidade entre as despesas anuais com combustíveis por parte das prefeituras investigadas se comparado com o montante da arrecadação tributária anual.

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Prefeitura de M. Claros - Nota Oficial - Operação Catagênese - A Prefeitura de Montes Claros recebeu com tranquilidade, hoje pela manhã, representantes do Ministério Público e Polícia Civil de Minas Gerais, encarregados de apurar suposta fraude envolvendo postos de combustíveis. A investigação ocorre simultaneamente em 19 municípios de Minas Gerais. Recebidos pessoalmente pelo prefeito Ruy Muniz e pela Procuradora MarildaMarlei Barbosa, os agentes do Estado tiveram livre acesso às instalações e documentos da Prefeitura, tendo o prefeito ressaltado o compromisso da administração com a transparência e tolerância zero com o errado.A Administração Municipal assegura à população que as compras de combustíveis realizadas pela Prefeitura de Montes Claros no período de 2013 até 2015 foram feitas com absoluta regularidade e legalidade.O prefeito Ruy Muniz parabeniza a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Civil pela operação, pois é missão destas instituições apurar e punir quaisquer irregularidades.É preciso construir um Brasil melhor com boas práticas de gestão e tolerância zero com a corrupção.É papel do gestor público colaborar com a Justiça e os órgãos de controle. É o que estamos fazendo em Montes Claros.

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Mensagem N°79538
De: Maria Luiza Silveira Teles Data: Quarta 4/3/2015 20:48:17
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

COMO NÃO TER SAUDADE?...


As pessoas acima de setenta anos que se dizem não-saudosistas ou são mentirosas ou não têm boas lembranças.
Quando cheguei a Montes Claros, em 1960, deixei a capital, cidade em que nasci e onde fui criada, com grande pesar. O sonho de meu pai era voltar para a terra de seus antepassados e onde viveu sua juventude. Entramos todos, minha mãe e os irmãos, em choque com ele. Mas, naquele tempo, o pai era o chefe da família e a palavra final era dada sempre por ele. Mal sabia eu que aqui viveria anos maravilhosos e amaria tanto esta terra!
Naquele tempo, Montes Claros ainda era uma cidade pequena em que todos se conheciam. Saíamos à rua sem grandes preocupações. Nada de mal poderia nos acontecer. Bastava dizer de quem éramos filhos e todos conheciam nossos pais, nossa família, e tinham mil histórias para contar.
Ah, quanta saudade do Clube Montes Claros! Neste carnaval passado, ao assistir as Escolas de Samba, lembrei-me dos carnavais de lá. Tudo era tão inocente e romântico! Dançávamos em duplas ou fazendo “trenzinhos” numa alegria tão pura! Claro que sempre tínhamos um par preferido e nossos corações batiam a mil quando ele nos dava a mão e nos lançava olhares convidativos. Estávamos, porém, sob a eterna vigilância de um irmão ou um primo.
E o Automóvel Clube?! A hora dançante da “juventude dourada”, sempre organizada, aos domingos, pelo saudoso Lazinho... Ah, quantas lembranças maravilhosas! Era época da “jovem guarda” e dançávamos o iê-iê-iê. Lá se apresentou, nesse tempo, o cantor Erasmo Carlos. Como esquecer a deliciosa Banda dos “Lès Cheries” e a voz suave e bela do Lúcio Alves?...
Ah, e os tempos de Faculdade, como aluna, e, depois, como professora, lá no velho casarão da então rua Cel. Celestino, hoje “Corredor Cultural Pe. Dudu”!... Era um tempo de sonhos! Mergulhávamos nos estudos com delícia e tínhamos professores talentosos, que nos alargavam horizontes! Como esquecer as aulas de Baby, Pe. Tadeu, Pe. Jorge, professor Krupp, Glacira Mendes e tantos outros que, com esforço e estudo, conseguiam ser verdadeiros educadores, não apenas nos transmitindo conhecimentos, mas uma postura ética bem rara nos dias atuais.
E nós saindo das aulas e passando no barzinho de Seu Augusto, o Café Galo, para tomarmos um copo de café com leite?!... Cantando pela praça, cheia de rosas, a canção de Vandré: “Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais, braços dados ou não (...). Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer (...)...
Jovens sonhadores esperando fazer história e construir um Brasil mais igual, justo e progressista...
Claro que a dor e as perdas não poupam ninguém, mas, apesar disso, posso afirmar que aqui fiz grandes amizades que perduram por toda a vida e tenho vivido a fase mais produtiva de minha vida.
Como não ter saudade? Como não me emocionar quando ouço as velhas canções de Roberto Carlos, a trilha musical de minha vida e de meus amores, hoje todos mortos?
Ah, Montes Claros, como te amo e como sinto falta de suas antigas casas com arquitetura dos anos cinqüenta ou sessenta! As deliciosas varandas, onde namorávamos ou nos reuníamos em turma simplesmente pra “jogar conversa fora”... Hoje, tombam uma a uma e tu cresces em direção ao alto com características de grande metrópole.
Eu sei que essa é a ordem natural das coisas, mas pergunto: como não ter saudade?...
Saio às ruas e raramente vejo uma cara amiga... É uma multidão de desconhecidos apressados sempre falando ao telefone ou teclando mensagens...
Amigos, só os encontro em reuniões espaciais. E, dia a dia, enterrando pessoas queridas... Como não ter saudade?...

