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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 20 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°68188
De: Estado de Minas Data: Terça 12/7/2011 08:43:38
Cidade: BH

Coteminas quer instalar unidade em Betim - Acordo para instalar unidade que responderá pela distribuição de produtos da empresa na AL está condicionado à aprovação do novo Plano Diretor da cidade que será votado nesta terça-feira - Pedro Rocha Franco, Luiz Ribeiro e Carolina Mansur - A reunião plenária desta terça-feira da Câmara de Betim, na Grande BH, deve decidir o futuro da indústria na cidade. Em pauta, o novo Plano Diretor, que permite a criação de três novos distritos industriais e o fechamento de acordo com a Companhia de Tecidos do Norte de Minas (Coteminas) para instalação de uma unidade da empresa, responsável pela distribuição dos produtos para a América Latina. O megaempreendimento, a ser instalado às margens da BR-262, prevê a criação inicial de 200 empregos diretos e outros 1 mil indiretos, mas a instalação depende da aprovação dos vereadores do município.O terreno escolhido para abrigar o centro de distribuição tem área de 150 metros quadrados e deve ocupar um terço do espaço. A previsão é que as obras tenham duração de 18 meses, com previsão para início das operações em meados de 2013. No terceiro ano de funcionamento, a expectativa é que o faturamento ronde a cifra de R$ 1 bilhão.A escolha da Região Metropolitana de Belo Horizonte é estratégica devido à localização. O fácil acesso às principais rodovias do país, como a ligação com São Paulo, e a proximidade com as principais fábricas da Coteminas facilitam a distribuição dos produtos. Além de Betim, Contagem também estaria na disputa, mas a implantação do novo distrito industrial atraiu os investidores. Na lista de produtos a serem distribuídos a partir de Betim, estão lençóis, travesseiros e a linha de cama, mesa e banho das marcas Artex e Santista e também itens da Sebratex e Lençóis Coteminas, produzidos em Montes Claros, no Norte de Minas. (...)

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Mensagem N°68187
De: Josué Data: Terça 12/7/2011 07:54:09
Cidade: Montes Claros

Para aqueles que viajam entre Montes Claros/BH e vice-versa. Prossegue o calvário no trecho Buenópolis-Augusto de lima. Ali, cinco pontes estão sendo alargadas e sobre as ditas pontes há passagem liberada apenas de uma pista. Longas filas continuam se formando dos dois lados. A demora às vezes se estende por horas. Parece que ninguém está preocupado com o suplício imposto aos usuários de uma rodovia cada dia mais cheia. É a indiferença do poder público com os que o sustentam, em todos os níveis. No trecho Montes Claros/BH não é apenas este o incômodo numa estrada que acaba de ser reformada, está em bons padrões técnicos, mas onde - por paradoxal - aumentou o risco. Estão aumentando os quebra-molas pela estrada e o risco de acidentes é muito grande. Os quebra-molas estão se multiplicando e são verdadeiras armadilhas. Isto sem falar nas imensas carretas que não obedecem a lei nenhuma e se sentem donas de todo o pedaço. Quem puder, deve viajar a Belo Horizonte pelo ar, de avião, pois os riscos na estrada, novinha em folha, estão definitivamente em alta. É o aviso que deixo aos navegantes, isto é, aos usuários dos 400 quilômetros de asfalto até Belo Horizonte. Cuidado. (E haja bons carros para levar tanta pancada nos quebra-molas que, pelo jeito, vão se multiplicar na mesma proporção em que aumenta a velocidade dos bólidos imensos, isto é, caminhões de todo tipo. Antes, tínhamos os buracos. Agora, temos quebra-molas. Eta-vida!).

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Mensagem N°68186
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Terça 12/7/2011 07:45:41
Cidade: Montes Claros

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

12 de julho

1858 - Na sala de sessões da Câmara Municipal de Montes Claros, sob a presidência do dr. Carlos José Versiani, tomam posse os vereadores elêitos que terão de servir no período de 1858 a 1860: dr. Carlos José Versiani, alferes Simeão Ribeiro da Silva, tte. cel. João Alves Maurício, tte. cel. Gregório José Velloso, Antônio Francisco Barbosa e Antônio Pereira dos Anjos.
1867 - Faustino Gonçalves de Oliveira toma posse do cargo de Procurador da Câmara Municipal de Montes Claros.
1968 — Falece dona Joaquina Rosa de Jesus, viúva de Gregório Caldeira Brant, primeiro Coletor da Vila de Montes Claros de Formigas.
1877 — Tendo tomado posse do cargo de vereador, a 10 de julho de 1877, o dr. Antônio Gonçalves Chaves Júnior propõe em sessão ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros, que nenhuma construção de casa ou de edifício de propriedade particular, no recinto da cidade, possa ocupar mais de 60 palmos (13m.2), de frente e, assim, os fundos correspondentes a esta; e quando o edifício principal não abranger todo esse espaço, será o restante ocupado com muralhas que apresentem forma de casa.
1890 — Chega a esta cidade, vindo de Diamantina, o alferes Ovídio Moreira de Melo, nomeado comandante do destacamento local e Delegado de Polícia do Termo de Montes Claros.
1906 — Sai o primeiro número do quinzenário humorístico, literário e noticioso “O Bohemio”, fundado por Milton Prates e José Barbosa Neto. Era impresso nas oficinas de “A Opinião do Norte”. José Barbosa Neto, em outubro de 1906, deixou a redação. Com apenas seis meses de existência, ia desaparecer, quando foi amparado pelos cônegos premonstratenses que adquiriram o pequeno prelo pertencente aos herdeiros de Eusébio Alves Sarmento. Sempre sob a direção de Milton Prates, passou a ser impresso nas oficinas de “A Verdade”, festejando seu primeiro ano de existência, com o n.° 24, a 12’ de outubro de 1907, tendo na gerência Elpídio Freire. “O Bohemio” conseguiu alcançar a duração de dois anos, suspendendo a sua publicação a 26 de julho de 1908, com o n.° 38, devido à retirada de Milton Prates para Belo Horizonte.
1935 — Em assembléia geral, sob a presidência do dr. Antônio Teixeira de Carvalho, são aprovados os estatutos do Centro Social de Montes Claros, inclusive a mudança do nome para Clube Montes Claros.
1942 — E’ inaugurada, às 15 horas, à rua Simeão Ribeiro, em Montes Claros, a agência do Banco da Lavoura de Minas Gerais, tendo como agente nesta cidade Saul Coelho. Uma primeira agência do referido Banco, já havia sido inaugurada em Montes Claros, a 10 de janeiro de 1926, sob a gerência de Cícero Pereira, mas foi fechada tempos depois.
1943 — São inaugurados os trabalhos de construção do edifício em que funcionará a agência Postal Telegráfica, em Montes Claros. Fica localizado na praça Dr. Chaves, esquina da travessa Pacui, que seria posteriormente alargada para dar lugar à avenida Filomeno Ribeiro. A construção do edifício está a cargo da firma Carlos, Rocha & Cia. Ltda., de Belo Horizonte.
1948— Na aprazível chácara pertencente ao dr. Hermes de Paula, em Montes Claros, toma posse a primeira Diretoria do Clube de Caça e Pesca Egídio Prates, tendo havido um jantar original, do qual constavam sômente assados de caça, peixe, farofa de tatu e arroz de troepeiro.
1956— Pelo decreto n.° 5051, do Govêrno do Estado, fica localizado um Moinho de Calcário no município de Montes Claros.
1960— Falece João José Salgado. Nasceu em Montes Claros, filho de José Cândido Pereira Salgado e dona Virgínia Angélica Fonseca Fróis, a 19 de abril de 1895. Exerceu, por vários anos, o cargo de Tabelião do 1.° Ofício do Judicial e Notas de Montes Claros, no qual se aposentou. Era casado com dona Iracema Maurício Salgado e foi vereador à Câmara Municipal de Montes Claros, como representante do distrito de Bela Vista.
Cidade: Montes Claros/MG

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Mensagem N°68185
De: Hoje em Dia Data: Terça 12/7/2011 07:32:55
Cidade: Belo Horizonte / Mg

Suspeitos tocam campainha e anunciam assalto - Iêva Tatiana - Dois homens invadiram uma residência, renderam a empregada doméstica e roubaram diversos objetos na tarde desta segunda-feira (11), em Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais. Segundo a Polícia Militar (PM), os suspeitos se passaram por agentes de saúde em uma ação de combate à dengue e pediram para verificar as dependências do imóvel. Depois de entrar na casa, anunciaram o assalto e amarraram a funcionária com fios. A dupla, que estava armada, levou uma TV de LCD de 42 polegadas, um playstation, celulares, aparelho DVD, monitor de computador, notebook, gargantilhas de ouro e uma câmera fotográfica. Conforme a PM, os suspeitos fugiram e ainda não foram localizados. A empregada doméstica não teve ferimentos.

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Mensagem N°68184
De: José Ponciano Neto Data: Segunda 11/7/2011 16:41:05
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

O que o Alberto Sena escreve faz voltar à nossa Unidade Central de Processamento – o nosso encefálo CPU humano- lembranças de criança.A Jaíba foi um fascínio para as crianças na época do primário, sempre que as professoras iam nos dar um exemplo de selva e/ou animais, a Jaíba era o tema; e para ilustrar mais ainda, sempre nos mandava observar os couros pendurado dentro do mercado velho na Praça Dr. Carlos (hoje Shopping Paraguaiano).
Os couros ficavam bem à frente de quem entrava no mercado, pertenciam ao Sr. Leônidas, caçador corajoso, ia para Jaíba, matava onças, cobras, campeiros e aves de todas as espécies, os vendiam dentro do mercado sem nenhuma cerimonia ou perturbação da fiscalização ambiental; -que não existia- .Leônidas era diferenciado, um biótipo dos homens das cavernas, forte, corajoso, cheio de tatuagens pelo corpo, ia caçar sozinho com varias armas, munições e armadilhas e não perdia a viagem, suas caças, as cabeças eram embalsamadas, os couros curtidos; como falei, servia de material didático para professores e alunos de muitas escolas.
Depois da demolição do mercado velho, Leônidas tentou fixar ao novo e não deu certo, para piorar, depois de várias divergências com policia devido à embriaguez, que lhe fazia um verdadeiro Huk; pois era muito forte, demandava muitos policiais para domina-lo, sua atitude foi desgastando a família, resolveram mudar para Januária com dona Penha (sua esposa) e irmã e não tivermos mais noticias.Voltando à Jaíba. Veio o perímetro de irrigação, - o maior da América Latina- , trouxe "progresso" para os municípios de Mucambinho, Jaíba, Matias Cardoso, mas, a avareza de alguns empresários quase acabou com outra vertente. A do Rio Verde Grande. Enquanto o projeto Jaíba era irrigado pelas aguas do velho Chico; outros, sem “estudos hidrológicos” e outorga, sugavam as aguas do Verde Grande.Como diz o Alberto Sena, se não fossem as repercussões de varias reportagens, não teriam água nem para beber. Com a ajuda dos Comitês de Bacias hidrográficas, órgãos ambientais e a imprensa, casos como de F.A.L. e Leônidas não voltarão nunca mais.

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Mensagem N°68183
De: Ucho Ribeiro Data: Segunda 11/7/2011 09:36:12
Cidade: Montes Claros/MG