Maria Luiza Silveira Teles

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Mensagem N°79537
De: Valter Martuscelli Data: Quarta 4/3/2015 16:49:25
Cidade: MONTES CLAROS

Vim para Montes Claros quando meu amigo Toninho Rebelo estava iniciando o seu primeiro mandato. Cheguei aqui com um Corcel 1970. Toninho tinha um marrom. O meu era cor de abóbora. Brincava com Toninho, dizendo que meu Corcel era mais bonito. Cheguei aqui com minha espôsa, Mônica, meus quatro filhos: Fernando, Osiris, Rodrigo e Pablo. Fui trabalhar na Trasit Semicondutores S/A. Ganhei uma bolsa do CNPq e fui fazer um aperfeiçoamento em Fabricação de Semicondutores em Cingapura. Ao voltar assumi a Chefia da Engenharia de Processos, sendo depois promovido a Superintendente de Planejamento e Suprimentos. Dei aulas de Eletrônica na Escola Técnica e de Matemática na FADEC. Me aposentei como professor de Estatística da Unimontes. Os meninos cresceram sempre se destacando como os primeiros nas escolas. O mais velho, Fernando formou-se em Direito, fez Mestrado e foi Procurador da Fazenda. Hoje é destacado Advogado Tributarista; Osiris formou-se em Medicina e especializou-se em Cirurgia Plástica,sendo membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica; Rodrigo graduou-se pela USP em Engenharia Mecatrônica, trabalhou na Coreia, no México e atualmente reside há 17 anos em Tókio, onde atua como Engenheiro da TRW; Pablo formou-se em Direito, pela UFMG, é Mestre em Direito Tributário, sendo professor da Faculdade Pitágoras. Fernando e Pablo exercem a Advocacia Tributária. Não sei qual deles é o mais inteligente. Ponho foco no Rodrigo porque, estando no Japão, não deixa de telefonar quase que diariamente. Fico sabendo de sua vida mais do que os outros que estão em Montes Claros. Rodrigo fala, lê e escreve Japonês, tendo conseguido o mais alto nível do idioma dado a estrangeiros. Fala lê e escreve Coreano, Italiano, Espanhol, Inglês e está aprendendo Alemão e Chinês. Casou-se com uma japonesa, chamada Mie Kadoi e tem três filhos: Lina, Luca e Luigi, todos com cidadania brasileira e italiana. Na verdade, Deus foi pródigo ao nos abençoar. Nossos filhos sempre se destacaram e nos dão muita satisfação. Amanhã, dia 5 de março, o Osiris lança seu projeto "ESCOLA SEM BULLYING", às 08:00h, no auditório da AMANS. O Rodrigo é seguidor do Montesclaros.com. Está sempre sabendo noticias daqui. Nenhum deles nasceu em Montes Claros, todos são cariocas. Mas, consideram-se mineiros porque cresceram, fizeram amigos e, exceto o Rodrigo, todos se casaram com moças de Montes Claros. Quando me perguntam se o Rodrigo não deseja voltar para o Brasil eu respondo como ele: "Voltar para um país sem Segurança, sem Saúde, sem meios de transporte eficientes e em meio a um povo sem educação. Com todos os terremotos, tsunames etc, ele prefere viver lá. É de se admirar como os japoneses conseguiram reconstruir a cidade de Tokyo, totalmente arrasada na Segunda Guerra Mundial. Falo de Tokyo porque já estive lá várias vezes. O que digo é fruto de minhas observações. Eu vi e senti. Dá gosto quando andamos nos coletivos, nos trens, nas ruas. Tudo muito limpo. Tudo funciona. Só vendo para que se creia. Você pode parar a sua bicicleta com suas compras e entrar em uma loja para comprar outras coisas e voltar. Sua bicicleta e suas compras estarão no mesmo lugar, com uma notificação de multa, se você tiver parado fora do estacionamento de bicicletas. Bem parecido com nossa realidade...Não acha?

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Mensagem N°79536
De: Cidadão Data: Quarta 4/3/2015 10:34:28
Cidade: Montes Claros / MG

Gostaria de alertar o órgão responsável pela inspeção (Centro de Controle de Zoonoses)do município que próximo ao prédio Premier Center (ao lado da Prefeitura, à avenida Dr. João Luiz de Almeida), existe um grande quantidade de água sob o telhado (alvenaria) de um antigo posto de combustíveis (hoje estacionamento). Sou condômino do Premier Center e presencio, do alto, esse cenário já há alguns dias. Não vejo providências serem tomadas no sentido de prevenir ali um foco de Aedes aegypti (causador da Dengue e Febre Chikungunya). Aguardamos o posicionamento do órgão responsável! Grato pela publicação!

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Mensagem N°79534
De: Jorge Silveira Data: Quarta 4/3/2015 09:35:53
Cidade: Montes Claros

A velhinha da Ovídio de Abreu


Não pensem que a administração de Toninho Rebello, em seu primeiro mandato, de 1967 a 1970, pavimentou praticamente toda a cidade sem cobrar dos contribuintes beneficiados. Ao contrário, nada foi feito de graça. Todo o serviço foi realizado com a cobrança da "contribuição de melhoria". Ou seja, a área asfaltada era dividida em três partes, ficando uma para a prefeitura e as outras duas para os proprietários beneficiados, de um lado e de outro da rua. A conta podia ser dividida em até 12 parcelas. A população aceitou bem a proposta, pois nas ruas onde não houvesse pelo menos 60% de aprovação, o serviço não era feito. Quem não queria trocar a poeira e a lama pelo asfalto? Só nas vias de acesso aos bairros mais distantes ninguém pagava nada. Era tudo por conta da prefeitura.
Só mais tarde, os prefeitos resolveram fazer asfaltamento de graça, por demagogia e interesses eleitorais, diga-se de passagem, o que acabou custando muito caro para a cidade.
E deu no que deu: serviços de péssima qualidade, sem nenhuma durabilidade. Ruas asfaltadas em um ano e no ano seguinte o asfalto desaparecia. Tadeu e Jairo foram mestres neste tipo de serviço. A consequência é que Montes Claros, hoje, após o período chuvoso, gasta milhões só para tapar os buracos no asfalto. É difícil encontrar qualquer cidade no país que tenha ruas asfaltadas de pior qualidade do que Montes Claros, infelizmente. A pavimentação da cidade precisa hoje ser totalmente recomposta. E como o custo é muito alto, entra prefeito e sai prefeito e nenhum se dispõe a executar o recapeamento geral da cidade.
Como na administração de Toninho o custo do asfaltamento não ficava só para a prefeitura, que arcava apenas com um terço das despesas, o serviço era de ótima qualidade. Lembro-me bem que por várias vezes ouvi Toninho dizer que a pavimentação que estava sendo feita teria durabilidade de no mínimo 20 anos. Poderia até ter durado mais, sem necessidade de recuperação, se a Copasa, na abertura de rede de esgoto, não tivesse sempre feito uma recomposição de péssima qualidade no asfalto. Infelizmente, a prefeitura nunca soube exigir um serviço de boa qualidade. Sem cobranças, o que era para durar por muito mais tempo, se deteriorou bem mais rápido.
Com esta história do proprietário ter que pagar uma parte do custo do asfaltamento, apareceram algumas situações dramáticas, em que a pessoa não tinha mesmo condições de arcar com o pagamento, ainda que dividido em 12 vezes. Entretanto, a ordem de Toninho era que cada caso fosse estudado com o máximo de cuidado e critério. Geralmente a solução encontrada era ampliar o prazo para 20,30 ou até 40 prestações. Sempre se dava um jeito para não deixar ninguém sem o melhoramento. O que Toninho não permitia era abrir exceção, perdoar o pagamento para quem quer que fosse. Ele tinha plena convicção de que se isso ocorresse daí para frente não seria possível cobrar de mais ninguém.