MULHER DAMA

Ucho Ribeiro

Nandinho só queria saber de bola. Já acordava catando as figurinhas da copa para na escola trocar e jogar bafo. No recreio, batia uma bolinha no pátio e comentava com os colegas os jogos que ouvira no rádio. Era um ufa para fazer o dever de casa, pois o sentido estava todo na pelada, no campinho de terra, ali pertinho. Só caia na real quando a cozinheira Joana berrava: “Nando, tá na hora da janta!”.
Pois não é que um dia, no final da tarde, Seu Procópio, o pai, foi buscá-lo no campinho? Nando estranhou aquilo, mas, obediente, o seguiu até a casa para tomar banho e vestir uma roupa. O pai mandou-o trocar a calça curta por uma comprida de homem, com corrião. Não ousou perguntar ao velho aonde iam. Foi, mudo, espiando o trajeto.
O carro tomou o destino do Alto São João. Bem depois da linha, virou à direita e depois à esquerda, para o bairro Esplanada. Desembocou numa rua mal falada e Nandinho pensou, imaculado: “É por esses lados que tem uma casa de muié dama da zona.” E não é que o carro parou bem em frente à famigerada casa? Foi um susto. O pior é que Seu Procópio disse: “É aqui que minino vira homem. Desapeie!”
Abriu o portão e conduziu o garoto cabisbaixo pelo braço. A entrada, um patiozinho cimentado, tinha umas mesas vazias e umas mulheres sorridentes de camisolas. O som tocava “O Bom Rapaz” de Wanderley Cardoso e uma moça novinha, descalça, com vestidinho curto e a calcinha aparecendo, encerava o cimento vermelho. Cantava e ria: “Parece que eu sabia, que hoje era o dia, de tudo terminar...”
O menino achou que era para ele, mas não retribuiu o sorriso.
Nisso, a cafetina, que atendia a única mesa ocupada, apareceu, toda gentil, cumprimentou Seu Procópio e ao pegar no queixo do menino perguntou: “É este o garoto, o rapaz, que falaste? Se puxar o senhor vai dar muito trabalho pras meninas!”.
“É, é este o galinho que vai entrar na rinha!”, respondeu o velho.
A senhora mais idosa saiu à cata das moças, batendo nas portas. Reuniu umas cinco mulheres, todas quase despidas, umas despenteadas, outras meio arrumadas, uma até segurava um aparelho gilete de raspar as pernas. Duas eram morenas, uma mais escura, menos alta, e a outra mais pra gorda. As outras três variavam de tamanho, peso e cabelo. Tinha uma bem seca com rolinho na cabeça; uma outra, bitela em tudo, das pernas ao nariz; e a quinta, meio leque-treque, escorada na parede, fumava. Atrasada, chegou mais uma, loura, de vestido escarlate, que deve ter demorado para arrumar-se.
O pai, então, determinou: “Escolhe uma aí, Fernando, menos a de vermelho, esta tem dono”.
Nandinho, perdido com tanta novidade e falta de experiência, ficou numa dúvida danada. Nem queria aquilo! Mas como não querer na frente do Pai? Tinha que escolher, mas escolher o quê, meu Deus, como, quem? O velho olhava, levantava a sobrancelha, cobrando a escolha. O menino suava frio e não sabia o que fazer. Até que disparou: “Aquela!” Escolheu a Bitela, pelo menos podia explicar depois o porquê: era a mais grandona.
A dona do bordel, então, tomou a frente e disse: ”Menina, leva o rapaz e capricha. Tira dele o melhor, sem pressa, viu?”
A moça se apresentou: “Me chame de Claudete, Dete.” E foi levando o Nandinho para o abatedouro. Na voz de Nelson Gonçalves, a vitrola prenunciava: “E tudo à meia-luz. Para brindar o amor. À meia-luz dos beijos. À meia-luz nos dois. E tudo à meia-luz. Crepúsculo interior. São suaves os desejos. À meia-luz do amor”.
O menino entrou no quarto de meia parede, sem forro, ouvindo seu Pai contar potocas para as desescolhidas e para um amigo recém chegado. Nando, perdido e meio, tirou os sapatos e se encolheu no fundo da cama. Ficou com o queixo nos joelhos, abraçando as pernas. Enquanto esperava o que Claudete iria fazer, viu as paredes cobertas de cartazes da Contigo: Jerry Adriani, Odair José, Evaldo Braga, Ronivon. No chão, ao lado da cama, havia uma bacia, uma jarra, papel higiênico, uma toalha pendurada na cabeceira e, numa velha mesa, uma casinha que dava teto a uma imagem minúscula de Nossa Senhora Aparecida. No mais, apenas uma folhinha da Casa Amaral, um gato de porcelana e um armário caindo aos pedaços. No espelho descascado, Nando se viu acocorado, triste, acuado.
Dete olhou para ele com um sorriso malicioso e apagou a luz. Nandinho, com as mãos geladas, ainda assistiu, no fusco da claridade vinda do outro cômodo, a moça tirar a roupa em ritmo burocrático. Na pouca luz, assustou-se com a escuridão que havia entre suas pernas, não imaginava que lá havia tanto cabelo. Mas a sua falta de saber piorava ao ouvir a voz do pai Procópio se avantajar: “No meu tempo, era assim, assado, patatí patatá “.
Ai, a Bitelona ajoelhou-se na cama e engatinhou em sua direção, com os úberes soltos, dependurados em banlangandã. Sua sombra projetou na parede uma giganta, uma tarântula, uma vaca de pernas e braços. Nandinho lembrou-se de seu pintinho bico de chaleira e murchou mais ainda. Teve vontade de chorar. A moça percebeu, passou a mão na sua cabeça e ajeitou o seu topete. Tentou acalmá-lo, desenroscá-lo, espichá-lo. Com dificuldade, conseguiu que ele deitasse na cama e foi desabotoando seus botões, primeiro os da camisa, depois os da calça. Por cima da parede, Nando ouvia gargalhadas, a voz rouca do Pai, o cheiro da fumaça do seu Beverly e o lamento de Nelson Gonçalves: “Negue seu amor, o seu carinho. Diga que você já me esqueceu. Pise, machucando com jeitinho...”
Despido, teve o primeiro contato com um corpo de mulher. Achou-o frio, a pele era lisa, parecia barriga de jia. Não sabia no que estava pegando. Confundia barriga com bunda, joelho com cotovelo. Assustava-se quando esbarrava nos pêlos crespos. Nada dava certo. Dete queria ajeitá-lo, desembolá-lo, mas o menino não entendia, não sabia donde começar, de que lado, por cima, por baixo? Quando imaginava estar a lamber os peitos de Claudete, estava com a boca em seu cotovelo. A tragédia e os desencontros rolavam ao som da voz paterna e do vinil de Nelson Gonçalves: “Boneca de trapo, pedaço da vida, que vive perdida no mundo a rolar. Farrapo de gente, que inconsciente peca só por prazer; vive para pecar...”
Nando teve arrepios, excitações, lampejos de ereção, mas tudo esmorecia quando caia em si, ouvia a voz do pai e percebia onde estava e o que estava fazendo. Tinha mulher demais na cama, onde tocava tinha corpo, perna, braço, pé, peito, barriga, cabelo, bunda. Demorava identificar cada parte. Nandinho não conseguia juntar aquele quebra-cabeça de membros e formar uma rapariga. Rodopiaram na cama algumas vezes e não conseguiram encaixar sua chocha ferramenta.
A Bitela chegou a ficar imóvel umas duas vezes, na tentativa de ajudá-lo, de acalmá-lo, mas nada adiantava. Subiu em cima, ficou por baixo, de ladinho, de bruços, cachorrinho, mas neca. O jeito foi desistir. Dete levantou-se, vestiu-se, depois ajudou-o a se vestir, a amarrar o sapato, mas não saiu do quarto sem antes dar um beijo carinhoso em sua testa. Ao fundo, o menino ouviu Evaldo Braga no seu lamento: “Sinto a cruz que carrego bastante pesada. Já não existe esperança no amor que morreu...”
Saíram do quarto juntos, ela abraçando a criança envergonhada, que olhava para o chão.
Seu Procópio, dono do pedaço, abraçado com a dama de vermelho, ao vê-los perguntou: “E aí, como foi o desempenho do moleque? Deu pro gasto?”
Dete, profissional de muitos carnavais, pontuou: ”Quem é o senhor, Seu Procópio, o menino é fogo no boné do guarda. Quase me mata, me chuchou todinha. Vixe Maria! Parece potro bravo. Este tem que ser amansado é aos pouquinhos. Só faltou relinchar!”
O Velho ficou cheio, todo-todo, serviu o primeiro copo de cerveja para Nando, acertou a conta, gratificou Bitela e a cafetina generosamente e com um olhar se despediu da sua rapariga.
Voltaram em silêncio para casa. Nandinho foi direto para o seu quarto, trancou a porta e só aí tomou pé do ocorrido. Aos poucos foi lembrando dos detalhes, dos floreios e foi revivendo tudo na palma da mão. “E aquela hora que eu quebrei ela de banda? E aquele beijo demorado, molhado? Melhor foi quando eu a pus de quatro... ai, ai. Acha que mexer com Nandinho é brincadeira?”

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Mensagem N°68182
De: Gissele Niza Data: Segunda 11/7/2011 08:53:09
Cidade: Montes Claros/MG

(...) Mais uma operação de combate ao tráfico de drogas e proteção a vida foi realizada hoje no Norte de Minas.A operação ‘Cristália em Ação’ foi deflagrada por policiais militares de Grão Mogol e Cristália e resultou na apreensão de 5 quilos de cocaína e crack, próximo a sede do município.(...)

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Mensagem N°68180
De: Estado de Minas Data: Segunda 11/7/2011 08:48:06
Cidade: Belo Horizonte / MG

Fraude em concurso pode afastar prefeito no Norte de Minas - Maria Clara Prates - O Ministério Público de Montes Claros apresenta nesta segunda-feira o pedido de afastamento do prefeito José Augusto Mota Filho (PTB), de Berizal, Norte de Minas, em ação civil pública para apurar suposta fraude em dois concursos públicos para preenchimento de cargos na administração municipal, no ano passado. O que chamou a atenção dos promotores foi a aprovação de 11 parentes no processo seletivo – três filhos , um neto e um genro, entre outros. O concurso foi promovido pela empresa Seletiva – Concursos, Auditoria e Treinamento, com sede em Belo Horizonte, que já é alvo de outra ação civil pública, também por fraude em concurso, no município de Bom Despacho, Região Centro-Oeste. A confirmação das fraudes teria surgido a partir de busca e apreensão na casa de um dos sócios da Seletiva, onde foi apreendido vasto material. Entre elas, o verdadeiro resultado do concurso, impresso com as respostas corretas e um material manuscrito, o qual alterava as notas dos candidatos que deveriam ser beneficiados. A publicação do resultado do concurso teria deixado clara a fraude, porque foi usado o conteúdo adulterado. Sem explicação aparente, a seleção em Berizal foi feita nas modalidades concurso público e processo seletivo. No primeiro, o salário variava entre R$ 510 e R$ 3 mil, com exigência de formação de nível médio completo. Mesma exigência do segundo processo, apesar de o salário variar de R$ 510 até R$ 4 mil. No site da Seletiva, a informação é que a empresa foi criada para valorizar o município e que em 2010 e este ano promoveu concursos também em São João da Ponte, Norte de Minas – onde o prefeito também responde a uma ação civil pública e chegou a ser afastado do cargo –, e nas cidades de Guaraciaba e Jequeri, ambas na Zona da Mata. O site anuncia ainda que, em breve, será aberta outra seleção de pessoal em Patis, também no Norte. O Estado de Minas tentou entrar em contato com os representantes da empresa na sede no Centro de Belo Horizonte, mas não obteve retorno das ligações. A reportagem procurou também o prefeito José Augusto, sem sucesso. DESVIO Em Mata Verde, no Vale do Jequitinhonha, a prefeita Irone Bento Dias (PMDB) teve negado, em agravo de instrumento, seu pedido para retornar ao cargo. A decisão do Tribunal de Justiça de Minas determina que ela permaneça 30 dias fora da administração municipal. Ela foi afastada do cargo em 26 de junho, junto com três secretários do município, quando foi deflagrada operação do Ministério Público para apurar desvio e apropriação de recursos públicos. A Justiça determinou ainda a indisponibilidade dos bens da prefeita, do tesoureiro, que é filho dela, do secretário municipal de administração e do chefe do setor de licitações da prefeitura. Documentos apreendidos pelo MP revelaram que Irone mantinha uma lista de funcionários fantasma e um empresa de fachada para facilitar as fraudes. Ela é suspeita ainda de emitir cheques em nome de laranjas que seriam prestadores de serviço ao município e sacar os valores por meio da falsificação das assinaturas. A estimativa do MP é que tenham sido desviados, até agora, R$ 220 mil dos cofres municipais.

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Mensagem N°68179
De: Alberto Sena Data: Segunda 11/7/2011 08:41:10
Cidade: Montes Claros/MG

O roubo do Rio Verde Grande

Alberto Sena

Pode alguém roubar um rio? Pode, sim. Claro que ninguém vai levar um rio para dentro de casa, mas se um megalomaníaco fizer um projeto de irrigação agrícola desproporcional à capacidade da vazão d’água; instalar 11 pivôs centrais de 500 metros de raio cada um e ligar os monstrengos simultaneamente, estes sugarão toda a água do rio ao ponto de secar o leito. Isto não configura roubo?
Foi o que fez o empresário F. A. L., subsidiado pela Sudene, na década de 1980, com o Rio Verde Grande, afluente do Rio São Francisco, na região da Jaíba, no Norte de Minas.
Acostumado a ver megaprojetos norte-americanos na Califórnia, onde os empresários agrícolas utilizam-se das águas das geleiras para alimentarem os pivôs centrais de grande porte, ele quis fazer o mesmo na Jaíba.
O fiasco do projeto dele atesta que nem sempre o que é bom para os norte-americanos é bom para os brasileiros, muito menos norte-mineiros, às voltas com o crônico problema da seca e escassez de água quase todos os anos, como já acontece no período atual.
Ademais, o Rio Verde Grande é considerado pelos entendidos do ramo ‘um rio velho’. E a calha dele vem desaparecendo por causa do assoreamento e da poluição que sofreu ao longo dos anos e ainda sofre. A tendência é um dia o rio desaparecer, se nada for feito para perenizá-lo.
O empresário construiu silos, armazéns e a sede do projeto agrícola. Plantou muito algodão e feijão, culturas apropriadas para a região, mas antes construiu um canal de concreto levando boa parte da água do rio para a propriedade dele.
Toda vez que ligava os pivôs centrais para irrigar o algodão e o feijão, os proprietários abaixo dele e os moradores ribeirinhos ficavam sem água. O máximo que se podia encontrar eram poças d’água esparsas onde pequenos peixes lutavam para sobreviver no meio da lama.
Um fazendeiro situado próximo do projeto agrícola, um dos primeiros prejudicados pelo empresário, foi quem fez a denúncia ao jornal e colocou até avião à disposição para levar os repórteres à Jaíba. A oferta não foi aceita e juntamente com o fotógrafo Eugênio Paccelli fomos à Jaíba no carro de reportagem.
A viagem foi inesquecível. Jaíba era um lugar considerado tão distante naquela época e muito mais antes, quando tinha a fama de ‘refúgio de pistoleiro’. Diziam ainda na década de 1960 que pistoleiros praticavam crimes em Montes Claros e região e se refugiavam na Jaíba, ‘onde ninguém nem a polícia ousam ir prendê-los’.
Jaíba tornou-se famosa, também, por causa dos frequentes casos de conflitos entre posseiros e proprietários de terras. O mais famoso foi o caso do posseiro Saluzinho, que desafiou a cúpula da Secretaria de Segurança de Minas escondido dentro de uma caverna onde resistiu até mesmo às bombas de gás lacrimogêneo.
Guardamos com carinho uma das cenas mais lindas vistas naquela viagem: uma poça d’água no meio da estrada vicinal, verdadeiro tapete coberto de borboletas. Era tanta borboleta que parecia não haver mais espaço para nenhuma retardatária pousar. Paramos o carro para contemplar o espetáculo multicolorido que só o sertão da Jaíba pode proporcionar.
Na ocasião, trabalhávamos para a Editoria de Agropecuária do jornal Estado de Minas, onde introduzimos a cobertura jornalística de meio ambiente. O editor era o jornalista Mauro Werkema. Ele deu o seguinte título à primeira reportagem sobre o caso, de repercussão nacional (valeu inclusive o ‘Prêmio Fenaj de Jornalismo’ e foi publicada no livro ‘Cadernos de Jornalismo I’, da Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj): ‘O roubo do Rio Verde Grande revolta a Jaíba’.
A matéria ocupou uma página. Na mesma manhã em que circulou a edição, por meio de um telefonema veio a notícia: ‘As águas do Rio Verde Grande voltaram a correr’.
O empresário não gostou da publicação. Tentou se explicar querendo dividir a culpa por ter secado o rio. De fato, ele não era o único irrigante, mas o maior. E põe maior nisto.
Numa tarde o telefone tocou na Editoria de Agropecuária e era Mário. Dizia: ‘Falo em nome do empresário F. A. L., ele quer saber se estão precisando de alguma coisa’.
‘Não precisamos de nada’, e acrescentamos: ‘Admiramos, Mário, você se prestar a isto’.
Ele respondeu: ‘Me desculpe, não está mais aqui quem lhe falou’. E desligou o telefone.

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Mensagem N°68178
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Segunda 11/7/2011 08:00:17
Cidade: Montes Claros/MG

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

11 de julho

1837 — Na sessão da Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas, o Presidente declara “estarem concluídas as estradas que se dirigem para a Bahia pela Vila de Pardo, bifurcando-se dali, uma para Caitité, e outra Conquista; uma outra, pouco cultivada, paralela à primeira e indo a Caitité, por Tremedal; e ainda uma terceira pelo São Francisco para a Bahia e Pernambuco”.
O Primeiro Inspetor de Estradas da vila de Formigas foi o vereador Lourenço Vieira de Azeredo Coutinho.
1866 – Joaquim de Sousa Freire toma posse do cargo de Procurador da Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas.
1884 – Pelo Govêrno da Província é adiantada à Câmara Municipal de Montes Claros a quantia de 3: 148$361, metade em que foi orçada a construção da ponte sobre o- Vieira, a fim de que tenha início a obra.
Todo o material, porém, já se encontrava colocado no local, pelo contratante, alferes Camilo Luiz de Carvalho. Seria inaugurada a 19 de julho de l885.
1906 – O cel.. João de Andrade Câmara entra em exercício do cargo de Coletor Federal de Montes Claros.
1926 – Realiza-se a eleição da primeira Diretoria do primeiro Rotary Clube de Montes Claros, sendo eleito Presidente o dr. José Corrêa Machado.
— Falece Joaquim Antônio Rabelo, aos 64 anos de idade. Nasceu em Jequitai, foi comerciante e fazendeiro no município de Montes Claros. Casou-se com dona Josefina Augusta Soares Rabelo a 8 de setembro de 1884.

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Mensagem N°68177
De: Fátima Data: Domingo 10/7/2011 08:27:03
Cidade: Montes Claros

Um carro automotivo voltou a incomodar muito, nesta madrugada, no "triângulo da impunidade". Parou por lá por volta das 3 horas e aumentou o volume até as 5 horas. Incomodou muito, mas não foi incomodado, apesar de infringir todas as leis.(....) O barulho havia diminuido ali, mas começa a voltar. Pedimos, mais uma vez, que a lei seja aplicada pela PM e pela secretaria do Meio Ambiente. (...)