Esta dureza de Toninho gerou uma história que não presenciei, mas que me foi contada depois por um amigo, que por acaso estava no local acompanhando os serviços. Transcorriam as obras de asfaltamento da Avenida Ovídio de Abreu e Toninho estava lá fiscalizando quando se aproximou dele uma velhinha. Bastante constrangida, envergonhada mesmo, ela disse para o prefeito que não teria condições financeiras de arcar com a despesa do asfaltamento. Vivia só com o marido, este bastante doente, em uma pequena casa quase no final da Avenida, já bem perto dos trilhos da Rede Ferroviária Federal. Vivia de uma pequena aposentadoria do marido, que mal dava para comer. Acabou levando Toninho para um café em sua modesta casa, para que o marido pudesse conhecer pessoalmente o prefeito, de quem era fã incondicional. Toninho tomou o café, anotou o nome e o endereço dos velhinhos, e prometeu que iria verificar o que poderia ser feito.
Chegando à prefeitura, chamou Orlando Ferreira Lima, entregou-lhe o papel onde anotara nome e endereço dos velhinhos, e pediu: "retire a guia de pagamento da contribuição e melhoria deste endereço e me traga o valor. Quero saber quanto será". Orlando se retirou e voltou pouco depois.
Entregou a Toninho um papel com o valor da "contribuição de melhoria" anotada. Toninho tirou o talão de cheque do bolso, preencheu o valor que estava no papel e entregou para Orlando, dando-lhe a ordem: "quite o tributo e mande entregar a guia neste endereço, para a dona da casa. Não diga que fui eu que paguei. E não deixe que esta notícia se espalhe, viu?".
Orlando, muito discreto, não contou esta história para ninguém. Apenas me confirmou quando lhe perguntei se a história era verdadeira. E me relatou os detalhes, transcritos mais acima Mas me pedindo que não deixasse Toninho saber nunca que ele havia me contado. A história era para permanecer em segredo. Não sei as razões, mas não permaneceu, pois alguns anos atrás, meu amigo Sérgio Pinto Ribeiro me contou a mesma história, que soubera por terceiros. Como a história se espalhou é uma pergunta que não me faço. O que me pergunto até hoje: quantos prefeitos teriam a mesma atitude de Toninho?

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, lançado em Montes Claros na noite de 25 de fevereiro)

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Mensagem N°79533
De: Ivana Rebello Data: Terça 3/3/2015 17:12:53
Cidade: Montes Claros/MG

Nasci e cresci em Montes Claros na época do governo de Antônio Lafetá. Tenho sobre ele a mais saudosa lembrançae me lembro de vê-lo diariamente conferir as obras de construção da rodoviária. Tenho interesse em adquirir o livro. Se alguém souber onde está sendo vendido gostaria que informasse para que eu peça a um amigo aí para comprar e me enviar. Muito obrigado.

Comentário: Sr. José, os livros estão á venda na livraria Taís, no centro. ou Na Nobel, no Shopping Montes Claros. Qualquer coisa, pode enviar e-mail. Obrigada!

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Mensagem N°79532
De: Cidadão Data: Terça 3/3/2015 11:53:40
Cidade: M Claros

Acabou o sonho da riqueza do gás da bacia do S Francisco.Segundo portal de jornal de BH,a Shell desistiu de fazer pesquisas sobre o gás no Norte de Minas,devido a inviabilidade economica,ou seja,não vale a pena o seu valor comercial.Penso que o mesmo se dará com o projeto de minerio de Grão Mogol,já que o valor por tonelada não cobriria os investimentos em logistica.Vale lembrar que a tonelada do minerio já teve preço a 170 dolares e hoje está em torno de 60 dolares por tonelada.E a agua a ser utilizada? Vale a pena?

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Mensagem N°79531
De: José Camilo Data: Terça 3/3/2015 08:33:46
Cidade: São Carlos / SP  País: Brasil

Nasci e cresci em Montes Claros na época do governo de Antônio Lafetá. Tenho sobre ele a mais saudosa lembrançae me lembro de vê-lo diariamente conferir as obras de construção da rodoviária. Tenho interesse em adquirir o livro. Se alguém souber onde está sendo vendido gostaria que informasse para que eu peça a um amigo aí para comprar e me enviar. Muito obrigado.

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Mensagem N°79530
De: Engenheiro Data: Segunda 2/3/2015 16:03:05
Cidade: Moc/MG

Entre 9 Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica da Região Sudeste do Brasil, com mais de 1 milhão de consumidores, a CEMIG-D ficou no 7º lugar em 2014, no DEC - Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor, com 10,77 horas/ano/consumidor. Em 1º lugar ficou a CPFL-Paulista com 6,93 hs/a/cons. O DEC mais baixo de Minas Gerais foi na Subestação BH Centro, com 1,72 hs/a/cons e o mais alto foi em Conceição do Mato Dentro, com 58,82 hs/a/cons. Montes Claros teve DEC entre 8,83 e 10,17 hs/a/cons. O DEC é o índice gerencial mais importante dos Sistemas Elétricos, juntamente com o FEC - Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor e o DGC - Desempenho Global de Continuidade, que deverá ser publicado até abril pela ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica.

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Mensagem N°79529
De: Murillo Data: Segunda 2/3/2015 17:59:03
Cidade: São Paulo - SP

Pessoal, onde posso encomendar o livro Toninho Rebello? Existe alguma livraria que vende via internet? Moro em São Paulo, se alguém puder me indicar onde comprar eu agradeceria muito. E-mail: costagontijo@yahoo.com.br

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Mensagem N°79528
De: Lúcio Guimarães Data: Segunda 2/3/2015 10:41:06
Cidade: Montes Claros/MG

"Corte no INSS já começa a valer hoje e deve atingir anualmente 55 mil viúvas ou viúvos"

Esta medida está atrasada. Meu bisavô morreu em meados dos anos 80, ficando sua aposentadoria do (...) para a sua segunda esposa que faleceu no inicio dos anos 2000, passando a pensão para a sua filha casula que era solteira (só no papel). Neste caso a aposentadoria do meu bisavô já está "rendendo" mais de quarenta e cinco anos. Ficar viúvo ou viúva não é doença incapacitante, que criou uma nova categoria profissional no Brasil de viúvo ou viúva profissionais.

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Mensagem N°79527
De: Correia Data: Segunda 2/3/2015 09:59:41
Cidade: M. Claros

"Moraram durante quase toda a vida na rua Marechal Deodoro, algumas ruas abaixo da Igreja da Matriz Nossa Senhora e São José.
Era uma casa ampla, de grandes janelas e portas, sólida, simples e forte, como todas as construções que ele fez na vida."

Sou testemunha e devo trazer a minha contribuição. Quando assumiu a prefeitura de sua cidade, creio que em 1966, Toninho revolucionou tudo. Transferiu o prédio da Prefeitura para a Avenida Coronel Prates, onde foi ginásio e seminário, histórico casarão que anos depois foi criminosamente destruído para dar lugar a um horrendo e impropriamente localizado supermercado que destruiu a mais característica avenida de M. Claros e transfigurou a área central. Toninho também, com poucos meses de saneamento das finanças, passou a asfaltar a cidade inteira. Aqui, chego onde pretendo: a cidade, toda parte dela, já recebia asfalto de primeira qualidade, com esgoto, escoamento etc., e uma das últimas ruas a ser beneficiada foi...exatamente a sua, nesta singela Marechal Deodoro. Os vizinhos reclamavam, argumentavam que não tinham culpa de morar na rua do prefeito, e ele se justificava: não quero que remotamente pensem que estou trazendo benefícios para mim....Este era Toninho.