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Mensagem N°68176
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Domingo 10/7/2011 08:16:04
Cidade: Montes Claros

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

10 de julho

1881 — “A Província de Minas Gerais”, desta data, que o Vigário Augusto Prudêncio da Silva foi nomeado Inspetor do 19.° Círculo Literário, em substituição ao dr. Antônio Gonçalves Chaves.
1889 — Falece o Guarda-Mor João Batista Corrêa Machado, aos 74 anos de idade. Nasceu na cidade de Diamentina, filho de João Batista Corrêa Machado e dona Firmiana Andreza Versiani. Transferindo-se para Montes Claros de Formigas, foi nomeado Escrivão da Coletoria Municipal das Rendas Provinciais em 19 de junho de 1850. Em 1875 era Partidor no foro local e secretário da Câmara Municipal. Foi comerciante e quem construiu o edifício n.° 66 da atual rua Governador Valadares. Casou-se, em primeiras núpcias, com dona Tomásia Constância da Costa; em segunda, com dona Emília Teixeira de Carvalho.
1898 – Falece o dr.Alfredo Lôbo, aos 25 anos de idade, quando em trânsito de Boa Vista do Tremedal, onde era Promotor Público, para Belo Horizonte. Nasceu em Coração de Jesus, antigo distrito de Montes Claros, filho de Francisco da Silva Lôbo e dona Maria Leopoldina da Silva Lôbo. Era barcharel em Direito, casado com dona Ernestina Lôbo de Santa Rosa e irmão do escritor Arthur Lôbo.
1907 - Chegam a Montes Claros os sacerdotes Severino Severens, Afonso Mathysen, Bernardo Willems, Theodoro Roosmalen, Sebastião Dorresteyn e Clemente Wildt, que aqui vêm pregar as Santas Missões. Reúnem-se nessa ocasião, na sede da Paróquia, 6 redentoristas holandesas, 5 sacerdotes premonstratenses e 2 padres brasileiros. Após 15 dias de pregações na cidade, partiram em grupos de três pregadores a fim de levar a
palavra de Cristo às 9 Capelas existentes na Paróquia.
1917- Falece Hermenegildo Demófilo Prates. Nasceu em Montes Claros, a 31 de julho de 1885, filho do Deputado Camilo Philinto Prates e dona Amélia Antoniana Chaves e Prates. Era Guarda-Fios dos Telégrafos em Montes Claros e casado com dona Ernestina
Spyer Prates.
1926 – É solenemente inaugurada, às 15 horas, na rua 15 de Novembro, hoje Presidente Vargas, em Montes Claros, a agência do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais. Ao ato compareceram vários representantes do alto comércio, da indústria, da lavoura e pecuária e das diversas classes sociais de Montes Claros. O primeiro gerente do referido Banco nesta cidade foi Josafá Edward Santiago.
1944 Inaugura-se o primeiro trecho do ramal Montes Claros-Monte Azul, da E. F.Central do Brasil, numa extensão de 64 quilômetros. Presentes ao ato estiveram o dr. Luiz Burlamaqui, Chefe da Divisão de Minas; dr. Andrade Pinto, Assistente do Tráfego; dr. Demósthenes Rockert, Chefe da Comissão de Construção da linha Montes Claros-Monte Azul; dr. Alfeu Gonçalves de Quadros, Prefeito Municipal de Montes Claros, representantes de autoridades, pessoas gradas numerosos funcionários da Central do Brasil e da Construção. O especial chegou a Burarama precisamente às 13,15 horas, tendo sido inaugurada trecho do percurso Montes Claros-Burarama, as Estações de Canacy, no quilômetro 1149, Uratinga, no quilômetro 1156 e Burarama no quilômetro 1180. O trecho Montes Claros-Burarama foi então entregue ao tráfego.
1946 — Chegam a Montes Claros as urnas contendo os despojos do Deputado Camilo Philinto Prates e de sua espôsa, dona Amélia Chaves e Prates. A “Gazeta do Norte”, de 11 de julho de 1946, estampou em suas colunas a crônica abaixo, de autoria do dr, Levy de Queiroga Lafetá, a propósito do acontecimento ora registrado:

“Camilio Prates

Quarta-feira havia uma festa no Cemitério Velho. Cedo ainda Matias — Pro-Hermes lançava a grande nova. Seu Camillo e siá Amélia chegavam. Saíram de manhã de Belo Horizonte. O velho Sílvio Teixeira fez as contas. Não, Matias, não é possível. Hoje eles dormem no Júlio Sanguinete.
Seu Juquinha Prates, seu Joãozinho Chaves, seu Antoninho Lafetá ficaram em dúvida. Quincas Costa achava que era difícil, mas dependia da cavalhada.... Só o cel. Antônio dos Anjos julgava possível. Tem havido tanto progresso Lá — Em — Cima.
Victor Quirino queria saber se o Tico e siá Alda também chegavam. Tão bom que viessem todos...

***

Duas cousas me impressionaram em minha meninice — a coleção de ovos do padre Carlos e a mesa da casa de siô Camilo.
Havia ali de tudo: ovos de andorinha, de sabiá, borboleta, de beija-flor, ovos de ema. Na mesa da casa ao largo da Matriz havia também ovos e mais quinze pratos e lá jantavam diariamente doze pessoas de fora, não contando as da cozinha.
Professôras de vencimentos atrasados, viúvas de nenhum recurso, meninos sem lar, encontravam na velha casa hospitaleira o que não tinham nas suas.
— Siá Amélia, traz um prato para o compadre.
Como é já jantou, Eusébio? — E o subsídio ia todo nisso.
***
Depois veio a casa da rua Ceará. Não era grande, mas nela cabiam os parentes pobres de Montes Claus e os que daqui iam à Capital em busca de melhoras para a saúde má ou para a situação péssima.
Ceará 1407, era como um dêsses remansos do mar em que vão dar os destroços de mil naufrágios. E que tranquila e acolhedora era aquela angra!
***
Nós o chamávamos o velho Afonso. Naquele tempo éramos todos ecistas e o velho Camilo com a sua robustez física, sua sabedoria, sua tolerância, fazia- nos lembrar o ancião da Casa das Janelas Verdes que amávamos tanto quanto a êle. Nos jantares que só siá Amélia sabia preparar, ou nas agitadas sessões de “poker” em que só êle pagava a entrada, ouvíamos as histórias antigas de Montes Claros, cada vez mais vivas em sua memória.
***
Mas o que eu queria era que êle viesse pelos velhos caminhos que tantas vêzes percorrera, montado na sua bêsta ruana: Júlio Sanguinete, a edênica Jequitaí de águas vivas e frutas deliciosas, o Capão da Criança, a Serra do Porco Morto, o Rancho do Traíra ... E que viessem também João Quincó e sua cachorra Lira para que não faltassem perdizes para o almôço.
E quando chegassem ao Vieira, que nos esperassem duzentos cavaleiros _ Américo Pio e João de Figueiredo à frente — para entrarmos triunfantes na cidadezinha enfeitada de bandeirolas e arborizadas de bambus e bananeiras...
***
Não pôde ser assim. Em todo caso êle está satisfeito. Vem com a companheira de cinqüenta anos ao encontro dos amigos que aqui deixou. E, como quis, troca a modôrra daquele sofisticado Cemitério do Bonfim, por um sono definitivo nesta terra que tanto amou.
L”
1948 — Falece em São Pedro da Garça, Agenor de Oliveira, aos 61 anos de idade. Nasceu em Sete Legoas, Minas, era negociante e fazendeiro no município de Montes Claros e casado com dona Augusta Moreira Abreu Oliveira.
1952 _ Falece Josefino Arthur Amorim, aos 62 anos de idade. Nasceu em Montes Claros onde era comerciante, casado com dona Olympia Soares Amorim.
1955 — Falece Clodoaldo Fonseca Santos, filho do dr Francolino José dos Santos e dona Antônia Santos. Era funcionário do Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais, na agência de Montes Claros.
1958 — Inaugura-se o edifício Jayme Rebello, localizado à rua Governador Valadares, esquina da rua Simeão Ribeiro, na cidade de Montes Claros, de propriedade do comerciante e fazendeiro Jayme Rebello.

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Mensagem N°68175
De: José Prates Data: Sábado 9/7/2011 11:16:00
Cidade: Rio de Janeiro- RJ

As ruas e bloquetes

José Prates


De uns tempos para cá, graças à industrialização que chegou trazida por incentivos fiscais e o interesse dos últimos administradores que vieram com outra visão e, naturalmente, movidos por outros interesses, Montes Claros ganhou foros de metrópole com o tratamento recebido e, hoje, com uma população muito acima da média da região, continua liderando comércio e indústria do norte de Minas. Não é de hoje que a cidade cresce e se desenvolve com a chegada cada vez maior de gente que procura trabalho, principalmente do adjacente sudoeste baiano que na migração buscava São Paulo, mas, de uns tempos pra cá, busca, também, Montes Claros. Até 1950, a cidade crescia ou se esticava para um lado e para o outro, sem, contudo um tratamento adequado à sua grandeza, ao seu desenvolvimento. As ruas, mesmo no centro, como a antiga Rua Quinze passarela do desfile das moiçolas com seus trajes domingueiros; a Praça do Mercado ou a Praça da Matriz não havia pavimentação e era barro puro. A Rua Dr Veloso tinha, eu me lembro bem, um calçamento com pedras irregulares que não permitia nenhuma velocidade nos carros que por ela passavam. A Praça do Grupo Gonçalves Chaves, hoje, Dr. João Alves, tinha no centro um cruzeiro e toda ela de terra que levantava poeira quando a meninada brincava de pega. Quando chovia, então, a lama tomava conta de tudo e sair à rua era difícil. Isto sem falara na água que não era tratada e a iluminação deficiente, impedindo a instalação de qualquer indústria, pequena que fosse.
Foi em 1951, janeiro, a posse do Capitão Eneas Mineiro de Souza na Prefeitura Municipal, substituindo o Dr. Alfeu Gonçalves de Quadros eleito em 1946, primeira eleição depois do regime ditatorial varguista que foi de 1937 a 1945. Logo após a posse, o novo Prefeito disse do seu interesse em pavimentar as ruas da cidade, dando-lhes um novo aspecto. O problema, porem, estava na questão da forma de calçamento que fosse suportado pelo orçamento da Preeitura que não era grande coisa naquela ocasião. Foi, então que uma pessoa da roda política, que não me lembro quem, estava chegando do Rio de Janeiro e por lá viu o pavimentação do cais do porto que não foi feito com pedras, nem asfalto, mas, com uma espécie de “tijolo” de cimento. Essa informação interessou aos presentes na reunião e, ali mesmo, resolveram que uma comissão viria ao Rio para verificar a possibilidade de adotar esse pavimentação em Montes Claros. Essa comissão foi organizada sob a chefia do dr. João F. Pimenta. Quando vieram ao Rio, dias depois de orgazada a comissão, eu os acompanhei como reporter. Enquanto os membros da comissão ficaram num hotel quatro ou cinco estrelas, na Avenida Rio Branco, pertinho do cais, eu fiquei num hotel modesto na Rua do Riachuelo, perto dos arcos da Lapa, um pouco distante do cais.
A visita ao cais foi demorada, mas, a primeira impressão do calçamento foi boa, inclusive pelo movimento de veículos pesados que chegavam e saiam carregados com mercadorias. O passo seguinte foi conhecer a empresa que se incumbiu do trabalho para obter informações quanto a possibilidade de atender às necessidades montesclarenses no que diz respeito ao calçamento das ruas. Localizada a empresa por informações obtidas na administração do porto, a comissão foi lá e verificou que havia a possibilidade de levar para Montes Claros esse calçamento. A própria Prefeitura instalaria, com supervisão dessa empresa, uma fabrica de blocretes e, também, com supervisão da empresa, proceder-se-ia ao calçamento das praças e ruas, primeiro as centrais. Para calcular o custo da obra, engenheiros da empresa vieram a Montes Claros efizeram acurado estudo pelo qual chegou-se à conclusão da possibilidade econômica de arcar com a obra sob a resposanbilidade da Prefeitura, incluisive a fabrica de bod blquetes e seu emprego, sem necessidade de licitação, uma vez que todos os procedimento seriam da própria Prefeitura. A primeira rua a receber o calçamento foi a dr. Santos. Ficou ótimo, elogiado por todo mundo. Devagar, foi sendo calçada rua por rua e não demorou a cidade ficar de roupa nova. Hoje, não sei como está. Imagino todas as ruas asfaltadas como qualquer cidade do porte de Montes Claros que deixou de esticar-se para um lado e para o outro para crescer verticalmente da mesma maneira que cresce qualquer metrópole. Isto nos orgulha. Bloquetes é coisa do passado e é do passado que falamos.

(José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°68174
De: Igor Data: Sábado 9/7/2011 10:35:35
Cidade: Montes Claros

Curiosidade: o mês mais frio do ano para os moradores de Montes Claros realmente é o de julho. Registra as menores máximas, tem as maiores mínimas e, na média, é pouquíssima coisa mais frio do que junho, que tem o menor dia do ano e a maior noite, ao redor dos festejos do S. João. Além disso, julho tem historicamente o registro dos menores índices de chuva em Montes Claros- uma média histórica de 3 milímetros, contra 5mm de junho e 8mm em agosto. Em julho, nesses primeiros dez dias, o brilho e o calor do sol já começam a retornar, depois do nosso pálido inverno, em cerca de seis minutos. Que viva o Sol, exemplo de incorruptibilidade.

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Mensagem N°68173
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Sábado 9/7/2011 07:16:46
Cidade: Montes Claros-MG

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

9 de julho

1838 — Tendo prestado a necessária fiança, o Tabelião Manoel Bernardes Varela é convidado a tomar posse do referido cargo, na Vila de Montes Claros de Formigas.
1849 — Nomeado a 6 de junho de 1849, Daniel Pereira da Costa assume o cargo de Coletor das Rendas de Montes Claros de Formigas.
1869 — O cel. João Antônio Maria Versiani, arremata obras de canalização de água potável para a cidade de Montes Claros, apresenta como fiadores o alferes Simeão Ribeiro da Silva e sua mulher.
1871 — O tte. Ezequias Teixeira de Carvalho é nomeado para o cargo de Promotor Público de Montes Claros.
1952 - Falece Elídio Alves Versiani, aos 78 anos de idade. Nasceu em Montes Claros, filho do cel. José Versiani e dona Altina Alves Versiani. Foi fazendeiro e e era casado com dona Maria da Conceição Athayde Versiani.
1957 — Encerrando os festejos comemorativos do centenário da cidade de Montes Claros, realiza-se, às 20 horas, uma partida de futebol entre as equipes do Flamengo Futebol Clube, do Rio de Janeiro, e a seleção de Montes Claros, em disputa da taça dr. Geraldo Starling Soares.
1960 — Nomeado por ato do Govêrno do Estado, datado de 1º de julho de 1960, Cândido Simões Canella toma posse do cargo de Tabelião do 1.° Ofício do Judicial e Notas de Montes Claros, em substituição a João José Salgado, aposentado ültimamente.