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Mensagem N°79525
De: Ivana Rebello Data: Sexta 27/2/2015 16:54:01
Cidade: Montes Claros

Um retrato de família


Apenas um retrato na parede, mas como dói!
Carlos Drummond de Andrade


Há na memória de todos, uma tarde de Maio, em que brisa amena suaviza a dureza do sertão. Ou pode ser uma noite de Outubro, em que o calor de verão parece fazer colar a roupa no corpo e nenhuma folha de árvore se mexe, com a falta de vento. Em compensação, as mangueiras se curvam, cheias de frutos maduros, numa oferenda simples e generosa, que se repete todos os anos. Não importa a data, pois as datas são sempre imprecisas. Todos se lembram, no entanto, do dia em que posaram para aquela foto, o pai e a mãe ainda tão jovens, rodeados de todos os sete filhos, à frente da casa em que viveram por muitos anos.
Antônio Lafetá Rebello e Marcolina Ataíde Rebello e seus sete filhos: Jayme, João, Marco Antônio, Jacinto, Vera Lúcia, Cristina, Anamélia. Moraram durante quase toda a vida na rua Marechal Deodoro, algumas ruas abaixo da Igreja da Matriz Nossa Senhora e São José.
Era uma casa ampla, de grandes janelas e portas, sólida, simples e forte, como todas as construções que ele fez na vida.
Lembro-me de que ela tinha as paredes claras, móveis enormes de boa madeira, sofás de couro, uma ampla cozinha, onde Marcolina esmerava-se nos assados e doces. Seu triunfo culinário era um pudim de leite, enorme e aerado, que cheirava a caramelo, sempre muito disputado nas festas de família.
O quintal constituía as delícias de qualquer criança: ia de ponta a ponta de um quarteirão a outro, cheio de árvores frutíferas horta de verdes mestiços e muitos, muitos bichos, entre os quais se destacava mais de uma dezena de cachorros, uma vaca leiteira, galinhas caipiras e até um cavalo eu me lembro de te visto lá. Para mim, ali era um paraíso a que eu chamava de "fazendinha".
Todos os que lá chegavam eram sempre muito bem recebidos. Havia sempre um café, biscoitos, o sorriso calmo de Marcolina e a gentileza espirituosa de Toninho, pois o humor era uma de suas características mais marcantes. Havia paz, força e disciplina naquela casa. Toninho Rebello foi pai extremamente amoroso e muito exigente com os filhos. Segundo Anamélia confessaria: Meu pai morria de medo que a gente desse errado na vida...
Impossível que daquela casa saísse alguém errado. Eram filhos de pais dedicados, tão íntegros na vida familiar quanto o foram socialmente. Nasceram de um casamento que se pautava pelo respeito e pelo cuidado com o outro. Rígido, o pai cobrava responsabilidade e aplicação nos estudos - queria que os filhos se dedicassem ao máximo em tudo o que faziam. A preocupação de deixar os filhos encaminhados era tanta que, além de tudo, legou, a cada um deles, um lote no cemitério.
A mesa de refeições, momento em que todos se reuniam, Toninho aproveitava-se para dar seus proverbiais conselhos: Trabalha, que o dinheiro vem como consequência... Outra frase que repetiria sempre, e que parece ter servido de inspiração para a criação de seus próprios filhos, foi, certamente, o mote daquela família: Ensinem seus filhos a viverem como pobres. De fato, desconheço outra família que, sendo tão rica, acostumou-se a viver sem luxo e ostentação. A sua casa reverberava o trabalho honesto, os hábitos comedidos, uma simplicidade hospitaleira e frequente, pois Toninho Rebello, a despeito do ar sério e da aparência às vezes carrancuda, era um homem que gostava de se cercar de pessoas, principalmente das mais humildes.
Manifestava grande pena das viúvas, achava que eram desamparadas e não foram poucas as que auxiliou, sempre anonimamente, e seguindo um velho preceito que era também de seu pai: O que faz a mão de um homem, a outra não precisa saber.
Homem público, rico, bem-sucedido em tudo o que fazia, Toninho nunca perdeu a humildade, uma pungente e verdadeira humildade, que só é possível entre os grandes. Sempre respeitou e honrou aquela que escolheu para companheira de vida. Preocupava-se com ela, com seu bem-estar e sua felicidade. Às vezes, ligava para casa e dizia à esposa: Prepare-se, vou levar umas quarenta pessoas para almoçar...