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Mensagem N°68172
De: Petrônio Braz Data: Sexta 8/7/2011 22:23:42
Cidade: Montes Claros/MG

Karla Celene e Cyro dos Anjos

Na próxima reunião do Clube de Leitura, no Ateliê de Felicidade Patrocínio, que acontecerá durante este mês de julho, aqui em Montes Claros, a acadêmica Karla Celene Campos nos brindará com a leitura e a análise literária da obra “O Amanuense Belmiro”, do imortal montes-clarense Cyro Versiani dos Anjos, livro lançado em 1937. A obra, escrita na linha machadiana, relata a vida de um funcionário público da capital mineira.
Mês passado tive a satistação de estar entre os que assistiram as explanações de Ivana Ferrante Rebello sobre o livro “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa. Foi aplaudida de pé.
Na reunião do mês de maio, foi instrutiva a palestra do doutor Élcio Lucas proferida sobre o conto “Romance Negro”, do livro do mesmo nome, de autoria de Rubem Fonseca.
Existem relações culturais que projetam pessoas. Não se pode falar em Guimarães Rosa sem nos lembrarmos de Ivana Ferrante Rebello, assim como sempre ligamos no nome de Cyro dos Anjos a Karla Celene. É projeto de mestrado de Karla Celene: “A melancolia em Cyro dos Anjos”.
Karla Celene Campos, graduada em Jornalismo pela FAFI/BH e em Letras pela UNIMONTES, considera-se, como todas as pessoas realmente cultas, uma eterna aprendiz. Estudou espanhol em Salamanca-Espanha. Tive a honra de prefaciar seu livro "Os bares nunca fecham".
Já imortalizada por suas obras e pela efetiva participação no contexto cultural de Minas Gerais, a poetisa e escritora Karla Celene Campos sempre tem sobre ela os holofotes da admiração em todos os locais onde comparece.
O Norte de Minas deu origem a homens e mulheres de letras que alcançaram a glória literária, que não necessitaram construir pirâmides ou estarem subterrados em imponentes sepulcros, para se imortalizarem na lembrança de seus semelhantes.
É bom consignar, para que permaneça sempre presente na memória, a figura ímpar de Cyro Versiani dos Anjos, nascido em Montes Claros a 5 de outubro de 1906 e falecido no Rio de Janeiro em 4 de agosto de 1994. A sua biografia registra que ele foi jornalista, professor, advogado, cronista, romancista, ensaísta e memorialista.
A literatura é a arte de criar e recriar textos que contenham um mínimo de talento de persuadir, convencer, deleitar ou comover por meio da palavra, com uma boa parcela de poesia. É a arte de escrever de forma artística, com a presença indispensável da gramática e da retórica, ou, como define o Aurélio: “Arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso”, ou “o conjunto de trabalhos literários dum país ou duma época”. Mas ela também identifica “os homens de letras”.
O livro “O Amanuense Belmiro” marcou a presença de Cyro dos Anjos na literatura brasileira, da mesma forma como a obra “Os Sertões” definiu a imoralidade de Euclides da Cunha.
Cyro dos Anjos foi fundador, em Brasília/DF, em 1963, da Associação Nacional de Escritores, instituição a que tenho a honra de pertencer. Em Montes Claros, ele é patrono do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da UNIMONTES, desde a criação da antiga Fundação Universitária Norte Mineira.
Em 1º de abril de 1969, Cyro dos Anjos foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, Cadeira nº 24, na sucessão de Manuel Bandeira, tendo sido recebido pelo acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira.

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Mensagem N°68170
De: Instituto Federal Data: Sexta 8/7/2011 18:26:30
Cidade: Montes Claros/MG

Instituto Federal abre vagas para professor substituto em Almenara e Januária - Estão abertas até 14 de julho de 2011 as inscrições para os processos seletivos simplificados que vão selecionar professores substitutos para o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) nas cidades de Almenara e Januária. Há uma vaga para a área de Informática no Campus Almenara e uma para a área de Matemática no Campus Januária.

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Mensagem N°68169
De: Luanna Santos Data: Sexta 8/7/2011 15:13:37
Cidade: Jaguaquara/BA

titulo da notícia: carreta capota na entrada de montes claros, motorista morre e carga é saqueada - é realmente muito triste tudo isso que aconteceu que deus o coloque em um bom lugar pos era um bom vizinho um bom pai um bom marido emfim uma pessoa expetacular ... que deus lhe de um bom descanco e que perdoe todos os seus pecados aquir na terra ...

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Mensagem N°68168
De: André Senna Data: Sexta 8/7/2011 09:57:00
Cidade: Montes Claros

Triste a notícia que o Itamar do Trimanos Lanches faleceu vítima de acidente de trânsito nesta madrugada quando voltava do trabalho para sua casa. Que Deus conforte a todos neste momento de muita dor. Itamar era querido por todos que frequentavam o Trimanos na Vila Santa Maria próximo a Escola Normal. Mais uma vítima do trânsito.

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Mensagem N°68167
De: Waldyr Senna Data: Sexta 8/7/2011 11:48:09
Cidade: Montes Claros/MG

Gente demais na foto

Waldyr Senna Batista

Se fosse possível “congelar” a cena deste momento e dar a partida para a disputa da Prefeitura, a foto revelaria quatro candidatos com reais possibilidades de vitória ( Jairo, Tadeu, Gil e Athos). Seria a primeira vez na história do município em que a eleição se processaria com tantos concorrentes em situação de equilíbrio.
Em segundo plano apareceriam três pretendentes (Humberto, Rui e Sapori) com chances relativas; e, ao fundo, pelo menos meia dúzia de supostos candidatos, que se insinuam e conseguem ser eventualmente citados em cantos de página devido a ligações que têm com gente da imprensa. Sairão do circuito na primeira peneirada mais rigorosa.
No primeiro bloco, percebe-se ligeira vantagem para Jairo Ataíde, que tem conseguido transformar em vitória a derrota na disputa para a Câmara dos Deputados, onde assumiu como primeiro suplente. Por ter sido o candidato mais votado na cidade, usa os números para mostrar que seria o preferido na eleição municipal. Teria antes de explicar por que, na eleição anterior, aliou-se ao seu adversário figadal, que agora terá pela frente. Curiosamente, ao deixar a Prefeitura, ao fim do segundo mandato seguido, ele dizia que não voltaria a disputar eleição municipal, pois se considerava injustiçado por ter tido seus bens postos em indisponibilidade depois de trabalhar tanto pela cidade.
Esta suposta multiplicidade de candidatos só interessa ao prefeito Luiz Tadeu Leite. A pulverização de votos o beneficia, porque conta com eleitorado cativo, que não o abandonaria nem mesmo em face da má atuação que vem tendo e que será usada como a principal arma da oposição. É candidato à reeleição, tendo nas mãos a máquina administrativa, que pretende usar no ano que lhe resta, na tentativa de reverter a situação. Como oposição ao Governo do Estado, suas dificuldades tendem a aumentar.
Gil Pereira, deputado governista por toda a vida e agora secretário de Estado, vai tentar usar a seu favor exatamente essa condição de governista empedernido. Ele e Jairo já disseram que só serão candidatos se tiverem o apoio do governador. Num Estado com mais de 850 municípios, o chefe do governo dificilmente irá pronunciar-se a favor de candidatos a prefeito. Provocaria ciúmes e geraria desgaste desnecessário. No entanto, Gil Pereira deve estar raciocinando que, se alguém pode ter esse privilégio, será ele próprio, que afinal de contas faz parte do Governo. Mas ele tem se afeiçoado tanto à função de secretário, que pode até não ser candidato a prefeito pela terceira vez. No caso, lançaria Cristina, que já disse que não aceitará. Exatamente o que dizia ao tempo em que se cogitava de seu lançamento como candidata a vice, na eleição passada...
Athos Avelino tem pela frente a difícil tarefa de provar que pode voltar a disputar a Prefeitura, depois de cumprir a pena de inelegibilidade de três anos que lhe foi imposta. No seu entender, ela termina em outubro deste ano, com o que estaria livre também da lei de ficha limpa. O fiasco da atual administração o favorece, comparativamente, mas ele ainda terá de superar dificuldades partidárias, pelo fato de pertencer à mesma legenda do ex-deputado Humberto Souto, também falado como possível candidato.
Humberto, Rui e Sapori. Os três estão também na disputa. Humberto, por enquanto, tem se limitado a dizer, evasivamente, que “ninguém é candidato de si mesmo” e espera manifestação do eleitor, a quem acena com longa e correta história no exercício da vida pública. Rui Muniz foi e sempre será candidato a alguma coisa, perdendo e ganhando eleições. A não ser que mude de partido, desta vez sua candidatura dependerá de Jairo não disputar a eleição, pois tem a precedência na legenda. E Antônio Henrique Sapori, revelação da recente eleição parlamentar, com mais de 20 mil votos, é candidato e está se organizando, buscando apoio de pequenas legendas para somar tempo na televisão e fazer-se conhecido. Tem forte respaldo no meio empresarial e pretende centrar seu discurso batendo na tecla de que os demais concorrentes estão superados. Ele é o novo. Mensagem que, convém lembrar, não é nova na política de Montes Claros.
Resumo da ópera, que está nos primeiros acordes: há gente sobrando na foto.


(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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Mensagem N°68166
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Sexta 8/7/2011 08:02:11
Cidade: Montes Claros/MG

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

8 de julho

1865 - Sessão da Câmara Municipal de Montes Claros, é registrada a Carta-Patente, datada de 22 de março de 1865, de nomeação do cidadão José Rodrigues Prates, para o pôsto de Coronel-Comandante Superior da Guarda Nacional do município de Montes Claros.
1876 - Fica organizada a Comarca do Jequitaí, com os Têrmos de Montes Claros e Jequitai, pelo art. 2.° § 4º da lei mineira n,° 2273.
1886 — Luciano Fernandes de Aguiar é nomeado para o cargo de agente dos Correios da cidade de Montes Claros.
1941 - Falece Lucidio Borges Diniz, aos 62 anos de idade. Nasceu em Curvelo e era agente-comprador de diversas firmas de marchantes estabelecidos no Rio de Janeiro.
1957 - Em continuação aos festejos comemorativos do centenário da cidade de Montes Claros, realiza-se, às 9 horas, missa no Cemitério Público local, em intenção das almas dos antepassados.
1960 — Falece Cassimiro Xavier de Mendonça. Nasceu em Montes Claros, filho de João Xavier de Mendonça e dona Juracy Sousa Mendonça. Era casado com dona Maria Pereira Velloso Mendonça.
1961-— “O Jornal de Montes Claros”, desta data, noticia que o DNOCS completou a rodovia Montes Claros-Janaúba, entregando-a ao trânsito público.

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Mensagem N°68165
De: Estado de Minas Data: Quinta 7/7/2011 10:59:50
Cidade: Belo Horizonte / Mg

Motorista perde controle de carro e derruba poste em Montes Claros - Luana Cruz - Um motorista ficou ferido num grave acidente em Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta de 6h40 o Ford Fiesta, placa HKE-6952, seguia pela Avenida Américo Martins, quando o condutor perdeu o controle do carro e bateu num poste. Geoavá Teixeira de Brito foi encaminhado ao Hospital Dílson Godinho. Segundo os bombeiros, o veículo derrubou o poste e foi preciso acionar a Cemig. Fiações caíram sobre o Fiesta exigindo perícia no resgate do motorista. A frente do carro ficou totalmente destruída.

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Mensagem N°68164
De: Estadão Data: Quinta 7/7/2011 10:58:33
Cidade: São Paulo / SP

Alpargatas anuncia fábrica em Minas - Cátia Luz - Maior empresa de calçados da América Latina, a Alpargatas S.A. deve anunciar hoje a construção de uma nova fábrica na cidade de Montes Claros, no norte de Minas Gerais. A empresa pretende investir R$ 177 milhões nos próximos quatro anos na unidade mineira, e espera gerar cerca de 2,2 mil empregos diretos e mais de 3 mil indiretos.O principal item das novas linhas de produção serão as sandálias Havaianas, tradicional marca da companhia controlada pelo grupo Camargo Corrêa. A nova planta, que começa a ser construída em agosto e deve entrar em operação no segundo semestre do ano que vem, vai fabricar cerca de 100 milhões de pares de calçados por ano, o que representa um aumento de 35% na produção atual. A empresa fabricou e vendeu no ano passado 244 milhões de unidades de calçados, vestuário e acessórios."Optamos por gerar empregos no Brasil. Temos condições competitivas de fabricar nosso produto localmente", diz Márcio Utsch, presidente da Alpargatas S.A. Made in Brazil. A afirmação pode soar como uma provocação à principal rival da empresa no País. Em abril deste ano, a Vulcabrás/Azaleia comprou uma fábrica na Índia, com a intenção de transferir para o país asiático a parte mais intensiva em mão de obra da sua produção de tênis. O valor da aquisição não foi divulgado, mas, incluindo os investimentos que serão feitos nos primeiros dois anos, a companhia do empresário Pedro Grendene anunciou que vai aplicar US$ 50 milhões em sua operação indiana. A decisão da Vulcabrás foi motivada justamente pela redução da competitividade no Brasil (por conta do real forte) e pela concorrência dos importados. Para Utsch, da Alpargatas, o "made in Brazil" tem uma importância estratégica para as marcas da companhia. "A produção brasileira faz diferença, gera valor para o nosso produto, principalmente lá fora", afirma o executivo. Questionado sobre o câmbio, Utsch diz que, se por um lado o real valorizado inibe as exportações, por outro permite a importação de matérias-primas a preços mais camaradas. Antidumping. Sobre a concorrência dos importados, o executivo não acredita nas medidas antidumping. "Elas protegem por cinco anos. Para nós, é melhor enfrentar os concorrentes agora do que esperar para investir em tecnologia, gerar escala e conhecimento", acrescenta. Em setembro de 2009, o governo brasileiro adotou uma tarifa antidumping (que hoje está em US$ 13,85 por par) contra o calçado chinês, com o objetivo de proteger o mercado local. Para os empresários do setor, a medida não adiantou porque os chineses começaram a praticar "triangulação" e as importações vindas de Vietnã, Malásia e Paraguai aumentaram significativamente. De acordo com a Abicalçados (associação do setor), as importações de calçados de outros países asiáticos que não da China quase dobraram no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010. Parte dos fabricantes pede agora uma extensão da sobretaxa para outros países. Localização. Como as grandes fábricas da Alpargatas estão no Nordeste, a escolha de Montes Claros foi motivada pelo fato de a cidade estar mais próxima de grandes centros consumidores, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. A Alpargatas tem fábrica de sandálias em Carpina (PE) e em Campina Grande (PB). Também estão na Paraíba as duas unidades de artigos esportivos da companhia. Há ainda oito fábricas na Argentina (cinco de produtos esportivos e três têxteis). A decisão de construir uma nova fábrica no Brasil faz parte do plano da Alpargatas para chegar a 2014 com uma receita bruta de R$ 5,5 bilhões. Em 2010, a receita bruta da empresa foi de R$ 2,6 bilhões. Presente em 85 países, a Alpargatas trabalha, além de Havaianas, com as marcas Dupé, Rainha, Topper, Mizuno, Timberland e Meggashop.

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Mensagem N°68163
De: G1 Data: Quinta 7/7/2011 11:58:07
Cidade: Belo Horizonte / Mg

Alpargatas investe R$ 177 milhões em fábrica em Montes Claros, em MG - A Alpargatas anunciou nesta quinta-feira (7) a construção de uma fábrica em Montes Claros, na região norte de Minas Gerais. Com investimento de R$ 177 milhões nos próximos quatro anos, a nova unidade terá capacidade de produzir 100 milhões de pares de calçados por ano, o que prevê um aumento de 30% na produção atual. A nova planta, que começa a ser construída em agosto deste ano e tem previsão de início das operações no segundo semestre de 2012, será destinada apenas a fabricação de Havaianas, um dos destaques de marcas do portfólio da companhia. Além disso, a unidade irá servir como centro de distribuição para a venda dos produtos. Em nota, o presidente da Alpargatas, Márcio Utsch, afirmou que a escolha da cidade de Montes Claros para construir uma nova fábrica ocorreu em função da proximidade da região com grandes centros consumidores, como as regiões Sul e Sudeste, e da presença de mão de obra qualificada. Segundo a companhia, a nova fábrica irá gerar mais de 2,2 mil empregos diretos e 3 mil indiretos.
Estratégia
A estratégia de construir uma nova planta no Brasil está dentro do plano da Alpargatas para chegar a 2014 com uma receita bruta de R$ 5,5 bilhões. Em 2010, a receita bruta da empresa foi de R$ 2,6 bilhões, o que correspondeu a 244 milhões de unidades de calçados, vestuário e acessórios vendidos. Atualmente, a Alpargatas conta com quatro fábricas no Brasil - Santa Rita e João Pessoa (PB) para a produção de artigos esportivos das marcas Topper, Rainha, Mizuno e Timberland - e em Campina Grande (PB) e Carpina (PE) para sandálias Havaianas e Dupé. A companhia também tem oito fábricas de artigos esportivos e têxteis localizadas na Argentina e que abastecem o mercado argentino.

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Mensagem N°68162
De: Guilherme Pereira Data: Quinta 7/7/2011 11:28:35
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

(...) No programa Palavra do Governador desta semana, Antonio Anastasia anuncia a construção de uma nova fábrica da Alpargatas, que será instalada em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. O anúncio oficial ocorre em uma cerimônia nesta quinta-feira (7) à tarde, no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves. “A fábrica vai produzir as famosas sandálias Havaianas aqui em nosso Estado, com um investimento de cerca de R$ 180 milhões. Mas, o mais importante, para a felicidade de nós mineiros, é que a empresa vai gerar 2250 empregos diretos e mais 3000 indiretos”, antecipa o governador.De acordo com Antonio Anastasia, o novo empreendimento faz parte do esforço do Governo de Minas para atrair investimentos para o Norte de Minas e para os vales do Mucuri e do Jequitinhonha. No mesmo programa, o governador anuncia que no próximo dia 15 de julho estará em Montes Claros para fazer diversos outros anúncios do Governo, incluindo medidas novas para incrementar ainda mais a economia dessas regiões. “A fábrica da Alpargatas representará uma grande âncora para o desenvolvimento da região, permitindo alternativas de oportunidades de vida para as pessoas que habitam não só Montes Claros, mas toda a região Norte de nosso Estado”, afirma. (...)

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Mensagem N°68161
De: Lincoln Data: Quinta 7/7/2011 10:15:45
Cidade: BH

Há indicações de que o governador Anastasia vai anunciar uma grande indústria para M. Claros, hoje, em BH, em palácio. São muitas as especulações. Uma delas é de que a nova fábrica é de alpargatas.

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Mensagem N°68160
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Quinta 7/7/2011 07:58:47
Cidade: Montes Claros/MG

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

7 de julho

1828 — O padre Feliciano Fernandes de Aguiar passa a Capelão do arraial de Montes Claros de Formigas, em substituição ao padre Paulo Antônio Barbosa.
1896— Falece, às 5 horas, dona Carlota Antoniana Gonçalves Chaves (Neném do Mirante). Nasceu em Montes Claros, filha de Antônio Gonçalves Chaves e dona Maria Fiorência da Assunção. Era casada com Sebastião Osôrio Xavier de Sousa.
1903— Nasce, em Montes Claros, o dr. Levy Queiroga Lafetá, filho do cap. Antônio Francelino Lafetá e dona Maria Chaves de Queiroga Lafetá. Fêz o curso primário no Grupo Escolar Gonçalves Chaves, de sua cidade natal, o secundário, em Ouro Prêto e Belo Horizonte, diplomando-se em medicina pela Faculdade de Belo Horizonte, em 1930. Tem exercido as seguintes funções:
Chefe do Serviço de Febre Amarela nos Estados da Paraíba e do Amazonas; Chefe do Centro de Saúde de Montes Claros e de Belo Horizonte; Superintendente das Campanhas de Profilaxia; Assistente da Circunscrição do Estado de Minas do DNERu; Diretor do Serviço Nacional de Tuberculose; Diretor do Departamento Nacional da Criança; Membro do Conselho Nacional de Saúde e da Legião Brasileira de Assistênvcia e Chefe da Campanha de Erradicação da Malária, no 3.° Distrito, com sede em Montes Claros.
Cronista de mérito, tem várias publicações esparsas em jornais e revistas.
1926— Por iniciativa de um grupo de pessoas destacadas, tendo à frente o farmacêutico Antônio Augusto Teixeira, funda-se o primeiro Rotary Clube na cidade de Montes Claros.
1948 - Falece em Belo Horizonte a professôra Marieta Vecchio. Nasceu em São Gabriel, Rio Grande do Sul, a 27 de novembro de 1900, filha do cel. Tobias Vecchio e dona Cândida Flora Vecchio. Iniciou o curso primário em sua terra natal, concluindo-o no Grupo Escolar Gonçalves Chaves, em Montes Claros. Nesta cidade, diplomou-se pela Escola Normal, tendo feito o Curso de Aperfeiçoamento em Belo Horizonte, em 1930. Foi professôra e orientadora do Ensino e Diretora do Grupo Escolar Gonçalves Chaves, de Montes Claros.
1949 - Realiza-se, no Hotel São Luiz, a posse do nôvo Conselho Diretor do Rotary Clube de Montes Claros, para o ano rotariano de julho de 1949 a julho de 1950, tendo como Presidente o dr. Plínio Ribeiro dos Santos.
1951 - Toma posse o nôvo Conselho Diretor do Rotary Clube de Montes Claros, para o período 1951-1952, tendo como Presidente o dr. Antônio Moreira César.
1955 - Realiza-se a posse da nova Diretoria do Rotary Clube de Montes Claros, para o período 1955-1956, tendo na presidência Ricardino Francisco Tofani.
1956 -Toma posse o nôvo Conselho Diretor do Rotary Clube de Montes Claros, para o período 1956-1957, tendo como Presidente o dr. Aflio Mendes de Agular.
1957 - Continuando os festejos comemorativos do centenário da cidade, há missa, às 8 horas, e procissão, às 16 horas. Bailes em trajes de passeio nos Clubes de Montes Claros. Realizaram-se palestras diariamente, de 4 a 7 de julho, sôbre vultos ilustres do passado no Clube Montes Claros. Assim, o Deputado Milton Prates discorreu sôbre a vida de Francisco Sá; o dr. Waldemar Versiani dos Anjos, sôbre o Desembargador Antônio Augusto Velloso; o dr. João Valle Maurício, sôbre o Deputado Honorato José Alves; o dr. João Antônio Pimenta de Carvalho, sôbre o primeiro Bispo de Montes Claros, Dom João Antônio; João Chaves, sôbre o dr. Antônio Gonçalves Chaves; o dr. Antônio Augusto Velloso, sôbre o dr. Carlos José Versiani; o dr. Lahyre Santos, sôbre os Juízes de Montes Claros, do passado; o dr. Carlos Gomes da Mota, sôbre advogados de ontem; o dr. Levy Lafetá, sôbre velhos médicos de Montes Claros; o Deputado Theóphilo Pires, sôbre industriais de Montes Claros; Felisberto José da Costa, sôbre o dr. José Tomás de Oliveira e a Imprensa em Montes Claros; Cândido Simões Canella, sôbre seresteiros de ontem; e dr. Hermes de Paula, sôbre algumas figuras de ontem; e, finalmente, a professôra Lília Câmara, sôbre poetas e Montes Claros. Foram noites deliciosas, de elevada confraternização espiritual.
1960— Toma posse o nôvo Conselho Diretor do Rotary Clube de Montes Claros, para o período de 1960-1961, tendo como Presidente o dr. José Prudêncio de Macedo.

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Mensagem N°68159
De: Marilda Data: Quarta 6/7/2011 15:03:27
Cidade: M. Claros

Vemos com tristeza a volta das barraquinhas (de péssimo aspecto) na entrada do Parque de Exposições, nestes dias de festa. Em certa época, aquilo ali virou uma favela, impressionando muito mal. Foram construídos canteiros altos, para evitar a instalaçãod as barracas improvisadas, que além da má figura têm péssima higiene, quando vendem algum tipo de alimento. O problema foi resolvido, durante muitos anos. Está voltando agora e é preciso que urgentemente seja desestimulado, para que não venha a alastrar-se pela cidade inteira. Já vivemos este caos e a lembrança é péssima, e muito cara para os contribuintes. (...

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Mensagem N°68158
De: J. Carlos Data: Quarta 6/7/2011 14:58:38
Cidade: Montes Claros

A Prefeitura instalou altos postes na entrada do bairro Planalto, ali bem defronte à lagoa que os moradores chamam de Pampulha, ao pé da pista do aeroporto. E virou braços da uiluminação pública para a barragem da lagoa - melhorando, e muito, o aspecto geral da lagoa. O custo é até pequeno para o bom resultado. A Prefeitura, aplicando recursos públicos, poderia estender a iluminação com os altos postes até pelo menos a entrada do aeroporto, pois a avenida Magalhães Pinto é a entrada da cidade para quem chega pelo aeroporto e de todos que vêm do Norte de Minas e do Nordeste, pelos caminhos da Rio/Bahia e de Janaúba. Este cartão postal de M. Claros, quando bem cuidado, dá ótima impressão aos visitantes. Agora mesmo, além dos postes recebeu uma caiação. Sem falar que aquela avenida, no fim da tarde e começo da noite virou uma bem frequentada pista de Cooper, reunindo caminheiros dos bairros localizados naquela região. Virou uma festa equivalente ao que acontece na Avenida Mestra Fininha, que concentra as caminhadas na parte oeste da cidade. Além de servir de estímulo ao esporte e ao lazer , cria áreas de convívio na cidade, ajudando a melhorar a qualidade de vida. E nada melhor do que a boa iluminação para afugentar com a bandidagem. (...)

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Mensagem N°68157
De: Gilson Leite - Advogado Data: Quarta 6/7/2011 12:16:56
Cidade: Montes Claros - mg  País: Brasil

Com tristeza recebi informação do falecimento do sempre amigo Manoel de Jesus Muniz, ex-escrivão da segunda vara cível do Fórum de Montes Claros . (...)

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Mensagem N°68156
De: Cleber Veloso Data: Quarta 6/7/2011 11:31:02
Cidade: Montes Claros

Faleceu nesta madrugada, no Rio de Janeiro, onde residia, o montesclarense Robinson Velloso, filho de Armênio Veloso e Esméria Caldeira Brant.Robinson tinha 90 anos e era médico militar da aeronáutica, onde aposentou como Brigadeiro.Deixou a esposa Maria Lina Andrade Veloso e os filhos Robinson Velloso Filho, também Brigadeiro da FAB em Brasília(DF); Marcio Andrade Velloso, funcionário da Receita Estadual de Minas Gerais em Belo Horizonte; Cláudia Andrade Velloso, médica e Mônica Andrade Velloso, arquiteta, que residem no Rio de Janeiro.

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Mensagem N°68155
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Quarta 6/7/2011 07:51:17
Cidade: Montes Claros/MG

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

6 de julho

1918— Sai o primeiro número da “Gazeta do Norte”, semanário independente, impresso em oficinas próprias, instaladas à praça Dr. Chaves, em Montes Claros. Circulava, a princípio, aos sábados, tendo como Diretor e Redator-Chefe o dr. José Tomás de Oliveira e Redator-Auxiliar e Secretário, o agrimensor Luiz Severiano de Oliveira. Jornal noticioso, publicando também comentários sôbre fatos atuais, contos, crônicas, poesias, notas sociais, editais e anúncios, vem acompanhando o progresso, continuando o programa traçado, em atuação moderada e simpática.
Quando da campanha da Concentração Conservadora, que teve como adversária a Aliança Liberal, a “Gazeta do Norte” abraçou a causa da primeira, passando então a direção do jornal para Ary de Oliveira. Logo depois de deflagrada a Revolução de 30, na noite de 6 de outubro, foi a redação da “Gazeta do Norte” atacada por uma horda de desclassificados, que tinham mais por objetivo a pilhagem, que qualquer sentimento elevado que se assemelhasse a patriotismo. Após a separação meticulosa de vários livros e demais objetos que representavam valor e com os quais poderiam fazer dinheiro, os referidos assaltantes empastelaram o prelo, quebraram as pequenas máquinas, danificaram as maiores, despedaçaram os móveis e atiraram os destroços à praça, juntamente com os arquivos e materiais para êles completamente inúteis e improvisaram uma fogueira, utilizando como mecha o Pavilhão Nacional que encontraram na sala da redação. Dali a meses, porém, ressurgia a “Gazeta do Norte”, sob a direção serena e ponderada de Jair Oliveira.
Ültimamente, foi a “Gazeta do Norte” transferida a urna sociedade por quotas, tendo como Diretor-Presidente o dr. Hermes de Paula; Diretor-Secretário, dr. Geraldo Athayde e Diretor-Comercial, Jair Oliveira.
1929— O dr. Odilon Santos instala o Centro de Saúde em Montes Claros, estendendo a sua ação aos municípios vizinhos, tendo como auxiliar o dr. João Ferreira Machado.
1935 — Falece o dr. José Pimenta de Carvalho. Nasceu em Capelinha, Minas, a 9 de abril de 1898, filho do Hermelindo Pinto de Carvalho e dona Teodolinda Pimenta de Carvalho. Fêz o curso de humanidades no Seminário de Diamantina e no Ginásio de Ouro Prêto, diplomando-se em odontologia, em 1917. Exerceu a profissão de cirurgião-dentista em várias cidades, entre as quais São Francisco, Grão Mogol e Montes Claros. Nesta última abandonou a antiga profissão, para tornar-se fazendeiro, dedicando-se ao de invernista. Era casado com dona Margarida Pimenta de Carvalho.
— A “Gazeta do Norte”, desta data, noticia que, por ato do Govêrno do Estado, foram nomeados membros do Conselho Consultivo da Prefeitura Municipal de Montes Claros, nas vagas existentes, o cel. Filomeno Ribeiro dos Santos, cap. Francisco Peres de Sousa e drs. Antônio Teixeira de Carvalho e Alfeu Gonçalves de Quadros, os quais, com o farmacêutico Mário Versiani Velloso, completam o quadro de Conselheiros Municipais.
— O mesmo número do referido órgão noticia que de sair, nesta cidade, o primeiro número de “Jornal do Sertão”, sob a direção de Sebastião Maçarico e Geraldo Freire.
1950 — Realiza-se, em um dos salões do Hotel São José, a eleição da nova Diretoria do Rotary Clube de Montes Claros, para o período 1950-1951, sendo eleito Presidente Antônio Lafetá Rebello.
1953 — Falece em Belo Horizonte Joaquim de Lemos Paiva. Nasceu a 26 de abril de 1888, em Laranjeiras, Estado de Sergipe, filho de José Joaquim de Paiva e dona Maria da Conceição de Lemos Paiva. Foi
viajante comercial, depois fazendeiro em Capelinha, tendo-se transferido para Montes Claros, onde continuou com a última profissão. Era casado com dona Ana Pimenta Couy Paiva.
1955 — Chegam a Montes Claros os novos conjuntos Diesel, para refôrço do serviço de Fôrça e Luz da cidade, agora já sob a direção da CEMIG. Compõe-se de dois - grupos, um de quatro motores, com 60 HP, e outro de dois motores, com um total de 300 HP. Para montá-los, vieram os técnicos Paulo Jilochkim, Antônio Moura Macedo e Ariquerme Oliveira Faria.
1957 – Em seqüência aos festejos do centenário da cidade, realiza-se no Estádio João Rebelo, às 14 horas, corida de Cavalhada Mourama, seguindo-se à tarde e à noite danças folclóricas pela Marujada, pelos Catopês e pelos Caboclinhos. A noite, baile no Clube Montes Claros e no Montes Claros Tênis Clube.
1958 - Falece em Belo Horizonte, José Diamantino Santos, 57 anos de idade, filho de Antônio Bernardino Santos e dona Elisa Santos. Foi, por vários anos, comerciante na cidade de Montes Claros, onde se casou com dona Tercilia Simões Santos.