E não houve um só instante em que ela dissesse não a seus apelos. Enquanto ele trabalhava incansavelmente, ela lhe garantia, em casa, a serenidade necessária para os inúmeros apelos que a vida pública lhe exigia. Sabia que o marido adorava receber amigos, sua casa vivia constantemente cheia de gente. Às vezes, um grupo grande ali se reunia, para beber, comer e cantar modinhas de João Chaves. Marcolina, que adorava música, saia vez ou outra de seu discreto papel e integrava o coro de cantores. Em contrapartida, ele procurava agradá-la. Conforme confessaram seus filhos: Papai fazia tudo o que mamãe queria.
Além de preocupar-se muito com sua própria família, Toninho Rebello adotou a família da esposa, que o adorava.
Sobrinhos e primos de Marcolina viam-no como um parente e um exemplo.
Nas férias, o casal ia para a fazenda, com os filhos. Aquelas férias deixaram muitas saudades nos filhos de Toninho Rebello, pois ele tinha um modo muito especial de fazer os acontecimentos corriqueiros se transformarem em grandes eventos. Festejava tudo o que construía, reunindo os filhos, esposa e funcionários para as "grandes inaugurações": o alicerce da casa que estava construindo, um curral novo que fazia, tudo ele comemorava. No dia da inauguração de Brasília, a nova capital do país, Toninho também inaugurou um trampolim que mandara construir na represa, em sua fazenda, para deleite dos filhos. Ele sabia dar às coisas cotidianas o tom das coisas grandiosas.
Foi também um construtor de mirantes, pois era um homem que queria enxergar além do horizonte. Em todas as suas fazendas havia uma construção bem alta, toda em madeira, com um pequeno telhado, que tinha por finalidade proteger as pessoas do sol inclemente do sertão. Quem se aventurava a subir pela longa e quase vertical escadaria, podia ver a grande extensão de suas terras, os capinzais verdes entrecortados de enormes ficcus italianos, árvores que davam frescor e alento à paisagem do agreste, e as longuíssimas filas de gado branco, rumando vagarosamente para os bebedouros.
Grande pecuarista, produtor de gado nelore, conhecido muito além das fronteiras de Minas Gerais, tinha verdadeiro prazer em estar com seus funcionários, seus vaqueiros, com os quais tinha um cuidado quase paternal. A bondade com que tratava todos os que trabalharam para si foi testemunha de pungentes homenagens, durante seu velório, o que desmente integralmente aqueles que insistem em chamá-lo de coronel".
Nunca ninguém conseguiu identificar uma senhora an^nima que, saindo da multidão que se perfilava na Igrejinha do Rosário, para o adeus final ao ex-prefeito, achegou-se rente ao caixão, levantou o filho pequeno que trazia consigo e disse, em voz alta o suficiente, para que os que ali se encontravam a ouvissem bem: Eis o retrato de um homem honesto! Se ele pudesse interferir, certamente o teria feito, naquela hora. Um de seus lemas era: Honestidade não é virtude; é obrigação.
E se foi exigente ao extremo com os filhos, a chegada dos netos e o tempo - esse poderoso senhor - tornou mais terno seu coração. Já aposentado, gostava de ver a casa cheia dos filhos de seus filhos, por isso, havia em seu escritório uma gaveta cheia de caramelos e chocolates, para atrair os netos.
Segundo ele: Menino não gostava de gente velha... Organizava pequenos torneios entre eles, incentivava os estudos e as viagens. Era sua crença que as viagens ensinavam muito, alargavam as ideias, ampliavam as perspectivas.
Lembro-me de uma ocasião em que estava em viagem a Alemanha, juntamente com um grupo de prefeitos de cidades de porte médio do Brasil, para fazer cursos. Lembrou-se, ainda dessa vez, de provocar minha mãe, uma legítima descendente dos Peres e, portanto, amiga das festas e das celebrações. Enviou-lhe um cartão postal, curto e bem-humorado:
Marília, aqui está pra você: três festas por dia! Uma das suas manias era provocar mamãe, mas todos sabíamos que ali havia, sobretudo, uma admiração mútua. Mamãe considerava-o um homem exxtraordinário.
Aquele velho retrato amarelou. O tempo passou, arrastando consigo as pessoas, modificando a paisagem, os rostos, Sequer aquela casa existe mais. A cidade mudou, o mundo mudou. Aqueles meninos de Toninho e Marcolina se fizeram homens e mulheres, casaram-se, tiveram filhos e netos... Três deles se foram precocemente: Jayme Neto, João, Vera Lúcia...
Estão em algum lugar, onde ficam os justos e bons, perto de seu pai e sua mãe.