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Mensagem N°68154
De: Maria Tupinambá Data: Segunda 4/7/2011 07:20:43
Cidade: Januária - MG

(...) condenado a pena de reclusão em regime fechado - Saiu a primeira sentença numa das diversas ações propostas pelo Ministério Público de Minas Gerais contra o negociante (...). O Juízo de Direito da Comarca de São Francisco condenou (...) a pena de reclusão, a ser cumprida no regime fechado. A publicação da sentença deve ocorrer nesta segunda ou terça-feira. A decisão foi comemorada por promotores de justiça que atuaram na operação “Conto do Vigário”. Para eles, a decisão põe fim ao sentimento de impunidade que até aqui imperava na região. (...) era um dos principais operadores de um esquema de fraudes a licitações, superfaturamento e fornecimento de notas “frias” para proporcionar o desvio e aprovação de recursos públicos municipais, estaduais e federais na região Norte de Minas Gerais.(...)

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Mensagem N°68153
De: Normandes Guedes Data: Sábado 2/7/2011 13:39:30
Cidade: Januária - MG

o pessoal do conto do vigário já foi sentenciado ontem pelo juiz de são francisco(mg). gostaríamos que estes jornal online verificasse as penas de de cada para que pudéssemos tomar conhecimento.(...)

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Mensagem N°68152
De: Hoje em Dia Data: Quarta 6/7/2011 07:59:08
Cidade: BH

Juiz condena quatro a 126 anos de prisão no Norte de Minas - Ainda cabe recurso à maior condenação da história da região, que também prevê multas de R$ 1,2 milhão - Girleno Alencar - O juiz Marco Aurélio Abrantes Rodrigues, da comarca de São Francisco, no Norte de Minas, condenou quatro pessoas acusadas de corrupção a 126 anos, três meses e 22 dias em regime fechado, e ainda a pagar R$ 1,2 milhão de multas. É a maior condenação na história da região. Os acusados foram presos no dia 23 de novembro de 2010, na Operação “Conto do Vigário”. Eles podem recorrer ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.Os condenados são acusados de lesar o erário em R$ 5 milhões, apenas em São Francisco, numa operação que envolveu 15 municípios da região. Para evitar que os acusados postergassem a decisão judicial, o juiz desmembrou o processo. A sentença foi publica nesta terça-feira (5).O secretário municipal Volney Márcio Almeida foi condenado a 30 anos, 10 meses e seis dias de reclusão em regime fechado e ao pagamento de 370 salários mínimos. O advogado Rafael Murilo Patrício Assis foi condenado a 27 anos, um mês e 20 dias de reclusão, e ao pagamento de 306 salários mínimos.O empresário Fabricio Viana Aquino foi condenado a 36 anos de reclusão e ao pagamento de 798 salários mínimos. A sua esposa Izabel Cristina de Carvalho Francine foi condenada a 30 anos, 10 meses e seis dias de reclusão, e ao pagamento de 740 salários mínimos em um dos processos; e mais dois anos, um mês e 20 dias, além de 25 salários mínimos em outro. processo. O então prefeito da cidade, Padre José Antônio Rocha Lima (PT), já foi afastado e teve o mandato cassado, mas ainda não recebeu nenhum condenação judicial.
ESTADO DE MINAS
Justiça condena quatro pessoas a 124 anos de prisão no Norte de Minas por corrupção - Luiz Ribeiro - Quatro pessoas foram condenadas a 124 anos e nove meses de reclusão, além do pagamento de multas no total de R$ 1,575 milhão, devido à acusação de envolvimento em esquema de corrupção no Norte de Minas. A sentença é do juiz Marco Aurélio Abrantes Rodrigues, da comarca de São Francisco. Os quatro réus foram presos durante a Operação Conto do Vigário, deflagrada pelo Ministério Público em 23 de novembro de 2010. Condenados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e lavagem de dinheiro, todos podem recorrer da decisão. Ainda são aguardadas outras sentenças, já que durante a operação foram presas 14 pessoas. De acordo com o MP, a ação desmontou um esquema que pode ter desviado cerca de R$ 100 milhões em 20 municípios mineiros, a maioria do Norte, envolvendo fraudes em licitações para compra de medicamentos e produtos hospitalares e realização de concursos públicos. Ainda no fim de novembro, devido às denúncias de irregularidades, o prefeito de São Francisco, padre José Antônio Rocha Lima (PT), foi afastado, assumindo em seu lugar o vice, Luiz Rocha Neto (PMDB). A pena mais alta foi fixada para o empresário Fabrício Aquino Viana, de 44 anos – que, de acordo com as investigações, seria um dos chefes do esquema –, condenado a 36 anos de reclusão e ao pagamento de 399 dias/multa ( R$ 434.910). Para cada dia/ multa, o juiz fixou dois salários mínimos (R$ 1.090). O advogado do empresário, Otávio Batista Rocha, disse que vai recorrer da decisão da primeira instância. “A sentença é um factoide. O Tribunal de Justiça fará prevalecer o bom senso e a razoabilidade e acredito que vai absolver o meu cliente”, afirmou o advogado. A reportagem não conseguiu contato com os advogados de defesa dos demais sentenciados. A mulher de Fabrício, Isabel Cristina de Carvalho Francino, de 39, foi condenada a 30 anos e 10 meses de reclusão e ao pagamento de 370 dias/multa (R$ 403,3 mil). Mesma condenação de Walney Márcio Almeida, de 45, que tem ligações com a empresa APM Concursos, de propriedade do advogado Wallace Ribeiro e acusada de fraudar concursos públicos. Assim como Fabrício e Isabel Cristina, Walney continua preso em Montes Claros, segundo o MP. Wallace cumpre prisão domiciliar. Rafael Murilo Patrício de Assis, ex-secretário de Finanças de São Francisco, que responde ao processo em liberdade, foi condenado a 27 anos, um mês e 20 dias de prisão, além do pagamento de 306 dias/multa (R$ 333.540).

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Mensagem N°68151
De: Josué Data: Quarta 6/7/2011 07:27:35
Cidade: M. Claros

Seg 04/07/11 - 11h39 - "Neste momento motoqueiro atira uma garrafa pet com gasolina e fogo na portaria do Hospital Universitário em Montes Claros que felizmente estava vazia..."
Sex 01/07/11 - 9h28 - "...foi invadido por três homens que ordenaram que o motorista (...) e o cobrador (...) descessem do veículo. Em seguida, os meliantes atearam fogo no ônibus e tomaram rumo desconhecido"
Quero chamar a atenção para as duas notícias mais lidas deste noticiário, nos últimos cinco dias. Todas duas chamam a atenção para atos típicos de atividades terroristas. A primeira fala de um coquetel molotov lançado contra portaria de hospital. A segunda refere-se a um ônibus incendiado com as mesmas características. Terá, infelizmente, M. Claros ingressado nessas práticas tão condenáveis, típicas de barbárie? É preciso que nossas autoridades impeçam que este tipo de procedimento - com o sinal do terror, e dos piores - passe a ser rotina, complicando o já complicado quadro de segurança pública. (...)

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Mensagem N°68150
De: Polícia Militar Data: Terça 5/7/2011 18:47:40
Cidade: Montes Claros/MG

Polícia de Meio Ambiente de Montes Claros, coibi poluição sonora. Em data 03 de Julho de 2011, por volta de 01 hora e 49 minutos, a Décima Primeira Companhia PM de Meio Ambiente e Trânsito, através do pelotão de Polícia Ambiental de Montes Claros, constatou que o Sr. G. R. A , utilizava som automotivo com volume excessivo através de veículo Ford Escort cor vermelha, foram realizadas as medições dos níveis de pressão sonora produzida pela fonte poluidora, a uma distância de 40 metros, utilizando o aparelho decibelímetro conforme certificado nº 19432 /10 obtendo média de 71,1 decibéis, nível acima do permitido para o horário, infringindo o Art. 58 ao 63 da lei municipal 3754/2007, em especial o artigo 54 da lei federal 9605/ 2008. Diante do exposto, foi realizado a apreensão do referido veículo bem como(01) um aparelho toca CD , 01 (uma ) caixa de som, 01 (uma) fonte sem marca e ainda 01(uma) Upgrade 04 DCM 1000. O veículo e os materiais descritos foram entregues no pátio da ciretran local. O autor foi preso e conduzido até a delegacia de Polícia.

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Mensagem N°68149
De: Veloso Data: Terça 5/7/2011 08:32:08
Cidade: Viçosa/MG  País: Brasil

Em resposta à mensagem 68146, recebi a confirmação do falecimento do professor de capoeira Gabriel conhecido como "Tibixa". Um amigo, professor de capoeira, que mora na França acabou de esclarecer nossa dúvida.

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Mensagem N°68148
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Terça 5/7/2011 07:50:46
Cidade: Montes Claros/MG

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

5 de julho

1884 Concluem-se os trabalhos preliminares de nivelamento para a canalização de água para a cidade de Montes Caros. O serviço, executado pelo engenheiro Catão Gomes Jardim, teve o percurso de 17 quilômetros e 930 metros, desde o açude no rio Vieira até à caixa d’água que seria construída a 230 metros do largo da Caridade (hoje praça Dr. Carlos) a contar do nôvo edifício (chalé) da Escola Normal (onde hoje se encontra o Hotel São Luiz), localizada entre as atuais ruas Dr. Santos, São Francisco e Pedro Segundo, ou seja nas proximidades do ACIMC Hotel. O chafariz principal seria no largo da Matriz, hoje praça Dr. Chaves, ao lado esquerdo, a 485 metros da caixa dágua, com cêrca de 33 metros em nível inferior ao açude.
As águas do Vieira e Gameleira seriam aproveiiadas, como também as do córrego do Carrapato, do mangue, da Vargem Grande e das barrocas. O orçamento foi de 39:000$000.
1889— Falece dona Francisca da Conceição Velloso, aos 60 anos de idade. Nasceu em Montes Claros, filha de Antônio Agostinho Velloso e dona Francisca Cardoso de Sousa. Era viúva de Antônio Durães Coutinho.
1916— Falece dona Etelvina Durães Prates, aos 50 anos de idade. Nasceu em Montes Claros, filha de João Gregório de Almeida Durães e dona Henriqueta Marques. Era viúva do prof. Cesário Gabriel Prates.
1932 - E’ solenemente inaugurado o Sanatório Santa Teresinha, à rua Dr. Velloso, esquina com a Dom João Pimenta, em Montes Claros. Acolitado pelo cônego Marcos Van In, S. Exc. Revrna. Dom João Antônio Pimenta, Bispo Diocesano, celebrou missa às 8 horas, em altar armado em frente ao edifício. Após a bênção do prédio, tocou a banda de música Euterpe Montesclarense. O ato da inauguração foi paraninfado , cel. Filomeno Ribeiro dos Santos e sua esposa, bm Laudelina dos Santos Maia.
O Sanatório Santa Teresinha foi construído uma sociedade por quotas, tendo como sócios fundadores o dr. Antônio Teixeira de Carvalho, autor da iniciativa e incentivador da sociedade e os médicos dr. Alfeu Gonçalves de Quadros, dr. Antônio Augusto Velloso, dr. Antônio Pimenta, dr. José Marques Gomes, dr. Levy Queiroga Lafetá e dr. Plínio Ribeiro dos Santos.
1941 — Realiza-se a eleição da Diretoria do Aero-C1ube de Montes Claros, sendo eleitos: Presidente de Honra, o Governador Benedito Valadares; Presidente, dr. Levy Lafetá; Diretor-Técnico, Flamarion Wanderley.
1942 — Reveste-se de grande solenidade a inauguração da Escola de Pilotagem do Aero-Clube de Montes Claros, às 13 horas, com a presença de Dom Aristides de Araújo Pôrto, Bispo Coadjutor da Diocese, dr. Gonçalves de Quadros, Prefeito Municipal de Montes Claros e várias outras pessoas, tendo discursado os drs.: Geraldo Athayde e Alvaro Marcílio.
1944 — Em sessão especial da Academia Mineira de Letras, no Conservatório Mineiro de Música, de Belo Horizonte, é recepcionado o escritor montesclarense Ciro dos Anjos, recém-eleito para a Cadeira n.° 1, do referido sodalício, na vaga de Albino Esteves, cujo patrono é o Visconde de Irajá. O nôvo membro foi recebido pelo acadêmico Moacir Andrade.
1957 — Continuam as comemorações do centenário da cidade de Montes Claros. As 9 horas, um cortejo atravessa as ruas da cidade, conduzindo à Matriz a Imperatriz do Divino. Ali se realiza a missa solene, às 11 horas. Às 14 horas, corrida das Cavalhadas, no Estádio João Rebello. A tarde e à noite, danças folclóricos pelos grupos de Caboclinhos, Marujos e Catopês. Às 22 horas, baile na Clube Montes Claros, no Montes Claros Tênis Clube e shows com apresentação de artistas do broadcasting carioca.
1962’ — E’ empossada a nova Diretoria do Rotary C1ube de Montes Claros, para o período 1962-1963, tendo na presidência o dr. Antônio Soares Velloso.

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Mensagem N°68146
De: Marden Carvalho Data: Segunda 4/7/2011 19:24:14
Cidade: Londres  País: Inglaterra

Para Simone, mens. 68143 – você tem mais informações sobre este Gabriel? Tive um amigo de infância que morava no São Judas e era praticante da capoeira e tinha o apelido de “tibixa”, será que se trata da mesma pessoa? Você tem detalhes de como foi a sua morte? Ficarei muito grato por maiores informações.

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Mensagem N°68145
De: Hospital Universitário Clemente de Faria Data: Segunda 4/7/2011 16:41:50
Cidade: Montes Claros/MG

A Direção do Hospital Universitário Clemente de Faria lamenta o fato ocorrido às 21h09 no último sábado (02/07), no qual um indivíduo ainda não identificado atirou objeto inflamável na recepção do Pronto Atendimento.Ao mesmo tempo, a Direção esclarece que todas as providências pertinentes à segurança e integridade física de seus servidores e usuários foram tomadas. Ressalta que, felizmente, nenhuma pessoa que estava no local foi atingida. A Polícia Militar foi imediatamente acionada para lavrar boletim de ocorrência. Considerando a gravidade do fato, o Hospital está contribuindo de todas as maneiras com as investigações no sentido de apurar e punir o responsável.(...)

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Mensagem N°68144
De: Lúcio Data: Segunda 4/7/2011 13:46:24
Cidade: Montes Claros

O benemérito médico José Estevam Barbosa foi colega de banco escolar do presidente Itamar Franco. No Grambery, em Juiz de Fora. Assim como Zeca Narciso, pai de Zé paraiso, foi colega de JK, em Diamantina.

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Mensagem N°68143
De: simone Data: Segunda 4/7/2011 13:04:45
Cidade: montes claros  País: brasil

será amanhã as 08:30 pela manhã no cemitério do bonfim o enterro simbólico do nosso amigo e professor de capoeira Gabriel, o mesmo estava na suiça, seu corpo foi cremado e as cinzas chegaram a semana passada, estaremos lá prestando uma grande homenagem ao nosso eterno amigo.

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Mensagem N°68142
De: Ucho Ribeiro Data: Segunda 4/7/2011 09:21:54
Cidade: Montes claros/MG

TRÉGUA

O Coronel andava tranquilo, desarmado, sem desassossegos, sem acreditar que chegara enfim o tempo de paz. Já estava cansado de não ter medo, de ser forte, empacar. A trégua firmada na Páscoa, continuava de pé, os limites das terras demarcados, as desavenças reparadas, o vizinho até convidou ele e a patroa para o São João. Disse inclusive que a Casa Grande estava de portas abertas.
Queria mesmo ir a festa para não parecer desfeita e para satisfazer as netas que estavam num vãoVô, vãoVô de atazanar, mas o acordo ainda estava novo, lactente, e a prudência tinha que ser administrada a pires de leite. Qualquer risco-trisco, qualquer faísca no pavio da cachaça podia assanhar a jagunçada e aí tudo ia pro beleléu. Eram muitos anos de desavenças e desacatos, finalmente mornados. Aquela temperança precisava continuar. Tempo de recomeço.
O melhor era mandar as mil desculpas e, como presente, o que tinha de melhor para uma festa junina, o trio triângulo-sanfona-zabumba, comandado pelo seu sanfoneiro de confiança, Tião Pé de Bode dos Oito Baixos. Este tinha nome e sobrenome no forró, ia agradar, deixar saudades e débito de gratidão. Foi o que aconteceu, tudo correu nos trinques.
A trégua seguia direitim da porteira pra fora, mas no quintal, aquela jagunçada toda, à toa, ciscando terreiro, estava incomodando e muito. Era homem demais, bigode demais, rodeando e espiando. A patroa e as meninas ficavam acanhadas, embaraçadas, para fazer suas necessidades, quando tinham que usar o banheiro fora da casa, muitas vezes de camisolas, sujeitas aos olhares compridos daqueles marmanjos zoiudos.
A cabrada toda sem ter o que fazer, sem ter para onde ir, sem serviço para executar, afinal só havia mesmo o marasmo da paz para cumprir. Já tinham limpado as orelhas dos animais, escovado os pelos, ensebado as selas, os arreios, lubrificado as carabinas, amolado as peixeiras, cosido os trapos de roupas, só não findavam os berros e as apostas do jogo interminável do truco. Foi indo, foi indo, até que o Coronel, ou era Capitão, resolveu acabar com aquele trança-trança, aquele furdunço no quintal e dar uma ocupação para o bando todo, nem que fosse numa parte do dia.
De manhã cedo, decidido, bateu para o comercinho e pediu socorro ao Padre Guinaldo. Contou a situação difícil que estava passando, a impossibilidade de desfazer dos homens, a inabilidade deles de mexer com roça e campear gado, o compromisso que tinha com cada um e até o receio, cruz-credo, do tempo de conflito com o vizinho voltar. O vigário acalmou o Homem, explicou seu plano e pediu para reunir a tropa no dia seguinte de manhã.
Dito e feito. De manhãzinha o Padre chegou, o Coronel bateu umas palmas, deu uns gritos e a jagunçada se reuniu toda, serelepe, disposta. Mandou os homi tirar os chapéus em respeito, tossiu e emendou grave: “Ó pessoal, cês tão muito à toa, esta situação de atoice ainda vai continuar sabe lá Deus quanto tempo e eu vou ter que ocupar ocês com alguma coisa. Conversei com Padre Guinaldo e resolvemos qu`ocês vão diquirí leitura. Isto mesmo, di-qui-rí lei-tu-ra. Já arrumei caderno, lápis, giz e um quadro negro. A partir de amanhã quero ocês tudo aqui, sem faltar nenhum e de café tomado!”.
À frente da cabrada macha, tomou a palavra o Andalécio, de diversos serviços bem prestados e sacramentados: “Coroné, Coroné, prá que isso, pra quê nóis vaí diquirí leitura numa altura dessa da vida? Que serventia vai tê essa dificulidade toda?”
Foi aquele branco. Nem o Coronel nem o padre respondeu de pronto. Os jagunços começaram olhar uns pros outros naquela sem razão, naquela sem precisão, uns até levantaram os ombros sem entender, até que o Coronel tomou um gole de pensamento e arrematou: - Imagine, Andalécio, volta a guerra, eu escrevo um bilhete procês: “ Matar o cumpadre Pedro!” Cês num sabe lê e matam o cumpadre João... “Ó ocês tudo criminoso!”

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Mensagem N°68141
De: Paulo Narciso Data: Segunda 4/7/2011 09:19:48
Cidade: Montes Claros

Foi Alberto Sena “fucutar” de Belo Horizonte e Wander Pirolli reapareceu completo, genial, nesta segunda de infinito céu azul em M. Claros. Manhã que guiará a tarde ensolarada de sempre no burgo que ele amou, e aonde veio muito, muito, nos últimos anos de vida – vida intensa.
Um dia, percorreremos juntos, novamente na companhia de Raquel, os caminhos cúmplices que juntos fizemos por estas ruas e praças.
Agora ainda é cedo.
Assim, eis que volta na bela manhã este imenso Wander, tão bem evocado por Alberto.
Em 2008, dois anos depois que “passou à imortalidade”, a outra, Tião Martins – editor do Estado de Minas, como Wander, como Alberto – encomendou uns "recuerdos" para o livro em torno do mestre incomum, ícone de uma geração.
Dói - por certo dói, rechamar os amigos que já não podemos ver, mas que continuam a existir – e cujo nome nunca será apagado de nossas agendas, para ficar na imagem que é do próprio Wander.
Mas Tião, sempre bom, encomendou e preparei umas linhas.
São as que seguem.
Se as republico agora, a culpa certamente é de Alberto Sena, que não pode assim, brusco, invadir o céu azul de uma segunda-feira do sertão. Céu infinitamente anil - reparem, por favor.
A só companhia de Wander, por alguns anos, já é suficiente para justificar qualquer vida. “Quando não se tem a alma pequena – resmunga o poeta, do lado de lá da montanha que querem desventrar.

A Wander:
26/8/2008 13:50:42
Desculpai todos, mas Wander foi o melhor

Paulo Narciso

Wander Pirolli, nome curto para um legado enorme.
Quando morreu Monzeca, também chamado de Hermengildo Chaves, Ayres da Mata Machado Filho pediu licença para ser enfático - “desculpai, mas Monzeca entre nós foi o melhor”.

O mesmo peço permissão para dizer.
Wander Pirolli, em tudo (editor, escritor, amigo, Homem) foi, de nossa geração (a dele, um pouco antes), o melhor de todos.

Já o conheci quando o autor da “Mãe e o Filho da Mãe” entrava nos 40 anos e eu, seu repórter na Editoria de Polícia do Estado de Minas, nos 20.

Foi Wilkie Rodrigues (por Wander batizado de “embaixador senegalês”) quem me segredou, com cerimônia e cumplicidade: “é o genial Wander, escritor”.

Nada sugeria o intelectual.

Sua simplicidade não cabia no molde do contista mineiro, classe que atingia o topo da glória naquela quadra.

Despojado, sem preocupação com o apuro em vestir, camisas eternamente queimadas por cinzas de cigarro, era o cidadão comum, um operário, origem da família italiana da qual se orgulhava, e cuja saga está no autobiográfico “A Mãe e o Filho da Mãe”.

No time de futebol bissexto da redação, era o único que jogava descalço, sem prejuízo de chutar forte com o dedão levantado. Perguntado se pretendia chegar à Academia Brasileira de Letras, respondeu afirmativamente.

- Sim, quando estiver entrevado.

Nada, repito, nada até os últimos dias indicava que o homem modesto era o escritor Wander Pirolli, admirado em toda parte, por tantos.

Foi o pai incontrastável de uma legião de colegas que o terão para sempre como referência absoluta.

A partir do primeiro encontro no jornal, acompanhei-o vida afora, de perto. Admirei-o como campeão da escrita enxuta, dos tipos mais humanos que vi, e como titulador (de notícias) sem igual.

No encontro que promovi entre os dois, o esfuziante Darcy Ribeiro o saudou, dizendo que seria o escritor número um do Brasil se tivesse a “concisão” de Wander.

Sem esforço, uma multidão de manchetes feitas por Wander retorna de muito longe: “Samurai da Vasp cai nos grotões de Maria Bonita”, “Fórum fecha, ou toma jeito”, “A esperança muito passageira do Trem do Sertão”.

(Aqui, é forçoso lembrar que o título do livro “Os Rios Morrem de Sede” deveria ter sido – e fui voto vencido – “Bumba, Meu Rio”. Mas, nem todos saberiam que “Bumba” é o doce apelido do menino filho de Wander, que na pescaria com o pai viu o caudal minguar e quase morrer, de sede).

Quando retornei à minha M. Claros da infância, pelo fim dos anos 70, a distância mais nos aproximou, anulada pela admiração que sua conduta incomum inspirava, de homem natural no convívio com os semelhantes-dessemelhantes.

Wander distinguia os amigos, e foi constante nas visitas ao sertão para descansar na casa que era do seu gosto despojado.

Amava viver, tanto que nas raras visitas que fazia ao médico pedia desculpas por não ter nada para se queixar, por não sentir doença alguma, nem dores, no corpo vigoroso e na mente privilegiada, apesar do cigarro e do exagero na bebida.

Foi na casa montesclarense, na companhia de Ricardo Eugênio, o “Dindorim” do Estado de Minas, que justamente sentiu o primeiro sinal do AVC progressivo que o levaria em 2006, com direito de usar boné no aceno derradeiro.

Nosso último encontro, uma viagem, permanecerá como cerimonial não previsto de uma despedida, de quem não partiu, nem partirá.

Pedi sua companhia para visitar a casa em reconstrução de CDA em Itabira, assim como o museu do poeta prestes a ser inaugurado.

Wander aceitou viajar, com alegria.

Na saída de casa, ainda falava com dificuldade, seqüela da doença que preservou sua mente, mas dificultou-lhe a fala e, progressivamente, a escrita, isolando-o em casa. O gigante já prisioneiro do próprio corpo.

Ao deixar-mos uma BH corrompida de favelas, no campo aberto do caminho, por algum prodígio Wander recuperou a integral capacidade de falar e expressar-se. Admirei a mudança, e chamei a sua atenção. Ele notou que falava de novo sem peias. Mistério.

Viajamos mansamente numa descansada trilha do passado, onde nada deixou de ser lembrado, como se ali inventariássemos a vida, ainda muito cedo para balanços.

Falou, discorreu, avaliou, refletiu, fez de tudo - na ida e na volta, como nos velhos tempos. Apenas ao chegar à cidade de Itabira, por razão que também desconheço, teve novamente passageira dificuldade para se expressar, limitação descartada na viagem de volta.

Ao deixá-lo na porta de casa, ainda na Serra, quando seu corpo levemente pendeu, não sabia que ali nos despedíamos.

Levava debaixo do braço um São Francisco de Assis, do primitivo Assunção, barbeiro centenário, que visitamos.

Fisicamente nos despedimos, apenas.

Recebia dele originais de livros e, com freqüência, cartas e e-mails – pois Wander quis driblar o isolamento com ajuda da internet.

Certa vez, me lembro, ao descrever Paulo Lott, ainda nas reuniões informais da Editoria de Polícia do jornal (que o grande Fialho Pacheco chamava ironicamente de “petit comitê”), Wander refletiu, referindo-se a Lott, também cria sua:

-Este Peclot (resumo de Paulo Emílio Coelho Lott) ocupa o lugar exato no espaço.

Recomponho a frase, e revejo o elogio, sincero e preservado, que ela esconde.

O poder de síntese e de sabedoria para descrever o amigo que admirava talvez seja a melhor definição do próprio Wander, o tóteme que conheci, o intelectual sem afetação, humanista sem placa, gênio cuja natural modéstia dispersava aclamação e reverência.

Desculpai todos, mas Wander foi o melhor.

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Mensagem N°68140
De: Alberto Sena Data: Segunda 4/7/2011 08:43:08
Cidade: Belo Horizonte

Um editor como Wander Piroli

Alberto Sena

Algo que mantinha intrigadas as pessoas nos meios jornalísticos daqueles anos da década de 1970, era o fato de Wander Piroli, jornalista e escritor, autor do livro ‘A Mãe e o Filho da Mãe’ e outros dirigir a Editoria de Polícia do jornal Estado de Minas.
De certo as pessoas achavam ser isto muito para uma Editoria de Polícia, ser dirigida por um profissional do nível de Piroli. Ou senão o fato de ser escritor, o lugar dele devesse ser outro, numa editoria compatível com o seu nível intelectual.
Quem ficava intrigado com isto mal sabia: Piroli estava na editoria certa. Egresso do bairro Lagoinha, em Belo Horizonte, aquela Lagoinha antiga, onde nas noites se podia ouvir o zunido de navalha cortando os ares boêmios, Piroli conhecia de perto, de vivência, tudo aquilo porque nascera lá no bairro.
Foi certamente o estágio de vida na Lagoinha que dera ao Piroli a sensibilidade de quem aprendeu a conhecer a alma humana ao ponto de compreender o outro e lhe dar o real valor, seja quem fosse.
Nessa fase da imprensa mineira, a Editoria de Polícia do EM, por causa de Piroli, passou a ser referência e frequentada por personalidades do mundo literário como Oswaldo França Júnior, autor de ‘Jorge, um Brasileiro’ e uma série de outros livros importantes da literatura nacional, como ‘O Passo-Bandeira’, em que ele conta as experiências como piloto da Aeronáutica.
Além de França, a Editoria de Polícia era frequentada pelo escritor Luís Vilela, cujo primeiro livro, de contos, é intitulado ‘Tremor de Terra’, de 1967. Desde então nunca mais ele parou de escrever. Outro que estava sempre presente, o escritor Garcia de Paiva, autor de ‘Os Agricultores Arrancam Paralelepípedos’, de 1977.
Uma das primeiras recomendações de Piroli era: ‘Busquem sempre os porquês’. Exemplo: o cidadão cometeu algum delito, digamos furto, latrocínio ou assassinato, o repórter não devia ficar limitado ao registro do boletim de ocorrência da polícia, o famoso BO.
Era fundamental ir ao local do acontecimento. E essa postura do editor levava muitas vezes os repórteres a chegarem ao local de uma ocorrência antes dos policiais.
Nessa época, a Editoria de Polícia deu uma série de prêmios Esso ao Estado de Minas. Só o veterano Fialho Pacheco, ícone da cobertura de polícia de então, ganhou cinco prêmios Esso.
Paulo Narciso ganhou dois, um deles, de maior repercussão, foi ‘O Diário de Judith Malina na Prisão’, quando ela e o marido dela, Julian Beck, foram presos em Ouro Preto num flagrante forjado de drogas.
Um dos prêmios Esso mais importantes concedidos ao Estado de Minas foi sobre o ‘Caso Jorge Defensor’, um operário que a polícia tornou inválido para o resto da vida. Foi um trabalho de equipe e gerou mais de seis meses de notícias diárias.
O ‘Caso Jorge Defensor’ ganhou repercussão internacional. Na ocasião, o Brasil era governado pelo general Ernesto Geisel e Minas por Aureliano Chaves. Geisel prometia abertura ‘lenta, gradual e segura’, e a explosão da violência praticada ganhou conotação política quando o governador visitou o operário no hospital. O caso de certo modo contribuiu para apressar a distensão política.
Piroli sempre foi um grande apreciador de cachaça. Ele dizia: ‘Quanto mais bebo melhor fico’. E parecia ficar mesmo porque ninguém o via bêbado, escornado. O álcool certamente tornava as ideias dele mais claras e fluentes.
Entre um título e outro, antes e durante o fechamento da edição do dia seguinte, ele, discretamente, tomava um ou outro gole. Claro que na redação todos sabiam disto. Mas não era nada ostensivo.
A normalidade na redação não era quebrada nem mesmo pelo ruído ensurdecedor das Remingtons sobre as quais os repórteres trepidavam e contavam aos leitores as ocorrências e as investigações dos casos chegados ao DI, Dops, Secretaria de Segurança e Polícia Federal.
Que ninguém espalhe: Piroli tinha um garrafão debaixo da mesa. Além disto, fumava um cigarro atrás do outro. Ele mesmo dizia não ser exemplo para ninguém. Mas mantinha sempre o semblante sóbrio. Quem sabia o que se passava por detrás daqueles olhos verdes era só ele mesmo.
Em vida, Piroli já era considerado um dos maiores escritores brasileiros, juntamente com Oswaldo França Júnior, Luís Vilela e Garcia de Paiva. Volta e meia, eles participavam daquela reunião das 14h, quando a editoria se reunia para falar de jornalismo e literatura que os aficionados da página de polícia leriam no dia seguinte.
Talvez fosse por isto, e muito mais, que as pessoas ficavam intrigadas sem saber como é que podia a Editoria de Polícia de um vetusto jornal ter um editor como Wander Piroli.