(Extraído do livro "Toninho Rebello, o Homem e o Político", de Ivana Rebello e Jorge Silveira, lançado em Montes Claros na noite de 25 de fevereiro)

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Mensagem N°79524
De: Estado de Minas Data: Segunda 2/3/2015 08:54:34
Cidade: Belo Horizonte

Ex-prefeito em Minas pode ter mais de 100 ações na Justiça por irregularidades - Alvo de 92 ações judiciais, o ex-prefeito Warmillon Fonseca (DEM) foi denunciado pelo Ministério Público em mais 17 processos. Os crimes envolvem desvio de R$ 23 milhões - Alessandra Mello - O ex-prefeito de Pirapora (2005/2012) Warmillon Fonseca (DEM) foi denunciado em mais 17 ações civis e criminais. Caso sejam aceitas pela Justiça, Warmillon, que chegou a ficar preso durante um ano e meio, mas acabou liberado em novembro do ano passado, pode ultrapassar a casa das 100 ações judiciais, todas impetradas pelos ministérios públicos Estadual e Federal por desvio de recursos públicos das cidades de Pirapora, Coração de Jesus e Lagoa dos Patos, todas no Norte do Estado, onde ele foi prefeito. Atualmente, o prefeito é réu em 92 ações.
As novas denúncias, que envolvem R$ 23 milhões, referem-se a 10 ações penais por crimes contra a administração pública, lavagem ou ocultação de bens e valores, além de sete ações cíveis pela prática de atos de improbidade. Além do ex-prefeito, são réus nas ações sua mulher, uma irmã e uma sobrinha e também servidores públicos municipais, empresas e empresários que foram beneficiados em contratos com o município de Pirapora, cujos nomes não foram divulgados pelo Ministério Público, autor das ações.
Elas foram feitas com base em investigações feitas pelo MP após inspeção realizada em Pirapora pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) onde foram identificadas fraudes em licitações e desvios de recursos na execução de obras públicas entre 2006 e 2011. De acordo com as apurações, empresas foram beneficiadas em contratos que ultrapassaram R$ 31 milhões. O MP também alega que o ex-prefeito constituiu patrimônio incompatível com seus rendimentos declarados e, com o auxílio de diversas pessoas, ocultou imóveis, veículos e empresas, registrando-os em nome de “laranjas”.
As medidas judiciais pedem o sequestro e a indisponibilidade dos bens de Warmillon para garantir o ressarcimento aos cofres públicos dos valores que teriam sido apropriados pelo ex-prefeito, além do pagamento de multa. Foi pedido ainda o sequestro de três fazendas e de um posto de combustíveis registrado em nome do ex-prefeito e a nomeação de um administrador judicial para esses bens. O MP alega que o posto de combustíveis chegou a ser usado para a lavagem de dinheiro oriundo de corrupção.
As ações são um desdobramento da Operação Waterloo, deflagrada em agosto de 2012, em parceria com a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e com a Polícia Militar. Na ocasião, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Pirapora e em residências e empresas localizadas em Montes Claros. Desde então, diversas ações civis e criminais foram propostas contra o ex-prefeito e outros réus.
Warmillon já foi condenado a penas de prisão em primeira instância pela prática de crimes de fraude em licitações e desvio de recursos públicos envolvendo a realização de shows (10 anos de prisão), contratos de limpeza urbana (14 anos, nove meses e 10 dias de prisão) e de fornecimento de combustíveis (sete anos de prisão). No entanto, no ano passado, por força de habeas corpus concedido pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Warmillon Braga foi autorizado a cumprir sua pena em casa, por falta de condições do presídio em Ribeirão das Neves, onde ele cumpria pena de 21 anos de detenção.

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