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Mensagem N°68139
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Segunda 4/7/2011 08:34:46
Cidade: Montes Claros-MG

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

4 de julho

1850— A lei mineira n.° 507 incorpora a Freguesia da Barra do Rio das Velhas e os distritos de Pedras Altas dos Angicos e da Extrema, ao Têrmo de Montes Claros de Formigas: suprime o distrito de Boa Vista, do mesmo Têrmo, ficando o seu território incorporado ao distrito de Contendas.
1857 Pela lei mineira n.° 814, são incorporados ao município de São Romão, a Freguesia de Morrinhos, do Têrmo de Paracatu e os distritos de Pedras dos Angicos e Extrema, do município de Montes Claros.
1861 —. José Rodrigues Prates toma posse do cargo de delegado de Polícia do Têrmo de Montes Claros.
1899 — Por ato do Govêrno do Estado, o bacharel João Alfredo da Fonseca é nomeado para o lugar de Promotor de Justiça de Montes Claros.
1910 — Nasce em Montes Claros Geraldo Freire, filho de Celso de Sousa Freire e dona Firmina da Silva Freire.Hábil, desenhista, tipógrafo, professor secundário e jornalista, já publicou um livro de poesia de gênero eclético, “Fonte dos Suspiros”.
Foi auxiliar dos Correios e Telégrafos, durante doze anos, em Montes Claros. Atualmente é Inspetor do Ensino Primário Municipal.
E’ de sua autoria o sonêto que abaixo vai transcrito:

CICLO ETERNO

Crepita na distância o fogo da queimada
Em rútilos clarões no dorso da montanha;
Cobriu-se de fumaça a noite enluarada,
Jamais vi quadro assim de beleza tamanha.

Beleza trágica que a amargura acompanha
Nos gritos e ao furor das chamas à arrancada:
E na consumação de tudo que arrebata
O fogo vai espalhando cinzas e mais nada...

O homem que o ctteiou lá sorri satisfeito.
Depois virá o plantio, e camaradas no eito
Cantarão o milagre do Amor e da Fartura.

Ah! vida amarga. Pra que venham outras vidas,
Que morram muitas. Que sejam consumidas
No louco sacrifício do fogo e da tortura.

1936 – A “Gazeta do Norte”, desta data, noticia que, por iniciativa do cônego Lucas Van In, Diretor do Ginásio Municipal de Montes Claros, se acha organizada e funcionando, em experiência, a estação Rádio Transmissora de Montes Claros, instalada em um dos salões daquele estabelecimento de ensino.
1940 - Falece em Belo Horizonte dona Santinha Sarmento. Nasceu em Montes Claros, filha do cap. Joaquim Alves Sarmento e dona Afra Rodrigues Sarmento. Era casada com Osório Chaves, funcionário aposentado da Prefeitura de Belo Horizonte.
1957 - Continuando as comemorações do centenário da cidade realiza-se, às 10 horas, sessão pública da Câmara Municipal de Montes Claros, no auditório do Colégio Imaculada Conceição, sob a direção do Presidente da Câmara em exercício, José Xavier Guimarães, com a presença de S. Exc. Revma. Dom José Alves Trindade, Bispo Diocesano, dos vereadores, autoridades, representantes das diversas associações, e numerosas pessoas. Aberta a sessão, procede-se à entrega solene dos diplomas concedidos a várias pessoas pela Câmara Municipal de Montes Claros, tendo Dom José Alves Trindade feito a entrega diretamente aos agraciados: dr. Alfeu Gonçalves de Quadros e Luiz Victor Sartori, Cidadãos Beneméritos; Gentil Gonzaga, Leon Soltz, drs. José Marques Gomes, Abílio Leite Barbosa Filho e Nelson Washington Vianna, Cidadãos Montesclarenses.
As 14 horas, no Parque da Exposição, concurso do boi gordo.
As 15 horas, tem início o grande Desfile Histórico-Folclórico de Montes Claros, em que tomam parte cerca de duas mil pessoas. A sua organização, como podia deixar de ser, foi confiada à reconhecida competência do ilustre historiador montesclarense dr. Hermes Augusto de Paula que dela, com perfeição. se desincumbiu, entregando-se à sua realização, com carinho e viva dedicação. O programa, inteligentemente elaborado, teve execução magistral, em ordem, de rara beleza e profunda emotividade. Eram cerca de trinta quadros e vários dêles se reportavam ao passado, como representantes de uma data marcante, um fato notável ou promovendo justas homenagens a vultos do passado que trabalharam pelo engrandecimento desta terra, numa revista integral dos fastos do município.
O desfile teve início na Praça de Esportes e percorreu as ruas centrais da cidade entre vivas e delirantes aclamações de milhares e milhares de espectadores que, não raro, ficavam com os olhos rasos d´’agua, emocionados pela passagem de um quadro de eterna e tocante recordação.
Abria o cortejo a centenária banda de música Euterpe Montesclarense, criada em 1856 pela grande educadora dona Eva Bárbara Teixeira de Carvalho. Exibiu-se ela, pelas ruas, pela primeira vez, e a fim de colaborar nos festejos aqui promovidos pela elevação da Vila de Formigas à categoria de cidade de Montes Claros. Rompia, triunfante, à frente do cortejo, executando dobrados, marchas e demais de um repertório tão bem escolhido, como ensaiado.
Vinham em seguida quatro garbosos personagens, trajando rica indumentária do tempo dos bandeirantes. Ali estava uma homenagem bem signifativa às figuras de Antônio Gonçalves Figueira, Manoel Gaia, Matias Cardoso e outros valorosos desbravadores do sertão norte-mineiro, inclusive o doador patrimônio.
Desfilavam, logo após, escolares pertencentes a todos os estabelecimentos de ensino da cidade entoando hinos patrióticos.
Imediatamente depois, era o quadro da nossa Escola Normal, revivida desde a sua fundação até nossos dias, por meio de uniformes usados nas diferentes épocas de suas atividades.
Após, vinha o quadro que representava o Imaculada Conceição, aqui fundado à 5 de setembro de 1907, pelas Irmãs de Berlear.
Seguiam-se as Pastorinhas, as mimosas e tradicionais Pastorinhas que trazem alegria às casas cristãs pelas noites de Natal e Ano Bom.
Entoavam as suas meigas e inocentes canções, em homenagem ao Deus-Menino:

Nós somos as Pastorinhas,
as camponesas em flor,
vivemos todas contentes
adorar o Salvador.
E as pequeninas, de 6 a 12 anos de idade, vestidas de Pastôras, cantam frente aos presépios, até a tocante despedida:
Pastôras, vamos embora
que a madrugada já vem,
de volta às nossas cabanas
que lá não ficou ninguém.

Agora eram as tradicionais festas juninas, com queima de fogos, sortes, “terços tirados” pelas donas de casa, sôlta de balões, estoiros de rojões e cantigas ingênuas, glorificando Santo Antônio, São João e São Pedro, ao redor de fogueiras, nos lares humildes, nos terreiros das fazendas, com danças e o divertido e característico “casamento da roça”, nas noites frias e junho do sertão mineiro.
Vestindo saiotes vermelhos, com o busto nu, pintado de diversas côres, todos enfeitados de plumas, eis os Cabocllinhos, de arco e flecha, aos pares, cantando suas canções típicas, com a voz fresca e suave que lhes proporciona a idade de 7 a 10 anos:

Sou caboclo, caboclinho
e não brinco com ninguém,
quando pego a minha flecha,
flecho, flecho muito bem...

Desfilavam depois os imponentes cavaleiros da Cavalhada Mourama, em seus uniformes típicos, enfeitados de fitas, chapéu armado, espada à cinta, montados em arreios adornados com as côres características do cavaleiro mouro ou cristão, de túnica vermelha, aquêle, e êste, de côr azul, empunhando lanças, cavalgando os mais belos e vistosos animais das cercanias.
Lã vêm agora os Marujos, organizados militarmente em duas colunas, com pandeiros e violas. As máscaras de arame que trazem não chegam a vedar- lhes completamente o rosto. Suas calças são compridas, com babados de rendas. O chapéu é todo ornamentado de fitas, combinando com a côr da roupa, embora êle seja sempre branco. A metade dos Marujos traja cetim vermelho, a outra metade, cetim azul.
Suas canções são suaves, cantam baixinho, quase em murmúrio:

Vamos ver a barca nova
que do céu caiu no mar:
Nossa Senhora vem dentro
e os anjinhos a remar...

Em contraste chocante, passam os Catopês. Soltam a voz e não param de dançar. Agrupam-se por ordem de altura, até os menores, crianças ainda também imponentes. Muitos se vestem de cetim zem na cabeça um capacete literalmente enfeitado de espelhos e aljôfares. As fitas, de várias côres, são abundantes e esvoaçam continuamente, ao sabor do vento e dos movimentos do seu dono. Em meio às canções, ouvem-se palavras nagôs, quando penosa lembrança da travessia trágica do Atlântico, logo após arrancados ao torrão natal, onde viviam em plena liberdade nas selvas, para o duro trabalho escravo.
Segue-se um quadro do Montes Claros de antanho, quando ainda não conhecia a luz elétrica: é o da Velha Careca, que amedrontou tantas crianças da cidade em formação.
Depois vem a alegria das cidades e dos sertanejos. E’ o Circo de Cavalinhos que chegou. trazendo o contentamento, com suas artistas que dançam na bola, trabalham lá em cima, nos trapézios, com suas lindas vestes, onde brilham lantejoulas, ou saltam no picadeiro, andam sôbre nédios cavalos amestrados e furando arcos de papel. Mas o encanto
mesmo da garotada é o palhaço de cara de alvaiade, bôca rasgada a zarcão, chapéu afunilado, montado de frente para a cauda do paciente cavalinho, a gritar para a molecada o clássico “Hoje tem espetáculo?”.
Respeito agora! E’ um quadro profundamente tocante. São as Mães Pretas que desfilam com as suas cantigas de ninar. Ei-las que passam, cada qual trazendo nos braços uma criancinha, que é embalada ao som dolente de uma canção carinhosa. Sentimento maternal, misto de amor, devotamento e sacrifício. A bênção dos céus à alma simples e cheia de dessas humildes sacrificadas!
Aparecem em seguida os vaqueiros, inestimáveis e insubstituíveis auxiliares da rica zona onde domina a pecuária. De gibão ou guarda-peito, perneiras, a cavalo, com o laço na garupa. Alguns trazem a vara-de-ferrão, mas sem êste. São esguios, ágeis, olhar vivo, sempre alerta ao boi mocambeiro que dá trabalho e provoca as arribadas. Estão sempre ativos nos transportes das grandes boiadas, são de gênio alegre, mas entoam com plangência o aboio costumeiro:

Me chamaram boiadeiro,
não sou boiadeiro, não!
Eu apenas sou vaqueiro,
é, boi!
boiadeiro é meu patrão...

Vêm, em seguida, as alunas das Escolas Primárias da Prefeitura, algumas delas transportando um quadro com a efígie de um dos administradores do runicípio, Presidente da Câmara ou Prefeito. Todos estão ali representados, numa justa homenagem pelo muito que fizeram em benefício da comuna.
Seguem em desfile os desportistas. Os esportes e se praticam no município ali se acham represendos pela juventude montesclarense.
Os dois quadros seguintes, são uma gentileza que representa a gratidão dos cearenses, paulistas e baianos que aqui vivem, aqui trabalham, e quiseram prestar uma homenagem à cidade hospitaleira que os acolheu.
Depois das Pastorinhas, não poderia faltar o quadro evocativo do Natal, com seus presépios, suas folias, suas canções típicas.
Ali está êle lembrado e é natural que o seja, pois não há terra nenhuma no mundo em que o nascimento de Jesus seja festejado com tanta alegria, com tanta alegria, com tanta exuberância como em Montes Claros!
Agora é um quadro de recordações da infância. São cantigas de roda, em noites enluaradas, nas velhas ruas ou nas amplas praças, cantigas essas que já vão distantes, mas que nos falam tão de perto ao coração:

Sou uma viuvinha
que vem lá de Belém,
querendo me casar,
mas não acho com quem...

E assim desfilam dezenas de meninas, anjos adoráveis, na primeira idade, entoando as inesquecíveis cantigas de roda.
Eis, logo depois, um carro alegórico, artisticamente ornamentado, com um grupo de criancinhas entoando cânticos tradicionais, coroando a Virgem.Lembra o mês de maio em tôda a sua plenitude, com os anjos descendo, à Ave-Maria, para a Matriz, que tem, à sua porta, uma rica mesa estivada deoferendas. São as dádivas das famílias cristãs para o festivo leilão de prendas, e o respectivo leiloeiro, com as suas chalaças ingênuas a procurar maiores lances, incitando os ânimos dos concorrentes.
Chega, afinal, o último quadro. Faz soluçar muitos corações, ante a evocação de velhas modinhas que não se ouvem mais. Vêm logo à memória dosas noites de luar, quando o violão chorava, acompanhando a flauta, e a voz dolorida do seresteiro apaixonado acordava, na alcova, a virgem dos seus para ouvir as suas juras de amor ou as queixas de sua alma dilacerada pela ingratidão:

E’ a ti, flor do céu, que me refiro,
neste treno de amor, nesta canção,
vestal dos sonhos meus por quem suspiro
e sinto palpitar meu coração...

E a voz sentimental de dezenas de seresteiros em côro, acompanhada ao som do violão, encerra com chave de ouro o Desfile Histórico Folclórico do centenário da cidade de Montes Claros.
Quem a êle assistiu, jamais o esquecerá!
— As 20 horas, realiza-se o levantamento do mastro do Divino, tendo a bandeira saído da casa de Lafaiete de Paula Costa, à rua Dr. Velloso, conduzida em marche-aux-flambeaux.
As 22 horas, baile em traje de passeio.
— E’ inaugurado pela Sociedade São Vicente de Paulo o primeiro Pôsto de Puericultura da Montes Claros. Custou Cr$ 800.000,00 e presta assistência a 425 criancinhas pobres da cidade. Possui lactário, cantina maternal e pré-natal, cozinha dietética, sala de espera e de distribuição, etc., enfim, uma criação digna, exclusivamente beneficente.

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Mensagem N°68137
De: Leda Data: Segunda 4/7/2011 00:09:52
Cidade: M. Claros

Já passa de meia-noite e uma banda no "triângulo da impunidade" volta a incomodar há mais de duas horas, lançando barulho a distância. Amanhã, temos trabalho e escola.(...) Pedimos ao sr. prefeito para que, fiel ao seu mandato, exija da Sec. do Meio Ambiente e da Patrulha do Silêncio o cumprimento das leis. O barulho está retornando com tudo quando a batalha parecia ganha.

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Mensagem N°68136
De: paulo Data: Domingo 3/7/2011 22:09:47
Cidade: montes claros mg

Acidente agora há pouco na av.sanitária em frente ao sesc, com batida violenta de um gol contra um poste.Estava cheio de viaturas. O ocupante do veículo estava bastante machucado

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Mensagem N°68135
De: Enfermeiro Data: Sábado 2/7/2011 22:58
Cidade: MOC

Neste momento motoqueiro atira uma garrafa pet com gasolina e fogo na portaria do Hospital Universitário em Montes Claros que felizmente estava vazia...

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